‘Nós estamos aqui por vocês, lutem por nós’

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22 de abril de 2020

Irmã Rosane Ghedin, Diretora Presidente da Rede de Saúde e Cultura Santa Marcelina, falou ao O SÃO PAULO sobre a Campanha “ComVida-20 Santa Marcelina – ‘Nós estamos aqui por vocês, lutem por nós’”, que busca arrecadar R$ 20 milhões para ampliar o número de leitos destinados à assistência prestada aos pacientes identificados como suspeitos ou portadores da COVID-19.

São diferentes ações focadas na prospecção de doadores e parcerias para apoiar a instituição na abertura dos novos leitos e estruturação de um hospital campanha para os cuidados recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde diante das vítimas da atual pandemia.

No Hospital faltam subsídios para ofertar atendimento. Assim, os recursos captados servirão para ampliar os leitos de UTI, bem como continuar o atendimento aos pacientes em tratamento. A Irmã Rosane Ghedin fala mais sobre o assunto nesta entrevista

O SÃO PAULO - Como o Hospital tem se preparado para a COVID-19?

Irmã Rosane Ghedin - O Hospital está reorganizando os leitos de UTI e retaguarda das enfermarias. A Instituição busca aumentar 50 leitos de unidades de terapia intensiva e 80 leitos de enfermarias por meio da campanha “Com Vida 20” e parcerias para viabilizar a implantação e custeio.

E em relação ao fluxo de pacientes com a COVID-19?

Diante da fácil transmissão da COVID-19, destinamos um prédio totalmente isolado para a triagem geral e acolhimento dos casos respiratórios, com toda a estrutura exclusiva para o combate do vírus. Foram reorganizadas as filas cirúrgicas priorizando os procedimentos oncológicos, porém com diminuição das cirurgias eletivas para destinar os leitos para o atendimento do novo coronavírus. Bem como a reformulação das escalas médicas e de enfermagem para o atendimento seguro dos pacientes e colaboradores.

O Hospital Santa Marcelina está custeando testes de COVID-19 para os pacientes. Quais são os critérios? Qualquer pessoa pode ter acesso a este serviço?

Os testes são realizados em pacientes internados, seguindo os protocolos institucionais e diretrizes do Ministério da Saúde. Os mesmos são realizados em laboratórios de apoio e custeados pela Instituição e com tempo de resposta de aproximadamente três dias. Com relação ao acesso, o Hospital Santa Marcelina de Itaquera é o maior hospital da região leste de São Paulo e referência em alta complexidade.

Qual o diferencial do Hospital por se tratar de uma instituição com inspiração católica?

O diferencial do Santa Marcelina é a união da técnica com a fé. Buscamos colocar em um plano transcendente todos os colaboradores, prestadores de serviço, pacientes e acompanhantes e pedir para que Deus cuide e guarde cada um que ali está em tratamento ou trabalho. Colocamos tudo em um plano de fé e nas mãos de Deus. Não há diferencial técnico, o Hospital segue com a mesma terapêutica das demais unidades de saúde.

No local, há missas diárias para os médicos e profissionais da saúde. Poderia falar mais sobre esta iniciativa?

O Hospital sempre promoveu e proporcionou todos os dias assistência espiritual aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. Neste momento de pandemia, mais do que nunca, vimos a necessidade de continuar proporcionando isso, pois percebemos que as pessoas buscam mais a fé e a aproximação com Deus. No entanto, reformulamos a maneira de realizar as missas durante esse período atípico. As celebrações passaram a ser realizadas com transmissão pelos meios de comunicação interna do hospital para evitar a aglomerações.

‘QUE O MEDO SEJA SUBSTITUÍDO PELA FORÇA DE DEUS’

Irmã Luceni das Mercês, da Congregação de Santa Marcelina, afirma que como religiosa está enfrentando a pandemia “com serenidade, fé e esperança”.

“Peço a Deus sua sabedoria para orientar todos. Estou em constante oração pelos pacientes infectados, para que sintam a presença e a força de Deus, neste momento em que estão privados de estar com o que é precioso, a família”, disse a Irmã. 

 Ela está junto aos profissionais do Hospital, orientando-os para o correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e os demais cuidados necessários para evitar a contaminação.

