Viver na Comunhão dos Santos

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29 de março de 2020

Todos os domingos, ao rezar o Credo na missa, terminamos dizendo: “Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja católica, na Comunhão dos Santos, na ressurreição da carne, na vida eterna.”

Comunhão dos Santos significa que todos os cristãos formamos uma comunhão, uma união vital. Outra maneira de entender essa realidade é considerar a Igreja como Corpo de Cristo, em que Ele é a Cabeça deste Corpo Místico. São Paulo nos ajuda a entender, quando escreve: “como o corpo é um todo com muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim é Cristo. (I Cor 12,12). Tal como acontece no corpo humano, os membros são diferentes uns dos outros e cada um cumpre a sua função, o que mantém a vitalidade corpo. Nenhum membro é supérfluo: todos têm o seu lugar, a sua função, em benefício do corpo inteiro. É verdade que alguns são mais vitais que os outros: o cérebro, coração e os pulmões, por exemplo, são mais fundamentais do que as mãos, as pernas etc. Mas se qualquer membro se separar do corpo, perde a vida. Do mesmo modo é a relação dos cristãos com Cristo: formamos um Corpo Místico, em que Cristo é a cabeça e os cristãos membros desse mesmo Corpo. Tudo o que acontece a um membro do Corpo Místico repercute nos outros. Trata-se de um mistério profundo e consolador: pensar que nenhum esforço nosso é perdido, que sempre estamos amparados uns pelos outros.

O Catecismo da Igreja ensina que “o cristão que procura purificar-se do seu pecado e santificar-se com a ajuda da graça de Deus, não se encontra só. A vida de cada um dos filhos de Deus encontra-se ligada de modo admirável, em Cristo e por Cristo, à vida de todos os outros irmãos cristãos, na unidade sobrenatural do Corpo Místico de Cristo, como que numa pessoa mística” (n. 1474). Significa também que há uma Comunhão entre o Céu e a terra: “Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos defuntos que estão terminando a sua purificação (Almas do Purgatório), dos bem-aventurados do Céu, formando, todos juntos, uma só Igreja, e cremos que nesta comunhão o amor misericordioso de Deus e seus santos está sempre à escuta das nossas orações. (idem, n. 962).

Numa prova de ciclismo na Europa, o ciclista que liderava a competição numa das etapas, quando já se aproximava do final, caiu e permaneceu sentado no chão. Ficou tão desanimado com a queda, que nem se levantou, apesar de não estar machucado e a bicicleta continuar funcionando. Em função disso, os outros ciclistas o ultrapassaram e ele nem mesmo terminou aquela etapa. Ao final, o treinador aproximou-se dele, e em vez de consolá-lo, disse-lhe: “Você não corre só para si mesmo, mas para a sua equipe. Se você tivesse levantado e terminado a prova, ainda que não a vencesse, a nossa equipe teria sido a campeã.”

O mesmo acontece neste momento em que vivemos uma situação inédita, que certamente nunca havíamos imaginado. Seguindo as orientações das autoridades, devemos permanecer isolados em casa e isso nos convida a repensar a nossa vida. Pelo mistério da Comunhão dos Santos, ainda que cada um esteja isolado em sua casa, temos a certeza de estar profundamente unidos com Nosso Senhor Jesus Cristo, com Nossa Mãe Santa Maria e com todos os Santos do Céu. Também estamos em comunhão com todos os nossos irmãos neste mundo, com os nossos familiares, parentes e amigos que já se encontram na outra vida, com as Almas do Purgatório.

Vamos aproveitar essa situação para fomentar a nossa comunhão de oração e de intenções. Podemos perfeitamente aproveitar esses dias para participar diariamente na Santa Missa, acompanhando as celebrações pela internet.

Dom Odilo Scherer, em seu recente comunicado nos orienta: “exorto os fiéis a acompanharem, em suas residências, as celebrações e atos religiosos transmitidos pelos vários meios de comunicação social. Peçamos juntos, com fé e perseverança, que Deus tenha misericórdia de seu povo, livrando-nos de toda doença e angústia.”

