A paternidade é bem mais que uma função

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11 de agosto de 2018

Na família, o papel do pai e da mãe são insubstituíveis, embora na sociedade moderna não seja mais o pai o único provedor da família, aquele que trabalha fora, enquanto a mãe fica em casa cuidando dos filhos. O fato é que mesmo que as funções dentro da família estejam mudando, pai e mãe têm responsabilidades na família e ambos experimentam a alegria de ajudar cada filho a ser uma pessoa ainda melhor do que eles conseguiram ser. 

 

UMA GRANDE FAMÍLIA

Marcio Politano, 45, e Mônica Lima, 46, são casados há 20 anos e moram no Rio de Janeiro. Depois de oito anos de casados sem filhos, eles viram a oportunidade de uma adoção e perceberam que, a partir de então, suas vidas mudariam completamente. “Quando outra pessoinha depende de você, todas as coisas da sua lista de prioridades mudam completamente”, disse Marcio à reportagem do O SÃO PAULO.

Ele é pai do Mateus, 18; da Marta, 16; do Thiago, 15, e do João, 11. O processo de adoção começou quando eles viram a foto do Thiago em uma instituição na Bahia. “Devido a contatos legais feitos, passamos a gerar em nossa mente a paternidade e a maternidade”, contou Marcio. O casal, então, descobriu que Thiago tinha um irmão e uma irmã e que ambos estavam em outro orfanato, também na Bahia. 

“Marta já tinha um processo de adoção internacional em andamento e Mateus, o mais velho, estava pronto para nos conhecer e fazer parte do processo junto com Thiago. Porém, o destino preparava mais surpresas”, disse Marcio. Já com os meninos em casa, Mônica ficou grávida do João. “Quando ligamos para avisar aos novos amigos baianos da novidade, fomos informados que o processo de adoção internacional da Marta havia sido negado. Um novo processo foi instaurado e fomos em cinco buscar a nova integrante da família. Em poucos anos, de uma família formada por um casal, passamos a ser seis”, continuou Marcio.

Para a adoção de Thiago, Mateus e Marta, o casal enfrentou muita burocracia e a lentidão da Justiça. “O nosso processo durou exatos 14 anos e isso trouxe constrangimentos e perdas e transtornos para nossos filhos. Mas, o desafio maior está dentro do nosso coração. Para muitos, ter a responsabilidade de uma criança é um fardo pesado, para outros, uma bênção. Preferi pensar na bênção e em todo aprendizado que a situação nos exigiria. O que para muitos é um peso, para outros um pêndulo”, continuou o Pai. 

Marcio se apresentou à reportagem como um pai “do lar”, pois  fica em casa com os filhos a maior parte do tempo e a esposa trabalha fora, e diz não se preocupar com aqueles que o criticam por isso.  “Não devemos nos perder no preconceito dos outros. Devemos fazer nosso papel na criação de uma sociedade melhor, começando com a nossa família dentro da célula da nossa casa. Existe no nosso consciente uma lista de prioridades que vai mudando de acordo com as adversidades da vida. A paternidade reorganiza literalmente essa lista”, afirmou. 

Marcio considerou, contudo, que o papel da mãe na casa nunca será substituído. “Fazemos o possível, não para substituir, mas para ser o pai. Desejo que meus filhos sejam pessoas que respeitem a história das outras pessoas e que sejam felizes com suas famílias, assim como está sendo a minha”, disse.

 

PAI IMIGRANTE

Youssef Baddouzi é do Marrocos e mora no Brasil há três anos. Ele e Aline Luci Baddouzi Girelli são casados há dois anos e quatro meses. Em novembro de 2017, nasceu a Lauren Sofia. Para Youssef, a paternidade requer muita responsabilidade, além de coragem e carisma. “Eu sempre sonhei em ter um filho e hoje temos nosso pedacinho, nosso amor multiplicado”, disse à reportagem. 