“Rezo junto a eles para que o medo seja substituído pela força de Deus, para continuarmos cuidando das pessoas que precisam de nós”, continuou a Religiosa. “Que possamos aprender – diante de tudo isso – a importância da família e das pessoas para nossas vidas”, afirmou Irmã Luceni.

MAIOR HOSPITAL DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO

O Santa Marcelina, maior serviço de saúde da zona Leste de São Paulo, é um dos quatro hospitais de grande porte da cidade. Filantrópico, mantém 85% de seu atendimento dedicado ao SUS.

Possui mais de 700 leitos para atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), particular e convênios, sendo 111 voltados à terapia intensiva. Atualmente, tem um quadro funcional com mais de 4,5 mil profissionais, com aproximadamente 900 médicos. Diariamente passam pelo complexo, entre funcionários, pacientes e prestadores de serviços, cerca de 10 mil pessoas.

Realiza prestação de Assistência médico hospitalar em regime de emergência e internação nas áreas de Clínica Médica, Clínica Pediátrica, Clinica Cirúrgica (Ortopedia, Buco Maxilo-Facial, Plástica, Oftalmologia Transplante de Órgãos e de Medula Óssea dentre outros) Clínica Ginecológica e Obstétrica, Unidade de Terapia Intensiva (Adulto, Infantil, Neonatal e Semi Intensiva).

A instituição, desenvolve ainda Programas de Ensino que contempla diversas modalidades de aprendizagem e aprimoramento técnico em Saúde: Internato Médico, Residência Médica e Especialização e ainda conta com um Serviço de Emergência preparado para receber casos graves e referenciados.

Atualmente, o Hospital Santa Marcelina é classificado como um serviço de Referência Quartenária, apto a realizar atendimentos de alta complexidade em diversas áreas da medicina.

Como ajudar:

Pessoa Física

- Doação em dinheiro (qualquer quantia)

- Trabalho Voluntário

- Doação de Sangue

Pessoa Jurídica

- Doação em dinheiro (qualquer quantia)

- Doação de Materiais (gerais) e insumos hospitalares

- Força de Trabalho

- Alimentos

Dados Bancários:

Banco do Brasil
Agência: 1911-9

Conta Corrente: 8560-x
CNPJ.: 60742.616/001-60

Banco Itaú
Agência: 1732|Conta Corrente: 13350-7
CNPJ: 60.742.616/0001-60

Banco Santander

Agência: 3809

Conta Corrente: 13000370-2

CNPJ: 60742.616/001-60

Central de Atendimento: 11 5555-7050

SERVIÇO

Hospital Santa Marcelina Itaquera

Local: Rua Santa Marcelina, 177, Itaquera

Informações: www.santamarcelina.org ou (11) 2070-6000

 

 

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O amor se faz doação ao irmão de rua

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10 de novembro de 2019

Ao amanhecer, eles saem das calçadas, barracas e albergues. Normalmente, caminham em grupos e, em determinado momento, se dividem: alguns seguem para os centros de convivência mantidos pela Prefeitura; outros, porém, decidem entrar no número 3 da Rua Djalma Dutra, no bairro da Luz.
Todos os dias, Ana Maria Silva, que há mais de 20 anos é colaboradora da Casa de Oração do Povo da Rua, vê esta imagem no portão do espaço mantido pela Arquidiocese de São Paulo. O local foi fundado em 1997 com recursos do Prêmio Niwano pela Paz, conferido em 1994 a Dom Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo Metropolitano. Atualmente, é coordenado pelo Padre Júlio Lancellotti, Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua.

RESSIGNIFICAR

Sentado à mesa para o café da manhã com os demais está Walter Mesquita, psicólogo brasileiro naturalizado paraguaio. Sua história na rua começou após um acidente aéreo ocorrido em 2006, que matou sua esposa, Aline Mesquita, e seus filhos gêmeos, Emilly e Enzo, com 3 anos de idade.
Desestabilizado com a perda, ele foi internado em uma clínica e diagnosticado com dupla personalidade. Por não aceitar o diagnóstico, fugiu do local, não conseguiu se manter nos empregos por onde passou e, assim, restou-lhe as ruas. Sua presença frequente na Casa de Oração do Povo da Rua é um exemplo de que este espaço representa, conforme as palavras de Ana Maria, um caminho para que as pessoas não percam a fé em Deus e em si mesmas.
A sala da administração é outro ponto de encontro. Nela está o artista José Reis, mais conhecido como “Zé Pirex”. Ele frequentou a casa por aproximadamente três anos e sempre retorna para agradecer as oportunidades que teve, muitas delas com o apoio da casa de acolhida, de aprender um novo ofício e se recolocar no mercado de trabalho.
Hoje, “Zé Pirex” trabalha como segurança em uma empresa e realiza a pintura de tecidos para lojas no bairro do Brás. Para muitos, ele é um exemplo de que é preciso cultivar a esperança para a reconstrução da dignidade humana de todos os que ainda sobrevivem nas ruas.

