Dom Odilo: ‘No Natal, celebramos o sublime mistério da fé’

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27 de dezembro de 2019

“Que todos possam experimentar o amor de Deus, manifestado de forma tão admirável com o nascimento de Jesus, o Filho de Deus nascido da Virgem Maria”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na celebração da Solenidade do Natal do Senhor, na quarta-feira, 25.

A Catedral da Sé , no centro da capital paulista, ficou lotada para a Missa da Noite do Natal, celebrada à meia-noite. Nessa ocasião, é anunciado o nascimento de Jesus por meio de um canto solene conhecido como Kalendas.

“Jesus Cristo, Deus Eterno e Filho do Eterno Pai, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses nasceu da Virgem Maria em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador. Ele é o Emanuel, Deus Conosco”, diz o canto.

GRANDE ACONTECIMENTO

Na homilia, Dom Odilo recordou que o Natal não é a celebração do “aniversário de Jesus”, mas o nascimento de Jesus, “o grande acontecimento, o sublime mistério da fé”. 

O Arcebispo explicou, ainda, que a solenidade do Natal é rica de significados e os textos da liturgia traduzem essa riqueza com expressões de beleza que explicitam o mistério celebrado, com, por exemplo, a oração da coleta, que diz: “Dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou a assumir a nossa humanidade”.

“Este é o fruto do Natal para nós: mediante o mistério da encarnação, o Filho de Deus assumiu a nossa pobre humanidade para nos enriquecer com a sua divindade”, ressaltou Dom Odilo.

LUZ

O Cardeal acrescentou que, com o nascimento de Jesus Cristo, a luz de Deus brilha para o mundo inteiro. “Sem essa luz, o mundo continuaria nas trevas da

angústia e do erro. Deus é luz e quem se aproxima de Jesus, aproxima-se da luz de Deus!”, disse.

“O que se passou no nascimento de Jesus é imensamente grandioso, belo e fascinante, já nos enchendo de alegria e paz. Imaginemos, então, quanto maior será a alegria de contemplar o mistério de Deus face a face! Pois é isso mesmo que o Natal nos promete e nós cremos e esperamos! Deus quer saciar nossa fome e sede de perfeição, beleza e paz”, continuou o purpurado.

ENCARNAÇÃO

Por fim, Dom Odilo enfatizou que o mistério da encarnação e do nascimento do Filho de Deus realiza o encontro de Deus com o ser humano e o do ser humano com Deus. “Na pessoa de Jesus, Deus acolhe o homem e o salva. De fato, a salvação é isto: Deus une a si o homem e concede, de maneira plena, tudo aquilo

que o homem deseja e busca”, afirmou.

“O mistério do Natal revela de maneira luminosa a dignidade do homem e o que Deus pensou para ele, ao lhe dar a existência: fazê-lo participar de sua glória e de sua felicidade. Isso não é maravilhoso?!”, concluiu o Cardeal.

FRATERNIDADE

A celebração do Natal do Senhor continuou na manhã da quarta-feira, com a Missa do Dia, também presidida por Dom Odilo, na Catedral. Nessa ocasião, é proclamado o trecho inicial (prólogo) do Evangelho de São João, que não narra as cenas do nascimento de Jesus, mas destaca o significado desse fato, quando afirma que “o verbo de Deus se fez carne”.

“É o filho de Deus que nasce da Virgem Maria e se faz irmão da humanidade”, afirmou o Arcebispo, recordando que o Natal é também considerada “a festa da fraternidade universal em torno de Jesus Cristo, que reúne a humanidade para ser uma só família”. 

CONCERTOS

As celebrações natalinas da Catedral da Sé foram precedidas por concertos que ajudaram os fiéis a contemplarem o mistério do Natal por meio da música.

Na terça-feira, 24, às 23h, antes da Missa da Noite de Natal, a São Paulo Schola Cantorum, sob a regência do maestro Delphim Rezende Porto, apresentou músicas de temática natalina dos séculos XVI ao XX, de tradições francesa e alemã.

