Padre Donizetti de Lima é beatificado em Tambaú (SP)

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28 de novembro de 2019

Milhares de fiéis e devotos enfrentaram o sol e o calor intenso de Tambaú (SP) para acompanhar a missa e o rito de beatificação do Padre Donizetti Tavares de Lima, no sábado, 23, com a presença do representante do Papa Francisco, o Cardeal Giovanni Angelo Becciu, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Desde a publicação do decreto da beatificação de Padre Donizetti, em 6 de abril de 2019, devotos iniciaram uma verdadeira peregrinação ao Santuário Nossa Senhora Aparecida, de Tambaú. O local foi construído graças a um sonho do Beato, concretizado somente após o seu falecimento, em 16 de junho de 1961. Hoje, o Santuário abriga seu túmulo e uma nova capela. 
“Padre Donizetti foi fiel a Deus, devoto da Eucaristia, e se ocupava da juventude. Ele dava um grande amor aos menos favorecidos, e, ao mesmo tempo, tinha o carisma de sentir a presença de Deus e manifestá-la. Todos os santos são iguais, porque todos amaram a Deus e a seus irmãos com todo o coração e, no fim, é a máxima do Evangelho: ‘Ama a Deus e ama os irmãos com todo o teu coração’”, declarou o Cardeal Becciu. 
Conheça mais detalhes sobre a vida do Beato em : http://www.osaopaulo.org.br/noticias/padre-donizetti-o-beato-que-colocou-sua-vida-a-servico-do-povo

(Com informações de Santuário Nossa Senhora Aparecida de Tambaú)

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Arquidiocese de Salvador instala o processo para a beatificação de Madre Vitória da Encarnação

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22 de novembro de 2019

A Arquidiocese de Salvador (BA), por meio de seu Arcebispo e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, fez a sessão solene de instalação do processo de beatificação da Madre Vitória da Encarnação, na terça-feira, 19.
Madre Vitória da Encarnação nasceu em Salvador, em 1661. Embora seus pais desejassem que ela e sua irmã fossem para um convento em Portugal, ela se recusou, dizendo que preferia que lhe cortassem a cabeça a ser enviada a uma instituição religiosa. 
Depois de alguns anos, Vitória começou a ter frequentes sonhos com a Mãe de Deus e seu Divino Filho, nos quais estes lhe pediam a consagração de vida. Ainda assim, porém, ela não se convenceu.
Aos 25 anos de idade, Vitória teve um sonho horrível, cujo significado lhe foi explicado por seu Anjo da Guarda. Ao acordar, tomou a firme decisão de se consagrar totalmente a Deus e passar a vida fazendo Sua vontade. E, naquele mesmo ano, Vitória e sua irmã foram acolhidas no noviciado das monjas clarissas do Convento do Desterro da Bahia. 
Viveu inteiramente dedicada aos pobres, doentes e desamparados. Doou em vida tudo o que possuía, inclusive a cama na qual dormia. Fazia rigorosos jejuns e, quando comia algo que lhe agradava o paladar, misturava cinzas à comida para estragar o sabor. Após 29 anos de clausura, faleceu em julho de 1715.
Inúmeros foram os milagres narrados por seus devotos logo após sua morte, o que fez com que o então Arcebispo da Bahia, Dom Sebastião Monteiro da Vide, tratasse de interrogar as religiosas do Desterro sobre a vida que teve a Madre Vitória. Religioso jesuíta, ele pretendia solicitar a abertura da causa de sua beatificação, porém faleceu em 1722. Anos mais tarde, com a perseguição do Marquês de Pombal aos jesuítas e a proibição de muitos dos seus escritos no Brasil, diversos livros se perderam. Isso dificultou a difusão da sua história, que agora começa a ser resgatada. 

