Pronunciamentos do Papa Francisco contra as armas nucleares

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07 de outubro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - A organização internacional contra as armas nucleares “Ican” é a vencedora do Prêmio Nobel 2017. Em várias ocasiões o Papa Francisco pronunciou-se sobre a questão. Em 26 de setembro próximo passado, por ocasião do Dia Internacional da Onu para a eliminação total das armas nucleares, lançou um apelo com um tuíte:

“Comprometamo-nos por um mundo sem armas nucleares, aplicando o Tratado de não-proliferação para abolir estes instrumentos de morte.”

Em março passado, numa Mensagem aos participantes da Conferência da Onu para a aprovação de um Tratado sobre a proibição das armas nucleares, reiterou a urgência de se alcançar o objetivo de um mundo livre destas armas de destruição em massa.

“Devemos também perguntar-nos quanto possa ser sustentável um equilíbrio baseado no medo, quando este tende de fato a aumentar o medo e a minar as relações de confiança entre os povos.” “O objetivo final da eliminação total das armas nucleares torna-se tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário”, ressalta o Pontífice na referida Mensagem.

Em 7 de dezembro de 2014, Francisco enviou uma Mensagem para a Conferência de Viena, na Áustria, sobre o impacto humanitário das armas nucleares, explicando que “gastar em armas nucleares dilapida a riqueza das nações” e “quando tais recursos são dilapidados, os pobres e os fracos que vivem à margem da sociedade pagam o seu preço”.

Também em 25 de setembro de 2015, em seu discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York, e em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1º de janeiro de 2017 expressou-se contra as armas nucleares. (RL/SC)

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Mais que uma viagem, uma 'peregrinação apostólica'

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15 de mai de 2017

A visita do Papa Francisco a Fátima é antes uma “peregrinação apostólica” do que uma “viagem apostólica”, afirmou o  porta-voz do  Vaticano, Greg Burke, em coletiva de imprensa na sexta-feira, 5, ao detalhar a agenda do pontífice em Portugal. Para Burke, a ida do Papa à celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, é uma viagem “natural”, mas não óbvia. “É preciso mais do que um aniversário para ter uma visita do Papa”, avalia. A viagem, em 12 e 13 de maio, ocorre a convite dos bispos portugueses e do presidente do país.

De fato, o Papa fará um voo direto de Roma à base aérea de Monte Real, a 40 km de Fátima, e partirá de helicóptero diretamente para o Santuário, na famosa “Cova da Iria”. O fato de Francisco não fazer sequer uma passagem por Lis- boa denota sua intenção de dar um teor estritamente religioso à viagem, dedicando atenção exclusiva à mensagem de fé e esperança dos acontecimentos de Fátima.

“Por isso, escolhemos o  logo ‘Com Maria, peregrino na paz e na esperança’”, afirmou a diretora de comunicação do Santuário, Carmo Rodeia, no mesmo encontro com os jornalistas. “A presença do Santo Padre entre nós é um momento para toda a Igreja rezar junto com Maria pela paz”, acrescentou, lembrando que a viagem foi anunciada em 2014. “Isso mostra o valor que o Papa Francisco atribui a Fátima, mas também o fato da canonização dos pastorinhos é uma valorização das verdades que eles contaram há cem anos.”

 

O PAPA E FÁTIMA

Para o Padre Nuno Rosário Fernandes, diretor do departa- mento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa, há uma nítida relação entre os papas e Fátima, e não  somente  do  Papa  Francisco ou de São João Paulo II, envolvi- dos diretamente no conteúdo das mensagens. A Igreja interpreta que ele é o “bispo vestido de branco” presente na terceira parte da mensagem de Maria aos pastorinhos, uma vez que São João Paulo II sofreu uma tentativa de assassinato.

“Nossa Senhora  não  nos  disse o nome do papa. Não sabíamos se era Bento XV, Pio XII, Paulo VI ou João Paulo II, mas que era o papa que sofria e isso fazia-nos sofrer a nós também”, conta Irmã Lúcia, segundo a interpretação oficial da mensagem, publicada em 13 de maio de 2000 pela Congregação para a Doutrina da Fé. Ela relata em suas memórias que os pastorinhos viram um bispo vestido de branco que caminhava à frente de outros religiosos e fiéis. Esse bispo, diante da perseguição contra  os cristãos pelos regimes ateus do século XX, especialmente o comunismo, “é ferido de morte e cai por terra”. Posteriormente, sob o comando  do  Cardeal Joseph  Ratzinger (futuro Papa Bento XVI), a Igreja interpretou essa imagem como sendo uma visão do atentado contra São João Pau- lo II, em 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro.

O fato de João Paulo II não ter morrido no atentado foi atribuído, por ele mesmo, à intercessão de Nossa Senhora. Aliás, como referência a esse acontecimento, a bala que o atingiu está hoje colocada na coroa da principal imagem de Nossa Senhora de Fátima. Em 13 de maio de 1994, ele afirmou que “foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre agonizante deteve-se no limiar da morte”, declaração com a qual a Irmã Lúcia concordou.

