Governo Federal não oferece vacinação para COVID-19

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17 de abril de 2020

Uma mensagem compartilhada pelas redes sociais informava sobre uma provável campanha de vacinação contra o novo coronavírus, organizada pelo Governo Federal, a partir do dia 30 de março.

Em um trecho, o informe garantia que para evitar aglomerações nos postos de saúde e unidades de pronto atendimento (UPA), seria necessário realizar o agendamento pelo aplicativo oficial do Governo Federal, destinado para o COVID-19.

 POR QUE?

A informação é falsa, pois o Ministério da Saúde reitera que não foi desenvolvida nenhuma vacina preventiva ao COVID-19, até então. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) não faz qualquer exigência de cadastro ou agendamento prévio para o recebimento das vacinas disponíveis.  

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Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

(Com informações de Ministério da Saúde)

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A sabedoria não está isolada

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16 de abril de 2020

Entre todas as informações sobre a Covid-19, talvez a mais conhecida seja sobre o grupo de risco, no qual estão pessoas com doenças crônicas e as acima dos 60 anos. Desses, alguns já se aposentaram e outros continuam trabalhando ou realizando trabalhos de forma remota.

O SÃO PAULO conversou com idosos que, de diferentes lugares e realidades, contaram suas experiências durante o isolamento social, o que têm feito para ocupar o tempo e como têm vivido a dimensão da fé, participando das celebrações pela televisão ou pela internet e intensificando momentos de diálogo e oração em família.

QUEM SÃO ELES

Jorge Lima Lorente é radialista e escritor. Ele mora em Santo André (SP). Viúvo, tem dois filhos e quatro netos e está vivendo o isolamento social sozinho, numa casa com quintal e dois cães.

Maria Celeste Delgado Lessa, 76, mora em Recife (PE). É casada há 58 anos e teve quatro filhos, um deles, porém, faleceu de câncer. Está vivendo o isolamento em seu apartamento, na capital pernambucana.

José Antonio Novaes, 69, tem dois filhos e mora no Rio de Janeiro (RJ). Ele é professor de Matemática e está vivendo o isolamento social em seu apartamento, no bairro de Botafogo, com a esposa e a sogra.

Irene Perotto, 86, é religiosa da Congregação das Irmãs Paulinas há 63 anos. Ela nasceu em Barra do Ouro (RS) e mora em São Paulo (SP) junto a outras irmãs de sua comunidade religiosa.

Nelson da Silva Teixeira, 69, mora em São Paulo (SP), é casado e tem quatro filhos e uma neta. Está em isolamento com a esposa, uma das filhas e uma sobrinha em sua casa, no Jaçanã.  

Leonardo Venturini, 60, é casado há 32 anos. Tem duas filhas e mora em Jaguariúna (SP), onde está em isolamento com sua esposa e uma das filhas numa casa com quintal e muitas plantas.

Walter Mascarenhas Neves, 67, mora em São Paulo (SP), é viúvo e tem 3 filhos. Está em isolamento em sua chácara, em Indaiatuba (SP) junto com um das filhas e sua família e outro filho. Walter é engenheiro, mas após a morte da esposa se dedica quase exclusivamente ao trabalho pastoral e voluntário que realiza no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no Arsenal da Esperança e com oficinas de artesanato para idosos. É coordenador de um grupo diário de meditação cristã na paróquia em que participa, no bairro de Perdizes.

Como você tem vivido o isolamento?

Jorge Lima Lorente -  Tenho levado muito a sério o isolamento, não saio nem mesmo na calçada de casa e, na minha rua, que é sem saída, todos os moradores tem ficado em casa, com poucas exceções. Não tive tempo de me sentir chateado ou deprimido, um segundo sequer. Escrevo mensalmente para a Revista “O Mílite” e comentários sobre os Evangelhos dominicais para a internet. Isso tudo absorve meu tempo na sua totalidade. Estou trabalhando em casa. Meu escritório transformou-se em um estúdio de rádio e eu estou transmitindo meus programas, diário e dominical, de minha casa, via Skype. Confesso que estou aprendendo e aplicando coisas novas todos os dias.

