Cultura do encontro no ambiente digital

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22 de abril de 2020

Há um mês, os católicos de muitas cidades estão impossibilitados de participar das missas e atividades religiosas nas igrejas, devido às medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19.

Essa quarentena, contudo, não tem sido impedimento para que as paróquias, pastorais, movimentos, novas comunidades e outras organizações eclesiais continuem sua ação evangelizadora. Além da transmissão das celebrações eucarísticas pelas plataformas digitais, aos poucos esses grupos estão se adaptando às novas tecnologias para realizar seus encontros e atividades.

No ambiente digital, crescem as reuniões, grupos de oração, partilhas, encontros de formação e catequese por meio de videochamadas. Para muitos padres e agentes de pastoral, porém, essas novas tecnologias são desconhecidas.

São várias as plataformas digitais que possibilitam videochamadas em grupo. O SÃO PAULO apresenta, a seguir, as mais conhecidas delas e algumas dicas para bem usá-las.

Hangouts Meet

O Hangouts Meet é a ferramenta de videoconferências do Google voltada para profissionais. Um de seus principais benefícios é a possibilidade de criar uma sala virtual facilmente e gerar link de convite que pode ser enviado por mensagem. Convidados podem entrar na reunião on-line pelo navegador ou pelo app para Android e iPhone (iOS) sem precisar de uma assinatura.

Na versão básica, é possível realizar reuniões virtuais com até 100 participantes, enquanto a mais avançada oferece conferências em vídeo com até 250 pessoas e outras 100 mil com apenas visualização. A modalidade superior estará liberada até 1º de julho de 2020, sem custo adicional, devido à pandemia de COVID-19.

Skype

O Skype é um dos serviços de chamada de voz e vídeo mais populares na internet e está disponível para celulares, tablets, TVs e consoles de jogos. A versão gratuita suporta até 20 usuários, enquanto a versão paga, o Skype for Business, permite conversar com até 250 pessoas em uma mesma chamada.

No modo de chat (bate-papo), o Skype oferece algumas funções comuns em outros aplicativos de mensagens, como compartilhamento de texto, imagens, emojis e arquivos de até 300 MB cada, que ficam disponíveis para acesso em todos os dispositivos por até 30 dias. Outras funções incluem o envio de contatos e recados de vídeo e criação de votação diretamente na conversa, seja em bate-papo privado, seja em grupo.

Microsoft Teams

Já a Microsoft liberou o uso gratuito por seis meses do Microsoft Teams, serviço corporativo premium de mensagens, e aumentou o limite de usuários. Como funcionalidade, é possível gravar e salvar as chamadas realizadas.

A versão gratuita permite criar conversas ilimitadas com equipes de até 300 pessoas, além de guardar 10 GB de arquivos por grupo e mais 2 GB por usuário.

O Teams conta com Word, PowerPoint, Excel e Skype integrados. É possível, ainda, conectar outros 140 apps externos, como Evernote e Trello, para adicionar recursos gratuitamente.Zoom Meetings

Zoom Meetings

Com foco corporativo, o Zoom Meetings é uma ferramenta de videoconferência que possibilita fazer reuniões por vídeo entre duas pessoas ou com 500 participantes, além de webinars (um seminário on-line em vídeo, gravado ao vivo, que geralmente permite a interação da audiência via bate-papo), com até 10 mil pessoas.

Também é possível compartilhar arquivos, textos e apresentações pelo bate-papo. A versão básica é gratuita, e pode ser acessada em computadores com Windows, macOS e Linux, além de smartphones Android ou iPhone.

ezTalks

A ezTalks é uma plataforma projetada para videoconferências corporativas e webinars. Na modalidade gratuita, é possível reunir até 100 participantes em encontros com duração máxima de 45 minutos.

Com suporte a chats privados e coletivos, compartilhamento de tela, anotações e enquetes em tempo real, o serviço requer o download de um software. Embora seja possível agendar e gerenciar reuniões no navegador, o programa é indispensável para a realização das videoconferências.

Houseparty

O Houseparty é um aplicativo de videochamadas para Android, Mac (macOS), iPhone e iPad (iOS) que vem se popularizando nos últimos meses nos Estados Unidos – é o 11º mais baixado para macOS e o 9º entre as redes sociais para iPhone.

O programa não permite compartilhar fotos ou documentos, colocando o foco apenas no vídeo ao vivo. Quem cria a sala de conversa pode deixar livre para amigos participarem ou ter o controle de quem tem permissão para entrar.

Google Duo

O Google Duo é outro aplicativo de videochamadas da empresa norte-americana de internet. Disponível para dispositivos com Android e iOS, a ferramenta gratuita permite chamadas simultâneas entre usuários dos dois sistemas.

O sistema dispensa até mesmo ter uma conta do Google. O usuário só precisa adicionar o número de telefone e, para fazer a verificação, inserir o código enviado por SMS. Com o mesmo número, é possível acessar o aplicativo em múltiplos dispositivos. O app importa a lista de contatos do celular e, se preciso, um número pode ser bloqueado e impedido de fazer chamadas.