BEATIFICAÇÃO
A causa da beatificação possui um postulador que atua como uma espécie de advogado e tem a missão de investigar a vida do candidato à beatificação para verificar seu testemunho de vida e de santidade. No caso da Madre Vitória, o postulador da causa será o Frei Jociel Gomes, OFMCap. Ao ser iniciado o processo, começam oficialmente os estudos históricos sobre a época em que a Madre Vitória viveu e a busca por documentos relativos a ela, como, por exemplo, o diário do Convento, possíveis cartas ou testemunhos.
A partir deste momento, é necessária a comprovação de um milagre, atribuído à intercessão da Venerável. No Mosteiro, podem ser encontrados relatos de graças alcançadas por pessoas que recorreram à Madre Vitória da Encarnação.

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O SÃO PAULO recorda a Beatificação do Padre Mariano de La Mata

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07 de novembro de 2019

Nesta quinta-feira, 7, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda a edição 2620 do semanário arquidiocesano, publicada em 7 de novembro de 2006, que destacou a beatificação do Padre espanhol Mariano de La Mata Aparício, realizada no dia 5 de novembro daquele ano, na Catedral Metropolitana de São Paulo.

A celebração foi presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, na época Prefeito da Congregação para Causas dos Santos, que representou o Papa Bento XVI na ocasião. Concelebrou o Cardeal Cláudio Hummes que havia sido recém-nomeado Prefeito da Congregação para o Clero.

BIOGRAFIA E MILAGRE

O Padre Mariano de la Mata (1905-1983), da Ordem de Santo Agostinho. viveu no Brasil 52 anos, 38 dos quais na Arquidiocese de São Paulo. Além de ter grande paixão pela natureza e especial cuidado com as crianças, Padre Mariano dedicou seu ministério sacerdotal aos mais pobres. Diretor espiritual das Oficinas de Santa Rita durante muitos anos, o religioso motivou os fiéis a viverem em profunda comunhão com Deus, por meio do serviço aos que precisam de auxílio para viver dignamente.

No caso do Padre Mariano de la Mata, o milagre reconhecido pelo Vaticano foi a cura de João Paulo Polotto,com 6 anos na época. Depois de ser atropelado por um caminhão, fraturou o crânio, que ficou totalmente restabelecido após familiares e amigos pedirem a intercessão do agostiniano. Polotto, participou com seus pais da missa de beatificação. Para ele, “o gesto é como uma homenagem ao Padre pela cura que ele me concedeu”.

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Padre perseguido pelo nazismo é beatificado

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22 de setembro de 2019

O Padre Richard Henkes, da Congregação dos Palotinos, nascido na Alemanha em 1900 e morto no campo de concentração alemão de Dachau em 1945, foibeatificado no domingo, 15, em Limbourg, Alemanha, em missa presidida pelo Cardeal Kurt
Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
O Padre Richard era um professor e pregador dos exercícios espirituais. À época do nazismo, percebeu que essa ideologia não possuía os valores humanos e cristãos, mas que era um pensamento anticristão e neopagão. O Padre fez declarações públicas contra o nazismo, sobretudo a favor dos deficientes, que eram mortos, muitas vezes, por meio da eutanásia. Por causa disso, foienviado ao campo de concentração em Dachau, destino de diversos outros padres. Lá, por ajudar os doentes, adquiriu tifo e morreu em 22 de fevereiro de 1945.
“Por esse motivo, o Papa Francisco o declarou como um “mártir do amor ao próximo”, afirmou o Cardeal Kurt em entrevista ao Vatican News.

Fonte: Vatican News

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Guadalupe Ortiz de Landázuri será beatificada no dia 18

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10 de mai de 2019

A cidade de Madri, na Espanha, será o local da cerimônia de beatificação da Venerável Guadalupe Ortiz de Landázuri, que acontecerá no sábado, 18 de maio, presidida pelo representante do Papa Francisco, o Cardeal Angelo Becciu, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Em outubro de 2018, o Papa Francisco acolheu a petição dirigida pelo Prelado do Opus Dei, o Monsenhor Fernando Ocáriz, e estabeleceu a data de cerimônia de beatificação.