“Para mim, foi um momento muito especial acompanhar a gravidez, ver o bebê em cada ultrassom, descobrir o sexo. O parto da Lauren foi difícil e eu passei por momentos de muita preocupação, mas, ao mesmo tempo, foi inesquecível”, continuou Youssef. 

Pai e mãe são estudantes de Enfermagem, e para Youssef cada fase da vida de Lauren está sendo um momento especial de aprendizagem. “Quando estou no trabalho, penso que tem um anjinho me esperando em casa ou na creche para receber todo amor do mundo que eu puder dar”. Sobre a questão da divisão de tarefas, o Pai disse que percebe ser impossível deixar com a mãe todas as responsabilidades, e que o pai é responsável por todo o processo de criação dos filhos, bem como pelas tarefas cotidianas. “Não podemos comparar a mãe com pai. Cada um tem seu papel muito importante na criação dos filhos”, afirmou. 

Como imigrante, Youssef pretende ensinar para a filha o amor e respeito ao próximo, além de ter cidadania ativa e ajudar a construir sua própria pátria para a próxima geração. “O sonho que eu tenho para Lauren é de que ela seja sempre feliz. Estarei ao lado dela para apoiar e ajudar seja qual for o caminho que ela deseje seguir”, disse.

 

LAÇOS FAMILIARES

Ramon Sabbatini e Ana Luiza Primi Sabbatini são casados há dez anos, e em determinado momento de suas vidas decidiram sair do Brasil e morar no Canadá. “Quando a Ana engravidou, tínhamos ido morar fora e o objetivo era conseguir nossa cidadania, pois não queríamos voltar para o Brasil. Mas, naquele momento, sozinhos em outro país, tivemos medo”, contou Ramon, fundador da Fresh Ink , empresa que trouxe o Art Battle para o Brasil em 2014. O Art Battle é a maior batalha de live painting do mundo. 

Ranon disse à reportagem que a gravidez de Ana Luiza foi muito intensa e eles viveram, sozinhos, momentos de tensão. “O parto também foi complicado. Ela ficou 32 horas em trabalho de trabalho de parto e o Leonardo, nosso primeiro filho, ficou na incubadora por três dias”, contou. 

O pai do Leonardo, 5, e do Rafael, 4, disse que nos primeiros meses demorou a “cair a ficha” da sua responsabilidade como pai. “Eu sentia que tudo aquilo era muito intenso e ajudava em tudo o que podia, como ficar acordado à noite, por exemplo, mas em alguns momentos eu sumia, porque a nova rotina ainda não estava dentro de mim. E eu sinto que naquela época, eu cometi alguns erros. Mas esse foi o meu processo.”

Quando Leonardo tinha poucos meses de vida, eles decidiram voltar para o Brasil. “Estávamos há quatro  anos e meio no Canadá e aqui no Brasil convivíamos muito com nossas famílias. Viajávamos juntos, estávamos sempre com a minha família ou da Ana, e isso fazia muita falta lá. Depois que nasceu nosso primeiro filho, percebemos que ele precisava crescer com esses laços familiares. No Canadá, eles teriam uma qualidade de vida incomparável, mas percebemos a importância de que eles crescessem com a presença de tios, avós, primos”, afirmou Ramon. 

Após dois meses no Brasil, Ana Luiza descobriu que estava grávida do segundo filho, Rafael. “Quando voltamos para o Brasil, eu procurei um trabalho em São Paulo e a Ana ficou em casa com o bebê, e logo descobrimos que teríamos mais um filho.” Hoje, os dois mantêm uma rotina de divisão de tarefas. Ana acorda os meninos e Ramon os coloca para dormir. E Ramon descobriu que uma das coisas mais importantes de sua vida é assumir a criação dos filhos, sem terceirizar essa responsabilidade para ninguém.

“Ter filho é a coisa mais incrível que já aconteceu na minha vida. É fantástico voltar para casa pensando que eles estão me esperando. Como pai, eu aprendi a ser uma pessoa melhor, porque não adianta eu falar dez vezes uma coisa se estou fazendo outra. Ser pai é ser alguém melhor, e quero que eles possam trilhar seus próprios caminhos, com erros e acertos, mas com a certeza de que eu os apoiarei no que precisarem”, comentou Ramon. 