Podemos também rezar o terço on-line, com pessoas próximas. Ou unir-nos em oração com os nossos amigos e parentes, em horários determinados, como tem acontecido em muitos lugares do mundo.

Mesmo que não o sintamos nem o percebamos, com a oração e vigilância estamos sendo um membro vivo do Corpo Místico de Cristo e contribuindo para a saúde espiritual e humana de todos os nossos.

Dessa maneira, talvez possa repetir-se conosco o que experimentou aquele jovem engenheiro que, em plena guerra, passava por um momento de perigo, e teve a certeza de que a força da oração de seu amigo sacerdote – que não sabia do problema, mas rezava frequentemente pelo rapaz – o livrou daquela situação delicada. Depois escreveu-lhe, agradecido: “Padre, em tal dia, a tal hora, o senhor estava rezando por mim” (São Josemaria, Sulco, n. 472).

Nestes tempos de incertezas, necessitamos saborear essa realidade consoladora, que nos fortalece e nos sustenta, da Comunhão dos Santos.

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Dom Carlos Lema é nomeado Vigário Episcopal para a Região Ipiranga

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23 de dezembro de 2019

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, nomeou o Bispo Auxiliar  Dom Carlos Lema Garcia como Vigário Episcopal para a Região Episcopal Ipiranga. A comunicação da nomeação de Dom Carlos foi feita no fim da missa de despedida de Dom José Roberto, no sábado, 21, na Paróquia Imaculada Conceição, no Ipiranga.

Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade desde 2014, Dom Carlos assume o novo cargo após a despedida de Dom José Roberto Fortes Palau, nomeado Bispo de Limeira (SP), pelo papa Francisco, em 20 de novembro.

BIOGRAFIA

Paulistano, Dom Carlos tem 63 anos e incorporou-se à Prelazia Pessoal do Opus Dei aos 18 anos. Graduou-se em Direito Civil pela Universidade de São Paulo em 1979. Iniciou os Cursos de Filosofia e Teologia no Studium Generale da Prelazia do Opus Dei no Brasil e concluiu os Estudos Institucionais de Teologia entre os anos 1983 e 1984, no Seminário Internacional da Prelazia do Opus Dei em Roma.

Foi ordenado sacerdote por São Padre João Paulo II, na Basílica de São Pedro, em 2 de junho de 1985. Doutorou-se em Teologia Dogmática em 1987. Em 30 de abril de 2014, o papa Francisco o nomeou Bispo Auxiliar de São Paulo e Titular de Alava, recebendo a ordenação episcopal em 29 de junho do mesmo ano, na Catedral da Sé. 

SERVIR COM ALEGRIA

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Carlos afirmou que acolhe a nova missão com alegria. “Quando dizemos ‘sim’ ao Papa para servirmos à Igreja, desejamos fazê-lo como a Igreja deseja. Por isso, se nos é confiada uma nova tarefa, aceitamos com alegria”, disse.

Dom Carlos explicou, ainda, que continuará à frente do Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade e ressaltou que o novo encargo será uma oportunidade de enriquecimento em seu ministério episcopal.

“Nós sabemos que o Bispo Auxiliar fica por um certo período na Arquidiocese até ser nomeado para pastorear uma Diocese. Como até o momento, eu acompanhei mais diretamente as escolar e universidades, agora será a oportunidade de me dedicar ao trabalho em uma região episcopal, ter maior contato com o clero e o povo das paróquias. É uma preparação para estar mais disponível para servir a Igreja quando ela precisar em chamar”, afirmou.

Por fim, Dom Carlos enfatizou que o Bispo não realiza nada sozinho e conta com o clero, religiosos e os muitos fiéis leigos. “Conto muito com o apoio de todos para continuar servindo à Igreja em São Paulo”, concluiu.

