Como celebrar a Semana Santa sem sair de casa?

Por
11 de abril de 2020

A Semana Santa, que mobiliza os católicos em todo o mundo, este ano será celebrada de forma diferente, devido à pandemia do novo coronavírus. Mesmo sem a presença do povo, o significado e o sentido da semana mais importante para os cristãos será o mesmo.

Os fiéis são convidados, em família e em suas casas, a celebrar este momento com muita esperança e em comunhão com sua comunidade, por meio das mídias digitais.

“Será uma Páscoa ‘diferente’ no modo de celebrar, mas não diferente no seu significado: é sempre Jesus, que entrega sua vida na cruz, no seu infinito amor pela humanidade. A vida é mais forte que a morte. A Ressurreição de Cristo nos dá a certeza de que a última palavra não é dos males e da morte, que agora nos atingem, mas de Deus, Senhor da vida, que nos ama com amor infinito”, escreveu o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em seu artigo na seção “Encontro com o Pastor”, publicado esta semana no O SÃO PAULO.

JESUS NAS CASAS

Na Semana Santa celebra-se o mistério salvífico de Jesus, em que toda a realidade humana adquire sentido pleno. Assim, o período entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, especialmente o Tríduo Pascal, traz em si a densidade do amor divino revelado a toda a humanidade, ocasião a que todo católico é convidado a vivenciar e aprofundar, com recolhimento e devoção, mesmo neste momento em que não é recomendado que saia de casa.  

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ressaltam que: “A casa, enquanto espaço familiar, foi um dos lugares privilegiados para o encontro e o diálogo de Jesus e seus seguidores com diversas pessoas (Mc 1,29; 2,15; 3,20; 5,38; 7,24). Nas casas, Ele curava e perdoava os pecados (Mc 2,1-12), partilhava a mesa com publicanos e pecadores (Mc 2,15ss; 14,3), refletia sobre assuntos importantes, como o jejum (Mc 2,18-22), orientava sobre o comportamento na comunidade (Mc 9,33ss; 10,10) e a importância de se ouvir a Palavra de Deus (Mt 13,17.43).”

“Nossa Igreja não está longe do povo. Ela é esse mesmo povo, reunido em cada casa, onde há pessoas reunidas no nome da Trindade Santa. Onde se vive a fé, a esperança, a caridade e as demais virtudes humanas e cristãs, onde há pessoas reunidas “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, ali se encontra uma pequena comunidade da Igreja. Em decorrência das circunstâncias atuais, redescobrimos algo importante, que andava bastante esquecido: a Igreja nas casas, Igreja-família.”, recordou Dom Odilo.

OS RAMOS NAS CASAS

No Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, a Igreja celebra dois mistérios distintos e complementares: a entrada solene de Jesus em Jerusalém para celebrar sua última e definitiva Páscoa e, também, a sua Paixão e Morte.

Neste período, os fiéis são convidados a vivenciar a “Igreja Doméstica”. A Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB convoca os cristãos a celebrar a entrada de Jesus em Jerusalém, colocando no portão ou na porta de casa (em um lugar bem visível) alguns ramos no momento da celebração, marcando a casa com esse símbolo característico do povo de Deus na liturgia.

TRÍDUO PASCAL

A Igreja celebra os grandes mistérios da redenção humana, desde a missa vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, até as vésperas do Domingo da Ressurreição. Esses sagrados ritos celebrados nos três últimos dias da Semana Santa constituem o Tríduo Pascal, uma forma unificada da celebração pascal que torna presente a Paixão, Morte e Ressureição de Jesus.

COMUNHÃO COM O POVO

Na Quinta-feira Santa, a celebração da Última Ceia, Jesus interpreta o sentido de sua vida e de sua morte, instituindo o Santo Sacrifício como seu eterno memorial, vida e ápice da Igreja. Com o gesto humilde de lavar os pés dos seus 12 apóstolos, deixa o exemplo do serviço aos irmãos. Surgem aí dois importantes sacramentos, a Eucaristia e a Ordem, síntese de todos os dons que Deus dirige aos homens, sinal de amor como entrega e como serviço até o fim.

Em carta enviada a toda Arquidiocese de São Paulo, no dia 26 de março, Dom Odilo Scherer comunicou orientações para a vivência da Semana Santa e Páscoa nas paróquias da Arquidiocese.

