Corte Constitucional da Colômbia não amplia permissões para aborto

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07 de março de 2020

A Corte Constitucional da Colômbia, por seis votos a três, rejeitou o pedido que pretendia ampliar o direito ao aborto naquele país até a 16ª semana de gestação. Por outro lado, rejeitou as demandas para proibir o aborto no território nacional.  

A decisão foi tomada no dia 2. Ativistas pró-vida, no lado de fora do tribunal, comemoram o resultado como um “triunfo que dá esperança”, nas palavras de Jesús Magaña, presidente da plataforma Unidos pela Vida.

Desde 2006, o aborto, em caso de risco de vida para a mãe, violação sexual ou malformações fetais tornou-se legal no país. O Ministério da Saúde trabalha numa regulamentação da lei de aborto, que, a partir de uma decisão da Corte Constitucional de 2018, passou a ser considerado um “direito humano”.

Em janeiro deste ano, a doutora em Direito Constitucional da Universidade de Sorbonne em Paris, Natalia Bernal Cano, ajuizou duas ações perante a Corte Constitucional para defender os direitos do não nascidos, para que o aborto seja proibido no país. Em resposta a essas ações, um juiz entrou com uma ação pedindo o aumento do direito ao aborto.

“Ganhamos uma batalha, mas não a guerra contra o lobby do aborto que pretendia ampliar o prazo para esta prática até 16 semanas”, disse Magaña.

No dia do julgamento, milhares de pessoas se manifestaram a favor da vida diante à Corte e em aproximadamente 30 cidades da Colômbia. Protestaram, também, devido à morte de Juan Sebastián Medina, que foi abortado com quase 8 meses de gestação.

Em um comunicado, a plataforma Unidos pela Vida lamentou que a Corte “não se pronunciou no fundo e deixou de lado a demanda da Dra. Bernal”.

Fonte: ACI Prensa

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Nova presidência do Celam realiza primeira reunião

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26 de junho de 2019

Eleita na 37ª Assembleia Ordinária do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), em maio, a nova presidência do organismo reuniu-se pela primeira vez entre os dias 4 e 5 de junho, em Bogotá, na Colômbia.


A partir da reunião, teve início oficial a agenda de trabalhos para o novo quadriênio. Entre os participantes estiveram Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, Presidente do Celam; o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Primeiro Vice-Presidente do Celam e Arcebispo de São Paulo; o Cardeal Leopoldo José Brenes, Segundo Vice-Presidente do Celam; além de Dom Rogelio Cabrera López, presidente do Conselho de Assuntos Econômicos; e de Dom Juan Carlos Cárdenas Toro, Secretário Geral.


No primeiro dia de trabalhos, a nova presidência saudou os secretários executivos e os funcionários do Conselho. Também ouviu os informes do ex-secretário-geral, Dom Juan Espinoza Jiménez, que apresentou uma avaliação do último quadriênio e tratou de maneira específica da projeção do que será a nova sede do Celam, atualmente em construção. Também houve informes sobre a situação econômica do Conselho Episcopal Latino-Americano.


No segundo dia da reunião, os participantes dialogaram a respeito das conclusões da Assembleia realizada em maio, o que permitirá estabelecer um conjunto de propostas para aplicar as disposições da Assembleia e definir a data de reunião com o grupo de oito bispos eleitos para assessorar a presidência no processo de reestruturação do Celam.


Os participantes também refletiram a respeito dos encargos pastorais dos secretários executivos e do secretário-geral adjunto, das instâncias de investigações e sobre os órgãos de pesquisa e de colaboração acadêmica, como o Observatório Sócio-Pastoral e a Assessoria de Imprensa.


A reunião procurou, também, continuar um processo de reestruturação do organismo, que, em sua primeira fase, pretende escutar as 22 conferências episcopais da América Latina e do Caribe sobre o papel que deve cumprir o Celam no atual momento histórico e nas necessidades da Igreja presente neste continente. A respeito disso, Dom Juan Carlos Cárdenas pediu à sua equipe de colaboradores que entendesse este tempo, a fim de torná-lo uma oportunidade para transformar-se a partir da verdadeira esperança, que provém de Cristo ressuscitado. 


