Parceira da ONU, organização Cáritas atende venezuelanos em São Paulo

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17 de agosto de 2018

Centro de Referência para Refugiados da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP) realizou na última semana o atendimento de cadastro inicial aos venezuelanos que chegaram à capital paulista na quinta etapa do processo de interiorização do governo federal, realizada no fim de 24, julho

Assim como no caso dos demais grupos interiorizados, o atendimento de cadastro inicial teve apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Os venezuelanos se cadastraram para tirar dúvidas sobre documentação e obter informações sobre serviços que o centro de referência oferece às pessoas em situação de refúgio.

A partir do cadastro, a equipe da CASP identifica as necessidades dos recém-chegados para direcioná-los ao setor de assistência, que providencia vagas em albergues e oferece informações sobre como acessar a saúde pública e dar entrada em pedidos para benefícios de assistência social.

Já o setor de integração encaminha os migrantes e solicitantes de refúgio para cursos de português, e os auxilia na elaboração de currículos e na busca de oportunidades de trabalho. Também orienta crianças, jovens e adultos que desejam retomar os estudos no Brasil.

Na Cáritas São Paulo, solicitantes de refúgio e refugiados recebem também acompanhamento da equipe de proteção no que diz respeito aos processos de solicitação de refúgio junto ao Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), além de atuar para que essa população tenha acesso a direitos no país.

Outro programa de atendimento é o de saúde mental, que presta apoio a pessoas que passaram por traumas e/ou têm dificuldades de adaptação no Brasil, como preconceito, falta de oportunidades de emprego e barreiras em relação à língua.

Desde o início de 2018, o Centro de Referência para Refugiados da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo já atendeu 452 venezuelanos e organizou, no início de julho (4), um mutirão de cadastro que efetuou o atendimento de cadastro inicial de cerca de 90 pessoas.

Somente no primeiro semestre deste ano, o número de solicitações de refúgio feitas por venezuelanos no Brasil aumentou de 17.865 para 35.540. Com a contínua chegada de venezuelanos em Roraima, o governo federal desenvolveu o projeto de interiorização, processo voluntário que busca criar melhores condições de integração para aqueles que cruzam a fronteira.

De acordo com a disponibilidade de vagas, solicitantes de refúgio e migrantes que queiram participar do processo são selecionados, passam por exame de saúde, regularizam documentação, são imunizados e transportados às demais cidades de acolhida.

De acordo com dados da Casa Civil, a capital paulista foi a cidade que mais recebeu venezuelanos interiorizados. Do total de 820 pessoas que partiram de Roraima de forma voluntária para outros estados, 287 foram para São Paulo.

O processo é organizado pelo governo federal com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Organização Internacional para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A atuação das agências da ONU se dá de forma integrada e com responsabilidades compartilhadas. O ACNUR estabelece o perfil da população registrada nos abrigos e identifica os interessados em participar da estratégia de interiorização. A OIM e o UNFPA atuam na informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária. O UNFPA promove diálogos com as mulheres para que se sintam fortalecidas neste processo.

A OIM ajuda também na organização dos voos e acompanha os venezuelanos participantes do processo, que assinam termo de voluntariedade. O PNUD tem promovido seminários com o setor privado para estimular a inserção de trabalhadoras e trabalhadores venezuelanos no mercado de trabalho brasileiro.

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Caminhos para a cultura do encontro são sinalizados no Seminário Internacional de Migrações e Refúgio

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15 de junho de 2018

“Sou neto de um homem que nasceu na China, sua mãe viúva, não tinha condições de criá-lo, deu a um tio comerciante que vivia nas Filipinas. O menino migrou e começou uma nova vida, casou-se e teve nove filhos, a terceira é a minha mãe. Eu também carrego o DNA de migrantes em meu sangue. Estou seguro que você também”, enfatizou emocionado o cardeal Luis Antonio Tagle, de Manila, Filipinas e presidente da Cáritas Internacional, ao participar do Seminário Internacional de Migrações e Refúgio, com o tema: “Caminhos para a cultura do encontro”, entre os dias 12 a 14 de junho de 2018, em Brasília (DF).

