VATICANO

Pentecostes

Um coração novo para um povo novo

Por Bruno Muta Vivas
08 de junho de 2017

Em sua homilia, o Papa destacou as novidades vindas pelo Santo Espírito

L'Osservatore Romano

Na manhã  do domingo, 4, o Papa Francisco presidiu na Praça de São Pedro, a Santa Missa da Solenidade de Pentecostes, ainda nas comemorações do Jubileu de Ouro da Renovação Carismática Católica. Na homilia, o Papa destacou duas novidades trazidas pelo Espírito Santo: a criação de um povo novo a partir dos discípulos de Cristo, e a criação de um coração novo dentro desses discípulos.

Ao falar sobre a primeira novidade do Espírito Santo, o Santo Padre recordou a passagem dos Atos dos Apóstolos, que descreve a ação do Espírito Santo quando desce sobre os Apóstolos: “Primeiro, ele pousa em cada um e, depois, coloca todos em comunicação. A cada um, dá um dom e coloca todos na unidade. Em outras palavras, o mesmo Espírito cria a diversidade e a unidade e, assim, molda um povo novo, diversificado e unido: a Igreja universal”.

E assim, “temos a unidade verdadeira, que não é uniformidade, mas unidade na diferença”, enfatizou o Pontífice. Duas tentações se colocam aqui: “A primeira é procurar a diversidade sem a unidade. Dessa maneira, escolhe-se a parte e não o todo, pertença primeiro a isto ou àquilo e só depois à Igreja; tornam-se ‘adeptos’ em vez de irmãos no mesmo Espírito.” Depois, se corre o risco da tentação de procurar a unidade sem a diversidade: “Desse modo, a unidade torna-se uniformidade, obriga ção de fazer tudo juntos e tudo igual, de pensar todos sempre do mesmo modo. Assim, a unidade acaba por ser homologação, e já não há liberdade”.

Por fim, Francisco começou a tratar sobre a segunda novidade trazida pelo Paráclito: “Quando Jesus apareceu aos discípulos após a ressurreição, não os condenou por o terem renegado e abandonado, mas dá a eles o Espírito do perdão; o Espírito é o primeiro dom do Ressuscitado, tendo sido dado, antes de mais nada, para perdoar os pecados. Eis o início da Igreja, eis o cimento que une os tijolos da casa: o perdão. Com efeito, o perdão é o dom elevado à potência infinita, é o amor maior, aquele que mantém unido não obstante tudo, que impede de soçobrar, que reforça e solidifica. O perdão liberta o coração e permite recomeçar: o perdão dá esperança. Sem perdão, não se edifica a Igreja”.

(Com informações da rádio Vaticano)

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