Seu nome é Jesus Cristo

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18 de dezembro de 2019

No Natal, recorda-se em todo o mundo o nascimento de uma criança: Jesus! Filho de Maria, o menino nasceu para ser Emanuel, que significa “Deus conosco”. A missão de Jesus esteve, desde sempre, anunciada pelo nome que lhe foi dado. Como recorda o Apóstolo Paulo na Carta aos Filipenses: “Ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e embaixo da terra” (Fl 2,10).
No início do Evangelho de São Mateus, lê-se uma extensa genealogia em que Jesus é lembrado como filho, membro de uma grande família humana e, sobretudo, filho de Deus.
A reflexão sobre o nome de Jesus é oportuna para pensar a respeito dos nomes dados às crianças que nascem hoje, em todo o mundo. Afinal, que critérios se deve ter ao escolher o nome para alguém?

TENDÊNCIAS
No Brasil, em 2019, os nomes mais escolhidos foram Miguel e Helena. O ranking, publicado pela rede Baby Center há dez anos, é feito com base em dados de 480 mil bebês nascidos ao longo do ano e cadastrados na plataforma digital gratuita de informações sobre gravidez e desenvolvimento infantil.
A pesquisa revelou que os nomes femininos mais escolhidos pelas famílias brasileiras foram Helena, Alice e Laura, e os masculinos, Miguel, Arthur e Heitor. 
A escolha do nome de uma criança é muito importante. Se na Antiguidade, muitas vezes, os nomes representavam a missão que a pessoa desempenharia durante a vida, o que motiva a escolha hoje? A referência a algum antepassado ou mesmo aos pais? Uma homenagem a algum personagem da História que se admira? A devoção pessoal a algum santo ou santa da Igreja? O significado que ele traz? Ou simplesmente, nomes que estão na moda ou de gente famosa? 
Na tradição cristã, durante muitos anos, a escolha do nome esteve diretamente ligada ao dia do nascimento da pessoa e à memória do santo do dia, ou a algum santo ou santa a quem os pais tinham devoção. Assim, era comum que meninos que nascessem em 10 de agosto recebessem o nome de Lourenço; em 19 de março, José; em 29 de setembro, o nome de um dos arcanjos – Miguel, Rafael ou Gabriel – e, em 25 de dezembro, Natalino. Muitos desses nomes passaram para o feminino: Rafaela, Gabriela, Maria José, Natalina, em alguns idiomas, Michele, Michela.

ONOMÁSTICO
Na Antiguidade, quem oficializou o Diaes Onomastica foi Cícero, filósofo romano do primeiro século. Isso porque, desde sempre, em diferentes culturas, havia a tradição de celebrar não somente a data do aniversário, mas, principalmente, o nome. A referência à celebração do nome é também citada na Bíblia, como em Lucas 10, 20: “Alegrem-se, porque seus nomes estão escritos nos céus”.
A partir do crescimento do Cristianismo e a introdução, no calendário, do dia dos santos, começou-se a comemorar o dia do santo onomástico, sendo que, ainda hoje, em alguns países, como na Itália, celebra-se mais o onomástico do que o próprio aniversário de nascimento. 

NOMES NA ANTIGUIDADE
Os nomes antigos tinham relação com as circunstâncias do nascimento, do local, da aparência da criança e, em muitos casos, com a missão que a pessoa iria desempenhar. Na tradição judaica, por exemplo, era comum a mudança de nome, o que pode ser visto em figuras essenciais do Cristianismo como a de São Pedro Apóstolo, cujo nome era Simão e recebeu de Jesus o nome aramaico de Kepha, que em português significa “pedra”, e foi traduzido para o grego como Petros.   
Os exemplos no Antigo Testamento também são abundantes: Abrão passou a se chamar Abraão, que significa “pai de muitos povos ou nações”; Jacó passou a se chamar Israel, que significa “vencedor, príncipe de Deus”. 
No que se refere ao Messias, as Sagradas Escrituras mencionam dois nomes. O nome “Yeshua” (Jesus, em hebraico), relativamente popular naquele tempo e região, que significa “Deus é salvação”; e o nome “Emanuel”, da profecia de Isaías (7,14), que significa “Deus conosco” e é usado como um título e não como um nome. De maneira similar, “Cristo” é um título que significa “Ungido”, e faz referência à missão do Salvador. 