De acordo com o decreto de nomeação, Dom Carlos começará a exercer o novo ofício a partir do dia 1º de janeiro de 2020.

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Dom Carlos preside missa em abertura do ano letivo da USP

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05 de abril de 2018

A Universidade de São Paulo (USP) iniciou, em 22 de março, seu ano letivo. Para marcar a data, Dom Carlos Lema Garcia, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade, celebrou missa na Paróquia Nossa Senhora dos Pobres, na Região Episcopal Lapa.

A missa foi organizada por um grupo de alunos da USP, em parceria com o Vicariato. Além da presença dos jovens calouros e veteranos da Universidade de São Paulo, estudantes de outras instituições e paroquianos também estivem presentes.

O Vicariato

O Vicariato Episcopal para Educação e a Universidade é uma instituição pastoral da Arquidiocese de São Paulo confiado a um Vigário Episcopal, atualmente Dom Carlos Lema Garcia, para promover inciativas e metodologias que correspondam as necessidades da educação como um importante instrumento para o destino da comunidade humana.

É um organismo pastoral da Arquidiocese de São Paulo, cujo objetivo é promover a ação evangelizadora da Igreja Católica nos âmbitos da Educação e das Instituições de Ensino Superior.

Cabe ao Vicariato fazer o planejamento de ações voltadas a alcançar os seus objetivos, propondo iniciativas de nível arquidiocesano, regional e paroquial.

 

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Dom Carlos Lema celebra Assunção de Maria no Unifai

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16 de agosto de 2017

Na festa litúrgica da Assunção de Maria, na terça-feira, 15 de agosto, aconteceu uma celebração em ação de graças pelo início do semestre letivo do Centro Universitário Assunção (Unifai), presidida por Dom Carlos Lema Garcia, Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade, concelebrada pelo Padre Edélcio Ottaviani, Reitor da instituição, e contou com a presença de coordenadores e professores, de alunos novos e veteranos e funcionários.

Dom Carlos, na homilia, lembrou o dogma da Assunção da Virgem Santíssima, proclamado, solenemente, pelo Papa Pio XII, em 1950, segundo o qual a Imaculada Mãe de Deus, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma.

“Jesus fez uma coisa que não fazemos: Não escolhemos nossa mãe, mas Ele escolheu a sua, e a encheu de todas as graças e privilégios. E Maria é medianeira, nos traz Jesus”, disse, completando: “Às vezes, as pessoas nos perguntam por que é tão difícil falar com Deus. Sempre digo: comece por Maria; ela é o caminho mais curto, mais fácil. Em casa, já fazemos isso. Antes de pedirmos alguma coisa ao pai, preferimos falar primeiro com a mãe. Na Igreja é a mesma coisa”.

Segundo o Bispo, é preciso confiar no papel da Virgem Maria como medianeira, afinal, Jesus não se negaria a atendê-la. “Tanto é verdade que o milagre das bodas de caná se deu porque Maria tomou a frente, identificou o problema e o expôs ao Filho; e diante da resistência de Jesus, ordenou: ‘façam tudo o que Ele lhes disser’. Ela é mãe, e como mãe, tem autoridade sobre Jesus”.

Ao final da celebração, questionado sobre a profunda crise moral e ética por que passa o País, Dom Carlos Lema Garcia ressaltou a importância da educação na formação de líderes com estrutura moral sólida e comportamento irrepreensível.

“Como instituição da Igreja Católica, portanto, partícipe da missão evangelizadora no mundo universitário, o Unifai tem papel fundamental nessa mudança de mentalidade. Por aqui passam e permanecem por pelo menos três anos todas as gerações de sacerdotes que estão sendo formados em nossa Arquidiocese. Confiamos na educação que eles recebem aqui, pois a Filosofia é a base para se construir a teologia e viver os valores do Evangelho”.

 

(Com informações da Assessoria de imprensa do Unifai)

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