PESSOAS, NÃO NÚMEROS

Há um ano, Cecília Garcia realiza atendimento terapêutico no local voluntariamente. Ela falou à reportagem sobre a necessidade de desmistificar que, para se fazer o bem, é preciso grandes iniciativas ou mobilizações. Em seu entender, o simples fato de alguém pensar em levar consigo uma garrafa de água para entregar a uma pessoa em situação de rua em um dia de calor significa tanto quanto outras ações. 
Ela esclareceu que a carência social é um dos primeiros fatores para a vida nas ruas, mas essa situação nunca é a primeira opção desejada por alguém.
Também de acordo com Cecília, é necessário transformar a data instituída pelo Papa Francisco em um gesto cotidiano, para que as pessoas em situação de rua deixem de ser invisíveis aos olhos dos demais: “Por muito tempo, eu não os via. Era como se eles fizessem parte da paisagem. É preciso um trabalho de conscientização para que eles deixem de ser invisíveis e para que possamos enxergá-los como pessoas, não como números. Para mim, esse deveria ser o objetivo do Dia Mundial dos Pobres. É uma atitude de chamar a pessoa pelo nome, olhar nos olhos, deixar de se importar com o cheiro que tenha e passar a olhar para a pessoa que há por trás disso”. 

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‘Dando o sangue’ pelo time fora de campo

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08 de dezembro de 2018

Você sabia que uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas? A cada dois segundos, uma pessoa em algum hospital do País precisa de uma transfusão de sangue para sobreviver. No entanto, segundo dados de 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 1,6% da população brasileira doa sangue. 

Muitos torcedores cobram dos jogadores e esportistas de diversas modalidades o ato de ‘vestir a camisa e dar o sangue pela equipe’. O mesmo convite é feito para aqueles que, por meio do seu amor ao esporte, podem doar sangue.
 

‘SANGUE CORINTHIANO’

A campanha “Sangue Corinthiano” é idealizada e promovida pelos próprios torcedores alvinegros há dez anos e utiliza a força e união da fiel torcida para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. 

A primeira edição ocorreu em setembro de 2008. Desde então, já foram alcançadas 40 mil bolsas de sangue, que ajudaram a salvar mais de 160 mil vidas. O idealizador e torcedor Milton Oliveira, que é doador voluntário desde 2005, viu na paixão e união da torcida corintiana a possibilidade de salvar muitas vidas.

“Tornei-me um corintiano muito mais fanático por causa da campanha, pois me envolvi mais para falar com propriedade, conhecer mais e estar dentro do Corinthians, ir a estádio, acompanhar jogos, e muito mais a partir da campanha do que antes”, contou ao O SÃO PAULO.  

Anualmente, há três edições da campanha “Sangue Corinthiano”, sempre com o objetivo de conscientizar novos torcedores a respeito da importância dessa iniciativa e também torná-los doadores regulares. 

“A campanha, mais do que resolver o problema, é um projeto educativo que tenta trazer a família, para que as próximas gerações cresçam e se acostumem com o fato de que a doação de sangue é um compromisso que a gente precisa ter, e o amor ao Corinthians vem ajudando demais nesse sentido”, concluiu Milton Oliveira.

 

MOBILIZAÇÃO DE TODOS 

De acordo com a Fundação Pró-Sangue, há épocas do ano em que as pessoas diminuem suas idas ao banco de sangue. No inverno, as gripes e os resfriados afastam o doador. No verão, o calor incomoda e as pessoas se desidratam mais. Além disso, há o período de férias, que tira a prioridade das pessoas acerca da importância desse gesto. Visando esses períodos críticos, clubes e torcidas se mobilizam para estimular a doação.

