Para o seu bem e dos que você ama, mude hábitos!

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06 de mai de 2020

Nas regiões periféricas da cidade de São Paulo, o novo coronavírus tem uma aliada para se proliferar: a resistência das pessoas em rever hábitos de asseio pessoal, de socialização e de higienização dos ambientes.

 

Mais que uma opção, essa revisão de hábitos é uma urgência, dada a velocidade do aumento dos casos de COVID-19 na cidade, o que tem levado a rede pública de saúde a atuar próxima do limite da capacidade de atendimento.

 

Nesta edição, O SÃO PAULO ressalta as atitudes, simples, que podem ser adotadas pelas pessoas para evitar a proliferação do novo coronavírus.

 

 

1) Use sempre a máscara enquanto estiver na rua

Se for indispensável sair de casa – para trabalhar, fazer compras ou ir ao médico –, coloque a sua máscara antes, com as mãos limpas. A máscara precisa ter ao menos duas camadas de pano (ou, então, um pedaço de toalha de papel ou guardanapo, dobrado, entre ela e a boca), cobrir totalmente a boca e o nariz e ser bem ajustada ao rosto.

Não adianta, porém...

* Tirar a máscara para conversar com alguém na rua.

* Tocar com as mãos o tecido da máscara.

* Compartilhá-la com alguém, ainda que seja com quem more na sua casa.

* Tirar a máscara ou colocá-la no queixo para consumir algo na rua.

Importante!

* Sempre tenha consigo uma máscara reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, caso precise trocá-la (por exemplo, se a máscara ficar úmida).

* Ao chegar a sua casa, retire a máscara, deixe de molho por cerca de 30 minutos em uma solução com água sanitária e depois lave-a com água e sabão.

 

2) Cuidados se precisar conversar presencialmente

Sobretudo nos fins de semana, muitos reúnem os amigos para colocar a conversa em dia: em casa, no bar, na esquina etc. Não é hora para isso! A proximidade entre as pessoas facilita a propagação do novo coronavírus. E o pior: quem está com o vírus pode não apresentar sintomas, ou seja, acaba infectando outras pessoas sem saber. Portanto, quando for indispensável conversar com alguém na rua, mantenha uma distância de pelo menos 1,5m e, de preferência, que você e as outras pessoas estejam de máscara.

 

3) Evite participar de aglomerações

Infelizmente, em especial na periferia de São Paulo, muitos continuam resistentes ao isolamento social e saem às ruas para atividades não essenciais e sem qualquer proteção. Exemplos não faltam: os jogos de futebol entre amigos, bailes funk, jogos de dominó e de baralho em grupo, reunião de idosos para fazer exercícios nas praças, jovens e adultos caminhando ou correndo pelas ruas, “a cervejinha” no bar, sem contar a visita à casa dos parentes. Com mais pessoas reunidas, se uma delas estiver com o novo coronavírus, transmitirá o vírus às demais, seja pelas gotículas de saliva, espirro ou tosse, seja pelo contato comum com superfícies e objetos.

Importante!

* Se esse contato presencial for mesmo indispensável, jamais deve haver o compartilhamento de objetos, como copos, talheres e pratos, por exemplo.  

 

4) Atenção com roupas e sapatos

Roupas e calçados podem funcionar como meio de transporte para o novo coronavírus. Por isso, sempre que voltar para casa após qualquer atividade na rua, é indispensável deixar o calçado usado na porta de entrada ou limpá-lo com água sanitária (o mais prático é ter sapatos, tênis e chinelos apenas para sair à rua e outros para uso em casa). Igualmente importante é trocar a roupa que estava usando, deixando-a em uma sacola plástica para que seja lavada separadamente depois. Também é fundamental higienizar as mãos com água e sabão e, se possível, tomar banho assim que retornar da rua.

 

5) Fora da sua casa, não toque em seu rosto e use álcool em gel

Evite levar as mãos ao rosto enquanto estiver na rua, pois o vírus entra facilmente pelo nariz, boca e olhos. Vale lembrar que o novo coronavírus pode estar em qualquer tipo de superfície: maçanetas, copos, suportes de apoio de lotações, ônibus, metrôs e trens. Assim, também é importante usar álcool em gel nas mãos neste período fora de casa. O novo coronavírus é revestido por uma camada de gordura. Em contato com o álcool em gel ou sabão, essa camada é removida e o vírus morre.

 

6) Lave ou limpe todos os alimentos que adquirir

Assim como outras superfícies, as embalagens dos alimentos podem servir como meios de transporte para o novo coronavírus. Por isso, higienizar as compras de supermercado antes de guardá-las é fundamental. Isso pode ser feito com álcool líquido fator 70%, água e sabão ou solução com água sanitária. Para verduras, legumes, frutas e hortaliças, recomenda-se higienizar todos os itens com água corrente e depois colocá-los em uma solução com água sanitária (uma colher de sopa diluída em 1 litro de água), por aproximadamente 15 minutos.

