Bispos pedem fim da violência no Chile

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13 de novembro de 2019

A Conferência Episcopal do Chile divulgou nesta terça-feira, 12, uma mensagem em vídeo sobre a situação de violência que vive o país.

Na declaração intitulada “Chile não pode esperar”, os bispos e administradores diocesanos chilenos fizeram um apelo aos que têm “responsabilidade política e social” e a todos “os homens e mulheres de boa vontade”.

Neste momento complexo da história do Chile, em meio a uma crise que entra na sua quarta semana com mortos e feridos, denúncias de tortura e abusos, os bispos “humildemente” apelam “à generosidade de todos para dar prioridade” ao “bem comum da pátria”.

DIÁLOGO 

“Por amor à nossa pátria, terminemos com a violência!”, afirma com ênfase o episcopado, diante de “denúncias por violações aos direitos humanos, pessoas falecidas, feridas, vandalismo, saques, destruição de infraestrutura pública e privada”. A Conferência Episcopal pede “com força e insistência que cesse todo tipo de violência, venha de onde vier”.

“O respeito e o diálogo são hoje uma urgência!”, recordam mais uma vez os bispos, sobretudo diante do atual cenário de reflexão sobre uma nova constituição, um processo para mudar àquela herdada da ditadura de Augusto Pinochet, chamada de “mãe das desigualdades” por parte de manifestantes e especialistas. A Câmara dos Deputados do país aprovou a convocação de uma votação em 90 dias para saber se a população concorda com a elaboração de uma nova Carta Magna.

Os bispos concluem a mensagem enfatizando que todos precisam fazer os melhores esforços “para derrubar os muros que nos separam, e erguer as pontes” que permitam a construção de um pacto social que conduza a um futuro com mais justiça, paz e dignidade, “onde ninguém se sinta excluído do desenvolvimento humano integral”.

CRISE

A crise começou em 18 de outubro, quando o governo do presidente Sebastián Piñera decidiu aumentar o preço das passagens de metrô em 30 pesos, atingindo um valor máximo de 830 pesos (R$ 4,73, na cotação atual).

Como forma de protesto, os estudantes começaram a pular as catracas para entrar nas plataformas do metrô sem pagar a passagem.

A situação piorou nos dias seguintes, quando a violência tomou as ruas da capital chilena, Santiago, com incêndios em várias estações de metrô e ônibus, saques a supermercados e ataques a centenas de estabelecimentos públicos.

Piñera, então, declarou estado de emergência, o que significou o envio de militares para os pontos de protesto. O presidente suspendeu o aumento da tarifa do metrô e anunciou um pacote de medidas econômicas, descritas como “uma agenda social de unidade nacional”.

PROTESTOS E ATAQUES

No entanto, nenhuma dessas medidas e anúncios aliviou a fúria dos chilenos que participam dos protestos. Houve ataques e saques a prédios públicos e igrejas, como a matriz da Paróquia Assunção de Nossa Senhora, em Santiago, a Catedral de Valparaíso e a matriz da Paróquia Santa Teresa dos Andes, em Punta Arena. Outros templos foram apedrejados e tiveram seus muros arranhados.

A audiência geral do dia 23 de outubro, o Papa Francisco pediu diálogo para que se encontre uma solução para a crise no país sul-americano.

“Acompanho com preocupação o que está acontecendo no Chile. Faço votos de que, colocando fim às manifestações violentas, através do diálogo se trabalhe para encontrar soluções à crise e enfrentar as dificuldades que a geraram, pelo bem de toda a população”, disse o Pontífice.

 

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Nova crise política: ao menos 7 mortos

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22 de fevereiro de 2019

Dezesseis meses atrás, terminava a missão de paz da ONU no Haiti. Agora, o País vive uma nova crise política. Após diversas acusações de corrupção contra funcionários do governo, dezenas de milhares de manifestantes têm pedido a renúncia do presidente Jovenel Moise. Há relatos de mortos e feridos, mas não foi divulgado qualquer número oficial preciso. De acordo com a agência AFP, ao menos sete pessoas foram mortas.