Participaram do Seminário migrantes e refugiados que vivem no Brasil, representando cerca 50 países, agentes Cáritas, Igrejas Cristãs, denominações religiosas, agentes de pastoral, agências de cooperação e governos, num total de 200 pessoas.

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha participou da mesa de abertura do seminário. O secretário-geral da entidade, dom Leonardo Ulrich Steiner, participou da coletiva de imprensa e ressaltou a importância das comunidades, famílias e cristãos colocarem-se numa atitude de abertura para acolher os migrantes e refugiados que chegam ao Brasil. “Quase todos nós somos descendentes de imigrantes, quase todos nós somos descendentes daqueles que chegaram e tiveram de começar do zero, tiveram de lutar, quantos pereceram… Somos dessa descendência. Somos todos irmãos em Cristo e queremos acolher todos”, reforçou dom Leonardo que também lembrou de sua ancestralidade alemã.

Mayra Alejandra Figura de Ortiz, venezuelana que vive no Brasil desde 2014, já conseguiu o visto permanente no país.  Emocionada contou que a fé em Deus e o espírito de solidariedade a fortalecem. Mayra trabalha como voluntária na Pastoral do Migrante em Boa Vista (RR) ajudando seus compatriotas que chegam aos milhares no estado de Roraima. “A fé em Deus nos faz confiar, a ter esperança! Por isso, eu também ajudo outras pessoas, porque sei que necessitam de uma palavra de ânimo e incentivo. Às vezes precisam somente de um cafezinho, um pão, um leite”, relatou Mayra. Ela recorda que diversas vezes deu a última comida que tinha na geladeira, com a confiança que alguém ofereceria alguma coisa no dia seguinte à sua família. Mayra vibra, o filho mais velho conseguiu trabalho numa mercearia, recebe R$ 600 reais por mês, única renda fixa mensal da família. Com esse valor conseguem pagar o aluguel e sobra R$ 200 reais para as demais despesas da família. O esposo chegou há seis meses ao Brasil, ainda está desempregado.

A diversidade cultural e religiosa dos vários países representados pelos migrantes e refugiados, no Seminário, também foram tema de debate e partilhas. O cardeal Tagle destacou que é preciso crescer na inteligência cultural e inter-religiosa, assunto pouco dialogado na Igreja, segundo o cardeal. “A cultura é como uma segunda natureza. Agimos de acordo com a nossa cultura que é uma forma de a gente se expressar. Se eu não entender a cultura da outra pessoa, o mistério dela, vou começar a agir de modo suspeito, vou ter medo dela”, reforçou dom Tagle, que ainda disse que reza e espera que nas comunidades de fé as pessoas desenvolvam o interesse por estudar a aprender das diversas culturas que os migrantes trazem para assim construir pontes e não muros que promovem separação.

O presidente da Associação Comunidade de Ganeses de Criciúma (SC), Salihu Larry, partilhou que uma das maiores dificuldades que encontrou ao chegar no Brasil, foi o preconceito religioso e com as expressões culturais de seu pais, Gana, África Ocidental. “Nós somos seres humanos, cada um de nós tem direito de pertencer a religião que escolher. Eu sou islâmico, a forma de expressar e viver a minha fé não pode ser uma barreira que separa a gente. Temos de nos unir como família humana. A verdade é essa: temos de tratar uns aos outros como seres humanos”, enfatizou.

No decorrer do Seminário os temas abordados para fortalecer a cultura do encontro permearam desde os direitos humanos; dialogo com organismos internacionais e governos; a questão da legislação brasileira para o migrante e refugiado; o protagonismo e empoderamento dos migrantes e refugiados; as práticas bem sucedidas de acolhida e integração no Brasil; a vulnerabilidade de crianças, adolescentes e jovens migrantes; a intolerância que gera violência e xenofobia; a crise humanitária no mundo e as práticas de solidariedade da humanidade, todas essas discussões, permeadas com diversidade cultural,  manifestou-se nas músicas, comidas, o colorido das roupas, sobretudo, nos diálogos e pontes estabelecidas a partir das convivências.