NOME DE BATISMO

A escolha do nome de uma criança é importante não somente porque, com o nome, ela será apresentada ao mundo, mas também porque, ao ser batizada, este será o nome com o qual a criança será incorporada à vida da Igreja. 
O artigo 1279 do Catecismo da Igreja Católica explica que “o fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que inclui: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o renascimento para uma vida nova, pela qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo. Por esse fato, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e tornado participante do sacerdócio de Cristo”.
O nome de Batismo, ou seja, o nome com o qual a criança ou adulto recebe o sacramento, tem uma grande importância porque “o sacramento imprime na alma um sinal espiritual indelével, o caráter; que consagra o batizado para o culto da religião cristã”. Por causa do caráter, o Batismo não pode ser repetido e é recebido uma única vez na vida, conforme recorda o parágrafo 1280 do Catecismo.
Assim, a escolha do nome deve ser feita com critério, pois o nome marca a identidade. Muito mais do que seguir tendências ou basear-se em artistas e pessoas famosas, é preciso pensar no significado e como a pessoa se apresentará, durante toda a vida, com seu próprio nome.

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12 mil pessoas participam do Festival Halleluya em São Paulo

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28 de junho de 2019

Filha, mãe e avó: três gerações da mesma família participaram do Festival Halleluya, que aconteceu no domingo, 23, no Largo da Batata, em São Paulo. Aos 75 anos, Dora Almeida estava na cadeira de rodas e foi levada pela filha, Rita Leite, 54, e pela neta, Maria Gabriela Leite, 13, ao evento que reuniu cerca de 12 mil pessoas.  
Promovido pela Comunidade Católica Shalom, o Festival foi considerado o primeiro desta dimensão na Capital Paulista.
Às 10h30, houve missa presidida pelo Cardeal Scherer e concelebrada por Dom Carlos Lema Garcia, Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade e Referencial para a juventude da Arquidiocese. 
O Cardeal saudou a todos os presentes no Largo da Batata, bem como os que acompanhavam a missa pela Rede Vida de Televisão e pelas redes sociais da Arquidiocese de São Paulo, os representantes da Prefeitura de São Paulo, apoiadora do evento, e os membros da Comunidade Shalom, que trabalharam muito na organização.

Estar com jesus
“Jesus levou os apóstolos para um lugar retirado e perguntou a eles: ‘Quem dizem que eu sou?’ Jesus queria saber se as pessoas estavam ou não compreendendo sua mensagem. E Ele pergunta novamente: ‘E vocês, quem dizem que eu sou?’”, recordou Dom Odilo, na homilia, citando o Evangelho da liturgia do dia. “Quem é Jesus para cada um?”, perguntou a todos.
Dom Odilo disse, ainda, que “Jesus não é aquele triunfalista, que resolve todos os nossos problemas”, mas passou pelo sofrimento e pela cruz. “A grande aposta de vida é estar com Jesus, mesmo que se passe pelo caminho da cruz. Estando com Ele, estaremos com aquele que é o caminho, a verdade e a vida, aquele que nos leva à salvação. Mas, estando com Ele, enfrentamos também o sofrimento, pois o caminho que ‘leva à vida é estreito e apertado’. Jesus nos convida a caminhar com Ele, mesmo nas dificuldades”, afirmou.
O evento, que começou pela manhã, seguiu com programação até às 21h30, com shows musicais e tendas com atividades para todas as idades. 
Thiago Hummel, consagrado da Comunidade Shalom e membro da organização do evento, recordou que o objetivo do Halleluya em São Paulo é justamente promover um grande evento, que agrega pessoas em torno de Jesus Cristo. “A partir do Festival, muitas pessoas passam a participar mais efetivamente de grupos e pastorais em suas paróquias ou mesmo se decidem pela consagração religiosa ou pelo sacerdócio”, disse à reportagem do O SÃO PAULO.
Esse foi o caso de Monique Andrade, que foi ao evento a convite de um amigo. “Sou católica, mas estou me reaproximando da Igreja agora, e o Halleluya é um momento muito oportuno para isso”, disse a jovem.
Junto a outros 50 jovens, Nicoly Carvalho, 16, Ester Garcia, 15, e Gustavo de Oliveira, 17, vieram da Baixada Santista para participar do Halleluya. “Saímos de casa de madrugada e estamos muito felizes pela oportunidade de participar deste grande evento da Igreja”, disse Gustavo, que integra o movimento católico “Jovens Sarados”. 
Divaneide Santos, 69, é membro da Comunidade Shalom e faz parte da Missão em Perdizes. “Sempre sonhei em ir a Fortaleza (CE) para participar do Festival lá, mas nunca consegui, e vi como uma grande bênção o fato de ele ter vindo até nós”, afirmou a Missionária.
“Minha participação no Festival Halleluya foi um momento único. Fiquei muito feliz em ter sido convidado para este grande evento da música católica. Eu amo o que sou e gosto do que faço e fui lá para cantar e rezar com o povo. Foi também um marco importante dentro do sínodo que estamos vivendo na Arquidiocese. Espero que aconteçam muitos outros”, afirmou o Padre Marcos Roberto Pires, que apresenta, diariamente, na rádio 9 de Julho, o programa “Orando em Família”, das 11h às 12h. 