A situação é dramática em diversas cidades, com grupos armados a bloquear estradas e ruas com entulho e pneus, impedindo o acesso da população a alimentos, medicamentos, água potável e combustível. A escassez de itens de primeira necessidade já começa a afetar boa parte da população.

A Irmã Santina Perin, 78, e outras duas irmãs do Imaculado Coração de Maria, que vivem a 150 quilômetros de Porto Príncipe, explicaram a situação: “O povo está muito desgostoso, revoltado. A comida está muito cara e a polícia não consegue dominar nem dialogar”. Questionada se pretende deixar o País, a Irmã Santina respondeu com firmeza que não: “É a hora em que o povo mais precisa de coragem e esperança”.

Fonte: Folha de S. Paulo
 
 

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Guaidó desafia Maduro com 600 mil voluntários

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22 de fevereiro de 2019

Segundo o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, 600 mil pessoas se inscreveram como voluntárias para enfrentar o bloqueio do governo de Nicolás Maduro à ajuda humanitária. A ação será realizada no sábado, 23, mas Guaidó não deu os detalhes de como será feita.

Nicolás Maduro, que ainda conta com o apoio das Forças Armadas, ordenou aos militares que bloqueiem a entrada de remédios e alimentos, que ele vê como o prelúdio de uma invasão americana.

Além dos militares, Maduro tem o apoio de diversos países, principalmente da Rússia, da China e do Irã, sem contar a sua maior aliada na região, Cuba. O governo cubano denunciou a preparação de um golpe de Estado na Venezuela orquestrado pelos Estados Unidos com o provável uso de força militar americana. As forças armadas cubanas reafirmaram seu apoio irrestrito ao governo de Maduro numa cerimônia, transmitida pelo noticiário estatal, em que diversos de seus membros assinaram registros de apoio a Maduro, com slogans como “Hasta la victoria, siempre!”

Quatro deputados europeus que estavam na Venezuela a convite da Assembleia Nacional (dominada pela oposição) para falar com Juan Guaidó foram expulsos do País pelo governo de Maduro. “Confiscaram nossos passaportes e não nos comunicaram o motivo de nossa expulsão”, afirmou o espanhol Esteban Gonzalez Pons, do Partido Popular Europeu.

O Bispo de San Cristóbal, Dom Mario Moronta, pediu a Nicolás Maduro que “abra os olhos” ao sofrimento do povo venezuelano, que “há vários anos está pedindo a mudança de orientação sociopolítica e econômica” no País. “A Igreja tem insistido que o povo deve ser escutado”, afirmou o Bispo.

Fontes: AFP/ Reuters/ Le Figaro
 
 

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Interiorização de venezuelanos ultrapassa 4,7 mil pessoas beneficiadas

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21 de fevereiro de 2019

Um total de 226 venezuelanos abrigados em Boa Vista (RR) foram interiorizados para oito cidades brasileiras na sexta-feira, 15, e no sábado, 16. A interiorização da última semana marcou uma nova etapa da Operação Acolhida, que presta ajuda humanitária aos solicitantes de refúgio e imigrantes venezuelanos que chegam ao Brasil em busca de proteção e assistência. Novas cidades, como Belo Horizonte (MG) e Caxias do Sul (RS), aderiram à iniciativa por meio de novos parceiros da sociedade civil.

Ao todo, 4.564 pessoas já foram transferidas de Roraima para 17 estados brasileiros, por meio da estratégia de interiorização, um dos pilares da Operação Acolhida – lançada em fevereiro do ano passado pelo Governo Federal para coordenar a ajuda humanitária aos solicitantes de refúgio e migrantes oriundos da Venezuela. A Operação Acolhida reúne as Forças Armadas, ministérios da Esplanada, agências do Sistema ONU no Brasil e entidades da sociedade civil organizada.

O intuito da estratégia de interiorização é reduzir o impacto da chegada de solicitantes de refúgio e migrantes venezuelanos em Roraima, permitindo que tenham novas oportunidades de integração e ingresso no mercado de trabalho, recomeçando suas vidas e contribuindo com o crescimento das novas comunidades de acolhida.

