Governo Federal não oferece vacinação para COVID-19

Por
17 de abril de 2020

Uma mensagem compartilhada pelas redes sociais informava sobre uma provável campanha de vacinação contra o novo coronavírus, organizada pelo Governo Federal, a partir do dia 30 de março.

Em um trecho, o informe garantia que para evitar aglomerações nos postos de saúde e unidades de pronto atendimento (UPA), seria necessário realizar o agendamento pelo aplicativo oficial do Governo Federal, destinado para o COVID-19.

 POR QUE?

A informação é falsa, pois o Ministério da Saúde reitera que não foi desenvolvida nenhuma vacina preventiva ao COVID-19, até então. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) não faz qualquer exigência de cadastro ou agendamento prévio para o recebimento das vacinas disponíveis.  

COMBATE ÀS NOTÍCIAS FALSAS

Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou serviço para esclarecer dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

(Com informações de Ministério da Saúde)

Comente

Em tempos de pandemia, estado de São Paulo adota medidas de controle de gastos

Por
14 de abril de 2020

Afim de garantir o cumprimento de compromissos financeiros dos próximos três meses, e assegurar investimentos nas áreas da saúde e segurança pública, que o Governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), omunicou nesta terça-feira, 14, durante coletiva de imprensa, uma série de medidas de controle econômico e despesas públicas, durante o período de pandemia de coronavírus.

“Precisamos guardar e separar recursos para atender a Saúde e a Segurança Pública. A prioridade também é a proteção social para atender os desvalidos, os desempregados e os que estão na extrema miséria”, garantiu o Governador.

Estima-se que deixem de ser arrecadados R$ 10 bilhões entre os meses de abril e junho, época que os especialistas acreditam que o Estado soferá com o pico da doença. As novas medidas não preveem redução de salários ou de jornadas de trabalho do funcionalismo, contudo, prorroga despesas e suspende serviços considerados não essências.

As definições foram publicadas no Diário Oficial do Estado hoje. A diminuição de custeio será em média de 20%, exceto para as áreas essências. Museus, serviços de atendimento ao público, despesas com água, luz e outros contratos como limpeza, manutenção predial e transporte escolar terão redução no orçamento.

Com exceção da área da saúde, o governo estadual optou pela suspenção de auxilio alimentação e transportes aos funcionários públicos em teletrabalho, pagamento de diárias e passagens aéreas e terrestres, compra de carros, equipamentos, computadores e novas locações de imóveis e veículos.

Estão suspensos, também, o pagamento antecipado do décimo-terceiro salário e um terço de férias remuneradas, que só serão quitados em dezembro.

Só serão mantidos os concursos públicos e processos seletivos das áreas de saúde e segurança pública. Estão paralisados, ainda, novas nomeações, contratos de obras e publicidade que não esteja relacionado a ações de enfrentamento e prevenção ao coronavírus.

Os profissionais de saúde e integrantes das forças de segurança serão os únicos contemplados com o pagamento do bônus por resultados.

Essas medidas pretendem que a reserva emergencial de caixa chegue a R$ 2,3 bilhões no próximo trimestre. O Supremo Tribunal Federal ratificou a suspenção de serviços da dívida com a União, o que permitirá uma economia de R$ 1,2 bilhões mensais entre março e agosto.

Está em negociação a interrupção do pagamento de dívidas bancárias e de precatórios até que a situação se normalize.

(Com informações do Governo do Estado de São Paulo)

Comente

Cardeal Scherer orienta Arquidiocese de São Paulo sobre a vivência da Semana Santa e Páscoa

Por
30 de março de 2020

Em carta enviada a toda Arquidiocese de São Paulo, na quinta-feira, 26, Dom Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano, anunciou as diretrizes para a vivência da Semana Santa e Páscoa nas paróquias da Arquidiocese de São Paulo.

No documento, o Cardeal reitera que missas com a presença de fieis seguem suspensas por tempo indeterminado, devido a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus.

Todas as celebrações que ocorrem no período do domingo de Ramos ao domingo de Páscoa deverão ser mantidas e transmitidas pelos meios de comunicação.

LEIA A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO

Aos Bispos Auxiliares, Padres,

Diáconos, Religiosos e Leigos da arquidiocese de São Paulo

ORIENTAÇÕES PARA A SEMANA SANTA E A PÁSCOA

Caríssimos/as:

Escrevo esta carta, com orientações para as celebrações da Semana Santa e a Páscoa, para que os padres e demais responsáveis pelas paróquias e comunidades possam organizar-se convenientemente.

A celebração do Domingo de Ramos, da Semana Santa e da Páscoa constitui o núcleo central do Ano Litúrgico. Neste ano, infelizmente, somos confrontados com muitas limitações para realizar essas celebrações com a participação do povo, como seria desejável e normal. Porém, a pandemia da COVID-19, causada pelo Coronavírus, está exigindo que cuidemos da saúde e da vida, uns dos outros, colaborando com as Autoridades responsáveis pela saúde pública.