“Precisamos tratar a migração pensando aos sujeitos, não às consequências e aos medos de alguns ou as irresponsabilidades administrativas de outros. A chegada dessas pessoas mexe. Mexe porque são diferentes. Mexe porque tem outro modo de conceber a vida, de tratar os problemas, de cuidar dos valores, de tratar a família, de cultivar a amizades, de se virar na hora da prova. Essas pessoas que chegam enriquecem, não só porque trazem uma riqueza, mas porque ativam processos, obrigam a gente a perceber que outros estão em necessidades. Obrigam a gente perceber que a comunidade não é nivelamento, todo mundo igual, nas mesmas condições. Ajuda a perceber que o Brasil também tem diferenças, sobretudo sociais e raciais que são feridas abertas. Mas também outras diferenças, e tendo que nos abrir e relacionar com o migrante a gente acaba ficando aberto e tratando com mais misericórdia, mas sabedoria, mais flexibilidade mental e de coração, de recursos e de portas mais abertas com as outras pessoas que representam exclusão e forma de alteridade na comunidade. Então nesse sentido os migrantes são oportunidades. Nos tiram de nosso pedestal de nação católica nos obrigando a perceber que Deus fala com outros também, de outras formas, prescindindo da gente”, lembrou Carmem Lussi, assessora do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM).

Rede de Comunicação da Cáritas Brasileira

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Cáritas Arquidiocesana celebra 50 anos de fundação

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06 de abril de 2018

A Cáritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP), fundada em 4 de abril de 1968, celebra neste ano seu jubileu de ouro. Sua missão é articular e organizar ações e práticas de solidariedade com apoio direto das comunidades e paróquias na cidade de São Paulo.

Para abrir as celebrações pelos 50 anos da CASP, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, presidirá missa no próximo sábado, 7, às 10h30, no Paróquia-Santuário São Francisco (Largo São Francisco, 133, Sé).

Além do Cardeal, os Bispos Auxiliares e membros das paróquias da Arquidiocese também participarão da missa.

Duas atividades estão previstas como parte das comemorações. Segundo o Padre Marcelo Maróstica Quadro, Diretor da Cáritas de São Paulo, ainda neste semestre será preparado um cadastro das organizações da sociedade civil ligadas a Igreja de São Paulo, e já no segundo semestre, um seminário da caridade da cidade em parceria com universidade da capital paulistana. 

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Somalis são um dos povos mais sofridos, afirma Cáritas

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26 de outubro de 2017

Instabilidade política, clima seco e violência fazem da Somália um dos países mais sofridos do mundo, afirmou à rádio Vaticano o representante da Cáritas Italiana na África, Fabrizio Cavalletti. “São décadas que a Somália vive uma situação de instabilidade e anarquia generalizada”, comentou, em entrevista no dia 18.

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Muitos estudiosos descrevem o País como um ‘Estado falido’, referindo-se àqueles que não conseguem garantir nem o funcionamento das instituições nem serviços essenciais. A Somália é um “exemplo clássico” desde a queda de Siad Barre nos anos 1990.
A falta de um governo forte se soma à crise ambiental e à pobreza. “É um país africano sujeito a secas frequentes, que aumentam com mudanças climáticas”, explicou. Segundo ele, a Cáritas ajuda os somalis enviando kits de higiene, água limpa e auxiliando na agricultura e na pecuária. “Faltam possibilidades de trabalho, instituições, e o acesso às pessoas é difícil, o que torna uma intervenção humanitária muito complicada”, disse. 