A campanha “Sangue Alviverde” reúne torcedores do Palmeiras. A iniciativa é organizada pela torcida Mancha Alviverde e já aconteceu em várias cidades do País. Outra iniciativa é a campanha “Sangue Vermelho, Branco e Preto”, idealizada pelos torcedores do São Paulo semestralmente, que já está em sua 12ª edição e alcançou 19 cidades brasileiras. 

“Tenho muito orgulho de poder colaborar com outras pessoas, não só por meio do meu time do coração, mas como um cidadão, ciente dos meus deveres, e fazer o possível para poder ajudar o próximo”, disse Henrique Tomasso, torcedor do São Paulo. 

A campanha “Lusa na Veia”, organizada pela ONG Sobre Vivência, mobiliza torcedores da Portuguesa três vezes ao ano para doação de sangue e foca em conscientizá-los sobre a importância do ato. 

O movimento “Embaixadas do Santos F.C.”, espalhado pelo Brasil, também sensibiliza os torcedores do alvinegro praiano para que participem da campanha “Dando Sangue com Amor”, por conta do Dia Nacional do Doador de Sangue, em 25 de novembro. 

“Essas iniciativas são muito importantes, pois suprem os nossos estoques nos períodos em que estamos abaixo de 50%. A Fundação Pró-sangue está precisando urgentemente de doadores. Nós fornecemos sangue para mais de cem hospitais aqui de São Paulo e dependemos do doador, que é a mola-mestra da campanha de doação de sangue. É ele que nos fornece a matéria-prima que vai salvar vidas”, disse à reportagem Carlos Roberto Jorge, médico da Fundação PróSangue. 

(Com informações da Fundação Pró-sangue)

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25 de novembro: Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue

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23 de novembro de 2018

Em 25 de novembro comemora-se o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, uma data importante para a hemoterapia brasileira. Para prestar homenagem aos doadores de sangue do Brasil, a Pró-Sangue promoverá a Semana do Doador de Sangue 2018, que acontecerá dos dias 21 a 24. 

Durante a Semana do Doador de Sangue, os candidatos serão recepcionados de forma calorosa. O evento reserva uma série de surpresas para quem visitar os postos de coleta da Fundação. Haverá o lançamento da campanha “Quem doa sangue sempre vence”, desenvolvida pela agência Betc/Havas. Para incrementar a bandeja do lanche do doador, a Hyde Alimentos virá com o suquinho Mupy, a Dona Dêola com seu bem-casado e o Habib´s com uma musse. 

Os estoques da Pró-Sangue estão num patamar 50% abaixo do indicado. A Fundação abastece mais de cem instituições de saúde da rede pública do Estado de São Paulo. Para doar sangue, basta estar em boas condições de saúde, estar bem alimentado, ter entre 16 e 69 anos (para menores, consultar site da Pró-Sangue), pesar mais de 50kg e comparecer com documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato. Vale reforçar que é bom evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. 

O posto Clínicas fica na Avenida Doutor Enéas Carvalho de Aguiar, 155, 1º andar. A unidade atende das 7h às 18h, de segunda a sexta-feira; e das 8h às 17h aos sábados e feriados. O estacionamento é gratuito para doadores. Mais informações no Alô Pró-Sangue (11) 4573-7800.

Fonte: Fundação Pró-Sangue
 
 

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Brasil registra aumento na doação de órgãos

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08 de outubro de 2018

O Ministério da Saúde espera atingir, até o fim do ano, o maior número de doação de órgãos no Brasil desde 2014. Entre janeiro e junho deste ano, houve um crescimento de 7% no número de doadores de órgãos em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 1.653, em 2017, para 1.765, em 2018, sendo que a expectativa é chegar a 3.530 até o fim do ano.

Com esse aumento, o Ministério prevê que este ano serão realizados cerca de 26,4 mil transplantes, sendo 8.690 de órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim), sem contar os transplantes de córnea e medula óssea, cujos números são igualmente expressivos. 

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Paulo Pêgo Fernandes, não basta simplesmente priorizar as campanhas e conscientizar a população no sentido de aumentar tanto o número de doadores quanto o de transplantes, mas também de treinar equipes multidisciplinares de saúde com relação ao diagnóstico de morte encefálica e a criação de centros regionais de transplante.