Continuamos em quarentena e “isolamento social”, em São Paulo, cuidando da vida e da saúde nossa e dos outros. Portanto, embora tenha sido derrubada, no dia 24 de março, a Liminar da noite de 20 de março, que havia mandado “proibir missas e cultos com qualquer número de pessoas”, as celebrações com povo permanecerão suspensas na arquidiocese de São Paulo, até nova ordem ou orientação desta mesma Arquidiocese.

O Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com Decreto nº 153/20, de 19 de março passado, por mandato do Papa Francisco, já deu instruções para a Igreja inteira sobre as celebrações da Páscoa “neste tempo difícil que estamos vivendo”. Aconselho todos a tomarem conhecimento desse Decreto, que é de domínio público.

Apresento, a seguir, orientações específicas para as mesmas celebrações na Arquidiocese de São Paulo. A celebração da Páscoa (o Tríduo Pascal inteiro, que inicia com a Missa “da Ceia do Senhor” na Quinta-Feira Santa) não se suprime nem se adia, mas deve ser feita nas condições possíveis e nos dias previstos. Aconselho os sacerdotes a transmitirem as celebrações aos paroquianos. Se houver a necessidade de alguns (poucos) ajudantes indispensáveis nas celebrações, cuidar que não sejam do “grupo de risco”. O povo pode ser orientado a assistir e participar em suas casas, na forma possível, das celebrações transmitidas pelas mídias sociais e pelos Meios de Comunicação. As celebrações não devem ser retransmitidas posteriormente, como arquivos gravados, mas devem ser transmitidas sempre “ao vivo”.  Recomendo divulgar as celebrações do Papa Francisco, transmitidas pelas TVs ligadas à Igreja, para que o povo possa assistir.

Domingo de Ramos: os padres celebrem em privado, sem bênção, nem procissão de ramos. O resto segue conforme rito próprio. Avisar o povo para ter em mãos algum ramo verde durante a celebração, sem que isso implique em “benzer os ramos”. Importa o sinal dos ramos verdes, e não a bênção, como tal. Não se omite a leitura da Paixão de Cristo. Orientar o povo sobre o “gesto concreto de solidariedade”, da Campanha da Fraternidade, fruto da penitência quaresmal. Convidar a fazer as doações pela Internet, diretamente na conta específica da Arquidiocese de São Paulo, para esse fim (Banco Bradesco, Ag. 3394-4, conta bancária n. 42986-4, CNPJ 63.089.825.0001-44).

Missa do Crisma e da renovação das promessas sacerdotais: Em vista do significado dessa celebração para todos os padres e para a comunhão eclesial na Arquidiocese, e para que também o povo possa participar, ela será adiada para o dia 01 de agosto próximo, às 09h00, na Catedral Metropolitana. Enquanto isso, o Santo Crisma e os óleos dos Catecúmenos e dos Enfermos da celebração de 2019 seguem sendo usados.

Missa “da Ceia do Senhor” e da instituição da Eucaristia, no início da noite da Quinta-Feira Santa (nunca antes do pôr do sol!): Os padres celebrem em privado e transmitam ao povo de suas paróquias. Omitem-se o “Lava-Pés” e a adoração eucarística presencial. Mas recomendo a adoração e a oração do próprio Padre diante da Eucaristia colocada no tabernáculo (não no ostensório!), por algum tempo, depois da Missa. A adoração também seja transmitida, com o convite para que o povo da paróquia a acompanhe em suas casas. Esse momento pode ser muito rico e expressar a “comunhão” do povo da paróquia em torno de Jesus e com o padre, “vigiando com Ele”, como os apóstolos no Horto das Oliveiras.

Sexta-Feira Santa, pela manhã: É aconselhado que os padres façam a Via Sacra em privado na parte da manhã, com transmissão pelas mídias para que o povo possa acompanhar em suas casas. Recomendo muito divulgar também a celebração feita na Basílica de São Pedro (vazia), às 13h00 do Brasil (17h00 de Roma), com a presença do Papa e, provavelmente, com a pregação de Frei Raniero Cantalamessa, OFMCap. Pregador da Casa Pontifícia. Essa pregação sempre é muito marcante e não deixará de ser também neste ano. Lembrar o povo que este é um dia penitencial de jejum, abstinência de carnes e oração intensa.