 

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Maduro: ‘Não somos mendigos’

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15 de fevereiro de 2019

Enquanto a população venezuelana padece de fome e falta de medicamentos, o governo de Nicolás Maduro bloqueou o acesso da ajuda humanitária ao País. Diversos caminhões com alimentos e remédios enviados pelos Estados Unidos a pedido do presidente-interino Juan Guaidó foram barrados na fronteira com a Colômbia: “A Venezuela não permitirá o espetáculo da falsa ajuda humanitária, porque não somos mendigos”, afirmou Maduro.

Juan Guaidó afirmou que não descarta a possibilidade de autorizar uma intervenção militar dos Estados Unidos ou de outros países para pôr fim ao regime de Maduro e à crise econômica e social que assola o País há anos. Enquanto isso, a ajuda humanitária está parada a poucos quilômetros das pessoas que mais precisam dela.

Fontes: DW/ News Week

 

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Tropas federais começarão a atuar no Ceará no sábado

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04 de janeiro de 2019

Forças federais de segurança começaram a se deslocar para o Ceará e devem iniciar a atuação no sábado, dia 5. Cerca de 70 integrantes da Força Nacional que estavam no Rio Grande do Norte e 30 em Sergipe já começaram a se dirigir para Fortaleza, conforme informou o secretário nacional de Segurança Pública, Guilherme Teophilo.

“Às 15h nós estamos deslocando mais 88 homens num Hércules 630 da Força Aérea Brasileira e durante a madrugada um Boeing 767 vai levar o restante dos 300 homens que o nosso governador do estado do Ceará pediu. E mais 30 viaturas estão iniciando comboio para Fortaleza no dia de hoje. Acredito que em 48h elas estejam lá”, afirmou Teophilo.

Logística

Foram designados agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e homens da Força Nacional e das Forças Armadas.

As forças atuarão em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social e as polícias locais. Segundo Guilherme Teophilo, o tempo de resposta foi de 24 horas, período necessário para o planejamento da ação e organização dos integrantes.

O secretário disse que equipes de inteligência têm acompanhado a situação do estado desde a morte de um líder criminoso, GG do Mangue, no ano passado. O estudo, acrescentou ele, indicou a necessidade do emprego dos 300 integrantes das forças, inclusive de militares.

Crise

O emprego da Força Nacional foi autorizado na sexta-feira, 4, pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, por um período inicial de 30 dias, após um pedido do governador do Ceará, Camilo Santana.

Desde o dia 2, ataques vêm sendo registrados na região metropolitana de Fortaleza e no interior do estado. Segundo último balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, foram registrados incêndios, crimes e episódios de depredação de estruturas públicas em diversos bairros da Capital Cearense.

Também foram identificados ataques com veículos em três cidades da região metropolitana (Guaiuba, Pindoterama e Horizonte).

No interior, as forças de segurança estaduais foram informadas de crime contra estruturas públicas em nove cidades: Pacatuba, Acaraú, Aracoiaba, Jaguaruana, Morada Nova, Morrinhos, Massapê, Piquet Carneiro e Tianguá. Entre as ocorrências foram registrados ataques contra agências bancárias, prédios públicos e veículos.

Saldo

De acordo com o governo do estado, até a tarde do dia 4, ao menos 45 pessoas foram presas ou apreendidas por participação nos atos. Após reunião entre órgãos do Executivo e de outros poderes, como o Ministério Público estadual, a administração anunciou medidas de reação à ofensiva, como a nomeação de 220 agentes penitenciários e de 373 policiais do último concurso realizado.

Em coletiva de imprensa o secretário nacional de Segurança Pública não foi assertivo sobre as causas para a crise de segurança pública no estado, mas apontou relação com a disputa entre grupos criminosos. “Para quem trabalha com segurança pública, só tem mais violência ou aumento da taxa de homicídio onde tem uma disputa entre as facções no território. Como no estado do Ceará nós temos Comando Vermelho, PCC [Primeiro Comando da Capital], GDE [Guardiões do Estado], Família do Norte e tantas outras, há ainda uma disputa muito grande por territórios. E é isso o que eles fazem”, disse Teophilo.