WhatsApp

É possível fazer uma chamada de voz ou de vídeo em grupo também pelo WhatsApp, uma das ferramentas de mensagens mais populares do mundo. No entanto, esse recurso é limitado a até quatro pessoas por chamada, mas já está sendo disponibilizada para alguns usuários a possibilidade de fazer chamadas com até oito pessoas. Por isso, na pastoral, a ferramenta pode ser utilizada, por exemplo, para o atendimento de noivos.

Para fazer uma chamada de vídeo ou voz em grupo, é necessário ligar para uma pessoa e depois chamar as outras duas para participar. Abra a conversa com um dos contatos com quem deseja fazer a chamada; toque no botão de Chamada de vídeo (câmera) ou de voz (telefone); depois que o primeiro contato aceitar, toque em “Adicionar participante” (trata-se de um botão similar ao de adicionar amigos nas redes sociais); faça uma busca pelo nome do contato que deseja adicionar na lista; toque em “Adicionar”.

DICAS PARA USAR BEM

Uma vez apresentadas as várias ferramentas para se conectar com as pessoas, é preciso ficar atento a algumas dicas importantes para que a reunião ocorra bem:

  • Em primeiro lugar, certifique-se de que você e os convidados têm conexão estável ao receber ou fazer chamadas de voz e vídeo em grupo. Caso contrário, nem todos conseguirão acompanhar a conversa no app. O ideal é estar conectado a uma rede wi-fi, pois as chamadas de vídeo consomem muitos dados móveis. 
     
  • Antes de ingressar em qualquer reunião, faça um check-up para ver se câmera, microfone, áudio e conexão com a internet estão funcionando bem. Caso algo esteja errado e não dê tempo de consertar, avise os participantes da reunião sobre o imprevisto e, em caso de atraso, com o máximo de antecedência possível. Caso a sua conexão esteja instável, medidas como continuar a reunião sem o uso da câmera podem ajudar.  
     
  • Sempre é bom recordar que o bom senso na apresentação pessoal é importante. Use as roupas que normalmente vestiria no dia a dia para participar de uma atividade da Igreja. Sem exageros para mais ou para menos. Não convém, por exemplo, ficar com a calça do pijama, mesmo que a câmera só filme metade do seu corpo. Imprevistos acontecem.
     
  • Saiba escolher o local. Procure ambientes com fundo neutro, para evitar expor sua privacidade ou criar distrações para quem está na reunião. O local deve ser  silencioso. E lembre-se de checar a iluminação.
     
  • Tenha foco na reunião. A internet é um chamariz para resolver muitas coisas ao mesmo tempo. Nada de ir no site do banco para pagar uma conta durante a reunião, ou enviar aquele e-mail pessoal. A falta de atenção pode levar a gafes, como fazer perguntas repetidas e pedir informações já fornecidas. Essa dica é mais importante ainda se for o caso de um momento de oração.
     
  • Fique atento à linguagem corporal. Lembre-se de olhar sempre para a câmera ao falar e ouvir. Sente-se com a postura ereta e evite comportamentos como se balançar na cadeira, roer as unhas e limpar o nariz ou os ouvidos.
     
  • Evite interrupções. Se quiser se posicionar, levante a mão olhando para a câmera antes de falar algo. Reuniões com várias pessoas podem ficar confusas se todos decidirem opinar ao mesmo tempo. Neste momento, quem media o encontro deve organizar bem essa participação, decidindo a ordem e como cada um pode se manifestar.

(Com informações de TechTudo e O Globo)

 

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O SÃO PAULO recorda dez anos sem Zilda Arns

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09 de janeiro de 2020

Nesta quinta-feira, 9, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda a edição 2782 do semanário da Arquidiocese de São Paulo, publicada em 19 de janeiro de 2010, noticiou a trágica morte da médica que dedicou sua vida as crianças e aos mais pobres.

Às 17h do dia 12 de janeiro de 2010 (20h no Brasil), um terremoto sacudiu e destruiu o Haiti. Zilda Arns Neumann estava com um dos pés no degrau da escada que dava acesso ao segundo andar de um prédio de formação pastoral da Igreja local de Porto Príncipe, capital do País.

SÉRIE DE FATALIDADES

Uma série de fatalidades determinara que a médica, pediatra e sanitarista mundialmente conhecida pela fundação da Pastoral da Criança, ainda estivesse no local no momento exato do abalo sísmico de 7 pontos na escala Richter.

Sua palestra, que deveria terminar às 16h30, se estendeu, por conta das dezenas de perguntas dos religiosos presentes, todos muito interessados em iniciar o trabalho de combate à desnutrição infantil, por meio da Pastoral da Criança – motivo que levara Zilda Arns ao País mais pobre das Américas.

Terminados os questionamentos, sempre muito atenciosa, a médica permaneceu no terceiro andar do prédio, atendendo individualmente alguns padres que queriam trocar contatos e experiências, ou simplesmente abraçá-la.

Quando estava deixando o local, acompanhada da Irmã Rosângela Altoé – sua secretária pessoal – e do Padre Willian, coordenador daquele centro de formação, Zilda Arns dirigia-se à escada e o tremor a fez perder o equilíbrio.

MÃE DE MUITOS

O corpo da sanitarista só foi encontrado na manhã seguinte, graças à colaboração direta do Padre Willian que, apesar do choque, indicou o local exato em que estava com Zilda Arns na hora da tragédia. Soldados brasileiros em missão de paz no Haiti retiraram alguns escombros do espaço e descobriram os pés da médica.

