VATICANO

Papa Francisco \ Angelus

As exigências do Reino de Deus

Por Bruno Muta Vivas
04 de agosto de 2017

O Pontífice falou das parabolas do tesouro escondido e a pérola preciosa, destacando a decisão dos protagonistas de vender qualquer coisa para obter o que descobriram

L’Osservatore Romano

No domingo, 30 de julho, o Papa Francisco comentou, durante a oração do Ângelus na Praça de São Pedro, os ensinamentos de Jesus nas parábolas do Evangelho lido na missa. De modo especial, falou de duas delas: o tesouro escondido e a pérola preciosa. Ambas destacam a decisão dos protagonistas de vender qualquer coisa para obter o que descobriram. O camponês decide arriscar todos os seus pertences, assim como  o comprador decide apostar tudo naquela pérola, a ponto de vender todas as outras. 

Essas semelhanças, explicou o Pontífice, evidenciam duas características sobre a posse do Reino de Deus: a busca e o sacrifício. O Reino de Deus é oferecido a todos, mas não é colocado à disposição num prato de prata, requer um dinamismo: se trata de buscar, caminhar, se mexer. 

“A atitude de busca é a condição essencial para encontrar; é preciso que o coração arda do desejo de alcançar o bem precioso, ou seja, o Reino de Deus, que se faz presente na pessoa de Jesus. É Ele o tesouro escondido, é Ele a pérola de grande valor. Ele é a descoberta fundamental que pode dar uma reviravolta decisiva à nossa vida, preenchendo-a de significado.” 

Já a avaliação do valor inestimável do tesouro leva a uma decisão que implica sacrifício e renúncias. Quando o tesouro e a pérola foram descobertos, isto é, quando se encontra o Senhor, é preciso não deixar essa descoberta estéril, mas sacrificar tudo a ela, colocando Ele em primeiro lugar. Contudo, essa exigência não pode se tornar um sacrifício amargo, pois “o discípulo de Cristo não é alguém que se privou de algo essencial: é alguém que encontrou muito mais; encontrou a alegria plena que somente o Senhor pode doar. Aqueles que se deixam salvar por Ele foram livrados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, sempre nasce e renasce a alegria.” 

Por fim, o Romano Pontífice convidou os fiéis a contemplarem a alegria do camponês e do comprador das parábolas. “Rezemos, por intercessão da Virgem Maria, para que cada um de nós saiba testemunhar, com as palavras e os gestos cotidianos, a alegria de ter encontrado o tesouro do Reino de Deus, isto é, o amor que o Pai nos doou mediante Jesus.”
 

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