Maria Celeste Delgado Lessa – Aqui em Recife, mais especificamente no meu bairro, algumas pessoas tem respeitado o isolamento, outras não. Eu tento ficar em casa, mas, às vezes, preciso sair, pois sou eu quem resolvo as coisas da casa. Pela manhã, após o café, faço caminhadas no corredor do edifício em que moro, além de subir e descer as escadas, pois moro no terceiro andar e fazer alguns exercícios dentro do apartamento. Depois, dedico um tempo para limpar a casa e fazer o almoço. À tarde, descanso, leio e cuido das plantas.

José Antonio Novaes – Por aqui, as pessoas não têm respeitado o isolamento, há muitas aglomerações, principalmente nas estações de transportes públicos. Estou há quatro semanas em casa e saí quatro vezes. Uma em que fomos nos vacinar, duas idas à farmácia e uma para as compras no mercado. Passo o tempo cozinhando, lendo, gravando vídeos para o canal “Matemática de outro jeito” que mantenho no You Tube, jogando e dançando com a Alice, minha esposa. Ah, e cuidando da sogra.

Irmã Irene Perotto - Sinto que as pessoas estão respeitando sim as normas de isolamento. Na minha comunidade também estamos, procuramos nos distanciar e manter o equilíbrio, que é muito importante neste momento.

Nelson da Silva Teixeira - Eu moro na periferia da cidade de São Paulo, no Jaçanã. Daqui de casa vejo algumas pessoas indo à UBS e consigo ver o ônibus com pouca gente. Nestes 26 dias de isolamento, só saí uma única vez para tomar a vacina há menos de 500 metros de casa. Eu gosto de sair para visitar pessoas e participar de atividades pastorais e voluntárias. Atualmente, trabalho remotamente como executivo de um partido político e atendo os 645 municípios do Estado de São Paulo, conversando e orientando as pessoas em suas comunidades.

Leonardo Venturini - Aqui na cidade, respeitando a ordem do Governo Estadual, está tudo fechado e temos apenas quatro casos confirmados [até dia 11 de abril]. Todos os dias de manhã, eu abro a porta da minha casa e agradeço a Deus caminhando pelo quintal! Tenho ocupado o tempo cuidando das plantas, cortando grama, colhendo as verduras. Às vezes toco violão, leio mensagens no Whatsapp, cozinho, cochilo à tarde. Mas, confesso que é muito difícil ficar em casa.

Walter Mascarenhas Neves - Por morar em um condomínio fechado, aqui na chácara, todos estão respeitando o isolamento. Estou numa casa grande, com terreno grande e isso facilita muito. Somente meu filho recebe o que vem de fora e higieniza tudo antes de manipularmos. Temos comprado tudo por telefone ou pela internet.

 

Você considera o isolamento uma privação? É muito difícil para você ficar em casa?

Jorge Lima Lorente – Sim. Gosto muito de sair. Faço palestras, gosto de visitar parentes e amigos. Nos encontramos pelo menos uma vez por semana. Porém, gosto muito também de ficar em casa escrevendo, lendo ou cozinhando alguma receita que encontro na internet, que tem sido – além do trabalho - um dos meus modos de passar o tempo.

José Antonio Novaes - Sempre gostei de sair, praticar esportes, passear, de eventos culturais e de trabalho. Tem sido difícil sim.

Irmã Irene Perotto - Acredito que esta é uma experiência única, independente de todas as outras experiências já vividas. É uma privação muito grande para todas as pessoas e, por isso, parece que o peso é ainda maior. Temos que pensar muito sobre isso e quais serão nossas atitudes depois que tudo passar.

Nelson da Silva Teixeira – Ficar em casa tem sido uma experiência muito salutar para nossa vida em plenitude. Um tempo para refletir sobre como estava a nossa vida, sobre o tempo que temos para cada coisa, sobre a importância do tempo.

Leonardo Venturini - Eu não gosto de ficar em casa. Acordava todos os dias às 5h e fazia minha caminhada, antes do isolamento. Gosto de conversar com as pessoas na rua e cumprimentar conhecidos, está sendo difícil sim. Mas, por outro lado, estou ficando mais tempo com minha esposa e minha filha, que mora fora da cidade. O que eu gosto mesmo é de receber pessoas em casa e estou sentindo muita falta disso.