“Guadalupe soube encontrar Deus no desempenho diário do seu trabalho científico e educacional, nas várias tarefas de formação e governo que São Josemaria [Escrivá, fundador do Opus Dei] lhe confiou, e na doença, recebida com grande espírito cristão”, escreveu o Monsenhor na ocasião. Ela será a primeira leiga do Opus Dei a ser beatificada.

 

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Um lar cristão

Guadalupe Ortiz de Landázuri nasceu em Madri, em 12 de dezembro de 1916. Era a quarta filha e única menina do casal Manuel Ortiz de Landázuri e Eulogia Fernández-Heredia, que a educaram na fé cristã.

Manuel Ortiz era militar, e quando a menina tinha 10 anos, por força do trabalho, toda a família mudou-se para Tetuán, no norte de África. Em 1932, voltaram para Madri, onde Guadalupe terminou o Ensino Médio no Instituto Miguel de Cervantes. Em 1933 matriculou-se no curso de Ciências Químicas na Universidade Central. Mais tarde, iniciou o doutorado, porque se queria dedicar à docência universitária.

Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), o pai foi feito prisioneiro, sendo condenado à morte por fuzilamento. Em 1937, Guadalupe, junto com sua mãe e seu irmão Eduardo, conseguiu passar para outra zona de Espanha, onde já se encontrava seu outro irmão, Manolo. Instalaram-se em Valladolid, onde permaneceram até o final da guerra.

Discernimento

Em 1939, os três voltaram a Madri. Guadalupe começou a dar aulas no colégio da Bem-aventurada Virgem Maria e no Liceu Francês. Em 1944, ao assistir uma missa dominical, sentiu-se “tocada” pela graça de Deus. Depois, encontrou um amigo a quem manifestou o desejo de falar com um sacerdote e chegou a Josemaria Escrivá. Em 25 de janeiro daquele ano, foi a um encontro com o sacerdote no primeiro centro de mulheres do Opus Dei.

Por muitas vezes, Guadalupe recordava desse encontro como a sua descoberta da chamada de Jesus Cristo a amá-lo sobre todas as coisas por meio do trabalho profissional e da vida diária. Despois de considerar o assunto na oração e de fazer um retiro espiritual, em 19 de março decidiu responder que sim ao Senhor. Guadalupe tinha 27 anos. A partir desse momento, intensificou o seu trato com Deus. Cumpria com amor as suas ocupações e procurava passar tempos de oração junto ao sacrário.

Missões no Opus Dei

O Opus Dei estava nos seus primeiros anos e, entre as tarefas que havia que realizar, era importante atender a administração doméstica das residências de estudantes que estavam começando, em Madri e em Bilbao. Guadalupe dedicou-se durante uns anos a estes trabalhos. Eram anos de escassez e de racionamento e, a estas dificuldades exteriores, juntava-se o seu esforço por aprender um trabalho para o qual não tinha especial habilidade.

No dia 5 de março de 1950, por convite de São Josemaria, foi para o México levar a mensagem do Opus Dei a essas terras. Matriculou-se no doutorado em Ciências Químicas, que tinha começado em Espanha. Com as que a acompanharam, pôs em funcionamento uma residência universitária. Animava as residentes a levarem a sério os seus estudos e abria-lhes horizontes de serviço à Igreja e à sociedade de que faziam parte. Destacava-se a sua preocupação pelos pobres e idosos.

Com uma amiga médica, criou um dispensário ambulante: iam de casa em casa nos bairros mais necessitados, atendendo às pessoas que moravam ali e facilitando-lhes os medicamentos gratuitamente. Também impulsionou a formação cultural e profissional de camponesas, que viviam em zonas montanhosas e isoladas do país e que muitas vezes não contavam com a instrução básica.