No coração da metrópole 
Além do palco principal, o evento contou com atividades como o Espaço Kids e a Tenda da Misericórdia – local para oração, aconselhamento e adoração ao Santíssimo Sacramento. Além disso, houve a presença de livrarias, como a Livraria Shalom e a Livraria Ave-Maria. Outra tenda ficou disponível para recolher doações que foram destinadas às obras sociais da Arquidiocese de São Paulo.
Já o “Beco do Rolê” foi um espaço pensado em alusão à tradicional travessa da cidade, localizada no bairro da Vila Madalena. Os participantes puderam acompanhar campeonatos de dança e skate, batalhas de rap e o trabalho de grafiteiros, que fizeram obras ao vivo durante o Festival. 
Douglas de Oliveira, 32, um dos organizadores do espaço, explicou à reportagem que o evento começou bem antes do dia 23: “Há semanas, os missionários da Comunidade vêm ao Largo para conversar com os jovens que frequentam o local e, assim, convidamos skatistas e dançarinos que se propuseram a participar, voluntariamente”.
Seis grafiteiros também pintaram voluntariamente. Foi o caso do @NegoABC e do @MKdogStreet, que realizaram suas obras em painéis disponibilizados exclusivamente para o evento. “Soube do Festival durante uma festa junina que participei na paróquia perto da minha casa. Então, convidei outros amigos grafiteiros”, explicou @MKdogStreet, que foi ao evento com a esposa e a filha. Ele trabalha com grafite há mais de 30 anos. 

História
O Halleluya é considerado o maior festival de música católica da América. Reconhecido por promover a paz nos locais por onde passa, além de oferecer diversas atrações e opções de lazer para todos os que participam, foi declarado, no ano passado, como patrimônio cultural de Fortaleza e bateu recorde de público e doações, consolidando-se também como um dos eventos mais solidários. Depois de passar por cidades como Fortaleza (CE), São Luís (MA), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), o Halleluya voltou a acontecer também São Paulo. 

(Colaborou: Amanda Pereira/Comunidade Shalom)

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Igrejas próximas ao local onde Jesus foi batizado poderão ser reabertas depois de 50 anos

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17 de dezembro de 2018

Uma série de igrejas próximas ao local onde Cristo recebeu o Batismo poderão reabrir as portas pela primeira vez em 50 anos. A região foi minada com a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Diversas igrejas e monastérios estão localizados entre o Mar Morto e o local em que Jesus Cristo foi batizado – que se chama “Qaser al-Yahud” (Castelo dos Judeus) e faz parte da Cisjordânia, à margem ocidental do rio Jordão. A região foi um dos locais de peregrinação mais importantes para os cristãos até a época da guerra, quando todas as igrejas e monastérios tiveram que fechar as portas. 