Walter Mascarenhas Neves - Tem sido difícil ficar em casa, pois gosto de sair. Porém, sinto-me muito privilegiado por ter espaço, quintal, natureza e por estar com minha família. Para ocupar o tempo eu cozinho, cuido das plantas, limpo a casa e ajudo a cuidar do meu neto.

Você tem o hábito de rezar em casa? Os momentos de oração se intensificaram durante o isolamento?

Jorge Lima Lorente - Tenho sim o hábito de rezar em casa, tenho um pequeno altar, acompanho os momentos de oração pelos meios de comunicação, porém, sem companhia (a não ser a de Jesus e Maria), pois moro sozinho.

Maria Celeste Delgado Lessa - Tenho um altar no meu quarto e acompanho sempre as missas pela televisão ou pelo rádio, sobretudo com os padres Marcelo Rossi, João Carlos e Reginaldo Manzotti. Tenho muita fé em Deus que logo vai passar e sofro pelas famílias que perderam seus entes queridos.

José Antonio Novaes - Eu rezo sim, mas não acompanhando rádio ou tv. Quando criança, rezávamos o Terço em casa e eu continuei a rezá-lo, mas no metrô, trem, ônibus ou dirigindo e a Alice rezava em casa. Agora, estamos rezando juntos à noite.

Irmã Irene Perotto – Nós rezamos sempre, seja individualmente, seja em comunidade, além, é claro, das missas diárias. Antes da epidemia, porém, eu participava da missa na televisão somente em alguns domingos, quando eu estava impedida de ir à paróquia. Agora essa participação tem sido frequente. A celebração da Páscoa na comunidade também foi excelente. Cada cerimônia foi muito significativa.

Nelson da Silva Teixeira – Sim, junto com os familiares e pelas redes de televisão católicas, em especial a TV Aparecida, tenho acompanhado as celebrações. Tenho um altar dedicado a Nossa Senhora da Salette, e, como Leigo Saletino e Missionário da Reconciliação, sempre lembro a Mensagem de Maria na Montanha de La Salette, quando ela falou: “Não tenham medo, vão e levem esta mensagem para todo o meu povo”.

Leonardo Venturini – Todos os dias eu rezo o Terço, mesmo antes da pandemia. Toco violão no coral da paróquia e estou sentindo muita falta de participar das celebrações. Não tenho o costume de acompanhar o Terço pelo rádio, rezo sozinho. Mas, agora, durante o isolamento, estamos rezando o terço em família e está sendo uma experiência muito bonita. Temos vários altares em casa. Temos rezado muito durante esses dias.

Walter Mascarenhas Neves – Diariamente, rezo o Terço e participo da celebração numa igreja perto da minha casa. Aqui, na chácara, tenho acompanhado pela tv somente aos domingos. Em casa, conversamos, aprendemos a conviver e compartilhamos muitos momentos. Às vezes, quando bate ansiedade, fico mais introspectivo, rezo, tento refletir e mudar atitudes. Agradeço sempre a Deus, pois tem sido muito pródigo comigo.

 Acompanha as missas, encontros, momentos de oração pela televisão, rádio ou pela internet?

Jorge Lima Lorente - Faço uso de todos os meios de comunicação social. Têm me ajudado bastante para eu me aproximar mais de Deus, por meio da oração. Eu pensava que rezava o suficiente, neste período, assim como outras milhares de pessoas, eu tenho me encontrado em oração, no mínimo o dobro do que eu rezava. Toda a tecnologia e os meios de comunicação estão sendo bastante utilizados. Vários grupos se formaram, então acontecem, além da troca de informações via Whatsapp, encontros programados para a oração do terço via hangouts ou Skype.

José Antonio Novaes – Sim, pois foi a opção que nos restou. O padre da minha paróquia tem celebrado por lives do Facebook e, às vezes, assisto a missa pela Rede Aparecida de Televisão.

Irmã Irene Perotto - Tenho muito contato virtual e por telefone com meus familiares, irmãs, sobrinhas. Durante o dia, nos falamos sempre. Eles me contam o cotidiano e eu dialogo com eles e tento confortá-los neste momento tão difícil. Estamos todos contando os dias para que acabe essa situação de isolamento. Participar das missas por meio da televisão tem sido uma experiência única, pois, embora à distância, é como se estivéssemos num contato quase pessoal com toda a Igreja.