Em 1956, mudou-se para Roma para colaborar mais diretamente com São Josemaria no governo do Opus Dei. Nesse ano surgiram os primeiros sintomas de uma doença cardíaca e teve que ser operada em Madri. Apesar da boa recuperação, a sua cardiopatia tornou-se mais grave e precisou regressar definitivamente à Espanha.

Em seu país natal, retomou a atividade acadêmica e começou uma pesquisa sobre refratários isolantes e o valor das cinzas da casca de arroz para os mesmos. Este trabalho ganhou o prêmio Juan de la Cierva e terminou numa tese de doutorado que defendeu no dia 8 de julho de 1965. Ao mesmo tempo, desenvolveu as suas tarefas docentes como professora de Química no Instituto Ramiro de Maeztu durante dois anos, e na Escola Feminina de Formação Industrial — de que chegou a ser subdiretora — durante os dez anos seguintes. A partir de 1968, participou no planejamento e início do Centro de Estudos e Investigação de Ciências Domésticas (CEICID), de que seria subdiretora e professora de Química de têxteis.

Os que conviveram com ela recordam que era mais compreensiva do que exigente com os outros, e que se percebia que procurava a Deus ao longo do dia: sabia-se olhada por Ele e pela Santíssima Virgem, sempre que podia fazia breves visitas ao sacrário, para falar a sós com Jesus sacramentado, ao mesmo tempo que pensava nos seus alunos ao preparar com rigor e dedicação as aulas.

Sempre com fé

Apesar da sua doença cardíaca, Guadalupe não se queixava e procurava que não se notasse o cansaço que tinha para as tarefas diárias. Esforçava-se por escutar com interesse os outros e queria passar inadvertida.

Em 1975, os médicos decidiram operá-la. Por isso, ela deixou a sua casa em Madri para ingressar na Clínica Universitária de Navarra. Em 1º de julho foi operada. Poucos dias antes, em 26 de junho, tinha falecido em Roma o fundador do Opus Dei. Guadalupe recebeu a notícia com grande dor. Passados poucos dias, quando ainda se recuperava da cirurgia, sofreu uma repentina insuficiência respiratória. Morreu no dia 16 de julho de 1975, festa de Nossa Senhora do Carmo. Em 5 de outubro de 2018, seus restos mortais foram transferidos de Pamplona para o Real Oratório de Caballero de Gracia, em Madri.

O texto do decreto sobre as virtudes heroicas, promulgado pela Congregação para as Causas dos Santos, testemunha como Guadalupe viveu as virtudes em grau heroico e “se entregou inteiramente e com alegria a Deus e ao serviço da Igreja, e experimentou intensamente o amor divino”.

Cura milagrosa atribuída à intercessão de Guadalupe

Durante o verão de 2002, Antonio Jesús Sedano Madrid, de 76 anos, teve uma lesão na pele - semelhante a uma espinha - no canto interno do olho direito que ardia e, às vezes, doía. A lesão não desaparecia e, durante várias semanas, os seus três filhos e alguns amigos o notaram. No entanto, não chegaram a fazer nenhum tratamento.

Em 2 de agosto daquele ano, durante uma consulta oftalmológica em Barcelona, para possível operação de catarata, aproveitou para mostrar ao oftalmologista a lesão da pele ao lado do olho. O médico o encaminhou diretamente para o Hospital de Clínicas de Barcelona, pois suspeitava que tratava de um tumor. Posteriormente, foi diagnosticado um carcinoma basocelular, na forma conhecida como ulcus rodens, um dos tumores malignos mais frequentes da superfície cutânea, quee geralmente acomete idosos e aparece com mais frequência na cabeça e no pescoço. Sua evolução é progressiva e envolve destruição local de tecidos. O tratamento geralmente é cirúrgico e na maioria das vezes resulta na cura do paciente.