 

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‘Campo de concentração’

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21 de novembro de 2018

“A Venezuela é um campo de concentração onde estão exterminando os próprios venezuelanos”, afirmou Dom Jaime Villarroel, Bispo de Carúpano, em uma entrevista coletiva no dia 31 de outubro. “Este regime que hoje Nicolás Maduro preside na Venezuela está cometendo um extermínio, matando nosso povo de fome e por falta de remédios”, denunciou o Bispo, Dom Jaime também denunciou a tortura praticada pelas autoridades venezuelanas contra inimigos políticos. 

Dom Jaime explicou que a crise tem sua origem em 1999, com a chegada de Hugo Chávez ao poder. Hoje, 80% das indústrias estão destruídas e a inflação mensal foi de 270% em setembro. O salário mínimo atual está entre quatro e seis dólares – cerca de R$ 20 – por mês. Em muitos lares, a alimentação não passa de um pouco de arroz todo dia.

O Bispo afirmou que, em 2017, morreram mais de 20 mil crianças recém-nascidas, por falta de atendimento médico. Muitas mães são obrigadas a dar à luz nos corredores dos hospitais, e 60% delas morrem durante o parto. Nos hospitais não há algodão, gaze ou álcool. 

Dom Jaime denunciou também a falta de liberdade de expressão: os meios de comunicação são “totalmente controlados pelo governo” e utilizados para a propaganda oficial. A Igreja também está sob o ataque do governo de Nicolás Maduro, que tentou “criar uma ‘Igreja Católica reformada’, nacionalista”, e sob o controle do governo.

O Bispo contou a história de um sacerdote venezuelano que foi abordado pelas autoridades: “No aeroporto internacional da Venezuela, detiveram-no. Apresentou as credenciais. Desnudaram-no, fizeram-no defecar, disseram-lhe que era uma pessoa suspeita de levar drogas, tiraram-no do aeroporto, ele perdeu o avião, roubaram o dinheiro que levava”.

Dom Jaime explicou que a Igreja tem procurado formar as consciências com o ensino de sua doutrina social, para que as pessoas não se deixem manipular por esse sistema, e assegurou que os bispos e padres venezuelanos se mantêm unidos, trabalhando pelo bem comum da população local.

Fonte: ACI
 

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Papa: enfrentar os desafios da Igreja "sem mania de grandeza"

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20 de setembro de 2018

A segunda audiência do Papa Francisco esta quinta-feira (20/09) foi aos filhos de Santa Maria Imaculada, que organizaram um Congresso por ocasião dos 150 anos da morte do Ven. Giuseppe Frassinetti.

Em seu discurso, o Papa manifestou sua satisfação pela participação de leigos e clero no Congresso, “um dos sinais dos tempos da Igreja de hoje. Eu os exorto a continuarem neste caminho”, disse Francisco.

 

Fidelidade ao carisma

O Papa recordou que a Igreja não se cansa de exortar os religiosos a uma fidelidade dinâmica à própria identidade carismática. Esta fidelidade requer constante discernimento, escuta e diálogo.

Francisco destacou as virtudes de Giuseppe Frassinetti, que encorajava a um caminho humilde, sereno e corajoso na sequela de Cristo, oferecendo-se completamente a Ele.

 

Juventude

Ressaltando a dimensão educativa e juvenil deste carisma, o Papa convidou a uma participação espiritual ao próximo Sínodo dos Bispos sobre o tema da juventude.

“Pe. Frassinetti, como o seu amigo Dom Bosco, compreendeu o papel estratégico das novas gerações numa sociedade dinâmica e projetada no futuro. Eu os exorto a amar as novas gerações, a serem companheiros de viagem de seu caminho às vezes confuso, mas rico de sonhos, que são também eles parte da chamada de Deus.”

 

Sem mania de grandeza

Francisco conclui com um encorajamento diante dos desafios cruciais que a Igreja está vivendo.

“É importante que estejam presentes neste processo, sem mania de grandeza, mas com o desejo de fazer todo o possível, mantendo no coração a atitude evangélica dos servos inúteis. Não se deixem desencorajar.” 