Nelson da Silva Teixeira – Sim. Uso todos os meios tecnológicos para viver a minha fé. Os templos estão fechados, mas a Igreja está sempre aberta, pois a Igreja também somos nós. Tenho também participado de alguns grupos virtuais, como CNLB, Cáritas e Leigos Saletinos.

Leonardo Venturini - Todos os dias participamos da missa pela televisão durante este tempo, mas, está sendo difícil, pois não é a mesma coisa da missa presencial.

Walter Mascarenhas Neves - Não gosto muito de acompanhar os atos litúrgicos pela televisão, por isso, durante o isolamento, tenho feito isso só aos domingos.

Acredita que este tempo de isolamento pode ensinar, para a sociedade em geral, algo de bom?

Jorge Lima Lorente - Eu tenho certeza que este período de isolamento trará muitos frutos bons. Pessoas descrentes estão se aproximando da Igreja e participando dos momentos de oração. Um velho ditado diz que nos aproximamos de Deus pela dor ou por amor. Pena que tenha que ser pela dor. Mas, as pessoas estão sim rezando mais e deixando de lado o pronome pessoal eu e fazendo uso do nós. Notícia recente mostra que os meios de comunicação, de conteúdo religioso, teve um salto, um aumento de 300% no seu Ibope. O aprendizado já está acontecendo, a proximidade entre filhos e pais, marido e mulher.  Vamos continuar em oração para que, quando tudo passar, esta fantástica experiência não caia no esquecimento.

José Antonio Novaes – Com certeza. As mídias nos ajudavam a nos aproximar das pessoas distantes e, às vezes, acabavam nos distanciando de quem estava perto. Penso que, com este exercício de isolamento, vamos notar que precisamos ficar mais perto da família e de quem mora conosco. Espero que além de valorizar mais a saúde, alguém se atente para a importância da educação e dos professores.

Irmã Irene Perotto - Tenho certeza que o futuro será diferente. Acredito que a humanidade vai iniciar uma nova era. Essa experiência tem sido de diálogo, de valorização da família, de intensificar os relacionamentos e isso vai modificar o futuro, sobretudo as famílias. A família é o centro da humanidade. As epidemias marcaram profundamente e diretamente minha vida. Quando eu tinha cerca de 12 anos, aconteceu a epidemia de tifo no Brasil. Meu pai, que nunca teve nenhuma doença, pegou a febre e morreu em decorrência do tifo. Quando eu tinha 40 anos, fui eu quem peguei a gripe asiática. Tive febres de 40ºC e não havia remédio que abaixasse a febre. Estava em missão e tive que resistir, mas, quando voltei para a comunidade, continuei tendo febre. Tive então uma pneumonia muito forte e um dos pulmões prejudicados, com consequências que duram até hoje.

Nelson da Silva Teixeira – Este tempo vai nos trazer um novo modo de vida menos consumista e mais solidário. Veremos com se fosse com uma lupa as necessidades de nossos irmãos mais desfavorecidos. E, como afirmou o Papa Francisco na Encíclica Laudato si, a própria Igreja deverá se tornar menos intimista, para ser uma Igreja verdadeiramente em saída, indo ao encontro das pessoas nas periferias de nossa existência.

Leonardo Venturini - Acredito que depois que tudo isso passar muitas coisas vão mudar. Vamos valorizar muito mais nossa liberdade. A liberdade de sair, de receber amigos, de confraternizar com as pessoas. Deus, família e liberdade são as coisas mais importantes da vida.

Walter Mascarenhas Neves – Acredito que este isolamento me ajudará, sobretudo, a compreender melhor a situação dos idosos com os quais trabalho, pois a maioria deles passa muito tempo sozinho. Sinto que tudo o que acontece em nossa vida está em sintonia com os planos de Deus. Além disso, aprenderemos, sempre mais, a conviver, o que parece simples, mas não é.

 

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Campinas tem primeiro AME voltado para atendimento de COVID-19

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16 de abril de 2020

As mudanças implantadas no atendimento do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), do município de Campinas (SP), foram citadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na coletiva de imprensa desta quinta-feira, 16.

A unidade de saúde alteraria seu protocolo no fim do mês de abril, contudo, os reforços para o enfretamento da pandemia na região foram antecipados e começaram na última segunda-feira, 13.

