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24 de fevereiro de 2021

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Visita à Comunidade Shalom

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02 de outubro de 2019

Durante a viagem a São Paulo, o Cardeal Péter Erdő, Arcebispo de Esztergom-Budapeste e Primaz da Hungria, visitou, no sábado, 28 de setembro, a missão da Comunidade Católica Shalom, em Perdizes. O Purpurado foi acolhido pelo fundador da comunidade, Moyses Azevedo, e missionários da associação de fiéis fundada há 37 anos, em Fortaleza (CE). 
Há dez anos, a Shalom realiza um trabalho missionário na Hungria, a convite do próprio Cardeal Erdő. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Péter explicou que conheceu Moyses Azevedo em 2007, durante a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida (SP). “Nós conversamos sobre as atividades e o carisma da comunidade e comecei a me interessar sobre o seu trabalho com a juventude. Então, eu convidei o Moyses e um grupo a ir a Budapeste estudar a possibilidade de ter uma atividade da Shalom lá”, contou. 
Em 2009, foi enviado o primeiro grupo de missionários à Hungria. “Nos primeiros anos, os missionários se dedicaram ao estudo do idioma e da cultura húngara. Com o tempo, desenvolvemos grupos de oração entre os jovens”, explicou Anderson da Silva, responsável pela Missão da comunidade na Hungria. 

ATIVIDADES
Atualmente, a Shalom em Budapeste tem três grupos de oração e uma noite de louvor semanais. Há cerca de 120 jovens húngaros que seguem um caminho de formação e acompanhamento espiritual com a comunidade. Também são realizados eventos, como acampamentos e festivais que reúnem muitos outros jovens. 
A iniciativa mais recente é a cafeteria da comunidade, que une as culturas brasileira e húngara em um espaço voltado para a juventude se encontrar. “É uma oportunidade, uma porta, para a evangelização”, garantiu o missionário. 
O Arcebispo de Budapeste chamou a atenção para o fato de os missionários da Shalom já terem preparado muitos jovens para o Batismo e suscitado vocações húngaras para o sacerdócio. “É uma nova forma de evangelização que até então não conhecíamos, e o povo húngaro tem acolhido com muita simpatia por ver que estrangeiros aprenderam a nossa língua para nos ajudar a anunciar o Evangelho. 
Sentimo-nos honrados”, completou.  (FG)


(Com informações da Comunidade Shalom)

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Em São Paulo, Cardeal Péter Erdo fala sobre o Congresso Eucarístico Internacional de 2020

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02 de outubro de 2019

O Cardeal Péter Erdő, Arcebispo de Esztergom-Budapeste e Primaz da Hungria, esteve em visita à Arquidiocese de São Paulo, na sexta-feira, 27 de setembro, no sábado, 28, para falar sobre a preparação da 52ª edição do Congresso Eucarístico Internacional, que será realizada na capital húngara, de 13 a 20 de setembro de 2020. 
A convite do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, o Cardeal Erdő fez uma conferência para padres e leigos da Arquidiocese, no campus Ipiranga da PUC-SP. Ele, que também é Presidente da Conferência Episcopal da Hungria e do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, explicou a organização do congresso e sua importância para a renovação missionária na Europa. 

IGREJA NA HUNGRIA
A Hungria possui raízes cristãs profundas. Seu primeiro rei, Santo Estevão (1000-1038), introduziu os húngaros entre os povos cristãos da Europa. Entre as dinastias reinantes na Idade Média, a dos Arpades deu muitos santos à Igreja Católica, além de inúmeros mártires recentes. 
A Hungria já organizou um Congresso Eucarístico Internacional em 1938, em uma época em que a região era ainda atormentada por tensões e havia um grande desejo de paz diante do perigo de uma nova guerra. O evento contou com a participação de meio milhão de pessoas que cantavam o hino que pedia: “Reuni em paz, o Senhor, todos os povos e nações”. 
Contudo, a 2ª Guerra Mundial não foi evitada e trouxe sofrimentos ao povo húngaro. Após a guerra, os cristãos foram perseguidos e oprimidos pela ditadura comunista que durou 40 anos. Foram abolidas ordens religiosas, sacerdotes e fiéis foram deportados para campos de trabalho ou presos pelo regime que se declarava ateu. A fé e os valores cristãos sobreviveram nas catacumbas e foram transmitidos às novas gerações das comunidades ativas na clandestinidade. 

REFLOREsCIMENTO
O fim do regime, em 1989, e o retorno da democracia permitiram um reflorescimento da prática religiosa entre os húngaros. Igrejas, escolas e universidades confessionais foram reabertas, as diversas formas de vida consagrada retomaram suas atividades públicas no país e os fiéis voltaram a participar ativamente da vida pastoral. 
“Hoje, a Igreja Católica, bem como as outras Igrejas no país, tem a possibilidade de exercer suas funções pastorais e sua missão. Entre os fiéis, há várias comunidades ativas e movimentos de espiritualidade, muitos deles provenientes de países latinos, como Itália, França, Espanha, e, mais recentemente, até do Brasil”, afirmou o Cardeal, mencionando a presença missionária da Comunidade Católica Shalom no país.
O Cardeal Erdő explicou que o próximo Congresso se insere no contexto da vida social e da Igreja húngara, onde cerca de 60% dos habitantes foram batizados na Igreja Católica. Os outros estão divididos entres as diversas comunidades protestantes (calvinistas, 15% da população, e luteranos, 3%). Os ortodoxos estão divididos entre cinco de seus patriarcados (Constantinopla, Moscou, Bucareste, Belgrado e Sófia), somando cerca 20 mil fiéis. Existem, ainda, comunidades pré-
-calcedonianas, como a Igreja Ortodoxa Copta, com um Bispo que reside em Budapeste, e a Igreja Apostólica Armênia. 

UNIVERSALIDADE DA IGREJA
“O Congresso Eucarístico de Budapeste terá também a missão de manifestar a universalidade da Igreja e de dar um sinal visível de nossa unidade. Tal tarefa parece ter uma atualidade particular na Europa de nossos tempos”, ressaltou o Arcebispo húngaro. 
“Será, portanto, uma ocasião de graça para: contemplar a Deus que, em Cristo, é o Emanuel, o Deus conosco e por nós, sacramentalmente presente na Eucaristia em nossa peregrinação terrena; repensar esta presença, que são os verdadeiros e próprios memoriais na vida de cada fiel e de cada comunidade eclesial; recuperar o valor dessa presença para a vida de todos, a qual, ao nos recordar Quem é o nosso fim último, quer evitar que vivamos como errantes neste mundo”, disse o Cardeal Erdő.

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