Mosteiro de Itaici acolhe profissionais da saúde durante pandemia

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02 de abril de 2020

A Casa de Retiros do Mosteiro de Itaici, em Indaituba (SP), famosa por acolher grandes eventos da Igreja, abriu suas portas nesta segunda-feira, 30, para acolher profissionais da saúde que estão trabalhando no combate à pandemia do novo coronavírus na região.

De acordo com o site da Companhia de Jesus (Jesuítas) no Brasil, a medida visa atender os trabalhadores que não podem voltar para suas residências, seja por trabalharem longe de casa, seja para evitar a disseminação da Covid-19, caso entrem em contato com o vírus.

“Muitos profissionais da saúde têm pais idosos, filhos pequenos ou têm mulheres grávidas e, apesar de estarem na linha de frente, temem por suas famílias. Não há hotéis ou pousadas para se hospedarem e muitos têm ficado na casa de amigos ou em apartamentos compartilhados com outros trabalhadores. O espaço é para que possam descansar entre um turno e outro e também para acolher os profissionais sob suspeita de contágio e que aguardam a confirmação dos resultados de análises clínicas”, explicou o diretor do Mosteiro, Padre Adilson Silva.

LOGÍSTICA

Ao todo, foram colocados à disposição 117 dormitórios. A ação é voluntária e atende a uma solicitação feita pela Prefeitura Municipal de Indaiatuba.

“Não estamos cobrando diárias. É uma maneira de contribuir e ajudar nossa cidade e o Brasil neste momento difícil que atravessamos. A Companhia de Jesus, durante a história de sua existência, sempre foi marcada pelo espírito de solidariedade e compromisso com a vida. Seguimos o Evangelho e nos colocamos abertos para partilhar nossos bens e conhecimento”, afirmou Padre Adilson.

A triagem e lista de profissionais para hospedagem, assim como a permanência e deslocamento do Mosteiro estão sendo administrados pela Secretaria Municipal de Saúde, que terá uma equipe de acompanhamento o tempo todo no local.

Segundo o diretor do Mosteiro, não há um prazo pré-definido para o fim da parceria. Tudo vai depender do avanço ou da contenção do vírus, conforme determinações do Ministério da Saúde.

O MOSTEIRO

Conhecido nacionalmente por acolher grandes encontros eclesiais, como as assembleias gerais da Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB) e eventos como os cursos de aprofundamento teológico e pastoral do clero da Arquidiocese de São Paulo, o Mosteiro de Itaici

A casa de oração, que recebe inúmeros grupos de fiéis para realizarem os famosos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, encontros e reuniões pastorais, também tiveram suas atividades ordinárias suspensas e a rotina alterada devido às recomendações de isolamento social dadas pelas autoridades sanitárias. 

O Mosteiro tem utilizado a internet para compartilhar reflexões diárias do Evangelho, intituladas “Mosteiro em Oração”. “Que todos, acima de tudo, rezem a Deus e colaborem com as recomendações da área de saúde. Afinal, prevenção também é um gesto de solidariedade”, ressaltou o diretor.

(Com informações de jesuitasbrasil.org.br) 

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Ataques, destruição e persistência jesuíta

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03 de setembro de 2018

Nas últimas semanas, milícias locais atacaram o campo de refugiados de Maban, no estado do Alto Nilo, destruindo instalações de oito agências humanitárias, incluindo as do Serviço Jesuíta aos Refugiados. Apesar do acordo entre o governo e os grupos rebeldes, assinado no dia 6 de agosto, a violência continua em um nível elevado. O conflito já obrigou 4,5 milhões de pessoas a deixar suas casas em direção de outras regiões do País ou do exterior.

Além da destruição de equipamentos, como cadeiras e computadores, e do vandalismo de salas de aula, o ataque obrigou a evacuação de 300 pessoas, voluntários e funcionários das organizações humanitárias. Como resultado, 80 mil pessoas não poderão mais beneficiar de seu ensino e trabalho. 

No entanto, os jesuítas continuarão a atuar na região: “Apesar do ataque perpetrado contra nossa estrutura, os jesuítas continuarão a apoiar o esforço sobre o território a fim de oferecer um apoio psicossocial e programas educativos”, afirmou o Padre John Guiney, diretor da missão irlandesa dos jesuítas, que pediu a intervenção da comunidade internacional para garantir a paz, a ordem e a segurança na região.

Fonte: Fides
 

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Como Santo Inácio, colocar-se a serviço do próximo

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31 de julho de 2017

“Como Santo Inácio de Loyola, deixemo-nos conquistar pelo Senhor Jesus e, guiados por Ele, coloquemo-nos ao serviço do próximo.” Esta é a mensagem do Papa Francisco no Twitter, no dia em que a Igreja recorda o Santo fundador da Companhia de Jesus.

Se é um dia um dia especial para os jesuítas em todo o mundo, o é também para o Papa Francisco, que pertence à Companhia. Em 2014, o Papa festejou a data com seus confrades na Cúria Geral, que fica a dois passos da Praça S. Pedro.

A última vez que almoçou com eles foi no dia 12 de fevereiro deste ano, por ocasião da despedida do Pe. Adolfo Nicolás, Prepósito da Companhia de 2008 a 2016, que agora desempenha sua missão nas Filipinas.

 

Discernimento

Desde outubro do ano passado, esta função é desempenhada pelo venezuelano Arturo Sosa, que em entrevista à Rádio Vaticano falou dos dois grandes desafios da Companhia hoje:

“Eu gostaria de sintetizar os desafios da Companhia em dois grupos. O primeiro é como nós podemos entender a nossa melhor contribuição à missão de reconciliação da Igreja que, segundo a 36ª Congregação Geral, tem três dimensões: a reconciliação com Deus, a reconciliação dos homens entre si e a reconciliação com a criação. Nós nos sentimos colaboradores deste processo, pois compartilhamos a missão do Senhor entregue à Igreja. A contribuição tem um fundamento, e o fundamento é a fé. Portanto, o primeiro desafio é discernir onde Deus trabalha neste momento da história humana e como o faz, para sermos seus instrumentos e para colaborarmos àquilo que Ele faz.”

 

Desigualdade

Pe. Arturo Sosa afirma que é preciso olhar para os crucifixos do mundo de hoje – mundo marcado pela desigualdade e pela pobreza. “Sem justiça social, a reconciliação não é possível”, afirma, acrescentando que é preciso entender as causas da injustiça e pensar em modelos alternativos de convivência humana. “O desafio que temos diante de nós é buscar reconciliar este processo, para garantir às futuras gerações uma vida melhor do que temos hoje em meio à desigualdade e à pobreza.”

 

Conversão

O segundo grande grupo de desafios identificado pelo Prepósito é adaptar a Companhia de Jesus aos tempos atuais, “colocar a Companhia em condições de oferecer uma colaboração mais eficaz a esses desafios”. Para o sacerdote venezuelano, isso começa com a conversão pessoal, com a conversão da vida comunitária e, a mais difícil, a conversão institucional.

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