 

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Papa: o mundo tem necessidade de cristãos com coração de filhos

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20 de junho de 2018

A forma como vemos Deus – patrão ou Pai – fará com que raciocinemos como filhos ou escravos. E o mundo tem necessidade de cristãos com o coração de filhos.

“Dez Palavras” para viver a Aliança”: na Audiência Geral desta quarta-feira, 20, – realizada na Praça São Pedro e na Sala Paulo VI - o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os Mandamentos, explicando a diferença entre uma “ordem” e uma “palavra”, que é o meio essencial da relação como diálogo.

Ao iniciar sua reflexão, o Santo Padre explicou aos mais de 13 mil presentes na Praça São Pedro,  que Jesus não veio abolir a lei, mas levá-la ao cumprimento, mas “devemos compreender melhor esta perspectiva”.

Na Bíblia, os mandamentos não vivem por si mesmos, mas são “parte de um relacionamento, de uma relação”, a da Aliança entre Deus e seu Povo.

A frase “Deus pronunciou todas estas palavras” no início do capítulo 20 Livro do Êxodo, podem parecer um início como outro qualquer, mas Francisco ressalta que não é dito “estes mandamentos”, mas “estas palavras”.  

A tradição hebraica chamará sempre o Decálogo de "as dez Palavras". Mesmo na forma de leis, são objetivamente mandamentos. Mas por que, então, o Autor sagrado usa, precisamente aqui, a expressão "dez palavras" e não "dez mandamentos?

 

Ordem x Palavra

E que diferença existe entre uma ordem e uma palavra?, pergunta:

“A ordem é uma comunicação que não requer o diálogo. A palavra, pelo contrário, é o meio essencial da relação como diálogo. Deus Pai cria por meio da sua palavra, e o seu Filho é a Palavra feita carne. O amor nutre-se de palavras e assim a educação ou a colaboração. Duas pessoas que não se amam, não conseguem se comunicar. Quando alguém fala ao nosso coração, a nossa solidão acaba. Recebe uma palavra, acontece a comunicação. E os mandamentos são palavras de Deus. Deus se comunica com estas dez Palavras e espera a nossa resposta”.

“ Uma coisa é receber uma ordem, outra bem diferente é perceber que alguém fala conosco, sublinhou. Os mandamentos são um diálogo. ”

O Papa refere-se então ao n. 142 da Evangelii Gaudium, justamente onde fala que “um diálogo é muito mais do que a comunicação de uma verdade. Realiza-se pelo prazer de falar e pelo bem concreto que se comunica entre eles que se querem bem por meio das palavras.

 

A tentação

Esta diferença não é algo artificial. E voltando-se ao que aconteceu nos primórdios, recorda que exatamente este é o ponto usado pelo Tentador, o diabo, desde o início, para enganar o homem e a mulher, querendo convencê-los de que Deus os proibiu de comer o fruto da árvore do bem e do mal para mantê-los subjugados:

“O desafio é justamente este: a primeira norma que Deus deu ao homem, é a imposição de um déspota que proíbe e obriga, ou é o cuidado de um pai que está cuidando os seus pequenos e os protege da autodestruição? É uma palavra ou uma ordem?”

“A mais trágica entre as mentiras que a serpente diz a Eva – recorda o Papa – é a sugestão de uma divindade invejosa e possessiva: “Deus não quer que vocês tenham liberdade”. E “os fatos demonstram dramaticamente que a serpente mentiu”.  

“ O Tentador fez acreditar que uma palavra de amor era uma ordem ”

 

Súditos ou filhos?

E o homem está diante desta encruzilhada: Deus me impõe as coisas ou cuida de mim? Os seus mandamentos são somente uma lei ou contém uma palavra, para cuidar de mim? Deus é patrão ou Pai? O que vocês pensam? Somos súditos ou filhos? (...) Não esqueçam nunca disto. Nunca. Mesmo nas situações mais difíceis, pensem que vocês têm um Pai que nos ama a todos (...). Este combate, dentro e fora de nós, apresenta-se continuamente: mil vezes devemos escolher entre uma mentalidade de escravos e uma mentalidade de filhos. O mandamento é do patrão, a palavra é do Pai”.