Na Quinta-feira Santa, o Cardeal Scherer recomenda que o padre se una ao seu povo por meio da adoração e a oração diante da Eucaristia colocada no tabernáculo. “Que este momento de adoração também seja transmitido, com o convite para que o povo da paróquia a acompanhe em suas casas. Esse momento pode ser muito rico e expressar a ‘comunhão’ do povo da paróquia em torno de Jesus e com o padre, ‘vigiando com Ele’, como os apóstolos no Horto das Oliveiras”, escreveu.

A CRUZ QUE SALVA A HUMANIDADE

A Sexta-feira Santa relembra o dia em que Jesus, depois de ter sido preso, julgado e condenado, carrega a própria cruz até o monte Calvário e é crucificado e morto entre dois ladrões. Seu corpo foi, depois, retirado da cruz e colocado em um sepulcro cavado na rocha. Nesse dia, os cristãos são chamados à prática do jejum e da abstinência de carne, em sinal de penitência e respeito pela morte de Nosso Senhor.

Os fiéis também são convidados a participar da celebração da Paixão do Senhor pelas internet ou pela televisão. Nesse dia, o Papa Francisco celebrará na Basílica de São Pedro (vazia), às 13h (horário de Brasília). Recomenda-se que, durante a celebração, as famílias tenham em sua casa um crucifixo em destaque, para que todos da casa possam beijá-lo no momento oportuno.

LUZ QUE ILUMINA AS TREVAS

A celebração da Vigília Pascal é o centro da Semana Santa. Toda a Quaresma e os dias santos são um preparativo para o momento culminante: o da Ressurreição, expressão da esperança na ressurreição final e na segunda vinda do Senhor. É considerada “a mãe de todas as santas vigílias”, pois nela a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor.

Durante o Sábado Santo, os fiéis são convidados a realizar uma oração silenciosa, contemplando a descida de Jesus na mansão dos mortos. Ao acompanhar Vigília Pascal pelos meios de comunicação, as pessoas podem ter em sua mão uma vela, e acendê-la no momento da Renovação das Promessas do Batismo, para que seja renovada a fé a esperança em Cristo. A vela acessa representa a luz da vida que deu lugar às trevas da morte.

IGREJA É O POVO DE DEUS

O Domingo de Páscoa é considerado o ápice do ano litúrgico. É o grande dia em que se comemora o triunfo definitivo de Cristo sobre a morte, por meio de sua Ressurreição, que abriu definitivamente as portas do céu a toda a humanidade. Dia maior para ser celebrado em sua casa, com sua comunidade unida na fé pelas redes sociais, como prova de amor inequívoco de Cristo.

“Agora podemos compreender melhor o que é a Igreja: não é somente o templo, onde nos reunimos para rezar pessoalmente e para celebrar com os outros. Nem é somente apenas o bispo, o padre e um punhado de colaboradores próximos deles. A Igreja é formada por todos os que foram batizados, todos os discípulos de Jesus, que compartilham a mesma fé recebida dos apóstolos, estão em comunhão de fé, esperança e caridade, conforme o testemunho e os ensinamentos do próprio Jesus Cristo.”, ressaltou Dom Odilo.

Comente

Dom Luiz Carlos preside o Domingo de Ramos na Paróquia São Pedro Apóstolo

Por
08 de abril de 2020

No Domingo de Ramos, 5, Dom Luiz Carlos Dias, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, presidiu a missa das 11h na Paróquia São Pedro Apóstolo, transmitida pelas páginas no Facebook da Paróquia e da Região Belém.

Na homilia, o Bispo afirmou que a Palavra de Deus é luz e mensagem da vida que vence a morte e que vem em um momento propício para todos nós. “Ele despojou-se para se encarnar na nossa vida e na nossa história”, afirmou, a respeito das leituras.

Dom Luiz também frisou a atitude dos homens que zombavam de Jesus na cruz, e disse que a resposta de Jesus foi sempre pautada pelo silêncio. “A cruz não é bem-vinda, e, quando ela chega, nós nos perguntamos: ‘por que esses sofrimentos, eu os mereço?’”, complementou. Ele ainda comentou sobre esse momento de isolamento social em razão do novo coronavírus e encorajou a todos a estar atentos e se lembrar da cruz de Cristo, que tem o poder salvífico.

Na celebração, também foi recordado os 29 anos de ordenação presbiteral de Dom Luiz Carlos. Após a missa, o Bispo percorreu de carro as ruas da Vila Oratório, abençoando as casas e os moradores, que carregavam ramos nas mãos e também os colocaram em janelas e portas.