No Brasil, ao saber da morte da irmã, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo entre 1970 e 1998, confessou que quanto mais refletia sobre o exemplo do trabalho de Zilda Arns em favor das crianças e mães pobres, mais ele se convencia “de que a esperança nasce com a pessoa humana e se realiza plenamente no Deus-criador”. “Sinto que foi e é esse o sentido da vida e ação da doutora Zilda”.

Zilda Arns foi mãe de seis filhos e avó de dez netos. Mas não qualquer avó. Ela foi “Oma Zilda” (Vó Zilda, em alemão). E também foi a “mãe” de um dos netos, Danilo Arns, 10 anos, filho de Silvia Arns, filha morta em um acidente de carro, em 2003. Desde então, Danilo morava com a “Oma”.

(Edição de nº 2782 do O SÃO PAULO, em 19 de janeiro de 2010)

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Em assembleia, Arquidiocese reflete a respeito da realidade pastoral da cidade

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14 de novembro de 2018

A Arquidiocese de São Paulo realizou no sábado, 10, sua Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. O encontro anual, na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom), reuniu o Arcebispo Metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer, os bispos auxiliares, padres, lideranças de pastorais, movimentos, novas comunidades, associações e demais organizações eclesiais para a avalição da caminhada da Igreja em São Paulo e a implementação do 12º Plano Arquidiocesano de Pastoral (confira o box). 

Este ano, o destaque principal também foi a realização do sínodo arquidiocesano de São Paulo, cuja primeira etapa, que acontece nas paróquias, está sendo concluída. Nessa ocasião, foi dada maior atenção aos resultados dos dois levantamentos da realidade religiosa e pastoral da cidade e das paróquias, realizados entre os meses de agosto e outubro.

 

PERCEPÇÃO DA REALIDADE

Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia e Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, apresentou alguns números gerais da pesquisa de campo feita nos domicílios de abrangência das paróquias da Arquidiocese e do levantamento interno sobre a realidade pastoral de cada paróquia. Esses dados estão sendo objeto de análises e reflexões nas assembleias paroquiais do sínodo, que já estão acontecendo. 

O Bispo explicou que os dados apresentados são apenas um recorte da totalidade das informações. A leitura mais aprofundada precisa do conjunto dos dados. “Lendo os resultados à luz de cada uma das urgências da evangelização, é possível ver avanços e campo aberto para o trabalho. Muita coisa já realizamos, mas há outras que ainda precisamos fazer para implementar o Plano de Pastoral”, afirmou.

Ao comentar os dados apresentados, Dom Odilo destacou que é a primeira vez que se realiza uma pesquisa dessa magnitude em São Paulo, o que é uma oportunidade para que a Igreja tome consciência da sua vida e missão na cidade. “Temos pela frente um grande trabalho de leitura, compreensão, interpretação, reflexão, discernimento e decisão para que nós possamos corresponder à nossa missão diante dos dados, daquilo que a realidade nos diz”, afirmou. 

Para o Padre Pedro Luiz Amorim, Coordenador de Pastoral da Região Episcopal Ipiranga, os primeiros dados das pesquisas serviram para a compreensão maior da diversidade sociorreligiosa da cidade e, consequentemente, de como cada paróquia desempenha a sua missão nessas realidades. “O sínodo confirma, por exemplo, a urgência da iniciação à vida cristã, da evangelização das famílias e da juventude. Os pesquisadores nos deram um retorno de que os jovens não conhecem nem compreendem o que é um projeto de vida cristã”, disse. 

 

REPERCUSSÕES

Padre José Roberto Pereira, Coordenador de Pastoral da Região Episcopal Sé, também destacou que os resultados da pesquisa confirmam a urgência da evangelização das famílias e da juventude. “O sínodo está nos dando consciência de que precisamos investir mais em iniciativas voltadas para a formação dos fiéis, em vista de um maior comprometimento das pessoas com a vida eclesial”, disse.

Maria Helena Soriano, coordenadora arquidiocesana da Renovação Carismática Católica, afirmou que a pesquisa foi uma oportunidade concreta para que a Igreja em São Paulo “se olhasse no espelho”. Ela chamou a atenção para o fato de os católicos entrevistados terem a missa como a principal fonte de vivência da fé na Igreja. “Também considero positivo o crescimento da catequese de adultos. Olhando para o 12º Plano de Pastoral, percebo que essa reflexão proposta pelo sínodo serve de ‘norte’ para o olhar interno de nossas paróquias e para verificarmos se as seis urgências estão realmente sendo contempladas em nossas ações pastorais”, completou. 

Sueli Camargo, coordenadora da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, ressaltou que a primeira impressão causada pela pesquisa é a preocupação. “Essas informações nos atingem diretamente porque somos Igreja e também somos responsáveis por esses dados. No entanto, essa ainda é a fase do diagnóstico, que ajudará todas as forças da Igreja a tomar consciência de sua realidade e propor novos caminhos em vista da conversão missionária”. 

A agente de pastoral reforçou que os dados do levantamento serão enriquecidos e aprofundados nas fases seguintes do caminho sinodal, especialmente em 2019, quando acontece a etapa em âmbito regional. “Na próxima fase, haverá uma participação maior de outras frentes de atuação, que nem sempre estão inseridas na vida das paróquias. Esses são os braços da Igreja em outros âmbitos da sociedade”, afirmou. 