Já na quarta-feira, logo após a Missa do Dia de Natal, a Camerata Sé e o Coro Luther King apresentaram uma parte da obra “Messias”, de Georg Friedrich Händel.

(Colaborou: Frederico Oliveira)

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Catedral de Manágua é atacada por grupos alinhados ao governo

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19 de novembro de 2019

Na tarde da segunda-feira, 18, a Catedral Metropolitana de Manágua foi invadida por grupos violentos ligados ao governo de Daniel Ortega.

Os invasores agrediram o Padre Rodolfo López e a Irmã Arelys Guzmán. Eles estão bem, mas precisaram deixar o templo para que não sofressem novas agressões.

O gesto foi entendido como uma repressão diante das greves de fome que fiéis realizam em duas igrejas no país, a fim de exigir a libertação de 139 presos políticos. Após o início da campanha “Natal sem presos políticos”, lideradas por mães de alguns dos encarcerados, forças policiais governamentais já cercaram a Igreja de São Miguel de Masaya e a Catedral de Manágua.

Conforme comunicado da Arquidiocese de Manágua, na mesma ocasião, pessoas deste grupo “quebraram as fechaduras do sino e outras fechaduras do templo, profanando, assim, a nossa Catedral Metropolitana. Condenamos estes atos de profanação, assédio e intimidação que não colaboram para a paz e a estabilidade do País”.

Assista ao vídeo da invasão:

APELO AO GOVERNO

Ainda no comunicado, é pedido que o governo do presidente Ortega tome medidas imediatas para que se respeitem os templos católicos e que a Polícia Nacional “retire suas tropas que assediam e intimidam a Catedral e nossas paróquias”.

Também é pedido que a população do país intensifique os momentos de oração diante do Santíssimo Sacramento e rezem o Santo Rosário, “pedindo pela paz em nosso país. ‘Nossa força é a oração’”.

Desde abril de 2018, a Nicarágua vive uma crise política que já deixou, ao menos, 328 mortos, segundo informações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Outros organismos locais dizem que esse número pode ser de 651 pessoas. O governo de Daniel Ortega, porém, reconhece que o número de mortos é de 200 pessoas.

Em mensagem no dia 4 deste mês, a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Manágua assinalou que a crise que atravessa o país tem agravado “a situação de uma sociedade empobrecida e empurrada para a miséria, em que parece que o outro tem deixado de ter valor, perdendo o direito de viver dignamente”, devido ao desemprego, falta de educação básica e de serviços básicos de saúde.

“A aplicação de políticas econômicas e tributárias (custo de energia elétrica, queda da moeda), com que se pretende combater a atual crise, não são uma resposta adequada para a recessão econômica que estamos atravessando”, apontou a Comissão Justiça e Paz. (DG)

(Fontes: ACI Digital e Ecclesia)

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Cardeal Scherer prestigia a Festa de São Gregório Iluminador

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11 de junho de 2019

O Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, compareceu no domingo, 9, à Festa do Padroeiro dos Armênios, São Gregório Iluminador. 

O evento que reuniu aproximadamente mil pessoas e foi realizado na Catedral Armênia Católica São Gregório Iluminador, localizada no bairro da Luz, começou com a celebração da Divina Liturgia, em rito armênio, às 10h30, presidida pelo Bispo dos Armênios Católicos da América Latina, Dom Paulo León Hakimian, que mora na Argentina.  

Após a cerimônia os fiéis participaram da festa junina com uma imensa com variedade de comidas típicas da Armênia.  O Grupo de Danças Armênias Narek, de Buenos Aires, foi a principal atração cultural do evento.

Dom Odilo destacou​ a alegria de estar prestigiar a festa. ​

“Aqui eu venho com muita alegria para saudar Dom Paulo e Dom Vartan Boghossian  [bispo emérito dos armênios católicos] e a todos vocês na festa de São Gregório, festa da comunidade armênia católica aqui em São Paulo. Minha saudação a todos vocês, bom almoço, boa festa, bom divertimento e que Deus abençoe a todos”. ​
A Igreja Católica Armênia é uma entre as 15 Igrejas de diferentes ritos orientais em plena comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana. Atualmente, a Igreja Armênia Católica tem cerca de 740 mil fiéis no mundo. No Brasil vivem aproximadamente 7 mil católicos armênios.