Comente

Dom Eduardo: Semana Santa em comunhão espiritual com toda a Igreja

Por
08 de abril de 2020

No sábado, 4, Dom Eduardo Vieira dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, enviou mensagem de vídeo aos fiéis sugerindo que cada família fizesse um arranjo bonito de ramos e colocasse nas portas e portões de suas casas para demarcar a celebração do Domingo de Ramos, 5, que marcou o início da Semana Santa. O Bispo sugeriu que todos acompanhassem as celebrações do Domingo de Ramos de todos os dias da Semana Santa pelos meios de comunicação que foram divulgados e ainda estão disponíveis no site e mídias sociais da Região Episcopal Sé, em comunhão espiritual com toda a Igreja. Muitos foram os vídeos compartilhados pelas redes sociais e as fotos das casas e apartamentos com os arranjos de ramos, e houve grande número de acesso às missas transmitidas pelas redes sociais no último domingo. No site da Região Sé (www.regiaose. org.br), bem como na página do Facebook (@regiaose), podem ser encontrados os horários das transmissões on-line e os links para acompanhar as celebrações da Semana Santa.

Comente

Paróquia Santa Cruz de Itaberaba intensifica transmissões pelas redes sociais

Por
08 de abril de 2020

Assim como tem feito a maioria das paróquias da Arquidiocese de São Paulo, a Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, no Setor Freguesia do Ó, está transmitindo as missas pelas redes sociais diante da orientação arquidiocesana de que os padres celebrem sem a presença dos fiéis nos templos, a fim de evitar a proliferação do novo coronavírus.

No Domingo de Ramos, 5, aproximadamente 4 mil pessoas assistiram à missa transmitida pela página da Paróquia no Facebook, com mais de mil comentários e dezenas de compartilhamentos.

Para tornar isso possível, foi necessário articular um trabalho com os agentes de pastorais, criando equipes de transmissão e de interação com aqueles que acompanhavam a missa. Durante a transmissão da missa, duas pessoas auxiliavam, enquanto outras duas, em suas casas, interagiam com os seguidores e encaminhavam as intenções ao Padre Edemilson Gonzaga de Camargo, Pároco, via aplicativo de mensagem instantânea.

Os seguidores da página também postavam fotos usando a hashtag #RamosItaberaba, mostrando o ambiente de suas casas ornamentados com os ramos e pequenos altares montados em suas salas e reunidos em família. Todas essas fotos foram organizadas em um álbum na página da Paróquia, e cada fiel voluntariamente reconhecia sua casa e se marcava.

Desde o último ano, a Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba tem realizado formações e investimentos nas transmissões das missas e das diversas atividades pastorais.

A Paróquia Santa Cruz de Itaberaba tem verificado o crescimento do número de seguidores, sobretudo no Facebook, passando de 3 mil para mais de 4,2 mil em duas semanas. Todos os momentos celebrativos da Semana Santa serão transmitidos ao vivo, mantendo a metodologia adotada até aqui. A programação já está disponível no Facebook (@santacruzdeitaberaba) e no Instagram (@santacruzitaberabaoficial)

Comente

Domingo de Ramos: ‘Coragem, abra o coração ao amor de Deus’

Por
08 de abril de 2020

Celebrada neste ano dentro da Basílica de São Pedro, e não na praça, como de costume, a missa do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, no dia 5, marcou o início da Semana Santa do Papa Francisco. Em sua pregação, ele refletiu sobre a sensação de abandono sentida por Jesus quando estava na Cruz, após enfrentar a traição, o abandono e a condenação por crimes que não cometeu. Nesse momento de dor, Cristo se assemelha a cada um de nós, segundo o Papa, e se colocou a serviço da humanidade.

O Papa Francisco comparou esse sofrimento ao momento que a humanidade vem vivendo, o da pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus, que já deixou milhares de mortos no mundo todo. “Hoje, no drama da pandemia, diante de tantas certezas que se desfazem, diante de tantas expectativas traídas, no sentido do abandono que nos dá um aperto no coração, Jesus diz a cada um de nós: ‘Coragem. Abra o coração ao meu amor. Você sentirá a consolação de Deus, que o sustenta’.

” Após vivenciar duas situações dolorosas, a traição e o abandono, até mesmo Jesus se sentiu enfraquecido, mostrando-se humano como cada pessoa. “O Senhor conhece nosso coração melhor do que nós, sabe o quanto somos fracos e inconstantes, quantas vezes caímos, quanto cansaço sentimos para levantar, e o quanto é difícil curar certas feridas”, disse o Pontífice.

