Padre católico faz apelo por fim de conflitos na Faixa de Gaza

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14 de novembro de 2019

O Padre Gabriel Romanelli, Pároco católico latino na Faixa de Gaza, fez um apelo por um imediato cessar-fogo na região que tem sofrido com conflitos e mortes entre milícias palestinas e forças de segurança israelenses.

“Os israelenses disseram que continuarão respondendo ao lançamento de foguetes de Gaza até o fim. Apelamos àqueles que têm a responsabilidade do governo para que parem e dialoguem, tentem conversar e se entender”, afirmou o Padre à agência SIR.

CONFLITOS

Os confrontos começaram na terça-feira, 12, quando uma operação especial do Exército Israelense matou o comandante da Jihad Islâmica em Gaza, Baha Abu al-Ata.

O balanço atualizado fala de 34 palestinos mortos incluindo oito integrantes de uma mesma família, e mais de uma centena de feridos. Há medo também em Israel onde as sirenes de aviso de mísseis soaram em Ashkelon, ao longo da costa e em Sderot. A Jihad Islâmica disparou cerca de 200 foguetes, enquanto a mídia israelense fala em 400.

Na madrugada desta quinta-feira, 14, chegou a ser anunciada uma trégua nos ataques mediada pelo governo egípcio. No entanto, horas depois, testemunhas ouviram projéteis sendo disparados e as sirenes voltaram a tocar nas cidades israelenses da fronteira. Segundo o governo israelense, seu sistema de defesa interceptou os ataques e não houve fatalidades.

MANIFESTAÇÕES

A Embaixada Palestina na Itália, por meio de nota, fala em “agressão” e define os ataques israelenses “como uma das muitas maneiras pelas quais Israel submete o povo palestino de Gaza a um sofrimento contínuo”.

“A liderança palestina apela à comunidade internacional para que reaja fornecendo proteção imediata ao povo palestino e comprometendo o governo israelense a parar todas as formas de agressão contra Gaza”, acrescenta a nota.

A Embaixada de Israel na Santa Sé, por sua vez, por meio de uma mensagem no Twitter, diz que, desde terça-feira, “terroristas de Gaza lançaram mais de 220 mísseis contra civis israelenses, afetando mais de 110 cidades e comunidades no total. Mesmo nessas circunstâncias difíceis, os israelenses continuam fortes. Não vamos ceder ao terror”.

MEDO E INSEGURANÇA

“Não sabemos o que acontecerá amanhã. Talvez as escolas continuem fechadas por razões de segurança. Os escritórios e mercados públicos também podem permanecer fechados. Seria imprudente abrir se essa tensão persistir”, disse o Padre Romanelli. Enquanto o Sacerdote falava com a reportagem, por telefone, era possível ouvir o som dos tiros ao fundo.  

A pequena comunidade cristã está escondida em casa como praticamente toda a população de Gaza. “Nossas famílias estão trancadas em casa. Ninguém sai. As ruas estão praticamente vazias”, acrescentou o Pároco.

Padre Romanelli contou, ainda, que nesta quarta-feira, 13, conseguiu ir até a casa das Irmãs do Rosário, onde celebrou missa. “A escola delas está fechada por razões de segurança, assim como todas as escolas de Gaza. Rezemos pela paz. A oração diante do Santíssimo Sacramento é a única arma que temos para parar esse massacre. Hoje é um dia difícil. Foguetes e bombas são ouvidos em toda parte. Rezemos pela paz. Chega de sangue”, relatou.

(Com informações de Agência SIR e O Globo)

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Em resposta a foguetes, Israel bombardeia 80 alvos na Faixa de Gaza

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04 de dezembro de 2018

Cerca de 30 foguetes foram lançados contra Israel, a partir da Faixa de Gaza, na noite da sexta-feira, 26 de outubro. O sistema de defesa antimísseis israelense destruiu parte dos foguetes no ar e não houve vítimas diretas. O grupo Jihad Islâmica Palestina assumiu a responsabilidade pelo ataque. Em resposta, as forças de defesa israelense lançaram um ataque contra 80 alvos na Faixa de Gaza, incluindo fábricas de armas, centros militares e edifícios dos serviços de segurança do Hamas. Segundo a Al Jazeera, nove palestinos ficaram feridos e um hospital foi danificado em decorrência do ataque a um dos alvos. 

No sábado, 27, os palestinos aceitaram um cessarfogo, com a mediação de oficiais egípcios, que buscaram discutir com eles e com os israelenses, separadamente. 

Segundo os palestinos, os foguetes foram lançados em resposta à morte de cinco pessoas na sexta-feira, 26, durante um protesto. De acordo com as autoridades israelenses, os manifestantes teriam atacado as forças de defesa de Israel com explosivos e foram mortos (um deles por sua própria granada de mão, que explodiu).

O grupo Jihad Islâmica Palestina foi fundado nos anos 1970 e é bem menor que o Hamas, que dirige a região. O grupo acredita que o território palestino, do rio Jordão até o mar Mediterrâneo, é terra islâmica e que a existência de um Estado judeu é inaceitável. 

Os israelenses acusam as autoridades iranianas de estarem por trás do ataque da Jihad Islâmica Palestina.

Fontes: ABC/ Times of israel/ Haaretz/ Al Jazeera
 

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