Importante!

* Antes de limpar a superfície dos produtos ou lavar frutas e verduras, lave suas mãos e a pia com água e sabão.

* Evite falar ou tossir enquanto realiza essa higienização dos alimentos.

E quando for à feira, supermercado ou padaria

* Use máscara e leve sempre consigo álcool em gel para higienizar as mãos.

* Se possível, pague com cartão de débito ou crédito.

* Respeite a distância mínima de 1,5m da pessoa que está na sua frente na fila (em alguns supermercados este distanciamento está demarcado no chão).

* O ideal é que apenas uma pessoa da família vá a esses locais, o que ajuda a reduzir as aglomerações e facilita os procedimentos de higienização ao retornar para casa.

 

7) Intensifique a higienização da casa

Apesar dos alertas sobre os perigos do novo coronavírus, nem sempre todos em uma família estão convencidos de que precisam permanecer em isolamento social – tem havido especial resistência de idosos, adolescentes e crianças. Diante disso, resta a opção de redobrar os cuidados com a higienização da casa. Assim, aumente a frequência da limpeza com água, sabão e água sanitária de todas as superfícies e locais de uso comum, como paredes, chão, teto, pia, tanque de lavar roupa, banheiro e eletrodomésticos.

 

(Com informações do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e Agência Brasil)

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Os olhares da periferia para o novo coronavírus

Por
29 de abril de 2020

Para muitos moradores dos bairros da periferia da cidade de São Paulo, manter-se em isolamento social, principal recomendação das autoridades de saúde para evitar a proliferação do novo coronavírus, é algo desafiador, quando não impossível. Há os que precisam sair de casa diariamente para trabalhar, muitas vezes em bairros distantes, e há os que, embora a rotina de atividades permita que permaneçam em seus lares, enfrentam resistência da própria família ou as limitações para o efetivo isolamento nas comunidades formadas pela aglomeração de casas e pequenos comércios.

O SÃO PAULO conversou com moradores de diferentes bairros periféricos para saber como têm convivido com as limitações sociais e os receios impostos pela pandemia do novo coronavírus.

ACESSE A VERSÃO DA REPORTAGEM NO JORNAL IMPRESSO

MUITA GENTE AINDA NÃO DÁ IMPORTÂNCIA

Com a suspensão das aulas na rede estadual de ensino, a auxiliar de limpeza Natália de Oliveira Souza Sá, 34, tem ido à escola onde presta serviços, na região Noroeste da cidade, uma vez por semana, e tenta se proteger do novo coronavírus como pode.

“Tomo a lotação usando máscara e luvas e passo álcool em gel. Muitas vezes, está cheia. A maioria das pessoas não toma esses cuidados. Eu tenho medo, mas a gente que é pai e mãe de família precisa sair de casa para trabalhar”, disse à reportagem.

Natália mora no Jardim Carumbé, no distrito da Brasilândia, que lidera a quantidade de pessoas mortas com COVID-19 na cidade: são 81 óbitos, conforme dados da Prefeitura de São Paulo de 27 de abril. Com a auxiliar de limpeza convivem os três filhos, de 18, 16 e 9 anos, além da nora, que está grávida.

“Meu filho mais velho fala pra eu usar uma coleira no pé e ficar presa dentro de casa, porque eu coloquei isso na cabeça. Quando ele sai, o meu filho pequeno se sente no direito de ir pra rua também. Nossa casa fica em uma viela, então, eles se sentem aprisionados. As casas aqui são coladas umas às outras. Eu me protejo, não quero pagar pra ver, pois sei que essa doença está aí”, comentou.

Aglomerações

Também no distrito da Brasilândia está localizada a Vila Penteado, onde Israel Neto, 32, mora com a esposa. Mano Réu, como é mais conhecido, é educador e também atua na área cultural com shows, palestras e oficinas. Desde o começo do isolamento social em São Paulo, ele apenas sai de casa quando necessário, por exemplo para comprar alimentos.

“Eu procuro estabelecimentos comerciais com poucas pessoas, tenho até ‘corrido’ de alguns mercados com filas muito grandes. Por aqui, as aglomerações são frequentes. Existem pequenos armazéns, cubículos com no máximo 3 metros quadrados, onde se encontram, às vezes, coisas um pouco mais baratas. Em uma das quitandinhas, aqui na rua de casa, você entra e encontra três, quatro pessoas lá dentro, todas sem qualquer proteção. O pessoal está nesta onda: ‘Estou no meu bairro, vou ao mercado, e não preciso me proteger, vou só atravessar a rua’”, avaliou Israel Neto.