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Na Arquidiocese, ‘Compartilhe a Viagem’ é lançada nas escadarias da Catedral

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04 de outubro de 2017

O gesto dos braços abertos, com o qual o Papa Francisco deu início, em 27 de setembro, no Vaticano, à campanha global “Compartilhe a Viagem”, foi repetido nas escadarias da Catedral da Sé, no centro de São Paulo, na tarde do mesmo dia por membros da Cáritas Arquidiocesana e das pastorais sociais

“A Campanha tem esta sensibilização de despertar os povos a conhecer quem são os migrantes e os motivos pelos quais eles são obrigados a sair dos seus países. Também serve para conhecer suas histó- rias, por isso o tema ‘Compartilhe a Viagem’, para que, realmente, crie-se uma cultura do encontro, uma cultura de hospitalidade e acolhida”, afirmou o Padre Marcelo Maróstica Quadro, Diretor da Cáritas Arquidiocesana, em entrevista ao O SÃO PAULO.

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Por iniciativa do Papa Francisco e difundida pela Cáritas Internacional, a campanha tem como proposta a mobilização social e a promoção da cultura do encontro, para abrir espaços e oportunidades aos imigrantes junto às comunidades locais.

Padre Marcelo lembrou que, na Arquidiocese de São Paulo, a Cáritas atua há 40 anos em atenção aos refugiados e solicitantes de refúgio, em comunhão com a Missão Paz e outras organizações da sociedade civil: “Nosso trabalho continua. Nós estamos fortalecendo nossa a rede de parceiros que trabalham com imigração e refúgio”

O número de refugiados e deslocados no mundo atingiu 65,6 milhões de pessoas no ano passado, um crescimento de 300 mil pessoas em relação a 2015, segundo dados divulgados em julho deste ano pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

(Com informações de rádio Vaticano e Cáritas Arquidiocesana de São Paulo)

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Cardeal Tagle: Contra o medo, ir ao encontro dos muçulmanos

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04 de outubro de 2017

Após o lançamento da campanha “Share the Journey”, o Cardeal Luis Antonio Tagle conversou rapidamente com O SÃO PAULO. Questionado sobre o problema do medo do terrorismo e, em geral, da expansão da cultura islâmica em países europeus, ele comentou que também nesse caso é preciso promover ocasiões de encontro.

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“Isso precisa ser respondido concretamente”, afirmou. “É verdade, existe o medo do Islamismo. Fui ver o trabalho da Cáritas nas fronteiras, em campos de refugiados onde 100% deles são muçulmanos, e ali não vemos mais rótulos, mas somente seres humanos”, acrescentou.

Ele citou, como exemplo, a história de uma intera- ção que teve num campo de refugiados com um garoto muçulmano: “Ele me perguntou: ‘Você é muçulmano?’. E eu respondi: ‘Não, sou cristão’. Então, ele me questionou: ‘Por que você está nos ajudando? Nós te amamos, mesmo que você seja diferente. Você se preocupa conosco’, o menino me disse.” Para o Cardeal, esse é o verdadeiro diálogo inter-religioso. “Esse tipo de diálogo leva à paz, mais do que os especialistas que discutem. Isto é, encontrá-los, servi-los, acolhê-los, com o coração aberto.”

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Papa lança campanha para promover políticas em favor de migrantes

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04 de outubro de 2017

Em um contexto de forte aversão aos migrantes e refugiados em países desenvolvidos, o Papa Francisco lançou, em 27 de setembro, a campanha internacional “Share the Journey – Compartilhe a Viagem”, por meio da Cáritas. O objetivo é promover uma mudança de mentalidade sobre a questão migratória, criando oportunidades de encontro pessoal entre os que pedem abrigo e os que acolhem. Em última análise, a ideia é influenciar os líderes internacionais em favor de políticas migratórias mais inclusivas.

“É preciso abrir o coração ao diálogo com os migrantes”, afirmou o cardeal filipino Dom Luis Antonio Tagle, Presidente da Cáritas Internacional, na coletiva de imprensa sobre a “Share the Journey”. Tanto ele quanto o Presidente da agência para migrantes da Cáritas Italiana, Oliviero Forti, deixaram claro que o mundo político é um dos alvos da campanha. “É preciso encorajar as comunidades a fazer pressão política pelos refugiados. Acreditamos que a migração deve ser uma escolha livre de cada pessoa”, admitiu o Arcebispo de Manila.

