NACIONAL

Seleção

#Partiu Rússia, em busca do hexa

Por Vítor Alves Loscalzo
26 de abril de 2017

Sob comando do técnico Tite, seleção brasileira garante vaga para a Copa do Mundo por antecipação e "faz as pazes" com a torcida

Lucas Figueredo/CBF

Com jogo de bola leve, criativo e contundente, a seleção vem jogando o “típico futebol brasileiro”, que há muito não se via jogar. Sob o comando do técnico Tite, o Brasil faz campanha impecável nas Eliminatórias Sul-Americana para a Copa de 2018 e passou com facilidade pelos adversários até agora, com direito até à goleada de 4 a 1 sobre o Uruguai, em março.

“A mudança na seleção é de atitude”, afirma o ex-jogador Moises Macedo, 50, que se formou na base do Corinthians e jogou profissionalmente no Brasil, na China e no Japão. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Moises destacou que houve poucas mudanças no elenco se comparado à equipe de Dunga. “O que podemos ver agora é mais compromisso por parte do técnico e, consequentemente, por parte dos jogadores. O Tite passa comprometimento e responsabilidade aos atletas, e isso aparece no campo”, avalia, comentando que a seleção chegará mais preparada para o Mundial na Rússia.

A fase é boa, de fato: são oito jogos e oito vitórias com Tite no comando e com Neymar “comendo a bola”. No entanto, com os pés no chão, o técnico do Brasil revelou temperança em sua declaração após a vitória por 3 a 0 sobre o Paraguai, que definiu a classificação brasileira para o Mundial de 2018 a quatro rodadas do fim das eliminatórias. “A partir de agora, quero consolidar a equipe. À medida que repete o desempenho e não oscila, cria consistência, a equipe fica forte, pesada. Ela não está pronta”, afirmou o treinador da primeira seleção, além dos anfitriões russos, a se classificar para a Copa de 2018.

A Rússia é uma seleção de pouca expressão no futebol internacional, tanto que na Copa de 2014 foi eliminada ainda na primeira fase. Mesmo assim, os russos prometem fazer do Mundial de 2018 um grande espetáculo. As expectativas orçamentárias são, a exemplo do país-sede, de dimensões continentais. O governo russo prevê gastos equivalentes a R$ 33,4 bilhões, superando o orçamento de R$ 25,5 bilhões gastos para o Mundial de 2014, que rende ao Brasil até agora o “título” de Copa do Mundo mais cara da história.

Entre 14 de junho e 15 de julho do próximo ano, 32 seleções disputarão o título. O Brasil tentará o hexacampeonato. Os confrontos ocorrerão em 11 cidades russas, quase todas na parte europeia do território, à exceção de Ecaterimburgo, que fica na parte asiática.  Dos 12 estádios que serão utilizados, dois passam por reforma e dez por reconstrução total.   

 

Segurança

Criada recentemente pelo primeiro ministro da Rússia, Vladimir Putin, a Guarda Nacional será encarregada da defesa civil e do combate ao terror durante a Copa do Mundo 2018. “O trabalho para garantir a segurança na próxima Copa e na Copa das Confederações vai exigir muitos esforços”, disse Putin em reunião com o comando da Guarda Nacional.

A preocupação com a segurança se tornou mais emergente após o último dia 3, quando 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas com a explosão no metrô de São Petersburgo. A cidade receberá jogos da Copa das Confederações deste ano e da Copa do Mundo de 2018. A ocorrência foi qualificada como “ataque terrorista” pela Procuradoria Geral da Rússia e impõe ao Kremlin ainda mais cuidados com a segurança.

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