O Espírito Santo – disse então o Papa – é um Espírito de filho, é o Espírito de Jesus:

“Um espírito de escravos acolhe a Lei de modo opressivo e pode produzir dois resultados opostos: ou uma vida feita de deveres e de obrigações, ou uma reação violenta de rejeição. Todo o cristianismo é a passagem da letra da Lei ao Espírito, que dá a vida. Jesus é a Palavra do Pai, não é a condenação do Pai. Jesus veio nos salvar com sua palavra, não nos condenar”.

E se vê quando um homem ou uma mulher viveram esta passagem, diz o Papa:

“ Percebe-se se um cristão raciocina como filho ou como escravo ”

"E nós mesmos recordamos se os nossos educadores cuidaram de nós como pais e mães, ou se nos impuseram regras. Os mandamentos são o caminho para a liberdade, pois são as palavras do Pai que nos torna livres neste caminho”.

“O mundo não tem necessidade de legalismos, mas de cuidado. Tem necessidade de cristãos com o coração de filhos, tem necessidade de cristãos com o coração de filhos. Não esqueçam isto”.

 

Viagem a Genebra

Ao saudar os peregrinos de língua alemã, o Papa disse: “Rezem por mim e pela minha peregrinação ecumênica a Genebra amanhã”.

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Mães em tempo integral

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15 de mai de 2017

Aos 22 anos, ela tinha uma promessa de emprego como coordenadora do setor de Recursos Humanos numa grande multinacional, mas preferiu dedicar-se exclusivamente ao cuidado da pequena Amélia Amorim Marchini, que tem 1 ano e 8 meses de idade. A primeira filha de Laura Amorim, 23 anos, nasceu após um trabalho de parto de quase 24 horas, no dia 14 de agosto de 2015 e, desde lá, a mãe percebeu que sua vida nunca mais seria a mesma.

“Eu estava disposta a voltar a trabalhar, pois tinha, mesmo passando por todo o processo de gestação e os meses de licença maternidade, uma proposta de promoção na empresa que ia, inclusive, dobrar o meu salário. Mas, quanto mais se aproximava a data do regresso, mais eu ficava tensa com a situação de passar o dia todo longe da minha filha e precisar parar a amamentação tão precocemente”, contou Laura, durante a entrevista que concedeu à reportagem do O SÃO PAULO, na casa onde mora com seu esposo Renan Bastos Marchini e sua mãe, Sandra Maria Ambrósio.

Mia, como a mãe chama a pequena Amélia, é uma criança saudável e vivaz, e foi pelo crescimento dela que Laura escolheu interromper, por algum tempo, sua vida profissional. “Tive muito medo no início, pois, pela experiência trabalhando no setor de Recursos Humanos, sei que é mais difícil para uma mãe, com um filho pequeno, retornar ao mercado de trabalho. Eu estava justamente no setor de recrutamento de pessoas, e sabia, portanto, que um dos critérios que não contavam pontos para uma contratação, era justamente esse. Além disso, ouvia muitos relatos de mães que não conseguiram voltar, ao menos não com facilidade”, contou a jovem mãe.

Mas, com o apoio de Renan e também de sua mãe, que contou à filha a experiência inversa que viveu quando ela, Laura, era pequena – devido ao trabalho, não pôde ficar mais tempo com a criança, o que foi um processo doloroso para a mãe –, Laura decidiu ouvir a avó de Mia. Ao recusar a proposta, ela passou a dedicar-se inteiramente ao cuidado da filha. “Eu fiz as contas e vi que teria que sair de casa por volta das 5h da manhã, retornando depois das 19h. Então, percebi que ia ficar muito tempo longe dela. Renan e eu nos reorganizamos financeiramente e cortamos muitos gastos, além disso, tivemos o apoio das nossas famílias. Hoje sou muito grata por essa oportunidade, pois sei que muitas mulheres não têm escolha”, continuou Laura.