(Por Sidinei Fernandes)
 

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Incêndio destrói Catedral de Notre-Dame

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17 de abril de 2019

As autoridades francesas investigam as possíveis causas do incêndio de grandes proporções que destruiu a Catedral de Notre-Dame, em Paris, na França, na segunda-feira, 15.

O fogo teve início por volta das 18h50 locais (13h50 no horário de Brasília), poucos minutos depois de a igreja ser fechada para visitação. As chamas surgiram na parte superior da construção, onde eram realizados trabalhos de restauração. Cerca de uma hora após o início das chamas, a torre central do templo, de 93 metros de altura, desabou.

Até o momento, é descartada a possibilidade de que as causas sejam criminosas ou de que se trate de um atentado terrorista. Segundo a agência AFP, os bombeiros acreditam que o fogo está “potencialmente relacionado” com os trabalhos de restauração pelos quais passava o edifício medieval.

No ano passado, a Igreja Católica na França lançou um apelo urgente pela mobilização de fundos para salvar o templo, que estava começando a desmoronar.

 

REPERCUSSÃO

“A Santa Sé acolheu com choque e tristeza a notícia do terrível incêndio que devastou a Catedral de Notre-Dame, símbolo da cristandade na França e no mundo”, afirmou o Diretor Interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

O comunicado ressaltou, ainda, que a Santa Sé expressa solidariedade aos católicos franceses e à população de Paris. “Garantimos as nossas orações aos bombeiros e aos que estão fazendo o possível para fazer frente a essa dramática situação”, acrescenta o texto.

Via Twitter, o presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou o ocorrido. “Meus pensamentos estão com todos os católicos franceses. Como todos os nossos compatriotas, estou triste esta noite em ver esta parte de nós queimar”, disse.

O Arcebispo de Paris, Dom Michel Aupetit, convidou à oração e pediu aos párocos da capital francesa que toquem os sinos de suas igrejas.

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, também lamentou, pela redes sociais, o incêndio. “Que tristeza imensa, ver a Catedral Notre- -Dame de Paris ser consumida pelas chamas! Um desastre e perda incalculável para a cultura e o testemunho do Cristianismo na História!”, manifestou.

 

O TEMPLO

A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora (em francês: Cathédrale métropolitaine Notre-Dame) é o principal local de culto católico em Paris. Teve sua construção iniciada em 1163 e levou 180 anos para ser concluída.

Localizado na Île de la Cité (uma pequena ilha no centro de Paris, rodeada pelas águas do rio Sena), na praça de mesmo nome, o templo representa uma das construções góticas mais famosas do mundo. Notre-Dame recebia anualmente cerca de 13 milhões de turistas e fiéis de todas as partes do mundo.

De acordo com a lei francesa sobre a separação entre Estado e Igreja, de 1905, o edifício é de propriedade do Estado francês, como todas as outras catedrais construídas pelo Reino da França, e seu uso é atribuído à Igreja Católica.

 

RESTAUROS

Basílica menor desde 1805 e patrimônio mundial da Unesco desde 1991, a Catedral foi restaurada diversas vezes em seus mais de oito séculos de existência.

Notre-Dame passou por um processo de restauro em 1801 para celebrar um acordo entre a França e a Santa Sé e para a coroação de Napoleão Bonaparte, em 1804. Mas, em 1831, voltou a ser saqueada e teve seus vitrais quebrados.

Em 1844, a construção passou por um novo restauro, conduzida pelos arquitetos Eugène Viollet-le-Duc e Jean-Baptiste Lassuss, que morreria em 1857. A restauração, que respeitou materiais, estilos e épocas, estendeu-se durante mais de duas décadas.

O grande órgão da catedral, um dos mais famosos do gênero no mundo, foi restaurado entre 1990 e 1992. Também foi realizada uma limpeza na fachada, que durou mais de dez anos.