 

ESCUTAR OS APELOS DA CIDADE

“Coloquemo-nos na escuta e em atitude de disponibilidade para acolher os apelos de Deus, que vêm por meio de tantas formas. No sínodo, nós temos ocasião propícia para ouvir esses apelos e responder a eles de forma organizada, na comunhão eclesial de nossa Arquidiocese. Nós somos a Igreja em São Paulo e, por isso, temos que nos colocar na atitude do Apóstolo, perguntando ‘Senhor, o que queres que eu faça?’ e sempre em atitude missionária. Esse é o maior propósito do sínodo: sermos uma Igreja ainda mais missionária”, concluiu Dom Odilo. 
 

 

 

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Equipes de coordenação avaliam caminhada pastoral da Arquidiocese

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01 de setembro de 2018

As equipes de coordenação das regiões episcopais, setores, vicariatos, pastorais, movimentos, associações, novas comunidades e outros organismos da Arquidiocese de São Paulo se reuniram na manhã deste sábado, 1º, na Faculdade Paulus de Comunicação (Fapcom), com o Arcebispo Metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e os bispos auxiliares.

O encontro teve o objetivo de acompanhar a implementação do 12º Plano de Pastoral da Arquidiocese, bem como a participação desses organismos eclesiais nos trabalhos do sínodo arquidiocesano.

Com o tema “Urgências da Evangelização na cidade”, o 12º Plano de Pastoral apresenta seis urgências pastorais para a Igreja em São Paulo no quadriênio 2017-2020.

Acesse o 12º Plano de Pastoral

Em seguida, os participantes, em grupos para responderem as seguintes questões: “O que cada coordenação pastoral conseguiu fazer em 2018 para “enfrentar” a urgência pastoral que mais lhe diz respeito? Quais as dificuldades encontradas?”. Além disso, os grupos indicaram iniciativas que consideram importantes para promover a “conversão e a renovação missionária” da Igreja em São Paulo.

Dom Odilo destacou que o resultado das reflexões em grupos também são percepções da realidade eclesial de São Paulo e, por isso, são informações importantes para o caminho sinodal em vista de uma "renovação missionária da pastoral”.  Ele reconheceu que há muito por ser feito, mas também é preciso reconhecer as muitas coisas bonitas que já são realizadas e precisam se tornar conhecidas. “É desejo do sínodo fazer essa grande percepção. Que identidade temos? Qual é a nossa missão? Em função do que estamos agindo?”, completou o Arcebispo. 

Também foi apresentado o andamento do levantamento de campo da realidade religiosa e pastoral da Arquidiocese em vista do sínodo arquidiocesano, que têm como objetivo auxiliar na percepção da realidade dos católicos que vivem nos perímetros das cerca de 300 paróquias da Arquidiocese.  

Leia a reportagem completa na próxima edição do jornal O SÃO PAULO.

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Assembleia de Pastoral faz memória dos últimos quatro anos de caminhada

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30 de agosto de 2018

Termina hoje, 30,  a Assembleia de Pastoral do Regional NE 3 da CNBB. O encontro acontece no CTL de Salvador e teve início no dia 27. Com o tema “A cultura urbana e os desafios para a evangelização”, os bispos, padres e leigos representantes das diversas pastorais e movimentos presentes no Regional avaliaram a caminhada realizada pela Igreja nos Estados da Bahia e do Sergipe nos últimos quatro anos.

A matéria completa você confere no site do Regional Nordeste 3 da CNBB

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Surge uma nova Pastoral no Mato Grosso do Sul

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28 de agosto de 2018

A Pastoral do Menor está expandindo seus horizontes: o Regional Oeste 1 está em processo de implantação da Pamen na Diocese de Três Lagoas (MS). Nos dias 18 e 19 de agosto, ocorreu a primeira formação de agentes da Pastoral do Menor da Diocese de Três Lagoas, na sede da diocese, com a presença de 18 participantes, na sua maioria jovens, membros de movimentos das paróquias locais.

Confira a notícia na íntegra.

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Desafios pastorais nas metrópoles é tema de encontro de bispos

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31 de julho de 2017

Arcebispos e bispos de grandes cidades e metrópoles brasileiras se reuniram nesta segunda-feira, no Centro de Formação Sagrada Família, em São Paulo, para refletirem sobre os desafios a ação evangelizadora nos grandes centros urbanos.

A iniciativa desse encontro, realizado há alguns anos, partiu dos arcebispos de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, mas também contou com a presença dos arcebispos e bispos de Brasília (DF), Salvador (BA), Ribeirão Preto (SP), Belém (PA) Osasco (SP) e São Miguel Paulista (SP).

Os bispos trataram da relação entre igreja e cidade e como lidar com situações novas que surgem, quer na própria Igreja Católica, quer no contexto da diversidade religiosa e social. “A cidade grande é um fenômeno relativamente recente na história do mundo. Nunca houve um período que tivesse cidades tantas cidades tão grandes como agora, ou a população tão densamente urbanizada”, afirmou Dom Odilo ao O SÃO PAULO, destacando que 80% da população brasileira vive em cidades.