“Você tem de treinar pessoas no âmbito do Brasil inteiro nas seguintes questões: para fazer o diagnóstico e para saber como conversar, explicar essa situação aos familiares. Outra demanda são os centros regionais de transplante, porque, pelo fato de o País ser muito grande, dependendo do órgão, você não consegue transportá-lo do Norte para o Sul a tempo, sendo que, ao permanecer por um período excessivo fora do corpo do doador, torna-se inviável para utilização”, afirma Fernandes.

Fonte: Agência Brasil
 

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Papa ganha uma ‘Vespa’, que será leiloada para a caridade

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09 de setembro de 2018

Participantes de um encontro de motociclistas apaixonados pela “Vespa” presentearam o Papa Francisco com uma versão personalizada. Ele encontrou no domingo, 2, um pequeno grupo que estava em Roma para a 2ª Reunião Internacional Roma Caput Vespa.

A “Vespa do Papa” é um modelo 50R original, ano 1971. Ela foi personalizada com a placa BF362918, que representa seu sobrenome, “Bergoglio”, o seu nome de Papa, “Francisco”, seu ano de nascimento, 1936, e uma das datas do encontro, dia 29 de agosto, no ano 2018.

De acordo com o Vaticano, a moto foi doada pelo Club Vespa nel Tempo, organizador do evento que reuniu cerca de 600 pessoas em Roma. Ela foi entregue à Esmolaria Apostólica – o escritório do Vaticano que coordena as obras de caridade do Papa, atualmente liderado pelo cardeal polonês Dom Konrad Krajewski. A moto será leiloada e os fundos serão revertidos a essa finalidade.

 

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Voluntário: Testemunho de quem dá a vida pelos irmãos

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31 de agosto de 2018

Em 28 de agosto, comemora-se o Dia Nacional do Voluntariado. No Brasil, segundo dados do IBGE, em 2017, o número de voluntários chegou a 7,4 milhões.
Classificado como toda atividade realizada, por ao menos uma hora por dia, de forma gratuita, com o princípio do bem comum, solidariedade, participação e cooperação, vinculado a espaços cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos e de assistência social, a prática do voluntariado é regulamentada pela lei n° 9.608/98.
Vania Dohme, fundadora do Centro Voluntariado do Brasil e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, destacou ao O SÃO PAULO que o voluntário é um cidadão participativo que reúne duas competências: senso crítico e empreendedorismo. “Senso crítico porque vê o que está acontecendo à sua volta e analisa a situação por diversos ângulos; e empreendedor porque, ao ver situações que precisam ser resolvidas, sente-se movido a fazer algo para solucioná-las”.
O Papa Emérito Bento XVI, em um encontro com um grupo de voluntários, em 2011, enfatizou que para os cristãos o voluntariado vai além de apenas uma “expressão de boa vontade”. “É baseado em uma experiência pessoal com Cristo. Ele foi o primeiro a servir a humanidade, Ele livremente deu sua vida para o bem de todos. Esse dom não foi baseado em nossos méritos. A partir disso, aprendemos que Deus dá a nós a si mesmo”, afirmou.


TESTEMUNHO DE CARIDADE
Pelo voluntariado é possível colocar seus dons e aptidões a serviço das pessoas que mais necessitam. Como é o caso do Lucas Lomelino, formado em Administração de Empresas, e que faz parte da Associação Rainha da Paz, no Jardim Brasília, na zona Sul, que realiza 14 programas de educação, capacitação profissional e de assistência social oferecidos gratuitamente a todas as faixas etárias. Para ele, o voluntariado permite que o ser humano estimule aquilo que ele tem de melhor: a caridade. “Todos que experimentam o voluntariado sabem como é entrar no projeto achando que estão ajudando de forma quase heroica e, no fim, se sentirem eles os ajudados. E de fato é assim, o poder do voluntariado é justamente de ser uma oportunidade de experiência de encontro e trocas de valores”, disse.
Daniel Mariano e seu irmão, Thiago Almeida, criaram, em 2008, um cursinho popular para ajudar jovens no bairro da Brasilândia a ingressarem em escolas técnicas de São Paulo.
Formado em Ciências Sociais e antigo professor de atualidades, Daniel explicou que o projeto nasceu do desejo do irmão em ajudar adolescentes a se prepararem para o vestibular. Apesar de atualmente estar fora da sala de aula, ele não se afastou do voluntariado, pois o considera uma troca de riquezas: “Vivemos em uma sociedade egoísta, nós aprendemos a construir muros para guardar nossos tesouros nesses muros. O voluntariado faz com que pessoas que tenham conhecimento e possam compartilhá-lo”.
O fato de ex-alunos retornarem ao projeto como voluntários é para ele uma fonte de motivação. Foi o que aconteceu com Adryenne Diniz, aluna em 2014, que estudou Técnica de Teatro e hoje cursa Pedagogia. Desde 2015, ela colabora com a administração do cursinho. Adryenne contou que o voluntariado mudou sua forma de olhar para as pessoas e que seu estímulo vem da possibilidade de multiplicar essa oportunidade.
Atualmente, o Cursinho Popular “Preparando o Futuro” está localizado no Bairro Jardim Elisa Maria, na zona noroeste de São Paulo. Ao longo de dez anos, aproximadamente 700 alunos foram contemplados com as aulas que acontecem todos os sábados, das 8h às 13h.