ABANDONO E SERVIÇO

Ao dizer “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”, Jesus sentiu o abandono dos outros, até mesmo de seus discípulos. Mesmo assim, porém, fez o seu lamento em direção a Deus. “No abismo da solidão, pela primeira vez o chama pelo nome genérico ‘Deus’ e grita forte o ‘por que’”, observou o Papa Francisco.

“Jesus experimentou o abandono total, a situação mais estranha para Ele, para ser solidário a nós. Ele o fez por mim, por ti, por todos nós, e nos fez para dizer: ‘Não tema, você não está sozinho. Provei de toda a sua desolação para estar sempre ao seu lado’”, refletiu o Santo Padre. Desse modo, Jesus se colocou a serviço da humanidade, “caindo no abismo dos nossos sofrimentos mais atrozes”. O Papa Francisco convidou todos os cristãos, em especial os mais jovens, a se colocarem a serviço uns dos outros, inspirando-se no exemplo de Jesus. “Olhem para os verdadeiros heróis que nestes dias vêm à luz, não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que doam a si mesmos para servir os outros”, comentou. “Porque a vida é um dom que se recebe doando-se.”

ORAÇÃO DO ANGELUS

Após a missa, o Papa rezou o Angelus e, novamente, referiu-se aos jovens e pediu a eles que cultivem e testemunhem “a esperança, a generosidade, a solidariedade das quais todos precisamos neste tempo difícil”. Além disso, o Santo Padre recomendou a todos os católicos que acompanhem as celebrações da Semana Santa pelos meios de comunicação e rezando de casa.

“Pensemos espiritualmente nos doentes, nos seus familiares e naqueles que cuidam deles com tanta abnegação. Rezemos pelos mortos, na luz da fé pascal. Cada um está presente em nosso coração, na nossa lembrança, na nossa oração”, disse.

Comente

‘Nestes dias da Semana Santa, em casa, permaneçamos diante do Crucificado’

Por
06 de abril de 2020

Na Basílica de São Pedro, no Vaticano, completamente vazia, algo inimaginável em uma Semana Santa, o Papa Francisco presidiu a missa do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, neste dia 5.

A celebração que geralmente conta com a presença de milhares de fiéis foi acompanhada por milhões de católicos por meio das plataformas digitais do Vaticano. 

A acompanhado do mestre de cerimônias e alguns auxiliares, o Pontífice, com um ramo na mão, caminhou  até o altar da Cátedra de São Pedro, que estava enfeitado com ramos de oliveira, para lembrar a entrada solene de Jesus em Jerusalém.

O SERVO

Santo Padre iniciou a homilia a partir do trecho da Carta de São Paulo aos Filipenses, proclamado na Primeira Leitura, em que o Apóstolo afirma que Jesus “esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo” (Fl 2, 7).

“Deixemo-nos introduzir por estas palavras do apóstolo Paulo nos dias da Semana Santa em que a Palavra de Deus, quase como um refrão, nos mostra Jesus como servo: na Quinta-feira Santa, é o servo que lava os pés aos discípulos; na Sexta-feira Santa, é apresentado como o servo sofredor e vitorioso (cf. Is 52, 13)”, afirmou o Papa, destacando, ainda, que “Deus salvou-nos, servindo-nos”.

TRAIÇÃO E ABANDONO

Francisco explicou que Jesus serviu dando a sua vida pela humanidade, a ponto de experimentar a traição e o abandono. O Pontífice ressaltou que Cristo tomou sobre si as infidelidades de cada pessoa, removendo suas traições.

“Assim nós, em vez de desanimarmos com medo de não ser capazes, podemos levantar o olhar para o Crucificado, receber o seu abraço e dizer: ‘Olha! A minha infidelidade está ali. Fostes Vós, Jesus, que pegastes nela. Abris-me os braços, servis-me com o vosso amor, continuais a amparar-me... Assim poderei seguir em frente!’”, continuou o Papa.

Sobre o abandono de Jesus, nada é mais impressionante do que as palavras pronunciadas por Ele na cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?”. “Agora, no abismo da solidão, pela primeira vez designa-O pelo nome genérico de ‘Deus’. E clama, ‘com voz forte’, o ‘porquê’ mais dilacerante: ‘Porque Me abandonaste também Tu?’, salienta.

CORAGEM

“Hoje, no drama da pandemia, perante tantas certezas que se desmoronam, diante de tantas expetativas traídas, no sentido de abandono que nos aperta o coração, Jesus diz a cada um: Coragem! Abra o coração ao meu amor”, refletiu o Santo Padre.