“Nós temos que tomar consciência de que saímos de uma pastoral que era rural, de quando a maioria dos cidadãos e, portanto, também, os católicos, moravam no interior e, nas últimas décadas, essa situação foi mudando... Nós tínhamos soluções muito adequadas para aquela outra realidade. O mundo mudou e a Igreja tem que se adaptar porque o Evangelho é uma proposta para todas as pessoas, de qualquer época e que more em qualquer lugar”, afirmou Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador (BA).

Ainda de acordo com o Cardeal Scherer, o primeiro grande desafio da Igreja é ter uma pastoral que possa atender à grande população da cidade. “Temos, por exemplo, imensas áreas na periferia de São Paulo com paróquias com até mais de 100 mil habitantes”, disse.

Outro desafio é encontrar espaço também nas atenções do povo, católicos e não católicos, para a mensagem da Igreja. “É verdade que podemos usar os meios de comunicação, as mídias sociais. Mas nunca temos a certeza que a nossa mensagem, de fato, chega. Vamos semeando um pouco ao vento. Com certeza muitas sementes caem em terra boa. Porém, isso não dispensa a proximidade, a presença junto à vida das pessoas, para isso nós encontramos enormes dificuldades, inclusive para encontrar a abertura, o tempo, um pouco da atenção das pessoas”, acrescentou Dom Odilo.

Para Dom Orani, o encontro “é uma ótima oportunidade de partilha, de encontrar caminhos e ao mesmo tempo de conversarmos livremente sem nenhuma preocupação de decisão, de decisões, estes assuntos todos são complicados que depois cada cidade, cada metrópole tem sua própria realidade”.

“Os desafios que nós encontramos nas grandes metrópoles não devem ser enfrentados sozinhos, isoladamente. Eu acho que nós precisamos dialogar, refletir mais a respeito dos desafios pastorais das grandes cidades para ter uma ação mais eficaz e, na medida do possível, conjunta, já que muitos dos desafios eles se repetem, não são privilégios de uma grande metrópole, então eu creio que seja um motivo a mais para estar junto. A dimensão do desafio não permite que ele seja enfrentado isoladamente, mas também, o fato de compartilhar alegrias e dores comuns também nos leva, sem dúvidas, a pensar juntos o caminho a seguir”, salientou o Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB.

Durante o encontro, os bispos também celebraram uma missa na intenção da Irmã Célia Cadorin, religiosa da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que morreu no sábado. “Irmã Célia representou alguém que deu um novo impulso às causas de beatificação e canonização”, afirmou Dom Odilo, referindo-se ao trabalho realizado pela religiosa nas causas de beatificação de vários brasileiros, dentre os quais, Santa Paulina, e Santo Antonio Galvão.

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Para testemunhar que Deus habita a cidade

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04 de mai de 2017

Ao ser entrevistado pelo jornal O SÃO PAULO na edição de 27 de janeiro de 2009, o Cardeal Odilo Pedro Scherer foi perguntado sobre qual seria o seu sonho para o próximo centenário da Arquidiocese de São Paulo.

“Sonho que a Igreja em São Paulo, daqui a cem anos, esteja bem viva, testemunhando que ‘Deus habita esta cidade’! Que tenha conservado a fé, viva a alegre e segura esperança cristã e a comunique à cidade; que continue a praticar intensamente a caridade evangélica”, respondeu, acrescentando que para esse sonho se tornar realidade, seria preciso que a geração presente fizesse bem a sua parte.

Naquele mesmo ano, era lançado o 10º Plano de Pastoral da Arquidiocese, o primeiro dos três publicados nestes dez anos de arcebispado de Dom Odilo. Com o tema “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo na Cidade”, o Plano seguia a temática que permeou a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida (SP), em 2007.

 “Com nosso 10º Plano, queremos responder aos apelos de Deus, vindos de diversas ‘vozes’ da cidade de São Paulo, com suas riquezas e misérias que nos desafiam, como discípulos de Cristo, a darmos nesta metrópole um testemunho renovado e vigoroso do Evangelho; das nossas comunidades eclesiais, muitas vezes cansadas e desmotivadas, precisando recobrar coragem e ardor no encontro com Cristo”, afirmou Dom Odilo na ocasião do lançamento do Plano.

O Cardeal Scherer destacou, ainda, que Deus envia cada batizado em missão na complexa realidade urbana de São Paulo, com seus grandes desafios e problemas, mas também com suas “oportunidades extraordinárias para a ação evangelizadora”. “Este é o campo de nossa missão. Amemo-lo também nós! Vamos com alegria e esperança!”, motivou.

 Testemunha de Jesus Cristo

Lançado em 2013, o 11º Plano de Pastoral deu continuação ao caminho proposto pelo anterior, convidando a Arquidiocese a ser “Testemunha de Jesus Cristo na cidade de São Paulo”.

Em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), o 11º Plano destacou seis urgências: Igreja “em estado permanente de missão”; “casa de iniciação à vida cristã”; “comunidade animada pela Palavra de Deus”; “comunidade de comunidades”; “a serviço da vida plena para todos”; e “a evangelização da juventude”.

No contexto dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II e da celebração do Ano da Fé, esse Plano também apresentou um projeto de pastoral para o estudo, a cada ano, das constituições conciliares Lumen Gentium, Sacrossantum Concilium, Gaudium et Spes e Dei Verbum.