O primeiro AME com serviços reprogramados já conta com 15 leitos clínicos e a partir desta sexta-feira, 17, entrará em funcionamento mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme salientou o governador.

A Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS) é a responsável pelo encaminhamento dos pacientes para o serviço médico disponível no local.

A unidade localizada na Avenida Prefeito Faria Lima, 486, Vila Industrial, foi construída por meio do Programa Saúde em Ação, que contempla uma parceria entre Estado da Saúde e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e teve um investimento total de R$ 51 milhões. Antes das alterações, eram oferecidos serviços de consultas, exames e procedimentos de menor complexidade, previamente agendados.

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Alimentos alcalinos não evitam coronavírus

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16 de abril de 2020

De acordo com uma mensagem circulada nas redes sociais, uma forma de inibir o contágio do coronavírus, é com o consumo de alimentos alcalinos, ou seja, que contém poucos açucares. A informação se baseia na suposição de que o PH apresentado pelo vírus varia de 5,5 a 8,5 (PH é a escala que especifica o quanto uma solução é dissolvida na água).

Na orientação, uma forma fácil e eficaz de impedir a contaminação, é ingerindo alimentos com PH acima do que contém o coronavírus. Como exemplo, a mensagem cita as frutas: limão, manga, abacaxi, laranja e tangerina, além de alho e abacate.

POR QUE?

Mesmo com as pesquisas que estão sendo realizadas, o Ministério da Saúde, reitera que até o momento não foram desenvolvidos nenhum medicamento, substância, vitamina, vacina ou alimento especifico capazes de prevenir o COVID-19.

A pasta insisti que a forma mais preventiva, até então, é o cuidado com a higienização, etiqueta respiratória e distanciamento social.

Outro aspecto que revela a insustentabilidade do conteúdo, é o de que a imagem apresenta uma média equivocada para o PH dos insumos citados.

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Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou serviço para esclarecer dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

(Com informações de Ministério da Saúde)

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Convivendo com o hóspede indesejado

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16 de abril de 2020

O dia começou com uma tosse seca e persistente. No fim da tarde, indisposição e febre. As dores no corpo e o cansaço vieram na manhã seguinte. Os sintomas fizeram com que Lumara Roque Bernardo, 27, fosse ao médico. Quatro dias depois, a jovem enfermeira teve a confirmação do que temia: estava infectada com o novo coronavírus.

“A recomendação foi o isolamento, inclusive de separar um cômodo apenas para mim, além do uso de máscara, caso precisasse transitar na casa, e a higiene constante das mãos. Também pediram para observar os sintomas e ligar ou procurar serviço médico em caso de piora dos sintomas”, afirmou a moradora da Parada de Taipas, na zona Noroeste da capital paulista.

Do outro lado da cidade, no Capão Redondo, na zona Sul, João Lucas Aguiar, 25, foi diagnosticado com o novo coronavírus três dias após sentir uma forte dor de garganta, seguida de febre alta e falta de ar. O analista de relacionamento procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Campo Limpo, e recebeu as primeiras orientações de como deveria prosseguir com o tratamento médico em casa, incluindo inalação, hidratação constante e o uso de três antibióticos: amoxicilina, oseltamivir e azitromicina.

EM ISOLAMENTO

Lumara, diagnosticada com COVID-19 em 25  de março, conta que permaneceu 14 dias em seu quarto, que é uma suíte. “Meu marido, a única pessoa que mora comigo, ficou em outro quarto. Ele fazia as atividades domésticas, inclusive alimentação, para não correr risco de se contaminar e também porque eu não tinha disposição para nada”, recordou. “Eu mesmo higienizava o meu quarto e banheiro. Minha roupa era lavada separada das roupas do meu marido. Não compartilhamos nada em comum nesse período”, detalhou.

João Lucas mora com a mãe, Elaine Cristina Aguiar. Assim que soube do diagnóstico da doença do filho, em 1o de abril, ela comunicou os moradores do condomínio residencial em que vivem para que fossem tomados os devidos cuidados.

O analista de relacionamento está na fase final de tratamento. “Estou conseguindo manter o isolamento social, mesmo sendo bem doloroso. Acredito que seja para o bem de todos”, disse, completando que ele próprio realiza a higienização do único banheiro da casa.