Ao todo, 6,5 mil minas terrestres serão desativadas; as equipes de desminagem já conseguiram remover 1,5 mil. A operação envolve uma organização de caridade inglesa, Halo Trust, e uma empresa israelense, 4CI, e os trabalhos são supervisionados pelo Ministério da Defesa de Israel. Os esforços de desminagem começaram em março deste ano e só terminarão quando todos os explosivos tiverem sido desarmados e removidos, o que deve acontecer até o fim de 2019. 

O custo total do trabalho está estimado em R$ 20 milhões e beneficiará centenas de milhares de peregrinos, que deverão visitar a região todos os anos, estimulando a economia local e ajudando os moradores daquela localidade. 

Fonte: Daily Mail
 
 

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O domingo do Menino Jesus

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15 de dezembro de 2017

O terceiro domingo do Advento apresenta alguns costumes que reforçam a esperada vinda de Jesus Cristo no Natal. Além das diversas mudanças na liturgia da Missa, como o uso da cor rósea nos paramentos sagrados, da permissão de ornar o altar com flores e de se cantar músicas mais festivas, o Domingo Gaudete marca também uma grande tradição familiar: a bênção dos presépios.

No Vaticano, já é costume aquilo que em italiano se chama o Domingo dos Bambinelli, em referência ao Menino Jesus que é abençoado todos os anos pelo Santo Padre na Praça de São Pedro. Esse costume remonta ao ano de 1969 e teve origem com o Beato Paulo VI, quando milhares de crianças romanas foram até à Basílica Vaticana para que o Papa abençoasse o Menino Jesus, que depois seria colocado nos presépios de suas residências. 

Naquela ocasião, o Beato Paulo VI relembrou o significado da cena de Belém: “O presépio reaviva a memória da grande vinda, do nascimento de Jesus, o Salvador, o Filho de Deus feito homem; o presépio representa, assim, com cândida e ingênua simplicidade, o quadro de Belém; dá-nos uma lição do espírito cristão: o presépio nos diz como Jesus quis vir ao mundo: pobre, pequeno… veio de modo que os pobres, pequenos e rejeitados pudessem se achegar por primeiro; veio para fazer-se um de nós, tolhendo toda distância, todo obstáculo, todo temor; e dando um súbito sopro celeste de incomparável beleza e de soberana alegria: ‘Glória a Deus e paz aos homens!’”

Sempre foi desejo dos pontífices que cada uma dessas imagens abençoadas fosse o centro das famílias. São João Paulo II, em 2002, estimulava as crianças dizendo: “O presépio será o centro e o coração desses lugares, quando vocês colocarem o Menino Jesus abençoado neles. Acima de tudo, o Natal é a festa da família, pois, ao nascer numa, o Filho de Deus a escolheu como primeira comunidade consagrada pelo seu amor.” E também o Papa Francisco, quando recomendou que “é importante olhar o presépio. Parar um pouco e olhar. E ver quanta esperança existe nestas pessoas. Quem confia nas próprias seguranças, principalmente materiais, não aguarda a salvação de Deus. Os pequenos, ao invés, esperam nele e se alegram quando reconhecem naquele Menino o sinal indicado pelos anjos”.

 

Confira a oração da bênção que o Papa bento XVI rezou em 2008: 

Deus, Nosso Pai, tendo amado tanto o mundo que nos deu vosso Filho Único, Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria, para salvar-nos e levar-nos a vós: nós vos pedimos que a vossa bênção desça sobre estas imagens de Jesus, que está para vir até nosso encontro, para que elas sejam sinal de vossa presença e do vosso amor em nossas casas. 

Bom Pai, abençoai-nos também a nós, nossos pais, nossas famílias e amigos. Abri nossos corações, a fim de que recebamos a Jesus com alegria, façamos aquilo que Ele nos pede e O vejamos em todos os que buscam e necessitam de nosso amor.

Nós vos pedimos em nome de Jesus Cristo, vosso amado Filho, que veio ao mundo para nos trazer a paz, e que vive e reina convosco pelos séculos. Amém.
 

 

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