Superar esquemas engessados

O 12º Plano de Pastoral da Arquidiocese, com vigência até 2020, manteve a impostação da edição anterior, acrescentando contribuições dos recentes documentos do Papa Francisco. “Ainda estamos longe de ser uma Igreja ‘em saída’ e ‘em estado permanente de missão’, como nos pede o Papa Francisco!”, afirmou Dom Odilo ao lançar o Plano.

Das urgências do plano anterior, somente a sexta – “a evangelização da juventude” – foi modificada, passando a ser “Igreja: família de famílias”, motivada pelo tema das duas últimas assembleias do Sínodo dos Bispos, em 2014 e 2015.

Em entrevista ao semanário arquidiocesano, em 1º de fevereiro deste ano, Dom Odilo destacou a necessidade de buscar uma maneira de superar certos “esquemas engessados de prática pastoral” que não dão conta de que a sociedade e a cultura mudaram. “Precisamos falar mais ao coração das pessoas, concentrar os nossos esforços no que é essencial, fazer uma pastoral mais voltada para as pessoas, do que para alimentar esquemas ‘que sempre foram assim’”, disse

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É preciso superar esquemas engessados de prática pastoral

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28 de março de 2017

Ao falar sobre o 12º Plano Arquidiocesano de Pastoral, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, destaca a necessidade de uma Igreja “em saída” e cada vez mais em “estado permanente de missão” na cidade. “Precisamos fazer uma pastoral mais voltada para as pessoas, do que para alimentar esquemas ‘que sempre foram assim’”, disse.

Confira a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao jornal O SÃO PAULO:

Quais os principais pontos que o senhor destaca no 12º plano arquidiocesano de pastoral?

O 12° Plano de Pastoral, que deverá orientar a Pastoral de Conjunto da Arquidiocese de São Paulo nos próximos quatro anos, mantém a motivação de seus predecessores: a preocupação missionária diante das várias urgências da evangelização em nossa Arquidiocese. Nele, também continua presente a preocupação com o testemunho do Evangelho de Cristo na Metrópole paulistana, uma vez que somos uma Igreja inserida inteiramente no contexto da cidade grande. Ainda mais, o novo Plano traz a preocupação com a família, direcionado para uma nova pastoral familiar, conforme os estímulos vindos das últimas duas assembleias do Sínodo dos Bispos e do Papa Francisco, na Exortação Apostólica Amoris Laetitia.

Na apresentação do plano, o senhor escreve que “ainda estamos longe de ser uma Igreja ‘em saída’ e ‘em estado permanente de mis- são’”. O Que nos falta?

Falta-nos traduzir esses apelos da Igreja em práticas pastorais eficazes, que renovem a vida eclesial. Estamos falando de uma “nova evangelização” como uma necessidade urgente, desde a Conferência de Santo Domingo, do Episcopado da América Latina e do Ca- ribe (1992). Em 2007, a Conferência de Aparecida teve a mesma preocupação; e isso vem sendo repetido em vários momentos e documentos da Igreja no Brasil, em São Paulo, na América Lati- na... Sínodos e vários documentos pontifícios foram feitos em vista desta nova evangelização. Nesse sentido, o Papa Francisco vem falando constantemente da necessidade de sermos uma “Igreja em saída” e “em estado permanente de missão”. Certamente, muitos passos já foram dados, mas tenho a impressão de que há muito ainda para ser feito. Nossa Igreja continua pouco missionária.

Muitos fiéis continuam distantes e sem formação cristã, sem acompanharem a vida eclesial; outros, abandonam com facilidade a Igreja e a própria fé católica; as vocações sacerdotais, religiosas e missionárias escasseiam; o modelo cristão de família está em profunda crise; e o modo cristão de educação dos filhos, onde também se prevê a transmissão da fé, está sendo abandonado. De uma geração a outra, passamos de pais fervorosamente católicos a filhos indiferentes e, por fim, netos pagãos... Acho que está faltando muita coisa para sermos verdadeiramente uma Igreja “em estado de missão”! Precisamos achar a maneira de romper e superar certos esquemas engessados de prática pastoral, certa forma de trabalhar a evangelização que não se deu conta de que a sociedade e a cultura mudaram; precisamos falar mais ao coração das pessoas, concentrar os nossos esforços no que é essencial, conforme orientou o Papa Francis- cona Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013). Precisamos fazer uma pastoral mais voltada para as pessoas, do que para alimentar esquemas “que sempre foram assim”...

Uma novidade deste plano é a sexta urgência, “igreja, família de famílias”. Quais os motivos que levam a arquidiocese a olhar com maior cuidado para esse âmbito da sociedade?