O Pontífice também exortou os fiéis a viverem esses dias da Semana Santa em casa, permanecendo diante do crucificado, medida do amor de Deus pela humanidade. “Diante de Deus, que nos serve até dar a vida, peçamos a graça de viver para servir. Procuremos contatar quem sofre, quem está sozinho e necessitado. Não pensemos só naquilo que nos falta, mas no bem que podemos fazer”, afirmou.

“O drama que estamos travessando nos impele a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Porque a vida mede-se pelo amor”.

Recordando que neste Domingo de Ramos também se celebra o 35º Dia Mundial da Juventude, Francisco se dirigiu aos jovens com palavras de encorajamento.

Nessa data, a delegação portuguesa receberia a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial de Juventude, em preparação para a próxima edição do evento internacional, que acontecerá em 2022, em Lisboa. Porém, devido à pandemia, a entrega dos símbolos foi adiada para 22 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei. 

“Queridos amigos, olhai para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Senti-vos chamados a arriscar a vida. Não tenhais medo de a gastar por Deus e pelos outros! Lucrareis… Porque a vida é um dom que se recebe doando-se. E porque a maior alegria é dizer sim ao amor, sem se nem mas... Como fez Jesus por nós”, concluiu o Papa.

(Com informações de Vatican News e fotos de Vatican Media)

 

 

Comente

Domingo de Ramos

Por
05 de abril de 2020

Com o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor iniciamos a semana santa, durante a qual acompanhamos os últimos dias de Jesus na terra e os passos de sua paixão, morte e ressurreição. A Igreja nos convida a acompanhar com fé, com o coração arrependido e agradecido, esses momentos marcados pelo infinito amor de Deus por nós.

A Igreja recomenda a participação intensa do povo nas celebrações da Liturgia desta “semana maior”, que pode ser um verdadeiro retiro espiritual para todos e é a melhor forma de celebrar a Páscoa. Neste ano, a participação será diferente, pois estamos todos vivendo o período de “isolamento social” por causa da pandemia do Coronavírus. As igrejas estão vazias e as celebrações são transmitidas pelos Meios de Comunicação e as diversas mídias sociais. Todos podem participar, de alguma forma, assistindo em suas casas e unindo-se a quem está celebrando.

Quem não teve a oportunidade de se confessar, procure fazer o que é recomendado pela Igreja nessas situações: fazer o exame de sua consciência, arrepender-se dos pecados, pedir sinceramente o perdão a Deus num momento de oração, renovar o propósito de vida santa e fazer penitência, agradecendo a Deus. Depois, na primeira possibilidade que tiver, fazer a confissão sacramental individual. A celebração da Páscoa inclui o arrependimento dos pecados e a sincera renovação dos propósitos da vida cristã.

Na tarde da Quinta Feira Santa tem início o sagrado tríduo pascal de paixão, morte e ressurreição de Jesus. No início da noite, celebra-se a missa que recorda a última ceia, a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, o gesto do lava-pés, o mandamento novo do amor ao próximo “como Jesus amou” e o início dos sofrimentos da paixão de Cristo. É uma celebração marcante e o povo é convidado a participar com fé.

Na Sexta Feira Santa somos convidados a recordar os sofrimentos e a morte de Jesus Cristo por amor de todos nós. É dia de penitência, de jejum e abstinência de carnes. É a hora de nos colocarmos misticamente aos pés da cruz, com Maria, mãe de Jesus, para pedir perdão, agradecer e adorar Aquele que deu sua vida para que nós alcançássemos misericórdia, perdão e vida. Nesta Sexta Feira Santa, lembremos especialmente os doentes e aqueles que cuidam dos doentes. E lembremos também dos cristãos que vivem e testemunham a nossa fé nos “Lugares Santos”, lugares bíblicos e das origens da nossa fé judaico-cristã. Eles enfrentam muitas dificuldades por lá e precisam muito desse nosso apoio solidário, a fim de que o testemunho de Jesus Cristo continue presente naquelas regiões.

Sábado Santo é dia de recolhimento e preparação para a solene vigília pascal. Essa vigília precisa ser mais conhecida e participada, pois é muito importante e significativa. A Igreja recorda os grandes feitos da história da salvação, renova as promessas do Batismo e proclama a ressurreição de Jesus. É a proclamação de que a vida venceu a morte, graças ao amor infinito do nosso Deus.

Enfim, o Domingo de Páscoa da Ressurreição é o primeiro de todos os Domingos! A Igreja anuncia com solenidade e festa a ressurreição de Jesus Cristo, mistério fundamental da nossa fé. Ninguém deveria deixar de participar da Missa no Domingo da Páscoa, mesmo que não seja de forma fisicamente presencial, mas através das mídias e Meios de Comunicação, vistos as situações particulares do momento que vivemos.

