VATICANO

Viagem Apostólica

Papa visita Moçambique, Madagascar e Maurício

Por Redação, com Vatican News e Agência Ecclesia
03 de setembro de 2019

Santo Padre visitará a África pela quarta vez, entre os dias 6 e 10

O Papa Francisco iniciará nesta quarta-feira, 4, sua 31ª viagem apostólica, com destino a Moçambique, Madagascar e República de Maurício.

A programação da viagem, que acontece até o dia 10, inclui visitas às cidades de Maputo em Moçambique, Antananarivo em Madagascar e Port Louis em Maurício.

Esta será a quarta viagem do atual pontífice a África, após as visitas ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana, em 2015; ao Egito, em 2017; e a Marrocos, que decorreu entre 30 e 31 de março deste ano.

Francisco é o segundo Romano Pontífice a visitar esses países, que foram visitados por São João Paulo II entre 1988 e 1989.

 

 

LEIA TAMBÉM

Programa completo da viagem apostólica do Papa Francisco

Cardeal Scherer realiza visita missionária em Pemba, Moçambique

Missão África- Pemba

Em Moçambique, a vivência de um caminho de fraternidade

 

MOÇAMBIQUE

Francisco chegará à capital moçambicana pelas 18h30, horário local, após um voo de 10 horas e meia desde Roma, sendo acolhido no aeroporto de Maputo.

O programa oficial se inicia na quinta-feira, 5, com o encontro com o presidente Filipe Nyusi, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático; encontros com jovens, membros do clero, consagrados, animadores e catequistas. O Santo Padre também visitará a um Hospital e celebrará uma missa no Estádio do Zimpeto.

Capela improvisada para a Missa em Beira, MoçambiqueHavia a expectativa para uma visita de Francisco a Beira, segunda maior cidade de Moçambique, que foi devastada em março pelo ciclone Idai, que causou quase mil mortes. Embora a visita não tenha sido incluída no programa pelo fato de a cidade está em plena reconstrução, o Pontífice irá se encontrar com um grupo de fiéis da região em Maputo.

RECONCILIAÇÃO

A viagem a Moçambique terá como lema “Esperança, paz e reconciliação”, que traduzem o contexto vivido pelo pais Africano.

Moçambique obteve a independência de Portugal em 1975, após quase dez anos de conflito. Contudo, explodiu uma guerra civil entre as forças governamentais (Frelimo), e o movimento rebelde da oposição (Renamo). Nos 16 anos de combates morreram um milhão de pessoas, algumas de fome e milhares por ferimentos ou mutilações causadas por explosões de minas. Cerca de milhões de cidadãos foram obrigados a fugir de suas casas.

ACORDOS

A guerra civil terminou oficialmente em 4 de outubro de 1992, em Roma, com a assinatura do Acordo Geral de Paz, pelo então presidente da república Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama, então presidente da Renamo. O acordo foi possível graças à mediação da Comunidade Católica Santo Egídio, conhecida como “pequena ONU católica”.

Moçambique recebe a visita do Papa de 4 a 6 de setembroEm agosto deste ano, foi assinado um novo acordo no Parque Nacional da Gorongosa para pôr fim à violência que não tinha diminuído apesar do acordo anterior.

Em videomensagem enviada por ocasião a viagem, o Papa Francisco convidou os moçambicanos a se unirem- à sua oração “a fim de que o Deus e Pai de todos consolide a reconciliação, reconciliação fraterna em Moçambique e na África inteira, única esperança para uma paz firme e duradoura”.

MADAGASCAR

O Papa Francisco irá desembarcar em Antananarivo no domingo, 8. Uma das principais atividades do Pontífice no País será a visita à Cidade de Amizade, que atende cerca de 30 mil pessoas.   

O Santo Padre também se encontrará com os sobreviventes de uma epidemia de sarampo que, de abril de 2018 a abril de 2019, causou 1.200 mortes em Madagascar.

POBREZA

Em entrevista ao Vatican News, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, destacou que o principal desafio da Ilha de Madagascar é a superação da extrema pobreza onde a fome atinge 42% da população.

“Acredito que a visita do Papa dará um impulso a este esforço para encontrar meios para oferecer a todos, mas principalmente aos muitos jovens a possibilidade de desenvolvimento e futuro. A Igreja é pobre, mas se esforça para ser uma presença significativa, principalmente através das suas instituições de assistência, as suas instituições educativas: quer ser um sinal de esperança para esta população. Portanto, aqui também o Papa vai consolidar e reforçar este compromisso e este esforço por parte da Igreja”, disse o Cardeal.

Um refeitório escolar em MadagascarNa mensagem enviada ao povo de Madagascar, o Pontífice afirmou que a viagem permitirá que ele encontre a comunidade católica e a confirme no seu testemunho do Evangelho, “que ensina a dignidade de cada homem e mulher e exige que abramos os nossos corações aos outros, especialmente aos pobres e necessitados”.

MAURÍCIO

Na segunda feira, 9, o Santo Padre chegará a Maurício para uma visita de um dia. Localizada no Oceano Indico, o país é marcado por uma diversidade étnica e religiosa, de origem africana, indiana e chinesa.

Pela manhã, Francisco celebrará missa na capital, Port Loius, em seguida, almoçará com os bispos da região e realizará uma visita privada ao santuário do Padre Laval.

Na parte da tarde, o Papa se reúnirá com o presidente da República e com o primeiro-ministro no palácio presidencial. Na sequência, pronunciará seu discurso no encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático.

“Será para mim uma alegria anunciar o Evangelho em meio a seu povo, que se distingue por ter sido formado a partir do encontro de diferentes etnias e que, portanto, goza da riqueza de várias tradições culturais e também religiosas”, manifestou o Pontífice em videomensagem à população de Maurício.​​​​​​​

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.