 

TESTEMUNHA DA HISTÓRIA

Desde sua fundação, a Catedral testemunhou os mais importantes eventos na história da França, como o nascimento de 80 reis, dois imperadores e cinco repúblicas. O templo foi saqueado e quase demolido durante a Revolução Francesa.

Na década de 1450, correu em Notre-Dame o processo de reabilitação da mártir Santa Joana d’Arc (1412-1431). No fim das duas guerras mundiais, no século XX, a Catedral acolheu as celebrações que marcaram o fim dos conflitos. Seus sinos anunciaram a liberação da França da ocupação nazista, em 25 de agosto de 1944.

(Com informações de Vatican News, UOL, G1, La Croix, AFP e EFE)

 

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Fogo consome Catedral de Notre-Dame

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15 de abril de 2019

Um incêndio de grandes proporções destruiu a Catedral de Notre-Dame, em Paris, na Franca, nesta segunda-feira, 15. As autoridades francesas tratam o episódio como acidente e, até o momento, descartam a possibilidade de que as causas sejam criminosas ou que se trate de um atentado terrorista. Segundo a agência AFP, os bombeiros acreditam que o fogo está “potencialmente relacionado” com os trabalhos de restauração pelo qual passava o edifício medieval.

O fogo teve início por volta das 18h50 locais (13h50 no horário de Brasília), poucos minutos depois de a Igreja ser fechada para visitação. As chamas surgiram na parte superior da construção, onde eram realizados trabalhos de restauração. Cerca de uma hora após o início das chamas, a torre central da igreja, de 93 metros de altura, desabou.

DESTRUIÇÃO

O porta-voz da Catedral, André Finot, declarou que pela intensidade das chamas que consomem o templo “não restará nada” da construção. 

A procuradoria francesa já abriu uma investigação para determinar o que iniciou o fogo.

REPERCUSSÃO

Via Twitter, o presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou o ocorrido. “Notre-Dame de Paris em chamas. Emoção de uma nação inteira. Meus Pensamento estão com todos os católicos franceses. Como todos os nossos compatriotas, estou triste esta noite em ver esta parte de nós queimar”, disse. 

Segundo o jornal La Croix, o presidente da Conferência Episcopal Francesa, Dom Eric Moulin-Beaufort, afirmou ter recebido com horror a notícia do incêndio. “Eu fui ordenado nesta catedral. Esse lugar representa tantos eventos. Este drama nos lembra que nada nesta terra é feito para durar para sempre”, afirmou, manifestando solidariedade para com a Arquidiocese de Paris, que celebraria a Missa do Crisma com todo o clero na Catedral na manhã desta quinta-feira, 18. 

O TEMPLO

A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora (em francês: Cathédrale métropolitaine Notre-Dame) é o principal local de culto católico em Paris e teve sua construção iniciada em 1163.

Localizado no coração da capital francesa, na praça de mesmo nome, o templo representa uma das construções góticas mais famosas do mundo. Basílica Menor desde 1805 e Patrimônio Mundial da Unesco desde 1991, Notre Dame recebe anualmente cerca de 13 milhões de turistas e fiéis de todas as partes do mundo.

No ano passado, a Igreja Católica na França lançou um apelo urgente pela mobilização de fundos para salvar o templo, que estava começando a desmoronar.

(Com informações de Vatican News, UOL, O Globo, La Croix, AFP e EFE)

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‘Convertei-vos e crede no Evangelho’

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08 de março de 2019

O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu, na Catedral Sé, missa solene da Quarta-feira de Cinzas, 6, que deu início ao tempo litúrgico da Quaresma. Nesta ocasião, a Igreja no Brasil também abriu a Campanha da Fraternidade 2019, cujo o tema é “Fraternidade e Políticas Públicas”.

A Quarta-feira das Cinzas é um dia especial de jejum e penitência, em que os cristãos manifestam seu desejo pessoal de conversão a Deus por meio do rito de imposição das cinzas.