Programou-se, também, a reunião com os oito bispos eleitos na última Assembleia Geral Ordinária do Celam para assessorar a presidência do organismo, que ocorrerá de 15 a 18 de julho.
 

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Mensageiro de paz e reconciliação

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12 de setembro de 2017

Durante os cinco dias da Visita Apostólica do Papa Francisco a Colômbia, se realizou 29 atividades que congregarom quase sete milhões de pessoas. Estas atividades foram missas campais, encontros com autoridades civis e religiosas, encontros com representantes dos jovens, vítimas e “vitimários” do conflito armado na Colômbia, indígenas, afro-colombianos, religiosos e suas famílias.

Visitando às quatro cidades, Bogotá, Villavicencio, Medellín y Cartagena, o Sumo Pontífice demonstrou muita proximidade com as pessoas, cativando por sua simplicidade e pelas “quebra de protocolo” para estar mais próximos das pessoas, especialmente das crianças, enfermos e anciãos. Se sente o Papa como uma pessoas coerente nas palavras, gestos e testemunhos que oferece às pessoas quanto à vivência da fé e do compromisso social de trabalhar por um país mais fraterno que luta contra as desigualdades sociais, a pobreza e a violência em todas suas dimensões. Mesmo que o Papa Francisco retornou ontem para Roma, o povo colombiano segue dizendo: “Obrigado Papa Francisco, por ser mensageiro de paz y reconciliação”.

 

Balanço geral

O vice-presidente da República, Óscar Naranjo, fez um balanço geral dos cinco dias da visita do Papa Francisco a Colômbia:  foram 29 atividades que congregarom mais de 6.800.000 colombianos e estrangeiros. Colaboraram diretamente 19.660 voluntários, 9.740 pessoas da logística, 561 bombeiros, 7.880 socorristas e 36.600 policiais e militares. Recordou que os delitos de alto impacto reduziram em mais de 70% e as lesões corporais baixaram 84%. Em território colombiano, o Papa Francisco viajou 1.331km por via aérea e 135km por via terrestre, sendo 11 recorridos em Papamóvel. Também disse que em todas as cidades tiveram enormes ingressos gerados pelos peregrinos.

A nível comunicativo, estiveram credenciados mais de 30.000 jornalistas. Foram milhões de postagens sobre sua visita a Colômbia; ocupou o primeiro lugar no twitter a nível mundial, por exemplo. Praticamente todos os meios de comunicação colombianos fizeram a cobertura da Visita do Papa, alguns durante as 24 horas, outros durante e nos intervalos dos eventos. Segundo estimativa, 80% da população colombiana (sejam católicos, de outras crenças, agnósticos, ateus) acompanhou a visita pessoalmente ou pelos meios de comunicação.

 

Dia-a-dia da visita do Papa a Colômbia

Na quarta-feira, 6 de setembro, o Papa pisou em terras colombianas às 16h30. Depois de receber as honras de chefe de Estado, sua primeira aparição pública no papamóvel do aeroporto à Nunciatura Apostólica, onde pernoitou todos os dias. Na porta da Nunciatura se foi recebido com muita alegria pelas crianças e jovens recuperados de situações de vulneração como a prostituição, graças ao projeto IDIPRON.

Na quinta-feira o Papa visitou Bogotá, capital e metrópole com oito milhões de habitantes, onde teve encontros com membros do Governo, da Conferência Episcopal Colombiana (CEC) e do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), bem como um encontro para uma multidão de jovens que acompanhavam alegres sua mensagem e o aclamavam diversas vezes dizendo: “Esta é a juventude do Papa”. O Papa fez uma oração silenciosa e fervorosa aos pés do quadro de Nossa Senhora de Chiquinquirá, padroeira da Colômbia, que viajou quase 200km desde o Santuário até a Catedral Primada da Colômbia. À tarde celebrou sua primeira missa campal no parque Simón Bolívar para mais de um milhão e seiscentos mil fiéis. A temática deste dia girou em torno à vida e a paz. Na porta da Nunciatura se encontrou com um grupo de pessoas enfermas y com deficiências.

