‘Peçamos a Deus a graça de valorizar o Batismo que recebemos’

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20 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta segunda-feira, 20, na capela de sua residência, transmitida pelo rádio e pelas mídias digitais.

Na homilia, Dom Odilo recordou que a liturgia do Tempo Pascal ajuda os cristãos recordarem os fundamentos da sua adesão a Jesus Cristo, como é o caso do trecho do Evangelho do dia (Jo 3,1-8), que inicia o relato do diálogo de Nicodemos com Jesus.

NASCER DO ALTO

O membro do grupo dos fariseus foi ao encontro do Senhor durante a noite e manifestou apreço por Jesus, a quem reconheceu como um mestre enviado por Deus. “Nicodemos tem um bom discernimento, foi a Jesus com o coração aberto, reconhecendo que ele trazia uma mensagem de Deus”, destacou o Arcebispo.

O chefe judaico, no entanto, foi surpreendido com a afirmação de Jesus que o intrigou: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus”.

“O que é esse nascer do alto?”, indagou o Cardeal, explicando que nessa cena, o evangelista faz uma referência muito clara ao Batismo. “Jesus indica a Nicodemos o caminho da purificação. Nascer de novo significa mudar de vida, tornar-se uma nova pessoa... A água do Batismo, da regeneração”, ressaltou o Arcebispo, acrescentando que a vida segundo o Espírito significa não viver segundo as paixões, instintos, vícios e pecados humanos. 

FILIAÇÃO DIVINA

O Cardeal destacou a oração da liturgia do dia, que faz referência a três grandes realidades significadas no Batismo: “Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos a herança prometida”.

“Quem nos dá esse coração de filhos é o Espirito Santo que também nos dá a graça de reconhecer a Deus como Pai. O Batismo nos faz familiares de Deus. Fomos adotados como filhos de Deus por meio do seu Filho”, enfatizou Dom Odilo, reforçando que não basta para o cristão apenas chamar Deus de Pai, mas é preciso ter a atitude de filhos de Deus e, consequentemente, de irmãos em relação ao próximo.

HERANÇA PROMETIDA

Quanto à herança prometida da qual pede a oração, o Arcebispo explicou que essa é vida eterna, “os bens de Deus que já nesta vida recebemos pela fé e um dia serão plenos, quando formos chamados para contemplar a face de Deus, sermos salvos”.

“Peçamos a Deus a graça de valorizar o Batismo que recebemos, a nossa condição de cristãos. Que Deu nos ajude a vivermos a graça dessa filiação divina, a graça santificadora que nos fez nascer do alto”, concluiu o Cardeal.

FIQUE EM CASA

No fim da missa, como tem feito todos os dias, Dom Odilo reiterou sua recomendação para que as pessoas sigam as medidas de isolamento social orientadas pelas autoridades de saúde. “A maneira mais eficaz de prevenir a doença neste momento é ficando em casa”, disse.

Para as pessoas que precisam sair de casa para uma necessidade essencial, o Arcebispo aconselhou que sejam tomados todos os cuidados de prevenção para evitar o próprio contagio e das outras pessoas.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA SEGUNDA-FEIRA:

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Igrejas próximas ao local onde Jesus foi batizado poderão ser reabertas depois de 50 anos

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17 de dezembro de 2018

Uma série de igrejas próximas ao local onde Cristo recebeu o Batismo poderão reabrir as portas pela primeira vez em 50 anos. A região foi minada com a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Diversas igrejas e monastérios estão localizados entre o Mar Morto e o local em que Jesus Cristo foi batizado – que se chama “Qaser al-Yahud” (Castelo dos Judeus) e faz parte da Cisjordânia, à margem ocidental do rio Jordão. A região foi um dos locais de peregrinação mais importantes para os cristãos até a época da guerra, quando todas as igrejas e monastérios tiveram que fechar as portas. 

Ao todo, 6,5 mil minas terrestres serão desativadas; as equipes de desminagem já conseguiram remover 1,5 mil. A operação envolve uma organização de caridade inglesa, Halo Trust, e uma empresa israelense, 4CI, e os trabalhos são supervisionados pelo Ministério da Defesa de Israel. Os esforços de desminagem começaram em março deste ano e só terminarão quando todos os explosivos tiverem sido desarmados e removidos, o que deve acontecer até o fim de 2019. 

O custo total do trabalho está estimado em R$ 20 milhões e beneficiará centenas de milhares de peregrinos, que deverão visitar a região todos os anos, estimulando a economia local e ajudando os moradores daquela localidade. 

Fonte: Daily Mail
 
 

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"A educação cristã é um direito das crianças"

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16 de mai de 2018

O Papa Francisco encerrou o ciclo de catequeses sobre o Batismo na Audiência Geral desta quarta-feira (16/05) falando sobre o tema “revestidos de Cristo”.

Os efeitos espirituais deste sacramento, explicou o Pontífice na Praça S. Pedro, são explicitados pela entrega da vesta branca e da vela acesa. São sinais visíveis que manifestam a dignidade dos batizados e sua vocação cristã.