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Países latino-americanos condenam intervenção militar na Venezuela

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17 de setembro de 2018

O Grupo de Lima, que reúne países latino-americanos incluindo o Brasil, condenou qualquer ação ou declaração que "implique uma intervenção militar ou o exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela". A declaração do bloco foi divulgada após o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ter afirmado que não se pode descartar uma ação militar para tirar Nicolás Maduro do poder.

Além do Brasil, apoiaram a manifestação os governos da Argentina, do Chile, da Costa Rica, Guatemala, de Honduras, do México, Panamá, Paraguai, Peru e de Santa Lúcia. O Grupo de Lima foi criado em agosto do ano passado para buscar uma saída pacífica à crise da Venezuela.

Na nota, disponível no portal do Itamaraty, os países reafirmam "o compromisso de contribuir para a restauração da democracia na Venezuela e para superar a grave crise política, econômica, social e humanitária que esse país atravessa, por meio de uma saída pacífica e negociada". Para isso, comprometem-se a adotar ações baseadas no Direito Internacional.

O Grupo de Lima cobra do regime venezuelano o fim das violações dos direitos humanos, a libertação dos presos políticos, o respeito à autonomia dos poderes do Estado. Afirma ainda que o governo Maduro tem de assumir "a responsabilidade pela grave crise que a Venezuela vive hoje".

O governo venezuelano anunciou que denunciará Almagro, nas Nações Unidas, por estimular a intervenção militar no país.

"A Venezuela denunciará na ONU e em outras instâncias internacionais Almagro que, de forma vulgar e grotesca, tem usado a Secretaria-Geral da OEA para promover a intervenção militar em nossa Pátria e atentar contra a paz na América Latina e Caribe", disse, em sua conta no Twitter, a vice-presidente Delcy Rodríguez. Para ela Almagro pretende reviver "os piores expedientes de intervenção militar imperialistas" no continente.

*Com informações da EFE

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‘A Igreja é um dos pilares da vida na Venezuela’

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11 de setembro de 2018

“Estávamos acostumados aqui a ir à missa e depois esquecer. Agora, as pessoas vão e procuram o sacerdote para ver se tem comida, dinheiro, trabalho e algum remédio”, contou Ximena García, que trabalha para a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. Ela explicou que a Igreja se tornou o centro das comunidades. Como todo venezuelano, os bispos e os padres também precisam se esforçar para obter seu galão de gasolina e encontrar comida e medicamentos. E eles fazem isso não só para si mesmos, mas para toda a comunidade que os procura. 

O sucessor de Hugo Chávez, presidente Nicolás Maduro, está no poder há cinco anos e se recusa a deixá-lo. Para contornar a autoridade da Assembleia Nacional, dominada pela oposição, Maduro convocou uma Assembleia Constituinte, elegendo ilegalmente uma grande maioria de apoiadores do seu regime e usurpando, na prática, a autoridade do Poder Legislativo que lhe era contrário. Em maio deste ano, Maduro foi reeleito para um mandato de seis anos, numa eleição considerada fraudulenta e ilegítima pela oposição e por boa parte da comunidade internacional. 

Enquanto Nicolás Maduro se recusa a deixar o poder, com o apoio de seus partidários e dos militares, a economia enfrenta a pior crise da história. A inflação já ultrapassou 80 mil por cento ao ano e pode chegar a 1 milhão por cento no final de 2018. Como resposta, o governo de Maduro tem cortado “zeros” da moeda. Há pouco tempo, para comprar 2 quilos e meio de frango, era preciso pagar 14,6 milhões de bolívares, equivalentes a cerca de R$ 8,00. 

Nesse contexto de crise, Ximena explica: “o trabalho da Igreja hoje é realmente um dos pilares da vida na Venezuela e é um testemunho não só de fortaleza, mas um testemunho de muita esperança, um testemunho vivo de Jesus nas ruas”. Para as pessoas que sofrem na Venezuela, a Igreja e a ajuda internacional, que têm feito chegar às pessoas alimentos e remédios, são essenciais.

Fonte: ACI
 

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