Entre a festa e a angústia

Mano Réu acredita que as pessoas que saem de casa para trabalhar estão mais conscientes acerca dos riscos da doença, diferentemente de muitos que estão apenas em isolamento doméstico. “Vejo as pessoas na porta das suas casas com som alto, reunindo quatro, seis amigos, fazendo a festa, churrasco. Muitas vezes, são pessoas com vivência de vida, que têm informação”, comentou.

Natália, embora respeite o isolamento social, faz ressalvas à medida. “É muito complicado, pois você acaba se isolando da sua família, dos seus parentes, mas para trabalhar precisa sair. Esse isolamento não é justo. Na verdade, nem sei mais o que pensar. Só sei que estou ‘ficando louca’, pois sobram coisas pra resolver, você não pode sair, e quando vai trabalhar não sabe se quem está ao seu lado tem ou não essa doença”, desabafou.

Sensibilização

Israel Neto avalia que o poder público ainda não fez todas as mobilizações possíveis para conscientizar a população sobre os riscos da pandemia. Outro complicador, em seu entender, é que muitas pessoas constroem sua opinião sobre a COVID-19 em programas televisivos que nem sempre mostram a gravidade da situação.

Natália comentou que, mesmo com o aumento do número de casos na Brasilândia, nem todos acreditam nos riscos do novo coronavírus: “Conheço um senhor aqui do lado de casa que está com suspeita de COVID-19. Ele era um dos idosos que ficavam ‘zanzando’ pela rua e falando que essa doença era coisa da nossa cabeça”.

“Talvez o aumento do número de mortes sensibilize a população, mas sou um pouco pessimista: em um país onde morrem 60 mil pessoas por ano pela violência, talvez não haja tanta sensibilização por causa de 4 mil, 5 mil mortos”, concluiu Mano Réu. (DG)

 

E SE NEM TODOS RESPEITAM O ISOLAMENTO?

Aposentada há 15 anos, Valkiria Lozano Gomes, 54, tem passado a maior parte do isolamento social em sua casa no Parque Santa Amélia, no distrito de Pedreira, na zona Sul, às margens da Represa Billings, na divisa com os distritos de Cidade Ademar, Campo Grande, Cidade Dutra, Grajaú e com o município de Diadema.

Ela sai apenas para ir ao mercado e não tem participado de confraternizações familiares, nem visitado outras pessoas, pois acredita que a quarentena é uma questão de organização, sendo perfeitamente possível  observá-la.

Valkiria mora com os dois filhos, Leandro e Carolina, e o marido, Wilson. O filho e o esposo estão trabalhando em regime de home-office. Sua rotina não foi alterada, como contou ao O SÃO PAULO, e a aposentada procura manter a casa limpa e arejada: “Estou seguindo as orientações dos profissionais da saúde, usando um calçado para dentro de casa e outro quando tenho necessidade de sair. Quando chego, antes de entrar, tiro o calçado, as roupas e lavo as mãos na lavanderia, que fica ao lado da cozinha”.

A aposentada confia que o isolamento social é capaz de inibir a disseminação do novo coronavírus, mas lamenta que seus vizinhos estejam desobedecendo à recomendação da quarentena, mesmo que muitos estejam sem trabalhar. Um dos exemplos, segundo ela, pode ser visto nos supermercados do bairro, quase sempre lotados. (JS)

 

EM SERVIÇOS ESSENCIAIS

De segunda a sexta-feira, ela sai de casa, no bairro de Guaianases, na zona Leste, às 5h20, rumo ao hospital em que trabalha há 11 meses como recepcionista. O percurso de uma hora e 30 minutos é feito de ônibus, trem, metrô e caminhada de aproximadamente 10 minutos. Desde que a pandemia de coronavírus começou, Jayne Alves dos Santos, 26, utiliza máscara de proteção e leva consigo um frasco de álcool em gel para higienizar as mãos a cada integração no transporte público.

A zona Leste também é o ponto de partida para a jornada de trabalho de Antônio Augusto Lopes Júnior, 38, técnico em telecomunicações. Ele mora no distrito da Ponte Rasa e se desloca até o Bresser, bairro onde se localiza a sede da empresa prestadora de serviços na área de rede de TV a cabo. “Na rua, sempre higienizo as mãos e o carro, uma vez que muita gente tem acesso ao veículo para limpeza e manutenção na empresa. Temos recebido um produto para limpar o carro e o álcool em gel para as nossas mãos, além de máscaras e luvas. Com todas essas coisas, o trabalho fica mais lento, mas a gente usa, é importante se prevenir”, avaliou.

Também no hospital onde Jayne trabalha, os cuidados com a limpeza foram intensificados, de forma a manter os ambientes sempre organizados e arejados. As máscaras são trocadas a cada duas horas, e as mãos lavadas com frequência com água e sabão. Devido ao distanciamento social, as consultas e exames laboratoriais foram cancelados.