Não é de hoje que a Igreja se preocupa com a família e faz pastoral familiar. Mas, no presente, a família atravessa uma situação nova: no contexto da cultura contemporânea, a proposta cristã de casamento e família está em profunda crise; há muitos casais católicos em situações “irregulares” e que se sentem “fora da Igreja”, abandonados por ela, mesmo que a Igreja não os tenha abandonado ou excluído. Tal mal-estar de muitos casais e famílias católicas é um fato. Diante disso, poderíamos ser tentados a dar toda a razão ao ambiente cultural e dizer: aquilo que a Igreja prega para as famílias e sobre o casamento não é viável.... Ou então, pensar que, em relação à família e ao casamento, não há o certo e o errado, mas, simplesmente, as situações reais, diante das quais não temos nada a dizer e fazer.... Estaríamos então abandonando o Evangelho. O Papa Francisco, na Exortação Amoris Laetitia, convida a Igreja a restabelecer a sua aliança com a família, tendo em vista o desígnio de Deus sobre ela e o valor e a importância da família para a pessoa, a comunidade humana e para a própria Igreja. É preciso que voltemos a nos relacionar com todas as famílias; que as acolhamos e convidemos a percorrer o caminho do Evangelho de Cristo. A família é importantíssima para a evangelização e transmissão da fé cristã, e, sem contar com ela, fica difícil transmitir a fé às novas gerações. O novo Plano de Pastoral traz essa preocupação para nossa Arquidiocese.

O plano também fala da necessidade urgente de retomar a catequese sistemática e propõe, inclusive, a elaboração de um “catecismo arquidiocesano”. O Que seria este catecismo?

De fato, foi constatado que a iniciação à vida cristã se apresenta falha ou insuficiente: ela precisa ser mais sistemática e aprofundada. A formação cristã apenas superficial do povo católico é um fato e precisa ser enfrentada com discernimento e coragem. Ela é uma das razões da falta de perseverança na fé e na vida cristã, do abandono fácil da Igreja, da “mudança de religião” e também da pouca coerência no testemunho de vida cristã de muitos católicos. Precisamos investir na formação de catequistas, na oferta de material catequético adequado e consistente, na busca e chamada das crianças, adolescentes, jovens e adultos para fazerem um caminho de formação cristã. De fato, compete aos bispos zelarem pela catequese em suas dioceses e isso inclui a preparação, ou indicação de catecismos e itinerários de formação cristã.

Também é proposta uma revisão do diretório dos sacramentos da arquidiocese. O Que precisa ser revisto neste documento?

O Diretório dos Sacramentos oferece as orientações e normas básicas para a pastoral dos Sacramentos; nosso Diretório foi elaborado há mais de 15 anos e vale para todas as dioceses da Província Eclesiástica de São Paulo. O Diretório precisa ser adequado, isto é, de acordo com as novas necessidades e circunstâncias; exemplo disso é a pastoral matrimonial, que precisa ser revista depois dos Sínodos sobre a família; também as orientações para a catequese de iniciação à vida cristã e para os Sacramentos de iniciação à prática da fé precisam ser adequadas.

Qual é a motivação do sínodo arquidiocesano proposto para ser iniciado durante a vigência deste plano de pastoral?

A proposta do Sínodo arquidiocesano está amadurecendo, e ele deverá ser anunciado ainda no decorrer deste ano de 2017. Um Sínodo diocesano é uma ação eclesial de grande envergadura e significado, que precisa ser bem preparada, planejada e organizada. Não somente é realizado em diversas etapas, mas com diversos níveis de envolvimento do povo de Deus e das lideranças da Igreja. Será uma novidade para nossa Arquidiocese e tenho a esperança de que ele trará muitos frutos. Desde agora, convido todo o povo da Arquidiocese a rezar pelo bom êxito do Sínodo!

Uma vez lançado o plano de pastoral, quais os próximos passos Que devem ser dados para a sua implementação prática?

O Plano já está lançado desde outubro de 2016. Passado o intervalo das férias, vamos então intensificar a divulgação do 12º Plano e estimular seu estudo e recepção em toda a Arquidiocese, para que possa surtir os efeitos práticos desejados. O Plano de Pastoral requer que suas diretrizes sejam assimiladas pelas diversas organizações e expressões organizadas da vida eclesial: regiões, setores pastorais, paróquias, organizações do laicato e da vida consagrada, das várias formas de comunidades menores, pastorais, movimentos, associações de fiéis; todas essas realidades eclesiais são chamadas a traduzir as indicações do novo Plano de Pastoral em projetos e programas pastorais. E esse trabalho precisa ser feito cada ano, ao longo dos próximos quatro anos.

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'Anjos’ a serviço da vida, juventude e famílias

Por
16 de mai de 2017

“Ser sinal de conversão para os do- entes da alma e caminho de reconciliação com Deus”. Assim a Comunidade Católica Anjos da Vida define seu carisma e missão, tendo nascido na Arquidiocese de São Paulo em 1998, por iniciativa do casal Regy e Vanusa Velasco.

Catequistas na Paróquia Santíssima Trindade, na Região Episcopal Santana, Regy e Vanusa sentiram-se chamados a se dedicar à evangelização junto aos jovens e suas famílias. Com o passar dos anos, o grupo paroquial de jovens cresceu e, em 2007, se tornou uma nova comunidade. Em 19 de setembro de 2015, a Anjos da Vida teve sua regra de vida aprovada canonicamente pelo arcebispo de São Pau- lo, Cardeal Odilo Pedro Scherer

Em saída

Atualmente, a comunidade realiza diversas atividades, como Catequese para as crianças, encontros de oração e evangelização da juventude e das famílias. Não obstante, sua missão não se limita ao âmbito interno da Igreja. Inspirada pela exortação apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, na qual ele propõe uma “Igreja em saída” e uma “cultura do encontro”, a Comunidade desenvolve a Intervenção Católica: trata-se de uma missão itinerante promovida por jovens em locais públicos da cidade, como praças, estações de metrô e terminais de ônibus, por meio de manifestações artísticas, pregações e abordagem pessoal.