No caso de Antonio, o tumor apresentava uma gravidade superior à habitual, já que, pela sua localização - muito próxima ao olho - poderia facilmente invadir os órgãos vizinhos. O médico informou a Antonio que a sua lesão requeria remoção cirúrgica e o reenviou para o especialista em cirurgia plástica. O cirurgião confirmou o diagnóstico: era um carcinoma basocelular. Decidiu-se fazer uma operação urgente para retirá-lo e se explicou ao paciente que era, sem dúvida, um tumor maligno, mas que era possível eliminá-lo por meio de uma cirurgia que deveria ser realizada o mais breve possível.

Antes da cirurgia, Antonio foi ao Oratório de Santa Maria de Bonaigua, onde encontrou uma estampa para devoção privada à Serva de Deus Guadalupe Ortiz de Landázuri e informação sobre a sua vida. Então, começou a pedir-lhe por sua cura. Seus filhos e outros parentes fizeram o mesmo, e Antonio distribuiu várias estampas da Serva de Deus.

Antes de saber quando ia ser operado, Antonio ficou desanimado e assustado. Uma noite, quando ele estava especialmente nervoso, segurando uma estampa de Guadalupe nas mãos, ele disse a ela espontaneamente, com grande fé: “Você pode fazer este milagre, faz com que eu não tenha que ser operado, isso não custa nada, é pouca coisa para você”.

Depois de rezar a Guadalupe, Antonio acalmou-se, dormiu sem interrupção e na manhã seguinte acordou sereno e descansado. Quando se olhou no espelho, descobriu que o ferimento havia desaparecido. Não podia acreditar. Seu humor mudou completamente e naquela manhã até brincou quando deu a notícia a uma filha, que ficou estupefata. A mesma coisa aconteceu com outra filha quando descobriu que o tumor tinha desaparecido de um dia para o outro, sem sequer deixar um sinal.

Quando o cirurgião plástico checou o paciente, constatou o desaparecimento absoluto do câncer, devido a causas desconhecidas. Sua impressão inicial foi de choque. A primeira pergunta que fez foi: "Onde você fez a cirurgia?" Em seguida, Antonio contou-lhe os detalhes da sua cura e a intercessão de Guadalupe Ortiz de Landázuri. A cura, que ocorreu da noite para o dia, foi inexplicável. Na história clínica dessa data está escrito: “O ferimento desapareceu depois de rezar a serva de Deus Guadalupe Ortiz de Landázuri”. Em sucessivas revisões, a cura foi confirmada.

Antonio Jesús Sedano Madrid morreu doze anos depois, em 2014, devido a uma patologia cardíaca. Ele tinha 88 anos de idade. O câncer de pele, que foi curado pela intercessão de Guadalupe Ortiz de Landázuri, nunca mais apareceu.

Processo de beatificação

Como a cura parecia um acontecimento extraordinário, de acordo com histórias clínicas semelhantes, o arcebispo de Barcelona decretou no dia 18 de maio de 2007 a instrução de um processo canônico sobre o milagre e nomeou um tribunal diocesano para a investigação. O processo ocorreu de 25 de maio de 2007 a 17 de janeiro de 2008. No dia 24 de outubro de 2008, a Congregação para as Causas dos Santos confirmou a validade desse processo diocesano.

No dia 5 de outubro de 2017, o conselho médico da Congregação para as Causas dos Santos examinou o caso. Os médicos destacaram os aspectos mais relevantes da cicatrização em estudo: o diagnóstico adequado da lesão, confirmado por médicos especialistas e, principalmente, a sua cicatrização instantânea, sem nenhum tratamento. Os especialistas daquela Congregação declararam que os fatos não são explicáveis do ponto de vista científico.

Sucessivamente, o caso foi submetido ao exame dos teólogos consultores, que na sessão de 1 de março de 2018 declararam comprovada, sem lugar a dúvidas, a relação entre a cura milagrosa de Antonio e a invocação de Guadalupe Ortiz de Landázuri.

