'Os diáconos devem servir os irmãos, sobretudo os excluídos'

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18 de dezembro de 2018

Foram ordenados, pelas mãos do Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, quatro seminaristas, no caminho de preparação para o sacerdócio, e oito diáconos permanentes. A missa na qual aconteceu as ordenações teve lugar na Catedral da Sé, na tarde do sábado, 15.

“Com alegria, acolhemos estes nossos irmãos que foram apresentados ao Arcebispo e à Igreja como candidatos ao diaconato”, disse o Cardeal. “Eles são vocacionados e, depois de um período de preparação, estão aqui, prontos para receber a ordem do diaconato”, continuou o Arcebispo, que falou aos seminaristas que eles serão eternamente diáconos, pois o padre não deixa de ser diácono ao receber a ordem do presbiterado. Aos diáconos permanentes, o Cardeal Scherer recordou que “os diáconos são chamados a servir, sobretudo os excluídos, também aqueles excluídos da Igreja”. 

Dom Odilo lembrou as palavras do Papa Francisco, ao salientar que “os diáconos são ministros da misericórdia de Deus”, e disse, ainda, que, cada um, agindo pessoalmente, ajuda toda a comunidade a ser uma comunidade servidora.

 

ALEGRIA

Sobre a liturgia da Palavra do 3º Domingo do Advento, o Cardeal salientou que todos os cristãos são chamados à alegria, à coragem e à perseverança. “Não somos chamados a uma alegria vazia, mas àquela alegria sentida por dentro, a certeza de que não estamos sozinhos. O cristão deve ser testemunho da esperança e da alegria”, exortou. 

“Hoje, ainda mais, devemos estar alegres, porque temos novos diáconos na Arquidiocese, e isso é um sinal de que Deus não abandona sua messe. Assim, a messe não ficará sem pastores e, em nome de Cristo Pastor, eles cuidarão da messe para que não se perca. E vós, filhos, que serão ordenados diáconos, o Senhor vos deu o exemplo para que como Ele façais também vós”, disse o Arcebispo.

 

GRATIDÃO

No fim da celebração, representantes dos seminaristas e da Escola Diaconal São José agradeceram todo o auxílio que tiveram durante a preparação recebida até a ordenação. 

“Queremos agradecer a Deus, a Nossa Senhora, à Igreja de São Paulo, a Dom Odilo e ao Seminário, nas pessoas dos nossos formadores. Aos nossos familiares e a todo o povo de Deus em São Paulo, que continuem a rezar por nós”, disse o Diácono Seminarista Carlos André. 

Antonio Monge, em nome dos diáconos permanentes, recordou que “muitos contribuíram para que chegássemos a este momento das nossas vidas. Muito obrigado às nossas famílias, esposas e filhos, frutos de nossa vocação primária. Queremos lembrar também nossas comunidades de origem. Temos consciência de que somos frágeis e pequenos, mas empreendemos essa caminhada, confiantes na graça de Deus”. 

 

FAMÍLIA

Antonio Ferreira da Silva, irmão do Diácono Seminarista Francisco Ferreira da Silva, que agora se prepara para o sacerdócio, estava com a família esperando para abraçá-lo e felicitá-lo por mais este passo dado rumo à ordenação presbiteral. A esposa de Antonio, Maria Leci Gomes, e os filhos, Antonio Vitor, 11, e Vinícius, 7, demonstraram grande alegria em participar da celebração.

De uma família de 13 irmãos, filhos do casal Cirilo Costa da Silva e Rosa Ferreira da Silva, Francisco é o quinto. Ele nasceu e foi criado na cidade de Venha Ver (RN). “É uma felicidade para nós participar deste momento com o Francisco”, afirmou Antonio. 

Maicon Candido da Silva, 37, é filho de Geneval Candido da Silva e foi com a esposa e os dois filhos, Emmanuelle, 5, e João Vitor, 3, para a missa na qual o pai foi ordenado diácono permanente. “Meu pai é muito dedicado. Não existe dia nem hora para ele. E eu já fiquei em muitas madrugadas acompanhando meu pai”, contou Maicon, que mora em Taipas, na zona Noroeste de São Paulo.

 

 

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‘Qual será o papel dos diáconos permanentes no sínodo?’

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16 de outubro de 2017

Os diáconos permanentes participam de modo especial na missão e na graça de Cristo e são colaboradores dos bispos, recebendo o sacramento da Ordem no grau próprio e permanente para o serviço. Na vida da Igreja, desde os tempos apostólicos, eles são chamados do meio do povo para servir como animadores das comunidades e na liturgia. No contexto atual, considerando os desafios de evangelização na grande cidade, o diaconato encontra amplo espaço para crescimento em nossas comunidades. Por isso, o sínodo arquidiocesano será uma grande oportunidade pare descobrir novos espaços de ação e para fortalecer os trabalhos que já estão em andamento. Entendido dessa maneira, o diaconato permanente oferece à Igreja a possibilidade de contar com pessoas de grande ajuda para as tarefas pastorais e ministeriais. 

“São-lhes as mãos não para o sacerdócio, mas para o ministério. Portanto, fortalecidos com a graça sacramental, servem ao povo de Deus na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão com o bispo e seu presbitério. Conforme lhe for marcado pela autoridade competente, o diácono deve administrar solenemente o Batismo, conservar e distribuir a Eucaristia, assistir e abençoar o Matrimônio em nome da Igreja, levar o viático aos moribundos, ler a Escritura aos fiéis, instruir e exortar o povo, presidir o culto e as orações dos fiéis, administrar os sacramentais, oficiar as exéquias e enterros.” ( Lumem Gentium , 29)
 
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