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De braços abertos

Aos líderes do mundo todo, o Cardeal Tagle mandou um recado: vão ao encontro dos que sofrem. “A maioria [dos chefes de Estado] nunca conversou com um refugiado. A eles eu digo: segurem a mão de um migrante, sintam o cheiro de um migrante. Não fechem as portas, pois eles contribuem com a comunidade”, declarou. “Somos todos migrantes. Meu avô migrou, ainda criança, da China para as Filipinas e nunca poderia imaginar que um dia teria um neto cardeal”, lembrou, visivelmente emocionado.

Para o Cardeal Tagle, o medo e a falta de conhecimento levam ao preconceito contra imigrantes e à xenofobia. “Primeiro, é preciso compreender as razões pelas quais as pessoas migraram. Muitos amam seu país, mas foram obrigados a migrar”, disse. “Segundo, temos de tomar cuidado com os ‘lugares-comuns’ sobre a questão migratória. O que ouvimos por aí não é sempre verdade”, acrescentou. Como exemplo, citou que o país com o maior número de refugiados no mundo é a Turquia, algo que muitas pessoas não sabem. Ela acolhe principalmente refugiados da Síria.

Oliviero Forti, que estabelece canais de diálogo com os governos italiano e etíope, disse que a Igreja já vem fazendo muito em favor dos migrantes e refugiados, como acolhida em paróquias e comunidades, mas novos projetos devem ser iniciados. “É verdade que nem todos podem acolher um imigrante, mas todos podem entrar em diálogo”, afirmou.

Na audiência geral daquele dia, o Papa Francisco falou sobre a esperança que move tanto os migrantes quanto os povos que os acolhem. “É a esperança que mantém em pé a vida, que a protege, que cuida dela e a faz crescer”, refletiu. “Se os homens não tivessem cultivado a esperança, nunca teriam saído das cavernas. [A esperança] é o que existe de mais divino no coração do homem.” Aos representantes da Cáritas e imigrantes presentes na audiência, declarou: “Vocês nos lembram o próprio Cristo, que nos pede para acolher os nossos irmãos e irmãs de braços abertos. Quando os braços estão abertos, estão dispostos a um abraço sincero, afetuoso e envolvente.”

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Copa dos Refugiados começa neste fim de semana

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15 de setembro de 2017

A quarta edição da Copa dos Refugiados começa neste fim de semana em São Paulo e reunirá cerca de 250 jogadores, divididos em 16 seleções.

A iniciativa tem como objetivo promover a inclusão social e cultural de pessoas que buscaram refúgio no Brasil. 

O evento tem o apoio das secretarias municipais de Esportes e Lazer, dos Direitos Humanos e das Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo. A organização é da África do Coração, em parceria com entidades como a Agência da ONU para Refugiados (ACNU) e da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo.

A entrada nos jogos é gratuita, e serão aceitas doações de alimentos não perecíveis que serão distribuídos a pessoas refugiadas em situação de vulnerabilidade.

Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), no Brasil, vivem atualmente 9.552 pessoas refugiadas de 82 nacionalidades, sendo as cinco maiores comunidades originárias, em ordem decrescente, da Síria, Angola, Colômbia, República Democrática do Congo e Palestina. 

 A cerimônia de abertura da competição foi realizada na sexta-feira, 15, no Museu do Futebol. No sábado, 16, às 10h, haverá a primeira rodada eliminatória no CERET (rua Canuto de Abreu, s/n°, Tatuapé). A segunda rodada acontecerá no domingo, 17, no 10h no Estádio Jack Marin (Rua Muniz de Souza,1119 - dentro do Parque da Aclimação). A final está marcada para o domingo, dia 24, no Estádio do Pacaembu, às 14h.

 (Com informações da Sodexo, Cáritas e rádio 9 de Julho)

 

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