Finalmente, na sessão ordinária de 5 de junho de 2018, os cardeais e bispos, membros da Congregação para as Causas dos Santos decidiram que existem elementos suficientes para comprovar que essa cura possa ser considerada um milagre.

No dia 8 de junho de 2018, o Santo Padre, depois de receber do cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, um relatório com toda esta informação, declarou que existem provas do milagre realizado por Deus pela intercessão da venerável Serva de Deus Guadalupe Ortiz de Landázuri.

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Padre Donizetti Tavares será beatificado

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12 de abril de 2019

Em audiência com o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, no sábado, 6, o Papa Francisco reconheceu um milagre por intercessão do Venerável Servo de Deus Padre Donizetti Tavares de Lima.

Assim, o sacerdote brasileiro nascido em Cássia (MG), em 3 de janeiro de 1882, e morto em 16 de junho de 1961, em Tambaú (SP), será beatificado em data que ainda será anunciada.

Em Tambaú, Padre Donizetti iniciou diversas obras de caridade, entre as quais o Asilo São Vicente de Paulo e a Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Tambaú. Criou, também, a Congregação Mariana, a Irmandade das Filhas de Maria e o Círculo Operário Tambauense.

Na mesma ocasião, o Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas do Servo de Deus Nelson Santana, que se torna Venerável. Leigo, brasileiro de Ibitinga (SP), Nelson nasceu em 31 de julho de 1955 e morreu em Araraquara (SP), em 24 de dezembro de 1964, vigília de Natal. Nelsinho, como era conhecido, era um garoto que tinha câncer no braço. Na infância, ele sofreu uma queda, provocando um ferimento no ombro esquerdo que começou a se complicar. Seu braço esquerdo foi amputado. Dos 7 aos 9 anos, praticamente morou no hospital e fez lá a sua primeira Comunhão. Ele mesmo anunciou a própria morte previamente.

O Santo Padre também reconheceu as virtudes heroicas do Servo de Deus Frei Damião de Bozzano, sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Ele, agora, torna-se Venerável. O frade capuchinho nasceu em Bozzano, na Itália, em 5 de novembro de 1898, e morreu em Recife (PE), em 31 de maio de 1997.

Frei Damião chegou ao Brasil em 1931 e radicou-se em Recife. Dedicouse às populações mais pobres do País e às Santas Missões durante os seus 66 anos de vida religiosa. 

(Com informações da rádio Vaticano)
 

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Mártires da Argélia são beatificados

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18 de dezembro de 2018

No sábado, 8, o Cardeal Angelo Becciu, enviado pelo Papa Francisco, presidiu a cerimônia de beatificação dos 19 mártires mortos no País durante a guerra civil, em 1996. Fazem parte dos mártires Dom Christian de Chergé, que era Bispo e Prior do Monastério Trapista de Tibhirine, próximo à cidade de Medea, e outros monges da comunidade. 

Os monges foram sequestrados em março de 1996 por um grupo islamista e suas cabeças foram encontradas em maio do mesmo. Um comunicado, anunciando o assassinato dos monges, foi publicado pelo Grupo Islâmico Armado (GIA), tido como responsável pelo crime. 

A vida e o sequestro dos monges foram retratados no filme “Homens e Deuses” (2010).

Fontes: Le Figaro/ Famille Chrétienne
 

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Dom Helder pode ser beatificado durante Congresso Eucarístico Nacional

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30 de novembro de 2018

PEREGRINO DA PAZ

Devo clamar por justiça,

trabalhar por ela,

lutar, pacificamente,

mas lutar

para que a justiça

prepare os caminhos da paz.

Mas há um trabalho sagrado

a empreender,

antes, durante e depois:

Amorizar o mundo,

amorizar a vida!...

Sem medo!

Amorizar,

semear Amor,

difundir o Amor

é levar-Te aos Homens,

pois és o Amor!