Ao chegar a casa

Assim que retorna do trabalho, Jayne deixa os sapatos no quintal e evita tocar em qualquer objeto antes de fazer sua higienização.

Lopes Júnior também tem redobrado os cuidados. “Antigamente, eu fazia menos trocas das roupas do uniforme. Agora, faço o revezamento das botas: saio com uma, a outra fica pra limpar. Troco a calça todo dia. Quando volto do trabalho, já busco trocar de roupa antes de entrar em casa e vou direto para o chuveiro me lavar”, detalhou.

O técnico em telecomunicações que vive com a esposa e o filho de 6 anos de idade acredita que não basta haver a quarentena sanitária. “O que resolverá é as pessoas se cuidarem, melhorarem o asseio. Eu melhorei demais em relação à lavagem das mãos, à própria roupa e limpeza da minha casa”, conta. Regularmente ele também visita os pais. “Vou à casa deles e volto pra casa, sem passar por outro lugar”, assegurou.

Jayne, além de ser recepcionista, complementa sua renda com serviços esporádicos de manicure e cabeleireira aos fins de semana. Nos poucos momentos de folga, ela, que mora com a filha, Kamila, de 9 anos, procura manter o distanciamento social, saindo de casa apenas em casos de extrema necessidade. “Sempre a oriento a ter o máximo de cuidado possível, explicando como está a situação atual. Peço que ela fique em casa e participe das aulas e atividades on-line. Também a deixo à vontade para brincar dentro de casa”, contou.

Olhando pra fora

Segundo Jayne, em Guaianases a maioria das pessoas tem respeitado o isolamento social: “Algumas pessoas estão respeitando o isolamento. Em dias anteriores à pandemia, havia pouca movimentação na rua, pois é um bairro muito tranquilo, o que ajudou no entendimento de que ficar em casa é a melhor escolha”, continuou.

Já na Ponte Rasa e no Bresser, por onde transita diariamente, Antônio observa uma realidade diferente. “Aqui na Ponte Rasa, perto da Avenida Governador Carvalho Pinto, na região mais conhecida como Tiquatira, principalmente aos sábados, é muito cheio. Os carros não param, é muita gente nas ruas sem máscara, sem proteção. Também perto da sede da empresa, no Metrô Bresser-Mooca, você vê gente aglomerada, sem proteção alguma, criança correndo e gente idosa”, relatou. (DG e JS)

 

DO OUTRO LADO DO CAIXA

Em uma rede de supermercados, há quatro anos e sete meses, Bruna Onória Batista, 23, trabalha como operadora de caixa. Diante do avanço da COVID-19, a jovem percebeu a adoção de algumas medidas de higiene em seu ambiente profissional.

Além do uso de máscaras ter se tornado obrigatório entre os colaboradores, o álcool em gel está ao alcance de todos: suportes com o produto foram colocados nas entradas principais do supermercado, à disposição dos clientes, bem como todos os operadores de caixa dispõem dele para higienização das mãos a cada novo consumidor atendido. Somado a isso, um suporte de acrílico foi colocado para evitar o contato entre os profissionais e as pessoas que pagam as compras, as máquinas de cartão e carrinhos são frequentemente limpos com álcool e os funcionários têm recebido formação sobre como se prevenir da doença.

No refeitório, a administração preparou o ambiente para que todos os funcionários lavem as mãos antes de ter contato com objetos e alimentos; os talheres, agora, são disponibilizados esterilizados e separados em um saco plástico, e os acentos foram dispostos com distanciamento mínimo de 1 metro.

Moradora da Vila Amália, na zona Norte, Bruna vai a pé ao trabalho em uma caminhada de cerca de 10 minutos. Ela afirmou que as medidas preventivas adotadas pela empresa lhe dão mais segurança para trabalhar, uma vez que sua função não permite cumprir o isolamento social: “Eu fico tranquila por ter todo o respaldo da empresa, como médico, enfermeira e equipamentos de proteção. Tomando esses devidos cuidados, é possível continuar a trabalhar”.

Em casa, ela não deixa de seguir as orientações das autoridades sanitárias: separa roupas e sapatos vindos da rua em um único ambiente, limpa as mãos e as superfícies com álcool em gel e lava todos os alimentos após a compra.

De hábitos caseiros, Bruna conta que tem conseguido lidar bem com a quarentena e evita receber visitas, bem como ir à casa de familiares e amigos.

A operadora de caixa acredita que o isolamento social irá diminuir o número de infectados pelo novo coronavírus, desde que haja uma maior conscientização da população em manter a quarentena e utilizar os recursos preventivos corretamente.

Bruna contou que a maioria dos moradores da Vila Amália não têm respeitado o isolamento social e permanecem nas ruas, sem máscaras ou qualquer proteção. (JS)

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