A FÉ DIANTE DA ANGÚSTIA

“Ser diagnosticada com essa doença não é fácil, ainda mais sendo enfermeira e tendo conhecimento mais profundo dos riscos, mas me apeguei muito a Deus. Minha fé católica me ajudou a enfrentar esse momento, além do apoio da família e amigos”, afirmou Lumara. “Não é só o corpo que sofre, mas a alma e mente também. Eu me senti muito só. Foi Deus quem me manteve esperançosa para vencer esse momento”, assegurou.

A enfermeira falou, ainda, sobre a angústia de ter tido contato com os pais e o esposo dias antes de ser diagnostica com a COVID-19. “Preocupava-me ainda mais em relação aos meus pais, que, apesar de não serem idosos, são mais velhos. Tentei passar confiança para eles,  demais familiares e amigos. Eu sempre dizia ‘estar bem’, mesmo estando muito mal, para que eles não se preocupassem”, relatou.

João Lucas disse ter ficado abalado por ter contraído o novo coronavírus. “Até que nos afete, não levamos muito a sério. Eu tive que sentir na pele para acreditar”, assegurou.

UM NOVO OLHAR PARA A VIDA

Já curada da COVID-19, Lumara garante que tudo ganhou um novo sentido. “Sinto como se a vida tivesse me dado uma segunda chance. Isso me fez repensar o quanto deixei de valorizar as pequenas coisas que realmente importam. E não é só pela doença. Acho que após esse isolamento social, passaremos a dar mais valor às pessoas que amamos e aos momentos juntos”, concluiu.

O ISOLAMENTO DOMÉSTICO COM A COVID-19

O infectologista Jamal Suleiman, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, disponibilizou à Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo orientações para cuidados domésticos das pessoas com COVID-19. Veja alguns cuidados:

- O doente deve ficar em um quarto, longe de outras pessoas, o máximo possível;

- Recomenda-se que use um banheiro separado;

- Deve-se evitar o compartilhamento de itens domésticos pessoais, como pratos, toalhas e roupas de cama;

- Doente, cuidador ou acompanhante devem usar uma cobertura de pano que cubra a boca e o nariz quando estiverem perto uns dos outros;

- O doente deve ser alimentado no quarto, sempre que possível;

- Recomenda-se separar uma lata de lixo forrada para a pessoa doente;

- Que se evite receber visitas desnecessárias.

Acesse a íntegra das orientações

 

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Pastoral da Saúde orienta para cuidados em casa de pessoas com a COVID-19

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08 de abril de 2020

A Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo disponibiliza a todos os seus agentes e aos demais interessados uma relação de orientações para cuidar de uma pessoa com a COVID-19 em casa.

O conteúdo foi produzido pelo Prof. Dr. Jamal Suleiman, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, que cedeu o material para a divulgação da Pastoral da Saúde.

“Ele disponibilizou esse texto para a Pastoral da Saúde e lhe somos imensamente gratos por isso. Colocamos essas orientações à disposição das famílias e grupos que tiverem que cuidar de algum enfermo do COVID-19. Ao mesmo tempo, recomendamos seguir sempre as indicações dos profissionais da saúde. Confiamos todos os enfermos à proteção misericordiosa de Deus, pela intercessão de Nossa Senhora da Saúde. Que Deus também abençoe e recompense os profissionais da saúde e demais servidores das estruturas sanitárias pelo serviço abnegado que prestam à população, em especial, aos doentes. Pedimos também que Deus ilumine o esforço dos cientistas, pesquisadores e técnicos na busca de uma vacina contra o novo Coronavírus e de medicamentos eficazes para combater a doença do COVID-19 e outras doenças que afligem a humanidade”, escreve o Padre João Inácio Mildner, Assistente Eclesiástico Arquidiocesano da Pastoral da Saúde.

 

CLIQUE E ACESSE A ÍNTEGRA DAS ORIENTAÇÕES

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Novo hospital de campanha será construído no complexo esportivo do Ibirapuera

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07 de abril de 2020

Na coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 7, o Governado de São Paulo, Joao Dória (PSDB) anunciou que um novo hospital de campanha está sendo construído na cidade de São Paulo, para o tratamento de pacientes com COVID-19, no Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (Ibirapuera).