TEMPO FAVORÁVEL

Na homilia, Dom Odilo chamou a atenção para o refrão do canto de entrada da celebração - “Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação” (cf. 2 Cor 6,2) - para ressaltar o sentido do tempo quaresmal como convite à conversão em preparação para a Páscoa. “A Quaresma inicia com um apelo forte e insistente à conversão. As palavras ‘convertei-vos e crede no Evangelho’, ditas durante a imposição das cinzas, não são apenas rituais, mas um apelo de Jesus no início da pregação do Evangelho”, afirmou.

 

EXAME DE CONSCIÊNCIA

O Arcebispo recordou, ainda, que a Quaresma é ocasião de fazer um profundo exame de consciência sobre o modo como se vive o Cristianismo, as promessas batismais e os deveres que emanam da fé em Jesus. “A liturgia da Quaresma nos repetirá de várias formas este lembrete que hoje já ouvimos: ‘Hoje não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do Senhor’. Deus nos fala no hoje de nossas vidas e, se estivermos atentos, nós o ouviremos”, disse.

“Como consequência dessa atitude de conversão, vem o reconhecimento da própria insuficiência e das escolhas erradas”, acrescentou o Cardeal.

 

CF 2019

No fim da missa, Dom Odilo entregou um exemplar do manual da Campanha da Fraternidade a representantes das regiões episcopais e vicariatos ambientais da Arquidiocese, incentivando todas as comunidades e organizações a aprofundar o tema proposto para a Igreja no Brasil.

Caminho de recolhimento em vista da Páscoa

A Quaresma é o tempo litúrgico de preparação para a Páscoa, celebração máxima da fé cristã. Desde o século IV, esse período de 40 dias é proposto como um tempo de penitência, renovação e conversão para a toda a Igreja.

O nome desse tempo deriva da palavra latina quadragesima. A exemplo de Jesus, que se retirou no deserto por 40 dias para orar e jejuar antes de iniciar sua vida pública, os cristãos são convidados a um “retiro e recolhimento” em vista das celebrações dos mistérios da Paixão, Morte e Ressureição do Senhor. “Todos os anos, pelos 40 dias da grande Quaresma, a Igreja une-se ao mistério de Jesus no deserto”, destaca o Catecismo da Igreja Católica (n. 540)

O número 40 também faz referência a outros acontecimentos bíblicos, como os 40 dias do dilúvio, os 40 anos de peregrinação do povo hebreu pelo deserto e os 40 dias em que tanto Moisés quanto Elias passaram retirados na montanha.

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, tanto a Sagrada Escritura quanto os primeiros Padres da Igreja destacam as três obras quaresmais: o jejum, a oração e a esmola, que “exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros”

 

JEJUM E ABSTINÊNCIA

Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta- -feira da Paixão, a Igreja prescreve o jejum e a abstinência de carne como um sacrifício em memória da Paixão de Cristo, que entregou a sua carne para a salvação da humanidade.

É chamada de jejum a privação voluntária de comida durante algum tempo por motivo religioso, como ato de culto a Deus. Na Bíblia, o jejum pode ser sinal de penitência, expiação dos pecados, oração intensa ou vontade firme de conseguir algo.

A abstinência de carne é prescrita a todos os maiores de 14 anos, enquanto o jejum aos maiores de 18 anos até os 59 anos. As pessoas doentes ou que estão muito debilitadas não estão obrigadas a cumprirem esse preceito.

 

ORAÇÃO

O exercício da oração indica todas as formas de relacionamento pessoal com Deus. O Catecismo lembra que a humildade é o fundamento da oração. “A humildade é a disposição necessária para receber gratuitamente o dom da oração: o homem é um mendigo de Deus” (n. 2559).

“Seja qual for a linguagem da oração (gestos e palavras), é o homem todo que ora. Mas, para designar o lugar de onde brota a oração, as Escrituras falam às vezes da alma ou do espírito ou, com mais frequência, do coração (mais de mil vezes). É o coração que ora. Se ele estiver longe de Deus, a expressão da oração será vã”, acrescenta o Catecismo (n. 2562).