TECELÃS DO AMOR
O amor traduzido em enxovais é a forma como as Tecelãs do Amor Maior doam seus dons. O projeto é formado por mulheres que, voluntariamente, tricotam roupas que são doadas aos recém-nascidos atendidos pelo Amparo Maternal, maior maternidade de assistência pública do País. Essa história começou há 15 anos e foi idealizada por Marlene Vilutis, que também é doula do Amparo Maternal - as doulas auxiliam as mães na hora do parto. Percebendo  a vulnerabilidade das famílias e conversando com outras voluntárias, em 13 de maio de 2005, foi oficialmente criado o projeto, que hoje conta com 781 tecelãs.
Elas atuam na cidade de São Paulo em três lugares: Vila Arapuá, Condomínio Imperial e na Paróquia São João Batista, na zona Sul da Capital. Atuam também em Minas Gerais, Peruíbe. No exterior, o projeto está presente na Holanda e nos Estados Unidos, países que enviam peças de enxoval uma vez por ano. Só no primeiro semestre de 2018, 1.759 bebês receberam o kit.
A fundadora conta que seu voluntariado é uma resposta à Nossa Senhora. Professora da História da Arte aposentada há 18 anos, Marlene sentiu o desejo de ajudar o próximo ao ouvir o Evangelho em que Maria vai ao encontro para servir sua prima Isabel. Enquanto limpava o quintal de sua casa, ela encontrou um jornal que continha informações sobre um curso oferecido pelo Amparo Maternal. Ao conhecer a maternidade, se tornou doula e, assim, passou a estar próxima das mães: “Eu via que elas tinham pouco, não tinham nem mala, algumas vezes traziam as roupas em sacolas de mercado, e eu disse é por aí: Nossa Senhora me deu a resposta”.
Marlene ressaltou que sua motivação não é apenas ajudar as mães e os bebês, mas também as mulheres que tecem as roupas, pois o trabalho dá a elas um novo ânimo, já que muitas são idosas e aposentadas, que encontram um novo sentido nessa fase da vida.


VISITA DA ALEGRIA
Em novembro de 2010, a Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, na Região Episcopal Brasilândia, realizou uma gincana da juventude a fim de apresentar as pastorais atuantes na Igreja. Coube ao casal Joseane Soares Lourenço e Thiago Lourenço, junto a outros jovens, conhecer a Pastoral da Saúde. O casal começou, assim, a visitar os pacientes internados no Hospital Penteado, na zona noroeste de São Paulo.
O envolvimento foi tanto que, em 2015, os dois – acompanhado de outros amigos - foram atraídos pelo trabalho do Palhaço Hospitalar, por meio da ONG “Hospitalhaços”, de Campinas, e estabeleceram um cronograma de voluntariado quinzenal chamado “Visita da Alegria”.
“É um ambiente totalmente adverso, onde a figura do palhaço não é essencial como um médico, mas pode ter a potência de intermediar a transformação desse espaço”, salientou Joseane sobre visitas ao hospital. O grupo já esteve também em asilos, orfanatos e casas de apoio.
Sobre a motivação para ser voluntária há tantos anos, Joseane disse que “estamos aqui de passagem e precisamos cuidar dos demais para construirmos juntos um legado de mais amor, mais carinho e mais humanidade”.

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Coleta da Sexta-feira Santa: solidariedade à Síria

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27 de março de 2018

Na manhã desta terça-feira, 27, 43 refugiados sírios desembarcaram no aeroporto romano de Fiumicino graças aos corredores humanitários.