Desejo a todos uma boa celebração da Páscoa, que inicia com a celebração do Domingo de Ramos. Deus abençoe a todos!

Comente

‘Unamo-nos a Jesus Cristo no caminho de sua Paixão’

Por
05 de abril de 2020

O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, neste dia 5, foi celebrado de forma diferente na Arquidiocese de São Paulo em boa parte do mundo. Devido à pandemia de COVID-19, os ritos que marcam o início da Semana Santa aconteceram sem a presença dos fiéis, a benção e a procissão dos ramos pelas ruas e praças.

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a celebração na capela de sua residência, sendo transmitida pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook.

“Formamos uma grande comunidade, mesmo à distância, sem nos vermos, mas Deus está nos vendo”, afirmou Dom Odilo, no início da missa.

Nessa celebração, além de ser recordada a entrada solene de Jesus em Jerusalém, também se recorda a narrativa da Paixão e Morte do Senhor, este ano, segundo o evangelista São Mateus (Mt 21,1-11). 

MISTÉRIO DA FÉ

Na homilia, o Cardeal ressaltou que a celebração do Domingo de Ramos convida os cristãos a se unirem aos passos a Paixão de Cristo a fim de que cada um também possa se posicionar em relação a esse mistério da fé.

“Hoje, sabemos quem é Jesus, depois de muito testemunho de fé, temos mais clareza sobre quem ele é. Naquele tempo, Jesus deu sinais de quem ele é. Mas, mesmo assim, as pessoas estavam próximas dele não conseguiam enxergar. Por isso, quem o aclamou na entrada em Jerusalém fez coro àqueles que clamaram por sua morte”, destacou.

O Arcebispo continuou a meditação ressaltando que o relato do evangelista impressiona ao detalhar as torturas e humilhações sofridas por Jesus. “Aquele que foi aclamado, admirado e procurado durante a vida, sente-se abandonado por todos”, afirmou, recordando as palavras ditas por Cristo agonizante na Cruz: “Meu Deus, por que me abandonaste?”, tiradas do Salmo 21, também entoado na celebração.

CONFIANÇA EM DEUS

Dom Odilo enfatizou que esse não é um salmo de desespero, mas de abandono e confiança extrema em Deus, o único que finalmente pode salvar. Tanto que no final, diz: “Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!”

O Cardeal Scherer reconhece que, diante desses fatos, muitos se perguntem por qual razão Jesus teve que sofrer tudo isso. “Este é um mistério que ninguém consegue explicar, a não ser se olharmos por outro olhar: Jesus tudo acolheu por amor”,  afirmou Dom Odilo, mencionando o trecho da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 2,6-11), proclamado neste dia, em que diz que Jesus voluntariamente se esvaziou de sua glória, fez-se servo de todos, humilhou-se até a morte e morte de cruz.  

“Jesus, portanto, aceita voluntariamente a morte porque quer estar ao lado de todos aqueles que sofrem todo tipo de humilhação, zombaria e desprezo, para a todos resgatar, mostrar a sua salvação. ‘Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por aqueles que amam’”, completou o Arcebispo, recordando as palavras do próprio Cristo no Evangelho de São João (Jo15,13).

UNIR-SE À PAIXÃO

“Celebrando o Domingo de Ramos de uma maneira tão diferente, somos convidados também a nos unirmos a Jesus Cristo no caminho da sua Paixão, a aceitarmos, muitas vezes, as dores da nossa vida”, continuou Dom Odilo, convidando todos a fazerem um exame de consciência diante do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.  

“Todos nós temos que reconhecer a nossa condição humana. Somos inconstantes, contraditórios, experimentamos momentos de infidelidade e desrespeito a Deus e podemos tornar ainda mais pesada cruz de Cristo”, afirmou o Arcebispo, acrescentando: “Temos, portanto a possibilidade de mudar, de sermos mais fiéis, humildes, ter mais amor pelo próximo e procurar fazer com que a cruz de Cristo, que pesa na vida de tantas pessoas, seja mais leve”.

RETIRO ESPIRITUAL

Na conclusão da missa, Dom Odilo renovou seu convite para que todos possam vivenciar a Semana Santa em família, respeitando as recomendações das autoridades para ficar em casa, mas unidos às suas comunidades paroquiais que irão transmitir as celebrações pelas plataformas digitais. “Que esta semana seja um verdadeiro retiro espiritual para todos nós”, afirmou.