 

O poema é um dos muitos escritos por Dom Helder Camara, bispo brasileiro que pode ser beatificado nos próximos anos. O processo de beatificação foi encaminhado ao Vaticano pela Arquidiocese de Olinda e Recife, que já está se preparando para o XVIII Congresso Eucarístico Nacional, que acontecerá em novembro de 2020. 

A Congregação para as Causas dos Santos emitiu o parecer favorável, autorizando o início do processo de beatificação, e Dom Helder recebeu o título de “Servo de Deus”. Após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão, ele será proclamado Bem-Aventurado (Beato) pela Igreja. Posteriormente, se houver a comprovação de outro milagre, poderá ser proclamado santo e canonizado. 

A expectativa é que a beatificação aconteça durante o Congresso Eucarístico. Em entrevista à rádio 9 de Julho, Monsenhor José Alberico, Secretário Geral do Congresso Eucarístico, informou que a fase diocesana está prestes a ser concluída [dia 16 de dezembro], após três anos da abertura do processo. 

Ele falou também sobre a preparação para o Congresso que terá como tema “Pão em todas as mesas” e sobre o testemunho do Bispo. “Dom Helder foi um homem eucarístico. Sabemos o quanto ele vivia em ação de graças e fazia com que a Eucaristia fosse o centro de sua vida”, afirmou o Monsenhor.

 

VIGÍLIA

Antes da celebração eucarística que Dom Helder presidia pela manhã, ele acordava para rezar e se fortalecer diante do Santíssimo Sacramento. Ele mesmo chamava aqueles momentos de vigílias.  “Minha única escravidão é o despertador, que me desperta para a vigília”, costumava dizer Dom Helder, que se levantava todos os dias em torno das 4h para rezar. 

“É na vigília que se inicia a celebração da Eucaristia que se prolonga por todos os embates do dia. Pai, se possível continua a permitir que a Missa seja sempre a primeira. Seja preparada pela Vigília e se estenda ao dia inteiro”, afirmava Dom Helder. 

Atualmente, o quarto onde dormia Dom Helder, anexo às dependências da Igreja das Fronteiras, em Recife (PE), pode ser visitado. O local é mantido pelo Instituto Dom Helder Camara, que reuniu além de objetos pessoais, escritos e manuscritos do Bispo, reportagens e livros sobre sua vida e obra. 

 

HISTÓRIA

Dom Helder Camara nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, Ceará. Filho de João Eduardo Torres Câmara Filho, jornalista e crítico teatral, e de Adelaide Pessoa Câmara, professora primária. De família numerosa, Helder teve 12 irmãos. 

Recebeu a primeira Eucaristia aos 8 anos de idade e aos 14 entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde fez o curso preparatório, e depois cursou Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote aos 22 anos, sendo necessária uma autorização especial de Roma para a sua ordenação. 

Em 11 de abril de 1964, foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, tendo assumido no dia seguinte. Na ocasião, escreveu: “Ninguém se escandalize quando me vir frequentando criaturas tidas como indignas e pecadoras. Quem não é pecador? Quem pode jogar a primeira pedra? Nosso Senhor, acusado de andar com publicanos e almoçar com pecadores, respondeu que justamente os doentes é que precisam de médico. Ninguém se espante me vendo com criaturas tidas como envolventes e perigosas, da esquerda ou da direita, da situação ou da oposição, antirreformistas ou reformistas, antirrevolucionárias ou revolucionárias, tidas como de boa ou de má fé. Ninguém pretenda prender-me a um grupo, ligar-me a um partido, tendo como amigos os seus amigos e querendo que eu adote as suas inimizades. Minha porta e meu coração estarão abertos a todos, absolutamente a todos. Cristo morreu por todos os homens: a ninguém devo excluir do diálogo fraterno”. 