Esse é o terceiro hospital de campanha construído pela Prefeitura de São Paulo com apoio do governo estadual. Nesta segunda-feira, 6, foi inaugurada a primeira unidade localizada no estádio do Pacaembu, com capacidade para 200 leitos. No próximo dia 15, será aberto o hospital de campanha do Parque Anhembi, com 1,8 mil leitos.

Ao todo, serão 240 leitos para atendimentos de baixa complexidade, mais 28 de estabilização, sala de descompressão, consultórios médicos de tomografia. Os pacientes atendidos serão transferidos de unidades de pronto atendimento.

 “No total, estamos acrescentando aqui na capital 2.240 leitos de baixa complexidade, fundamentais para liberarem as unidades de saúde para o atendimento da alta complexidade”, informou o governador.

O hospital de campanha será erguido no gramado e parte da pista de atletismo do complexo, e terá 7,5 mil metros quadrados. A construção é resultado de uma parceria com a Secretaria de Estado de Esportes.

A Secretaria de Estado da Saúde firmará convênio com o Serviço Social da Construção (SECONCI), Organização Social de Saúde (OSS), que já administra outros hospitais e Ambulatórios Médicos de Especialidades do Governo do Estado, para a implantação e administração da nova unidade.

Caberá a OSS a contratação de 800 profissionais da área da saúde para os trabalhos no local. Ao todo, serão gastos R$ 12 milhões para a construção e desmobilização do local e mais 10 milhões mensais em investidos para o custeio da unidade.

PROGRAMA ALIMENTO SOLIDÁRIO

Uma nova medida para o auxílio das pessoas em situação de vulnerabilidade social, ao longo da pandemia de coronavírus, foi anunciado pelo governador, João Dória. O programa Alimento Solidário irá entregar 1 milhão de cestas de alimentos nos 645 munícios do Estado.

A inciativa foi pensada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, com apoio do Fundo Social de São Paulo, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e InvestSP. A distribuição está prevista para começar no próximo dia 17, na capital. Posteriormente, os municípios da região metropolitana, interior e litoral serão contemplados.

Os alimentos serão entregues às famílias cadastradas no Cadastro Federal oficial para inclusão em programas de assistência social e transferências de renda (CadÚnico), que possuem renda de até R$ 89,00 per capta mensal. A distribuição será feita por meio da Rede de Assistência Social Municipal e das Diretorias Regionais de Assistência Social.

(Com informações Governo do Estado de São Paulo)

 

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Domingo de Ramos

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05 de abril de 2020

Com o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor iniciamos a semana santa, durante a qual acompanhamos os últimos dias de Jesus na terra e os passos de sua paixão, morte e ressurreição. A Igreja nos convida a acompanhar com fé, com o coração arrependido e agradecido, esses momentos marcados pelo infinito amor de Deus por nós.

A Igreja recomenda a participação intensa do povo nas celebrações da Liturgia desta “semana maior”, que pode ser um verdadeiro retiro espiritual para todos e é a melhor forma de celebrar a Páscoa. Neste ano, a participação será diferente, pois estamos todos vivendo o período de “isolamento social” por causa da pandemia do Coronavírus. As igrejas estão vazias e as celebrações são transmitidas pelos Meios de Comunicação e as diversas mídias sociais. Todos podem participar, de alguma forma, assistindo em suas casas e unindo-se a quem está celebrando.

Quem não teve a oportunidade de se confessar, procure fazer o que é recomendado pela Igreja nessas situações: fazer o exame de sua consciência, arrepender-se dos pecados, pedir sinceramente o perdão a Deus num momento de oração, renovar o propósito de vida santa e fazer penitência, agradecendo a Deus. Depois, na primeira possibilidade que tiver, fazer a confissão sacramental individual. A celebração da Páscoa inclui o arrependimento dos pecados e a sincera renovação dos propósitos da vida cristã.

Na tarde da Quinta Feira Santa tem início o sagrado tríduo pascal de paixão, morte e ressurreição de Jesus. No início da noite, celebra-se a missa que recorda a última ceia, a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, o gesto do lava-pés, o mandamento novo do amor ao próximo “como Jesus amou” e o início dos sofrimentos da paixão de Cristo. É uma celebração marcante e o povo é convidado a participar com fé.