Dom Odilo recordou, ainda, que a Sexta-feira Santa, 10, é dia de jejum e abstinência de carne como prescreve a Igreja, estando dispensadas as pessoas doentes, idosas, gestantes, lactantes e crianças.

SEMANA SANTA 

Ainda neste domingo, o Cardeal Scherer presidirá mais uma missa que será transmitida pelos meios de comunicação às 11h, horário em que ele costuma celebrar a Eucaristia na Catedral da Sé.

Veja na imagem ao lado os horários das celebrações da Semana Santa presididas pelo Arcebispo de São Paulo e transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook

LEIA TAMBÉM:

Com celebrar a Semana Santa sem sair de casa?

Comente

Semana Santa: a porta que dá acesso à nova vida é aberta

Por
17 de abril de 2019

Época importante de aprofundamento interior e renovação das experiências de fé, a Semana Santa, também chamada por muitos de “Grande Semana” ou “Semana Maior”, é considerada a mais importante do ano pelos cristãos de todo o mundo. Nela, celebra-se o mistério salvífico de Jesus, a partir do qual toda realidade humana adquire sentido pleno.

Assim, o período compreendido entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, especialmente o Tríduo Pascal, traz em si a densidade do amor divino revelado a toda a humanidade, ocasião a que todo católico é convidado a vivenciar e aprofundar, com recolhimento e devoção.

O SÃO PAULO traz a seguir um apanhado do significado de cada dia da Semana Santa:

 

DOMINGO DE RAMOS: oficialmente chamado de Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, é nesse dia que começa a Semana Santa. Nele, a Igreja celebra dois mistérios distintos e complementares: a entrada solene de Jesus em Jerusalém para celebrar sua última e definitiva Páscoa e, também, a sua Paixão e Morte. A entrada é celebrada com a bênção e a procissão dos ramos, ao passo que sua Paixão e Morte são celebradas na missa.

Uma motivação histórica explica a situação acima: antigamente, em Roma, não havia uma Semana Santa. Celebrava-se, no sexto domingo da Quaresma, a Paixão e Morte de Cristo, e, no domingo seguinte, a Páscoa do Senhor. Foi somente no século XI que a procissão de Ramos, costume originário de Jerusalém, foi sendo disseminada na Espanha e na França, tendo chegado posteriormente a Roma e passado a fazer parte da liturgia romana.

SEGUNDA-FEIRA SANTA: o episódio central deste dia é o fato de Maria, irmã de Marta e Lázaro, ter lavado os pés de Jesus com nardo perfumado, prefiguração da unção do corpo do Senhor em sua sepultura, e a falsa indignação de Judas quanto ao “desperdício” daquele nobre material.

TERÇA-FEIRA SANTA: é o dia em que, com grande tristeza, Jesus anuncia a própria morte, causando grande sofrimento a seus discípulos. Anuncia também a traição e indica Judas como o responsável por tal ato.

QUARTA-FEIRA SANTA: na meditação evangélica deste dia, a traição de Judas é apresentada, descrevendo-se como o apóstolo traidor se dirigiu aos chefes dos sacerdotes, a quem se ofereceu para entregar Jesus em troca de 30 moedas de prata.

QUINTA-FEIRA: na celebração da Última Ceia de Nosso Senhor, Jesus interpreta o sentido de sua vida e de sua morte, instituindo o Santo Sacrifício como seu eterno memorial, vida e ápice da Igreja. Com o gesto de lavar, humildemente, os pés dos seus 12 apóstolos, deixa assim o exemplo do serviço aos irmãos. Surgem aqui dois importantes sacramentos, a Eucaristia e a Ordem, síntese de todos os dons que Deus dirige aos homens, sinal de amor como entrega e como serviço até o fim. Na ocasião, Jesus encorajou seus discípulos a amarem-se uns aos outros, como Ele o fez. Depois disso, dirigiu-se ao Getsêmani, tomou consigo três discípulos e começou sua agonia nos jardins, onde posteriormente foi preso pelos judeus.

SEXTA-FEIRA SANTA: relembra o dia em que Nosso Senhor Jesus Cristo, depois de ter sido preso, julgado e condenado, carrega a própria cruz até o monte Calvário e é crucificado e morto entre dois ladrões. Seu corpo foi depois retirado da cruz e colocado num sepulcro cavado na rocha. Nesse dia, pratica-se o jejum e a abstinência de carne, em sinal de penitência e respeito pela morte de Nosso Senhor

SÁBADO SANTO (VIGÍLIA PASCAL): no Sábado Santo, com a oração silenciosa, honra-se a sepultura de Jesus Cristo e a sua descida à mansão dos mortos, a fim de resgatar os justos.