Certamente o dia mais esperado pelos colombianos foi sexta-feira. Neste dia o Papa visitou a cidade de Villavicencio, porta de entrada da Amazónia e da planície colombiana, onde tratou, com palavras e gestos, o tema da reconciliação em três âmbitos: com Deus, entre as pessoas e com a natureza. Esta é uma das zonas que mais sofrem com o conflito armado e com o desmatamento. Celebrou uma missa campal, onde beatificou dois mártires colombianos: o bispo Jesus Emilio Jaramillo e o sacerdote Pedro María Ramírez, vítimas do conflito armado. Depois terá um grande encontro de oração pela reconciliação nacional (junto a 6.000 vítimas e “vitimários” do conflito); neste encontro duas vítimas e dois “vitimários” partilharam seu testemunho de perdão e reconciliação. Na «Cruz da Reconciliação», fez uma breve oração e plantou uma “árvore da paz”, como recordação de que todos devemos plantar algo para que haja uma verdadeira paz na Colômbia e no mundo. Esta noite se encontrou na Nunciatura com outras vítimas do conflito.

No sábado, 9 de setembro, o Papa esteve em Medellín, capital religiosa da Colômbia, onde tratou dos temas vocação e serviço cristão. Mesmo com o atraso pelo mau tempo, cumpriu sua agenda na cidade com exatidão. Celebrou outra santa missa campal para mais de um milhão de pessoas. Visitou o “Lar Infantil São José” (obra social que acolhe crianças e adolescentes abandonadas, toxicodependentes e vítimas de exploração sexual e violência intrafamiliar) e depois teve um encontro mais de 22 mil sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e suas famílias de origem. Na porta da Nunciatura se encontrou com vários recém-casados, casais que celebram suas bodas e com sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas.

No seu último dia de visita, domingo, o Papa saiu da Nunciatura até o aeroporto no “papamóvel” para despedir-se dos bogotanos; foi saudado por mais de 700 mil pessoas. Na cidade de Cartagena das Índias, no caribe colombiano, onde a presença afrodescendente supera 74% da população. Tratou especificamente dos temas de luta contra a pobreza, a violência, a escravidão e ao tráfico de pessoas e drogas. Fez um emotivo recorrido pelas ruas do bairro periférico de San Francisco. Visitou e abençoou dois projetos sociais arquidiocesanos: o Talitha Qum (que atende crianças e adolescentes com alto risco de vulneração) e pôs a primeira pedra das casas para acolher os sem-teto. Também visitou a casa da Sra. Lorenza Pérez, uma líder comunitária que dá exemplo de solidariedade, preparando e alimentando diariamente a cem pessoas. Pouco antes do meio dia rezou o tradicional “Ângelus” desde a praça San Pedro Claver e visitou casa Santuário de San Pedro Claver, padroeiro dos direitos humanos. À tarde abençoou, na baía de Cartagena, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes e celebrou no porto sua última missa campal, que reuniu quase um milhão de pessoas. Do aeroporto internacional de Cartagena regressou para Roma, depois da despedida por parte do Governo colombiano.

Em sua viagem de regresso a Roma, como já é costume, o Papa Francisco fez um breve resumo dos temas e das imagens que marcaram sua visita na Colômbia, e respondeu a pergunta dos jornalistas que o acompanharam na sua 20ª Visita Apostólica desde que iniciou seu pontificado em 2013.

Pe. Julio Caldeira, imc, diretor da Revista Dimensión Misionera (Colômbia).

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Terminou no domingo, 10 de setembro, a 20 ª Viagem Apostólica Internacional do Papa Francisco à Colômbia

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11 de setembro de 2017

O Papa Francisco foi conquistado pelo sorriso dos colombianos na visita ao país, afirmou na sexta-feira, 8 de setembro,o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke. O jornalista estadunidense adiantou à mídia local que o Papa está “muito contente” com o andamento da viagem, que termina domingo, 10 de setembro. Depois de visitar Medellín sábado, 9 de setembro, o Pontífice encerrou a visita em Cartagena.