Desse modo, segundo os representantes do Santuário, faz-se referência à figura do papa de promotor da paz e a de Nossa Senhora como intercessora da paz. “A visita do Papa Bento XVI em 2010 foi uma confirmação do que é a mensagem de Fátima. É o modo como a Igreja pode confirmar essas aparições”, explica o porta-voz da Igreja em Lisboa. “Sabemos que nem todas as aparições foram confirmadas pela Igreja, sabemos das dificuldades para tal. Mas essa visita do Papa Fran- cisco é uma confirmação, mais que das aparições, mas  da  mensagem. Uma mensagem de paz, de misericórdia, de conversão”, declarou.

Questionada pelo O SÃO PAULO sobre a relação simbólica entre a figura do papa e as aparições de Fátima, Carmo Rodeia concordou que a história do “bispo de branco” faz com que a ligação dos papas com Fátima tenha “uma especial relevância”. Segundo ela, esse elemento ficou claro já na primeira viagem pontifícia, realizada pelo  Beato Paulo  VI. “Há uma grande semelhança entre a viagem de Paulo VI com a de Francisco, pois ambos se fizeram peregrinos de Fátima”, disse. Ela explicou que João Paulo II também ali esteve como figura central do segredo de Fátima e Bento XVI ficou conhecido como “teólogo de Fátima”. “Essas viagens pontifícias vieram dar uma maior relevância e visibilidade a Fátima.”

 

CANONIZAÇÃO

O   Papa   Francisco  pessoal- mente decidiu   celebrar a missa e fazer todos os seus pronuncia- mentos  públicos em Fátima em língua portuguesa, inclusive o rito de  canonização dos  pastorinhos Francisco e Jacina Marto. A pessoa que  recebeu o  segundo milagre comprovado pela Igreja por  intercessão dos pastorinhos foi um menino  brasileiro, uma  criança, assim como os novos santos. Sua identidade não foi revelada pelos pais, mas em 11 de maio a família contará, em coletiva de imprensa no Santuário, a história do milagre que salvou sua vida. “Não é preciso ser adulto para ser santo”, comentou o Padre Nuno. “Todos podem ser santos, começando pelas crianças. Os pastorinhos acolheram a mensagem de Nossa Senhora e a transmitiram com a própria vida.” O Vaticano anunciou há cerca de três semanas que o segundo milagre por intercessão de Fran- cisco e Jacinta  havia sido reconhecido. O primeiro foi a reabilitação de Emilia Santos, em 1989, que voltou a andar após 22 anos imobilizada por uma paralisia. A beatificação foi em 13 de maio de 2000, presidida por São João Paulo II. No caso de Irmã Lú- cia, que morreu em 2005, aos 97 anos, o processo de beatificação concluiu a etapa diocesana e foi enviado a Roma, mas ainda está em andamento.

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Domingo de Ramos: Alegria, Paixão e Juventude

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18 de abril de 2017

No domingo, 9, o Papa Francisco celebrou o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, na Praça de São Pedro, reunindo cerca de 40 mil fiéis e peregrinos. Durante sua homilia, o Papa explicou o sentido desta festa, que abre as cerimônias da Semana Santa: “Esta celebração tem, por assim dizer, duplo sabor: doce e amargo. É jubilosa e dolorosa, pois nela celebramos o Senhor que entra em Jerusalém, aclamado pelos seus discípulos como rei; ao mesmo tempo, porém, proclama-se solenemente a narração evangélica da sua Paixão. Por isso o nosso coração experimenta o contraste pungente e prova aquilo que deve ter sentido Jesus em seu coração naquele dia, quando rejubilou com os seus amigos e chorou sobre Jerusalém”.

O Papa convidou a todos os presentes a acompanhar Jesus em seu caminho rumo à Cruz: “enquanto festejamos o nosso Rei, pensemos nos sofrimentos que Ele deverá padecer nesta Semana. Pensemos nas calúnias, nos ultrajes, nas ciladas, nas traições, no abandono, no julgamento iníquo, nas bastonadas, na flagelação, na coroa de espinhos… e, por fim, no caminho da cruz até à crucifixão”.

O Romano Pontífice, ainda, fez clara a relação entre a Cruz de Cristo e a cruz de cada cristão: “Ele nunca prometeu honras nem sucessos. Sempre avisou os seus amigos de que a sua estrada era aquela: a vitória final passaria através da paixão e da cruz. E, para nós, vale o mesmo. Para seguir fielmente a Jesus, peçamos a graça de o fazer não por palavras mas com as obras, e ter a paciência de suportar a nossa cruz: não a recusar nem jogar fora, mas, com os olhos fixos n’Ele, aceitá-la e carregá-la dia após dia”.

Juventude

Ao final da Santa Missa, por ocasião do Dia Mundial da Juventude, celebrada à nível diocesano no dia 8, jovens poloneses entregaram a imponente cruz fixada à frente do altar aos jovens do Panamá, onde se realizará o próximo encontro internacional, em 2019.

“Orem ao Senhor para que a Cruz, juntamente com o ícone de Maria Salus Populi Romani, faça crescer a fé e a esperança, revelando o amor invencível de Cristo onde passa”, disse o Papa Francisco.

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