Trata-se de núcleos familiares provenientes de Aleppo, Homs, Raqqa e Edlib; mais da metade são crianças. Na quarta-feira, está prevista a chegada de mais 47 cidadãos sírios.

Os corredores humanitários são um programa de acolhimento na Itália dirigido a migrantes em especiais condições de vulnerabilidade. A iniciativa nasceu em 2016 de uma parceria entre o Ministério das Relações Exteriores e a Comunidade de Santo Egídio, a Federação das Igrejas Evangélicas e os valdeses. A finalidade é garantir uma imigração segura, sem que tenham que recorrer a traficantes de seres humanos.

 

As pedras vivas do Oriente Médio: os cristãos

A guerra na Síria completou sete anos. Nos últimos dias, organizações como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Save the Children lançaram apelos em prol da infância no país.

Segundo Fr. Bruno Varriano, reitor e guardião da Basílica da Anunciação, em Nazaré, uma parte da coleta da Sexta-feira Santa é destinada à população da Síria.

 

Vatican News

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Fevereiro Laranja e a luta contra a leucemia

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27 de fevereiro de 2018

Ela completou 15 anos e, dois dias depois, descobriu a leucemia. Já faz cerca de três anos, mas para Eduarda Leticia Lindner, de Indaial (SP), a sensação de medo e angústia que sentiu assim que soube do diagnóstico ainda faz parte do seu dia a dia.

“Temos dias de sofrimento, dias em que pensamos desistir de tudo, dias em que vemos nossos amigos podendo aproveitar a vida e nos damos conta que estamos ali, presos a uma doença. Mas eu garanto que a força e a fé que temos dentro de nós mesmos é capaz de transpor todas essas barreiras, e que,sim, somos capazes de vencer esses monstros que nos parecem impossíveis. Fomos escolhidos, selecionados e esculpidos nas mãos de Deus, porque Ele sabe a força que carregamos, e que no fim dessa luta só saímos mais guerreiros do que entramos”, escreveu Eduarda em seu depoimento publicado no site da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).

A Abrale é uma das mais conceituadas e importantes associações que trabalha em todo o País para democratizar o tratamento e qualidade de vida de pessoas com doenças hematológicas (linfoma, leucemia, mieloma múltiplo, mielodisplasia, PTI, mieloproliferativas).

Em fevereiro, a Abrale e outras instituições que trabalham na prevenção e tratamento desses tipos de câncer promovem a Campanha Fevereiro Laranja, com objetivo de alertar e informar sobre a leucemia e incentivar a doação de medula óssea.
A Abrale alerta para o fato de que a vida de milhares de pacientes depende de diagnóstico precoce, acesso ao tratamento, vagas em hospitais, profissionais capacitados, informações atualizadas e programas especiais que apoiam e ajudam os pacientes. A associação atua sustentada por quatro pilares: Apoio ao Paciente; Educação e Informação; Pesquisa e Políticas Públicas. Saiba mais em www.abrale.org.br.

Causas e tratamento


Regiane Lopes Pereira, 30, Médica Pediatra formada pela Universidade Federal de São Paulo, na Escola Paulista de Medicina, e Médica complementada de Oncologia Pediátrica pelo Itaci/Institutoda Criança HCUSP, concedeu ao O SÃO PAULO uma entrevista em que explicou sobre as causas e o tratamento da leucemia, bem como sua experiência junto a pacientes que foram diagnosticados com a doença.

“Leucemia é uma neoplasia [também conhecida como tumor] das células do sangue. Como toda neoplasia, ela se origina da proliferação desordenada de um único tipo de célula, fazendo com que as demais células necessárias para a função adequada do sangue, como as plaquetas (importantes para a hemostasia – estancar sangramentos) e as hemácias (importantes para carregar o oxigênio para as células de todo o corpo), tenham sua produção e consequentemente a sua função prejudicadas. A leucemia pode ser da linhagem mieloide do sangue ou da linhagem linfoide. Cada uma terá características específicas e tratamento personalizado”, explicou Regiane.