 

ESMOLA

A prática da esmola refere-se às obras de misericórdia e a todas as formas de caridade que devem ser praticadas ao longo de toda a vida cristã. A doutrina da Igreja ensina que a prática da caridade cristã também implica renúncia e abnegação, isto é, dar a vida, dar-se aos outros.

São João Paulo II, na carta apostólica Salvifici Doloris, de 1984, apresenta a parábola do bom samaritano como um paradigma da caridade cristã, quando ele põe todo o seu coração, sem poupar nada, para socorrer o homem ferido à beira da estrada. Em outras palavras, dá a si próprio ao outro. “O homem não pode encontrar a sua própria plenitude a não ser no dom sincero de si mesmo”, diz o Santo.

 

‘A fraternidade é expressão elevada do amor ao próximo’

Antes da missa da Quarta-feira de Cinzas, o Cardeal Odilo Pedro Scherer concedeu uma entrevista coletiva, na Catedral da Sé, para apresentar o tema da Campanha da Fraternidade (CF) 2019. O Arcebispo de São Paulo enfatizou aos jornalistas que o principal objetivo da CF é promover a fraternidade na convivência comum e aprofundar o aspecto do amor ao próximo.

“A fraternidade é expressão elevada do amor ao próximo. Ela deve ir além de afetos vagos ou de gestos de filantropia e marcar de forma nova as relações interpessoais e também as relações sociais e públicas, para não dizer políticas. Jesus ensinou que precisamos passar da medida ética universal – ‘Não faça ao próximo o que não gostarias que fizessem contra ti’ – para a forma proativa do amor ao próximo: ‘Amai-vos como eu vos amei’”, disse Dom Odilo.

 

BEM-COMUM

O Arcebispo explicou aos jornalistas que a Campanha deste ano coloca a questão do uso e da destinação dos bens públicos, administrados pelas diversas instâncias dos três níveis do Estado: municipal, estadual e federal. “Nas denúncias e constatações de corrupção desses últimos anos, ficaram evidentes os problemas da má gestão ou desvio de recursos e de apropriação indébita do dinheiro e do patrimônio público, que deveriam servir à promoção do bem comum, em prol da sociedade inteira, e não para beneficiar alguns poucos”, enfatizou.

Dom Odilo acrescentou que os gestores públicos têm a competência e a obrigação de fomentar políticas para o emprego do dinheiro público na promoção da justiça social, da superação da miséria e dos sofrimentos do povo mais vulnerável e para promoção de oportunidades de vida digna para todos os cidadãos. “Em resumo, trata-se de promover uma autêntica fraternidade entre todos os cidadãos”, reiterou.

Segundo o Cardeal, os católicos devem participar ativamente na elaboração de projetos que promovam políticas públicas que estejam voltadas para a promoção do bem comum.

(Colaborou: Flavio Rogério Lopes)
 

PUC-SP promove debates sobre tema da CF 2019

Nos dias 26 e 27 de fevereiro, a PUC-SP realizou debates sobre o tema “Por políticas públicas com transparência e participação, à luz da Campanha da Fraternidade 2019”. O evento aconteceu nos campi Marquês de Paranaguá, Ipiranga e Monte Alegre, promovido pela PUC-SP e a Arquidiocese de São Paulo.

Entre os participantes dos debates estavam Américo Sampaio, da Rede Nossa São Paulo; o Padre José Arnaldo Juliano, teólogo; e os professores da PUC-SP Rosana Manzini, da Faculdade de Teologia; Rafael Barreto da Cruz, do Departamento de Engenharia; e Aldaiza Oliveira Sposati, da Pós-graduação em Serviço Social.

 

CNBB ressalta relação da CF com a espiritualidade quaresmal

Durante a cerimônia oficial de lançamento da Campanha da Fraternidade, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Quarta-feira de Cinzas, 6, em Brasília (DF), o Presidente da entidade, Cardeal Sergio da Rocha, reforçou a importância de relacionar o tema da CF com a espiritualidade quaresmal.

“Sabemos que uma das principais exigências da espiritualidade quaresmal é justamente a fraternidade, o amor fraterno, com seus vários níveis e exigências”, afirmou Dom Sergio.