 

Famílias

O apostolado da Comunidade Anjos da Vida com as famílias, em especial com os casais, é realizado pelo encontro para casais “Minha família” e o projeto de evangelização “Somos um” (S1). “Minha família” consiste em um encontro de “primeiro anúncio” (querigma) para casais, que aborda, por meio de uma vivência cristã, temas como o amor de Deus na família, o perdão e a reconciliação. O S1, por sua vez, é um projeto formado por diversos grupos de casais - chamados “decúrias” -, que tem como objetivo, por meio de visitas missionárias, acolher novos casais na vida eclesial com momentos de formação e espiritualidade.

Ambas as atividades estão abertas aos casais em segunda união e àqueles que apenas coabitam, ou seja, que não contraíram o sacramento do Matrimônio.

Os fundadores explicam que, a partir do carisma da comunidade e do que convida o Papa Francisco na exortação apostólica Amoris Laetitia, esses casais não podem ser enxergados somente a partir de sua situação irregular. “Pro- curamos, antes de tudo, ver cada um como uma pessoa que, como eu, precisa ser curada. E isso requer acolhimento misericordioso e acompanhamento paciente [...]. As pessoas sentem que tipo de olhar as oferecemos: de conde- nação ou de amor”, disse Vanusa.

A partir dessa proximidade misericordiosa e fraterna, a Comunidade consegue orientar cada casal em sua situação específica e inseri-lo na vida da Igreja. “E não se trata simplesmente de permitir a comunhão eucarística; a Eucaristia é alimento, mas não é porta de entrada, nem mesmo na vida sacramental ordinária, e sim o cume. Na Amoris Laetitia, o Papa indica o caminho: acolher, acompanhar, discernir, integrar”, acrescentou a fundadora.

 

Integrar

O diferencial do trabalho da Comunidade Anjos da Vida é que os casais em situações especiais são acompanha- dos desde o início junto aos demais casais. Os fundadores ressaltam que não existe uma metodologia de evangelização própria para os casais que têm o sacramento e outra para os que não o têm: “Não existe família que não tenha feridas. Cada família que chega a nós é inserida em um processo de cura, per- dão e reconciliação com a sua história, por meio da vida de oração, da comunhão espiritual e do acompanhamento pessoal; e logo elas são inseridas nos trabalhos de missão da Comunidade, o que é muito importante para que se sintam Igreja, de fato. A reconciliação com Deus passa pela reconciliação com a Igreja, o que não se pode reduzir a um ato jurídico, mesmo que este seja importante”, afirmou Vanusa.

Edmilson Bezerra Teixeira, 29, e Tatiane Shizido Leite, 34, estão juntos há nove anos, e têm dois filhos. Eles afirmam que chegaram à Comunidade feridos em sua vivência eclesial. “Sentíamo-nos excluídos de tudo. Pelo fato de eu já ter sido casado na Igreja em minha primeira união, fui impedido de participar dos trabalhos de minha paróquia”, explica Edmilson. Eles conheceram a Comunidade por meio de um dos encontros para oração do Terço, realizados semanalmente. “Fomos acolhidos com muito amor e oração. Chegamos muito machucados pelo que o mundo nos oferecia e hoje estamos passando por um processo de cura dia a dia”. O processo de verificação da nulidade matrimonial da primeira união de Edmilson está avançado. Uma vez declarada nula sua primeira união, ele poderá regularizar na Igreja sua situação com Tatiane. Sobre a participação na Eucaristia, Edmilson afirmou: “Sim, vamos à missa todos os domingos, e temos nosso momento de comunhão espiritual. Entendemos e acolhemos os ensinamentos da Igreja”, relatou.

 

Esperança

Renato Rodrigues Correa, 39, e Elisangela Rodrigues, 39, vivem juntos há 19 anos, têm três filhos, mas não celebraram o sacramento do Matrimônio. Eles conheceram a Anjos da Vida há dois anos por meio do encontro de casais. “Chegamos com muitos problemas em nosso casamento e desajustes em nossa vida pessoal. Não frequentávamos a Igreja e o Renato não tinha religião”, conta Elisangela. A família sofria com o alcoolismo de Renato, vício do qual conseguiu se libertar com apoio da Comunidade.

Por falta de informação sobre sua situação irregular em relação ao sacra- mento, Elisangela conta que comungava sacramentalmente nas missas. Com o auxílio da Comunidade, ela conheceu o ensinamento da Igreja a esse respeito, e compreendeu o que seria o melhor para eles naquele momento. “O Renato logo se interessou em fazer a Catequese para receber os sacramentos. Hoje entendemos o valor da missa para nós. É o nosso encontro pessoal com Deus”.

Renato e Elisangela estão de casa- mento marcado para maio. “A Comunidade foi de extrema importância para essa nossa decisão, pois foi por meio dela que nós viemos a conhecer a Palavra que liberta e que gera vida”, declarou Elisangela.

 

 

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