A Médica recordou que a leucemia é um diagnóstico de câncer e como tal carrega o peso e o medo da morte. “Dar o diagnóstico de câncer para alguém é algo que traz muito sofrimento e muitos questionamentos sobre a vida e a morte”, refletiu Regiane, que lembrou, ainda, que a leucemia é uma doença sistêmica, ou seja, afeta o corpo todo. “Não apenas um órgão, como o câncer de ovário ou intestino, por exemplo. Logo, seu tratamento é intenso e prolongado, e os riscos de infecção, sangramentos e anemia são muito mais intensos que em alguns tratamentos de outros tipos de câncer”, continuou.

Sobre os sinais e sintomas da doença, a Médica explicou que os principais e mais evidentes são: sangramentos – gengival ou nasal; petequias, ou seja, pequenos vasos vermelhos que surgem na pele; febre; dores nos membros; aumento do baço e do fígado; anemia/ palidez; cansaço e aumento dos gânglios, popularmente conhecidos como ínguas.

Já em relação à prevenção, Regiane esclareceu que a falta de fatores bem definidos para explicar a causa da leucemia dificulta a orientação de como prevenir a doença. “Sabe-se que existem alguns fatores relacionados com risco de desenvolver a doença: tratamento quimioterápico e radioterápico anterior, exposição a radiação ionizante, doenças genéticas, como Síndrome de Down e anemia de fanconi e as mielodisplasias, ou seja, doenças relacionadas ao sangue. Porém, ter esses fatores não significa – necessariamente – que a pessoa irá ter leucemia”, afirmou.

Sobre o tratamento, Regiane salientou o fato de ser prolongado, intenso e agressivo, na maioria dos casos. Dura em média dois anos e meio para leucemia linfoide aguda, a forma mais comum de leucemia na infância. Os primeiros seis meses são intensos com quimioterapia em altas doses, muitos efeitos colaterais e riscos inerentes ao uso de quimioterapia, principalmente infecção. O tratamento da leucemia mieloide aguda costuma ser mais curto, porém quase todo o tempo o paciente deve se manter internado, e, em muitos casos, é necessário o transplante de medula óssea.

“É como se o hospital se tornasse a segunda casa do paciente. A grande maioria das pessoas com que o paciente irá conviver estará dentro do hospital: médicos, enfermeiros, auxiliares, profissionais da saúde em geral e os outros pacientes, que acabam se tornando seus grandes companheiros”, contou a Médica.

A experiência da cura


Como oncologista pediátrica em formação, a grande maioria dos pacientes que Regiane tem contato apresentam leucemia, pois é primeira causa de câncer na infância. “Ter contato com esses pacientes e com suas famílias faz com que eu tenha aprendido um pouco mais sobre o ser humano e suas dores, suas lutas. São pessoas que tiram forças do seu interior para conseguir seguir em frente e enfrentar uma batalha longa e difícil. Para mim, é um privilégio conviver e aprender tanto sobre a vida com elas”, disse a Médica.

Outra experiência que Regiane tem vivido é a de ver o processo de recuperação da doença, que é alto. “A grande maioria dos pacientes, em torno de 80 a 90%, apresentam remissão e eventualmente a cura. É gratificante e muito feliz ver um paciente remitir. Ver aquela criança que chega triste e doente, sem forças ou vontade para brincar, voltar a sorrir, forte e feliz novamente. Já tive algumas experiências felizes como essa”, contou à reportagem.

Nesse sentido, a Médica salientou que é muito importante que as pessoas compreendam que o diagnóstico de leucemia não é um diagnóstico de morte. “Na infância, há uma chance de cura muito alta e real. O que considero importante também é saber que muitas pessoas podem ter a chance de cura com um transplante de modula óssea. Logo, se tornar um doador de medula óssea é algo que pode fazer de você o responsável pela cura de uma vida.”

Para ser doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade; estar em bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa ou incapacitante; não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; e dispor cerca de 90 minutos para o procedimento, que é simples e indolor. Mais informações no site http://ameo.org.br ou pelo telefone (11) 2176-7249.

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Fundação Pró-Sangue necessita de doadores

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05 de outubro de 2017

A Fundação Pró-Sangue faz um apelo para doadores, pois os estoques de sangue O+, O- estão em estado de alerta. Os tipos A-, B+ e B- estão em estado crítico.

Na triagem de doadores, a Fundação Pró-Sangue obedece a normas nacionais e internacionais. O alto rigor no cumprimento dessas normas visa oferecer segurança e proteção ao receptor e ao doador.

Confira a lista de impedimentos para doações.

Horário de funcionamento da Pró-Sangue em outubro.

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