Dom Helder ficou à frente da Arquidiocese de Olinda e Recife até 10 de abril de 1985, quando – por atingir a idade limite de 75 anos – foi substituído por Dom José Cardoso Sobrinho. Dom Helder morreu em sua casa, no Recife, em 27 de agosto de 1999, devido a uma insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Catedral Santíssimo Salvador do Mundo, em Olinda (PE). 

O Bispo exerceu a função de Secretário Geral da CNBB, inclusive durante o Concílio Vaticano II (1962-1965). Padre José Oscar Beozzo, em entrevista publicada na Coleção Obras Completas de Dom Helder Camara, explicou que Dom Helder mantinha-se em silêncio durante as assembleias, mas participou ativamente do Concílio Vaticano II como articulador e atendendo jornalistas de veículos de comunicação de todo o mundo. “No Concílio Vaticano II, Dom Helder cumpriu um duplo papel, de animador e incentivador de propostas e iniciativas proféticas, e de articulador incansável da maioria conciliar”, afirmou Padre Beozzo, historiador. 

Pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos, Dom Helder recebeu vários prêmios internacionais, como o Martin Luther King, nos Estados Unidos, em 1970, e o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, em 1974. Ele é autor de 35 livros, incluindo os 13 volumes das Obras Completas, a maioria composta de ensaios e reflexões sobre o terceiro mundo e a Igreja. 

(Colaborou: Padre Edemilson Camargo/rádio  9 de Julho) Com informações de instituto Dom Helder Camara e Coleção Obras Completas de Dom Helder Camara
 

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Religiosos assassinados serão beatificados

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25 de setembro de 2018

Sete monges trapistas e outros 11 religiosos, mortos por extremistas muçulmanos na década de 1990, serão beatificados no dia 8 de dezembro, junto com Dom Pierre Claverie, Bispo de Oran, igualmente assassinado. A cerimônia será em Oran, na Basílica da Santa Cruz. O Cardeal Giovanni Becciu, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, representará o Papa Francisco. Segundo os bispos do País, a beatificação será um convite da Igreja ao mundo para a paz e a fraternidade.

A vida dos monges trapistas na Argélia, seu sequestro e morte foram retratados no filme francês “Homens e Deuses” (2010).

Fonte: Catholic Herald

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Governo da Argélia autoriza beatificação no país dos monges de Tibhirine

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13 de abril de 2018

O governo de Argel deu sua aprovação para que a beatificação dos dezenove mártires cristãos mortos no país entre 1994 e 1996, seja realizada na Argélia.

A confirmação é do ministro das Relações Exteriores, Abdelkader Messahel, em uma entrevista à emissora de Paris, France 24.

“A Argélia deu o seu consentimento para a beatificação na Argélia dos monges de Tibhirine e outros religiosos mortos durante os anos noventa e esta notícia foi comunicada ao Vaticano ", afirmou Messahel.

O político argelino também não descartou a possibilidade de que o próprio Papa Francisco pudesse ir à Argélia para essa beatificação, tão importante para as relações entre cristãos e muçulmanos.

A uma pergunta específica sobre uma eventual visita do Pontífice à Argélia, em concomitância com a beatificação, o Ministro das Relações Exteriores de Argel respondeu: "Por que não? Vamos ver”.

Oran é a cidade argelina da qual era bispo Pierre Claverie, morto em 1º de agosto de 1996, juntamente com seu motorista muçulmano Mohamed, enquanto retornava para a residência episcopal. O decreto sobre o martírio que o Papa aprovou, abrindo o caminho para a beatificação, é intitulado justamente a Pierre Claverie e seus dezoito companheiros.

O fato de que o rito de beatificação terá lugar na Argélia, será um fator muito importante não somente para a pequena Igreja local, mas também para os muitos amigos muçulmanos que não se esqueceram Claverie, os monges de Tibhirine e todos os outros religiosos que, justamente em nome de amizade com esse povo, decidiram não abandoná-lo na hora mais difícil, pagando com o preço de sua vida por essa escolha.

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