 

Oportunidades

Com a mudança na rotina de Laura e sua família, ela começou a dedicar-se a outras atividades que sempre quis fazer, mas para as quais não tinha encontrado tempo ou estímulo. Além da formação em recursos humanos, está cursando uma graduação em filosofia e pretende trabalhar como professora futuramente, pois sempre quis seguir esse caminho. Além disso, dá aulas voluntárias de dança uma vez por mês e descobriu, após incentivo de uma amiga, o artesanato como saída para complementar a renda familiar. “Gosto muito de dançar e formamos um grupo com objetivo de ajudar outras pessoas. Assim, dou aulas voluntariamente e as alunas pagam com alimentos. Por mês conseguimos mais de 40 cestas básicas para famílias mais pobres”.

No tempo disponível entre os cuidados com Mia e a casa, Laura agora faz e vende artesanatos: “só neste mês de maio, já tenho mais de 20 colares encomendados e vou começar a investir em outros objetos como cortinas”.

Essa também foi a realidade de Adriana Menezes Fernandez, 35, mãe do Piettro, de 3 anos, e da Valentina Menezes Fernandez, que tem apenas 4 meses de vida. Ela parou de trabalhar quando nasceu o primeiro filho e, para ajudar no orçamento da casa, passou a vender canecas personalizadas e decorações de festas. Adriana e Edgar Fernandez Carrillo decidiram se mudar para o litoral de São Paulo pois, como tinham começado o financiamento de uma casa em Mongaguá (SP), não tinham condições de pagar o aluguel – da casa que moravam em São Paulo – e o financiamento ao mesmo tempo.

 

A alegria da maternidade

Quando escolheu ficar em casa para cuidar do Piettro, Adriana, que é formada em administração e trabalhava como analista de crédito imobiliário, ganhava o dobro do marido e, por isso, eles pensaram muito na decisão. “O retorno da licença foi muito difícil, pois eu não tinha horários fixos de saída do trabalho, que dependiam das agendas dos clientes, foi quando percebi que não dava para continuar. No início, muitos amigos admiraram minha ‘coragem’ de largar o emprego e ainda hoje acham estranho que uma mulher formada, que trabalha desde muito jovem, decida dedicar-se exclusivamente aos filhos”, contou Adriana, que está cursando a segunda faculdade, pois, com a maternidade, descobriu também que tem muito gosto pela educação.

Ela afirmou que, em muitos momentos, vê-se na contramão da sociedade, que foca muito mais no trabalho que dá uma criança e não na alegria profunda que a maternidade desencadeia. “As pessoas acham também que cuidar dos filhos é algo fútil, educar um cidadão para a sociedade é algo sem valor, que ficar em casa não é um trabalho e que as crianças precisam logo ir para a creche. Mas a creche ou a escola não substituem a mãe e o pai. A escola é importante, claro, afinal não deixei meu emprego para ficar trancada em casa com eles e sim para dar mais apoio e isso não exclui a escola. Pais e escola têm que trabalhar juntos”, disse Adriana.

A mãe do Piettro e da Valentina os leva para a faculdade quando necessário. “Ter filhos não significa que eu estou privada de fazer algo, meus filhos fazem parte de mim e isso não me impede de ser o que eu quero ser, posso ser mãe estudante e qualquer outra coisa, o fato de eu ter parado de trabalhar não significa que eu não possa fazer uma, duas, três ou quatros coisas ao mesmo tempo”.

Diferente de Edgar, que queria ter a casa cheia de crianças, a própria Adriana diz ter-se surpreendido após o nascimento do primeiro filho. “Eu não sonhava em me casar e ter filhos, mas minha experiência não foi nada do que eu ouvia sobre o quanto é difícil ter um filho. Consigo sentir muito mais amor e prazer do que enxergar o esforço que é cuidar e educar uma criança. Então decidimos ter mais um e criá-los juntos”.

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