Na Sexta Feira Santa somos convidados a recordar os sofrimentos e a morte de Jesus Cristo por amor de todos nós. É dia de penitência, de jejum e abstinência de carnes. É a hora de nos colocarmos misticamente aos pés da cruz, com Maria, mãe de Jesus, para pedir perdão, agradecer e adorar Aquele que deu sua vida para que nós alcançássemos misericórdia, perdão e vida. Nesta Sexta Feira Santa, lembremos especialmente os doentes e aqueles que cuidam dos doentes. E lembremos também dos cristãos que vivem e testemunham a nossa fé nos “Lugares Santos”, lugares bíblicos e das origens da nossa fé judaico-cristã. Eles enfrentam muitas dificuldades por lá e precisam muito desse nosso apoio solidário, a fim de que o testemunho de Jesus Cristo continue presente naquelas regiões.

Sábado Santo é dia de recolhimento e preparação para a solene vigília pascal. Essa vigília precisa ser mais conhecida e participada, pois é muito importante e significativa. A Igreja recorda os grandes feitos da história da salvação, renova as promessas do Batismo e proclama a ressurreição de Jesus. É a proclamação de que a vida venceu a morte, graças ao amor infinito do nosso Deus.

Enfim, o Domingo de Páscoa da Ressurreição é o primeiro de todos os Domingos! A Igreja anuncia com solenidade e festa a ressurreição de Jesus Cristo, mistério fundamental da nossa fé. Ninguém deveria deixar de participar da Missa no Domingo da Páscoa, mesmo que não seja de forma fisicamente presencial, mas através das mídias e Meios de Comunicação, vistos as situações particulares do momento que vivemos.

Desejo a todos uma boa celebração da Páscoa, que inicia com a celebração do Domingo de Ramos. Deus abençoe a todos!

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Arquidiocese de São Paulo envia subsídio para vivência em família da Via Sacra da criança e do adolescente

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03 de abril de 2020

A Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo realiza todos os anos a Via Sacra da criança e do adolescente. Um momento de reflexão sobre a Paixão de Jesus Cristo a partir do tema da Campanha da Fraternidade do ano corrente.

Em 2020, a tradicional atividade precisou ser cancelada por conta da disseminação do COVID-19. Contudo, foi enviado às famílias um subsídio para que os atendidos pelo serviço pastoral possam vivenciar esse momento em casa.

“A Via Sacra que estamos enviando vai passar por cinco estações com objetivo de refletir o tema da Campanha da Fraternidade voltado para o cuidado com a pessoa, com a família, sociedade e com o planeta. Vamos nos unir em oração e dizer que estamos todos juntos acreditando que tudo isso vai passar e que nos reuniremos celebrando mais uma Via Sacra no próximo ano”, salientou a coordenadora arquidiocesana da Pastoral do Menor, Sueli Camargo.

Em mensagem inserida no material produzido, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer  afirma que é necessário estar atento para o sinal revelado por meio da pandemia de coronavírus: “É importante que nós vivamos e usemos esse momento para compreender a mensagem que Deus está nos dando com esta pandemia, que está nos dando uma lição de humanidade: Vamos aprender a viver novamente, a dar valor para o que é realmente importante”, frisou.

O material enviado em forma de vídeo percorre cinco estações para meditar o ver, sentir, compadecer e cuidar, ações presentes na parábola do Bom Samaritano. Veja o vídeo completo 

 

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Governo zera impostos de produtos usados no combate ao coronavírus

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03 de abril de 2020

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) ampliou a lista de produtos necessários ao combate do novo coronavírus com redução temporária para zero da alíquota do Imposto de Importação. A resolução nº 28 foi publicada na edição de hoje, 3, do Diário Oficial da União.

Entre os produtos com redução do imposto estão tecidos para fabricação de máscaras; suporte para circuitos respiratórios; válvulas de ventiladores pulmonares; baterias; cartão de memória, entre outros dispositivos.

A Camex já havia reduzido a tarifa a zero para álcool etílico e imunoglobulina, na Resolução nº 22, de 25 de março. Nesta resolução de hoje, a câmara corrigiu a descrição técnica dos produtos.

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