 

OBJETIVOS

Dom Sergio ressaltou que um dos principais objetivos da Campanha “é promover uma participação maior na elaboração de políticas públicas nos diversos âmbitos da vida social (saúde, educação, segurança pública, meio ambiente…)”, disse. “De tal modo, que esta Campanha, com um tema de caráter mais abrangente, retoma e dá continuidade a outras que tiveram temas mais específicos. Ela estimula o exercício consciente e responsável da cidadania, despertando o interesse pelas políticas públicas, tema exigente e ainda pouco conhecido”, acrescentou.

“Graças a Deus, a Campanha da Fraternidade tem repercutido não apenas no interior das comunidades católicas, mas também nos diversos ambientes da sociedade. Pela sua natureza, ela sempre vai muito além da Igreja Católica. Tem contado, cada vez mais, com a participação de muitas entidades da sociedade civil, de escolas, de outras igrejas cristãs e de órgãos públicos. A Campanha exige ações comunitárias, além das iniciativas pessoais. Exige sempre muito diálogo, reflexão e ação conjunta, especialmente para desenvolver o tema das políticas públicas. A construção de políticas públicas deve ser tarefa coletiva numa sociedade democrática e participativa”, concluiu Dom Sergio.

(Com informações de CNBB)
 

 

 

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Catedral abriga manifestantes e é cercada pelo exército

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05 de fevereiro de 2019

Uma grande manifestação popular tomou as ruas para pedir a saída do presidente Nicolás Maduro, cujo mandato é considerado ilegítimo. Na quarta-feira, 23, um grupo de 700 manifestantes ficou encurralado na Catedral de Nossa Senhora do Monte Carmelo, em Maturín, cercada pelo exército venezuelano.

Dom Enrique Pérez Lavado, Bispo de Maturín, contou que seminaristas, sacerdotes e mais umas 700 pessoas que participavam das manifestações se refugiaram da repressão das autoridades na Catedral, que foi cercada pelos militares. O Padre Samael Gamboa teve de negociar com as forças de segurança para que permitissem que os manifestantes partissem em grupos e tivessem seus “direitos humanos preservados”.

Fonte: Catholic Herald

 

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A Catedral da Sé pelos olhos de seu sacristão

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29 de janeiro de 2019

Na sexta-feira, 25, Festa da Conversão de São Paulo Apóstolo e 465º aniversário da Capital Paulista, a Catedral da Sé completa 65 anos de sua inauguração. Igreja-Mãe da Arquidiocese de São Paulo, o templo que começou a ser construído em 1912 é um marco histórico da cidade.

Nesta edição, O SÃO PAULO conta um pouco da história da Catedral a partir de seu mais antigo funcionário, o sacristão Geraldo Soares de Medeiros, que, em dezembro de 2018, completou 40 anos na função. Ele colaborou com três arcebispos – Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Cláudio Hummes e Dom Odilo Pedro Scherer – e dez curas da Catedral.

Natural de Campo de Santana (PB), Geraldo tem 59 anos. Quando chegou a São Paulo, em 1978, ele foi ajudar seu irmão que até hoje é sacristão na Paróquia Nossa Senhora do Brasil, no Jardim América. Ao tomar conhecimento de uma vaga na Catedral, ele foi indicado para o emprego. “Eu fui registrado como funcionário da Catedral em 1º de dezembro de 1978”, recorda com entusiasmo.

 

OFÍCIO

Inicialmente, Geraldo trabalhou na copa da Catedral. Depois de nove meses, surgiu a oportunidade de trabalhar na sacristia. Ele deve seu aprendizado do ofício de sacristão ao então cura, Monsenhor Sylvio de Moraes Mattos, e ao antigo sacristão, José Lopes da Silva. “Ambos foram muito atenciosos em me ensinar com paciência e atenção este ofício”, conta.

É função do sacristão cuidar da preparação das celebrações, especialmente as grandes concelebrações, zelar pelo material litúrgico e pelo decoro do espaço sagrado do culto. Para isso, Geraldo conta com uma equipe de colaboradores.