Sexta-Feira Santa, pela tarde: Os padres façam, às 15h00, a Comemoração da Paixão do Senhor, como de costume, mas sem povo e apenas com os poucos assistentes indispensáveis, que não sejam do “grupo de risco”, evitando cantos, transmitindo a celebração para os paroquianos. Não se omita, de forma alguma, a leitura da Paixão de Cristo e uma breve pregação. Mas não se faz o “beijo da cruz”. O celebrante convide as pessoas a fazerem isso em suas casas, com um crucifixo da família. Omitem-se a Via Sacra e a Procissão “do Senhor morto”, com a participação do povo. Sendo dia da Coleta para os Lugares Santos, incentivar as pessoas a fazerem sua doação generosa em favor da missão da Igreja nos lugares bíblicos, onde os cristãos vivem sob enorme pressão e sofrimento. As ofertas devem ser feitas diretamente na conta específica da Arquidiocese para esse fim (Banco Bradesco Ag. 3394-4, conta bancária n. 56602-0, CNPJ 63.089.825.0001-44).

Sábado Santo: Como prescreve a Liturgia, este é um dia de penitência, recolhimento e preparação para a celebração da Vigília Pascal. Durante o dia, podem ser feitas orações e reflexões, em privado, convidando o povo a acompanhar tudo pelas mídias em suas casas. Há muitas possibilidades que podem ser exploradas e a própria Liturgia das Horas oferece indicações.

No início da noite, mas nunca antes do pôr do sol, fazer a celebração da Vigília Pascal, em privado, e apenas com o mínimo indispensável de auxiliares de cerimônia, que não sejam do “grupo de risco”. Transmitir ao povo e convidar os paroquianos a acompanhar tudo pelas mídias. Omitir o acendimento do “fogo novo” e a procissão com o círio pascal. Mas pode-se acender, de maneira simples, o círio pascal e fazer o “Anúncio da Páscoa” (Exsultet). Fazer, pelo menos, três leituras do Antigo Testamento, entre as quais deve estar a leitura do Êxodo (Êx 14,15-15,1), com os respectivos Salmos, antes do início da Missa, com o Glória. Omitir a bênção da água e a liturgia batismal. Mas fazer a renovação das Promessas do Batismo. Pedir ao povo que tenha em mãos velas acesas nesse momento. A liturgia eucarística segue normal, até o final.

Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor: Fazer, ao menos, uma celebração transmitida ao povo da paróquia, em horário conveniente. Mas seria muito bom oferecer dois horários em cada paróquia, pois é o Domingo mais importante do Ano Litúrgico. Não deixar de fazer uma breve homilia.

Na Oitava da Páscoa: Fazer igualmente as Missas em cada dia da Semana da Páscoa, com transmissão ao povo. Há muito para se redescobrir na Oitava da Páscoa! Aproveitemos essa “quarentena” para evangelizar um pouco mais e para fortalecer a fé e a esperança do povo, mantendo unida a paróquia, à espera de podermos todos “ressurgir” fortalecidos em tempos melhores, com a saúde e a fé robustecidas.

Algumas breves orientações quanto à Confissão e ao “dever de preceito”: Diversas foram as questões levantadas em relação ao Sacramento da Penitência mediante confissão individual, ou a absolvição coletiva. Estamos numa situação difícil e emergencial. Para situações emergenciais, soluções de emergência.

Sobre o “preceito dominical”:  Vale o princípio geral, que a Igreja sempre ensinou: “ninguém pode ser obrigado a fazer o impossível”. Nas atuais circunstâncias de pandemia e de restrições impostas para não sair de casa, a fim de preservar a saúde e a vida, as pessoas estão impedidas de irem às igrejas. Portanto, não é preciso que se decrete a “suspensão do preceito dominical”. Simplesmente, não é possível cumpri-lo. Quando isso for possível novamente, todos deverão dar graças a Deus no seu templo e frequentar as Missas e demais celebrações, com maior disposição e alegria. Enquanto isso, perseveremos em oração e vivamos a fé, unindo-nos à Igreja inteira, que crê, adora, louva, suplica, pede perdão, alegra-se no Senhor e espera, nas diversas horas do dia e em cada comunidade do mundo inteiro, mesmo sem podermos fazê-lo de maneira fisicamente presencial.

Sobre o Sacramento da Penitência ou Confissão: Não sendo possível, nas atuais circunstâncias, procurar a confissão, nem atender ao povo em confissão, nem mesmo oferecer a “absolvição comunitária”, os padres exortem as pessoas ao exame de consciência, ao arrependimento sincero dos pecados, à renovação do propósito de busca de Deus e de vida santa. E que se confessem depois, na primeira ocasião que tiverem para isso.

Coragem, caríssimos padres e demais irmãos e irmãs! A celebração da Páscoa nos lembra que a vida é mais forte que a morte, a cruz e toda provação! Permaneçamos firmes, unidos e solidários nesses tempos difíceis. Sirvamos o povo, que precisa muito de nossa presença, ainda que seja apenas a presença virtual e espiritual. Procuremos o contato com os enfermos e seus familiares, ou os responsáveis deles, mesmo sem sair de casa, mas mediante uma boa palavra, mensagem ou telefonema. E não nos esqueçamos dos pobres! Deus abençoe a todos!

Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo

 

Comente

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.