A celebração da Vigília Pascal é o centro da Semana Santa. Toda a Quaresma e os dias santos são um preparativo para o momento culminante: o da Ressurreição, expressão da esperança na ressurreição final e na segunda vinda do Senhor.

Considerada “a mãe de todas as santas vigílias”, pois nela a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, a celebração compreende quatro partes:

- a liturgia da luz, que celebra Cristo, luz que ilumina todo homem, simbolizada no círio pascal, imagem de Cristo Ressuscitado;

- a meditação, por meio das narrativas bíblicas, a respeito das maravilhas da história da salvação que Deus realizou desde o início pelo seu povo;

- o nascimento espiritual de novos filhos de Deus por meio do sacramento do Batismo e a renovação da fé batismal dos fiéis;

- a tão esperada comunhão pascal, na qual se rende ação de graças a Nosso Senhor por Sua gloriosa Ressurreição, na esperança de que os fiéis também possam ressurgir como Ele para a vida eterna.

DOMINGO DE PÁSCOA: considerado o ápice do ano litúrgico, é o grande dia em que se comemora o triunfo definitivo de Cristo sobre a morte, por meio de sua Ressurreição, que abriu definitivamente as portas do céu a toda a humanidade. Dia maior de celebrar a fé, considera-se a prova de amor inequívoca de Cristo, a representação do acontecimento-chave para reabilitação do ser humano decaído, a fim de reconquistar para sempre a amizade com Deus.

Páscoa é, portanto, a celebração da vitória, que conclama todo homem à sua maior dignidade. Dia da esperança universal, o dia em que, em torno do Ressuscitado, a vida humana encontra novo patamar, junto de Deus e ao lado dos irmãos!

 

LEIA TAMBÉM: Dom Devair: Semana Santa é tempo de celebrar a misericórdia de Deus

 

 

Comente

‘Hoje começamos a celebrar a Páscoa’

Por
14 de abril de 2019

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu na manhã deste dia 14, na Catedral da Sé, a missa do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor. Essa celebração, marca o início da Semana Santa. 

“Hoje começamos a celebrar a Páscoa. Toda esta semana é celebração da Páscoa. Convido todos a participar dessa celebração com profunda fé”, explicou o Dom Odilo, na homilia. 

CONTRADIÇÃO HUMANA

Ao destacar os dois trechos dos evangelhos proclamados na liturgia desse dia – a entrada solene de Jesus em Jerusalém e a narrativa de sua paixão e morte no calvário – mostram o quanto as ações e reações humanas podem ser contraditórias. 

“O povo que aclamou Jesus no primeiro momento agora pede que o crucifiquem. São contradições as quais podemos cair quando nos deixamos influenciar por r discursos que não são orientados pela verdade.  Como é importante nos orientarmos pela verdade. Mantermo-nos firmes nas nossas convicções”, enfatizou. 

MISTÉRIO INSONDÁVEL 

O Cardeal Scherer ressaltou que para compreender  esse “insondável mistério da fé” é preciso não se deter apenas diante da cruz e do túmulo fechado.  “O túmulo vazio e os encontros com Jesus ressuscitado lançam luz nova sobre o mistério trágico dos sofrimentos e da morte de jesus na cruz”. 

“Jesus Cristo ressuscitado é a manifestação, no tempo e na história, da obra definitiva e completa que Deus prepara para nós”, acrescentou Dom Odilo. 

VIDA NOVA

Por fim, o Arcebispo lembrou que cada cristão participa da Páscoa do Senhor por meio do Batismo e do seu testemunho de vida cristã. “Com ele [Cristo] morremos ao pecado; com ele, ressuscitamos para a vida nova, para vivermos como ‘novas criaturas’. Abre-se para os que creem no Cristo ressuscitado, um horizonte de existência, onde terra e céu, tempo e eternidade se encontram”, concluiu. 

Dom Odilo também convidou os fiéis a participarem das celebrações da Semana Santa nas paróquias e comunidades da Arquidiocese, especialmente do Tríduo Pascal, que começa na quinta-feira, 18, com a Missa da Ceia do Senhor, e termina com a celebração da Páscoa da Ressureição, no domingo, 21. 

Leia a reportagem completa na próxima edição do jornal O SÃO PAULO, em 16/04/2019. 

LEIA TAMBÉM 

Domingo de Ramos: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’

Comente

Páginas

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.