 

Revestir-se de caridade

A veste branca anuncia a condição dos transfigurados na glória divina. Esta é símbolo da graça, que faz da pessoa batizada uma nova criatura, revestida de Cristo. Revestir-se de Cristo, como recorda São Paulo, é revestir-se de sentimentos de ternura, de bondade, de humildade, de mansidão, de magnanimidade, de perdão e, sobretudo, de caridade.

 

Inflamar o coração

Também há o simbolismo da chama da vela, que recorda a luz de Cristo que venceu as trevas do mal. A chama do círio pascal inflama o coração dos batizados, enchendo-os de luz e calor. Desde a antiguidade, o sacramento do Batismo é dito também “iluminação” e os neófitos são chamados “iluminados”.

 

A educação cristã é um direito das crianças

De fato, esta é a vocação cristã: caminhar sempre como filhos ou filhas da luz, perseverando na fé. Quando se trata de crianças, cabe aos pais e aos padrinhos alimentar a chama da graça batismal. “A educação cristã é um direito das crianças”, repetiu duas vezes Francisco, citando o Rito do Batismo das Crianças.

“A presença viva de Cristo, a ser protegida, defendida e dilatada em nós, é lâmpada que ilumina os nossos passos, luz que orienta as nossas escolhas, chama que aquece os corações a ir ao encontro do Senhor, tornando-nos capazes de ajudar quem caminha conosco, até a comunhão inseparável com Ele.”

 

Gaudete et Exsultate

Ao final das catequeses sobre o Batismo, o Papa repetiu a cada fiel o convite que fez na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate:

“Deixe que a graça do seu Batismo frutifique num caminho de santidade. Deixe que tudo esteja aberto a Deus e, para isso, opte por Ele, escolha Deus sem cessar. Não desanime, porque tem a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, esta é o fruto do Espírito Santo na sua vida”.

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Papa: Batismo implica uma resposta pessoal

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18 de abril de 2018

O sinal da fé cristã: este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira,18.

Na semana passada, o Pontífice iniciou uma nova série, desta vez sobre o Batismo, neste Tempo de Páscoa.

O Papa recordou que semana passada pediu como tarefa aos fiéis presentes na Audiência que procurassem conhecer o dia do batismo. E renovou o pedido, acrescentando que o batismo é um renascimento, um “segundo aniversário”.

 

"Copiar e colar" 

Francisco explicou o significado da celebração, começando pelo rito de acolhimento. Antes de tudo, pergunta-se o nome do candidato, porque o nome indica a identidade de uma pessoa, nos tira do anonimato.

“ Deus chama cada um pelo nome, amando-nos singularmente, na concretude da nossa história. O Batismo acende a vocação pessoal a viver como cristãos, que se desenvolverá durante toda a vida. E implica uma resposta pessoal e não emprestada, com um ‘copiar e colar’. ”

 

A fé não se compra

A fé, prosseguiu Francisco, é um dom que vem do alto, não se pode comprar, mas sim pedir. “’Senhor, dá-me o dom da fé’, é uma bela oração”, disse o Papa. A formação dos catecúmenos e a preparação dos pais são importantes para suscitar e despertar uma fé sincera.

Se os catecúmenos adultos manifestam em primeira pessoa aquilo que desejam receber como dom da Igreja, as crianças são apresentadas pelos pais, com os padrinhos.

Expressão disto tudo é o sinal da cruz que o celebrante e os pais traçam sobre a testa das crianças, que manifesta o sigilo de Cristo sobre aquele que está para Lhe pertencer e significa a graça da redenção.

 

Marca pascal

“A cruz é o distintivo que manifesta quem somos”, explicou o Papa: o nosso falar, pensar, olhar e agir está sob o sinal da cruz, isto é, do amor de Jesus até o fim. As crianças são marcadas na testa e os catecúmenos adultos são marcados também nos sentidos. Torna-se cristão à medida em que a cruz se imprime em nós como uma marca ‘pascal’, tornando visível, inclusive exteriormente, o modo cristão de enfrentar a vida.

“Fazer o sinal da cruz quando acordamos, antes das refeições, diante de um perigo, em defesa contra o mal, antes de dormir, significa dizer a nós mesmos e aos outros a quem pertencemos, quem queremos ser. E por isso é importante ensinar as crianças a fazer bem o sinal da cruz”, disse Francisco, reforçando este conceito pelo menos três durante a Audiência. E concluiu:

“ E assim como fazemos entrando na igreja, podemos fazê-lo também em casa, conservando em um pequeno recipiente um pouco de água benta: assim, toda vez que entramos ou saímos, fazendo o sinal da cruz com aquela água nos lembramos que somos batizados. ”

 

Banco Mundial

Ao final da Audiência Geral, o Papa Francisco recordou que sábado próximo, em Washington, têm início as reuniões de primavera do Banco Mundial.

“Encorajo os esforços que, mediante a inclusão financeira, tentam promover a vida dos mais pobres, favorecendo um autêntico desenvolvimento integral e respeitoso da dignidade humana.”

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