Para Burke, o importante da viagem até então são a “alegria e a esperança” de Francisco, como demonstrado na primeira noite na Colômbia, quando pediu aos jovens que o aguardavam na Nunciatura que “não se deixassem roubar as esperanças”. Burke afirmou ainda que o encontro em Villavivencio dedicado à reconciliação entre as vítimas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ex-guerrilheiros, foi uma “lição de como pedir e oferecer perdão”.

Encontros da Nunciatura são destaque
Outro evento destacado, a seu ver, foi a noite de quinta-feira, 7 de setembro, quando um grupo de meninas com síndrome de Down falou sobre a vulnerabilidade. Para ele, a mensagem foi uma “lição de pura teologia de que todos somos vulneráveis”.
O porta-voz ainda garantiu que apesar da longa viagem, Francisco está muito bem e suportou com boa disposição o calor em Villavivencio. Uma prova disso, disse, foi o período dedicado depois do almoço para tirar fotos com seminaristas e outros fiéis sob o sol.
Em declaração exclusiva à Rádio Vaticano, Greg Burke se concentrou nos temas do perdão e da misericórdia, centrais na sexta-feira, em Villavicencio.
“Desde o início de seu Pontificado, o Papa fala do perdão e da misericórdia. Nós o vemos sempre diante de Deus, pedindo perdão. Não existe um dia mais importante do que outro, mas claramente este dia teve algo de especial”.
(CM)

(Texto da Rádio Vaticano)

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Papa beatificará dois mártires colombianos durante sua visita ao país

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25 de julho de 2017

A Santa Sé confirmou à Conferência Episcopal da Colômbia que no próximo dia 8 de setembro o Papa Francisco beatificará o Bispo de Arauca, Dom Jesús Emilio Jaramillo Monsalve e o sacerdote Pedro María Ramírez Ramos, conhecido como o "Cura de Armero".

A proclamação do Decreto que reconheceu o martírio por ódio a fé dos dois religiosos foi autorizado pelo Santo Padre em 7 de julho.

“Tenho a alegria de comunicar que o Santo Padre dispôs que o rito de beatificação dos Veneráveis Servos de Deus Jesús Jaramillo Monsalve, Bispo de Arauca, e Pedro María Ramírez Ramos, sacerdote diocesano, será presidido pessoalmente por ele no dia 8 de setembro de 2017, e terá lugar em Villavicencio, por ocasião de sua viajem Apostólico à Colômbia", diz a carta assinada pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu, enviada a Dom Óscar Urbina Ortega, Arcebispo de Villacencio.

 

Dom Jesús Emilio Jaramillo

Oriundo de Santo Domingo, Antioquia, Dom José Emilio Jaramillo nasceu em 14 de fevereiro de 1916. Em 1940 foi ordenado sacerdote dos Missionários Xaverianos de Yarumal, quando tinha 24 anos.

Em 11 de novembro de 1970 foi designado pelo Papa Paulo VI como Vigário Apostólico de Arauca. Recebeu a ordenação episcopal em 10 de janeiro de 1971.

Foi designado Bispo de Arauca em 19 de julho de 1984, missão que cumpriu até ser sequestrado e assassinado pelo Exército de Libertação Nacional, em 2 de outubro de 1989.

 

Padre Pedro María Ramírez Ramos

Conhecido como o "Cura de Armero", este presbítero nasceu no  município de La Plata, Departamento de Huila, em 23 de outubro de 1899.

Ingressou no Seminário de Maria Imaculada de Garzón em 4 de outubro de 1915. Sua formação sacerdotal foi realizada no Seminário de Ibagué, tendo sido ordenado em 1931.

 Em 1948 foi nomeado pároco de Armero, Tolima.

Em meio às manifestações e revoltas causadas pelo assassinato do caudilho liberal Jorge Eliécer Gaitán, em 10 de abril um grupo irrompeu na  igreja do sacerdote, assassinando-o a golpes de facão.

 

(JE com Conferência Episcopal da Colômbia)

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