Em defesa da cultura cristã

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14 de agosto de 2018

O primeiro ministro húngaro, Viktor Orbán, em 29 de julho, afirmou que a Europa central tem uma cultura diferente da ocidental, e se propôs a trabalhar para restaurá-la. Ele disse que "todo país europeu tem o direito de defender sua cultura cristã e rejeitar a ideologia do multiculturalismo", e completou: "todo país pode defender o modelo de família tradicional e garantir que cada criança tenha o direito a uma mãe e um pai". 

 

Fonte: Life Site News

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Refundado, Instituto João Paulo II dará atenção ainda maior à família

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28 de setembro de 2017

Com o Motu Proprio Summa Familiae Cura, publicado no dia 19, o Papa Francisco refundou o Instituto João Paulo II para a Família. Não é a primeira vez que Francisco volta sua atenção ao tema da família, inclusive tendo destinado boa parte de seu pontificado a tratar desse tão importante assunto no mundo de hoje: já se concluíram dois Sínodos dos Bispos devotados ao tema, um em 2014 e o outro em 2015, além da Exortação Apostólica, Amoris Laetitia, publicada em 2016, bem como uma série de reformas na Cúria Romana para tratar com mais profundidade acerca desse grande campo de trabalho pastoral.


O novo Instituto João Paulo II terá um âmbito de trabalho mais amplo do que o antigo e colaborará de forma mais estreita com a Congregação para a Educação Católica e com o recém-criado Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, bem como com a Pontifícia Academia para a Vida, cujo presidente é também o Grão-Chanceler do Instituto. É isso que se depreende do Motu Proprio recém-publicado; nele se explica a decisão de substituir o Pontifício Instituto João Paulo II para os Estudos sobre o Matrimônio e a Família pelo Pontifício Instituto João Paulo II para as Ciências do Matrimônio e da Família.


Antes de se presumir uma mudança de direção no rumo do referido Instituto, deve-se crer numa continuidade de trabalhos, uma vez que Francisco reconhece, na carta apostólica, o “prolífico trabalho de aprofundamento e de formação pastoral” exercido nele, desde que São João Paulo II o fundou, na década de1980, seguida da Exortação Familiaris Consortio.
Esse caminho sinodal de preocupação com a família, continua o Pontífice em sua carta, “levou a Igreja a uma renovada consciência sobre o Evangelho da Família, e aos novos desafios pastorais a que a comunidade cristã está chamada a responder.” Essa resposta se dará também em nível acadêmico, por meio de um aprofundamento nos estudos pastorais e antropológicos acerca da família. Por isso, o novo Instituto João Paulo II ampliará seu campo de interesse, tão importante para o cultivo da “cultura da vida”.


No texto da Carta Apostólica, definese o propósito da refundação: “O novo Instituto será um centro acadêmico de referência, à serviço da missão da Igreja universal, no campo das ciências relacionadas com o Matrimônio e a família, e em relação com os temas associados com a aliança fundamental do homem e da mulher para o cuidado e a geração da criação.” Segundo Dom Vicenzo Paglia, Grão-Chanceler do novo Instituto, “o Papa estendeu a perspectiva: de uma concentrada somente na Teologia moral e sacramental, para uma que se fundamenta na Teologia bíblica, dogmática e histórica, levando em conta os desafios contemporâneos.”


Assim, o Papa decidiu uma nova forma legal para que a “instituição visionária de São João Paulo II possa ser agora melhor reconhecida e apreciada em sua fertilidade e atualidade, com o objetivo de que a inspiração original que deu a luz ao primeiro instituto continue fertilizando o campo mais amplo do novo.” Para que essa identidade prevaleça, serão reformulados os estatutos da nova Instituição. Por ora, sabe-se que o novo centro continuará vinculado à Pontifícia Universidade Lateranense de Roma e que oferecerá graus acadêmicos de graduação, mestrado e doutorado em Ciências do Matrimônio e Família.

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Família cristã: Aquela que o Estado precisa

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18 de abril de 2017

No Direito, a família converteu-se na maior preocupação do Estado pós-moderno, mesmo considerando características e conceitos desvirtuados nas atuais relações familiares, sob influência do individualismo que cunha a sociedade ocidental atual.

Durante o século XX, houve uma busca da valorização dos direitos e garantias individuais, entre eles os das mulheres, com a valorização individual dos entes familiares, sustentados agora na base constitucional da igualdade e isonomia. A participação isonômica de cada integrante da família, com funções e tarefas diferentes, mas com espaço para o respeito mútuo e a igualdade, tornou-se razão de identificação de afeto e respeito nas relações familiares, sob um novo modelo de Estado Democrático de Direito.

A isso, seguiu-se uma desconsideração da estrutura familiar tradicional, de cunho patriarcal, hierarquizada, em favor de uma instituição democrática.

Assim, a família, base da sociedade, passa a ter a necessidade de ser novamente compreendida, levando-se em conta um novo tecido normativo, que inclui valores éticos que devem se harmonizar com a realidade familiar.

Valores fundamentais restaram obscurecidos pelos conceitos de uma pós-modernidade individualista e dualista, concentrada na preservação dos direitos individuais, esquecendo-se da solidariedade e do humanismo familiar autêntico.

A felicidade a qualquer custo, difundida pelo modelo globalizado de sociedade, dizima famílias frente a uma pregação em que o pacto moral cede espaço para a recusa das regras morais, orientadoras do exercício humano e cristão da sexualidade no Matrimônio. Mas essa dualidade que prega o direito individual e o amor de si mesmo confunde nossos pensamentos sobre o amor e não deixa ver a vocação originária e fundamental do ser humano.

Nesse contexto, a identidade da família cristã, superando individualidades estruturais próprias e a dinâmica emocional de cada membro, assume padrões de comportamento, convenções sociais, valores morais, filosóficos e religiosos, que são transmitidos de geração em geração, segundo a base em que ela se sustenta.

“No Matrimônio e na família, constitui-se um complexo de relações interpessoais – vida conjugal, paternidade-maternidade, filiação, fraternidade – mediante as quais cada pessoa humana é introduzida na ‘família humana’ e na ‘família de Deus’, que é a Igreja” (Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 15).

Essa realidade de amor é verdadeira fonte de sustento, porque o mundo é assolado pela dispersão dos valores sociais e conjugais, em favor do humanismo individualista, em que os direitos e garantias individuais se afastam da solidariedade familiar e conjugal.

Contrariamente a tudo isso, o bem-estar social verdadeiro deve passar pela valorização comum dos direitos de cada um, em um conjunto, em uma estrutura familiar, na qual a educação amorosa e fecunda, a moral e a ética são os instrumentos vivos de uma sociedade rica de valores fundamentais para o Estado Democrático de Direito.

A família que o Estado precisa é a família como verdadeira Eclesia, em um conceito de “igreja doméstica”, em um resgate das primeiras igrejas que se reuniam em casas de famílias, com pais e filhos recebendo uns dos outros a prática dos preceitos de amor fraterno, solidariedade e fraternidade, fundamentos da fé cristã.

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