Nestes anos trabalho, Geraldo testemunhou muitos momentos marcantes da história da Igreja em São Paulo e da própria cidade. No entanto, sua lembrança desses eventos são a partir de uma perspectiva diferente das demais pessoas.

 

O PAPA

Uma ocasião inesquecível para o Sacristão foi o encontro do Papa Bento XVI com os bispos brasileiros, em 11 de maio de 2007. Geraldo contou que chamou muito a sua atenção o aparato de segurança e a multidão em torno da Catedral: “Fiquei impressionado ao ver pela janela o povo à espera do Papa”

O que o emocionou mesmo foi poder ver de perto o Papa no seu local detrabalho. “Eu estava junto à grade lateral da Capela do Santíssimo, quando o Papa entrou para rezar com Dom Odilo diante do Sacrário. Então, ele passou por mim e me saudou. Foi ali que me dei conta que estava tendo uma oportunidade que muitas pessoas gostariam de ter”, relatou.

 

BEATIFICAÇÕES

Geraldo também se sente privilegiado por ter ajudado a preparar as missas de beatificação do Padre Mariano de La Mata, em 5 de novembro de 2006, e de Madre Assunta Marchetti, em 25 de outubro de 2014: “É gratificante poder ter feito parte desses dois momentos em que a Igreja declarou bem-aventurados pessoas que serviram a Deus em São Paulo. Foi muito trabalho para deixarmos tudo pronto”.

 

DESPEDIDAS

Dos funerais celebrados na Catedral, Geraldo se recorda com emoção dos velórios de Dom Luciano Mendes de Almeida, em 2006, do Cardeal Arns, em 2016 e, sobretudo, do Monsenhor Sylvio, em 1993, a quem ele se refere como um pai. “Meu pai faleceu quando eu tinha um mês e três dias de vida. Portanto, desde que cheguei à Catedral, o Monsenhor Sylvio foi meu pai e me orientou em todos os sentidos. A pessoa que sou hoje eu devo a ele”, afirma, emocionado.

Uma das ocasiões da sua vida em que Geraldo pôde contar com o apoio do Monsenhor Sylvio foi quando ficou viúvo, aos 31 anos, com quatro filhas, sendo uma delas recém-nascida. “Tanto que eu digo que se consegui superar essa perda, hoje consigo superar qualquer outro desafio”, diz Geraldo, que, anos depois, casou-se novamente e teve sua quinta filha.

A missa de corpo presente do operário Santo Dias, assassinado em 30 de outubro de 1979, também rendeu um fato curioso. “Essa foi uma das ocasiões que eu vi a Catedral mais cheia do que o comum”, contou Geraldo.

 

RESTAURO

Geraldo permaneceu na Catedral até no período em que ela ficou fechada para restauro, de 1999 a 2002. “Estava havendo adoração ao Santíssimo, quando o agente procurou o Cura para informar sobre o fechamento. Foi triste, mas já havíamos sido alertados sobre esse risco”, recorda.

“Durante o restauro, ficávamos aqui para dar informações aos operários e acompanhar os trabalhos”, diz o Sacristão. Um dos dias de maior felicidade para Geraldo e os demais funcionários da Catedral foi a reabertura do templo, em 29 de setembro de 2002. “Foi emocionante abrir as portas novamente e ver o povo entrando para celebrar novamente aqui dentro”.

 

SUSTOS

Ao longo destes 40 anos, alguns incidentes também aconteceram. O mais marcante para o Sacristão foi quando um homem entrou na Catedral, na década de 1980, durante uma adoração ao Santíssimo Sacramento, e tentou roubar o ostensório com Jesus Eucarístico. Geraldo narrou que o então Cura, Cônego Dario Bevilacqua, aproximou-se do rapaz para tentar convencê-lo a entregar o ostensório, que estava dentro de uma sacola: “O Cônego dialogava com o homem que, de repente, sacou um revólver e apontou na sua direção. O Padre se manteve calmo, até que o rapaz soltou a sacola e saiu correndo”.

 

TESTEMUNHO

Alguns fatos foram testemunhados apenas por Geraldo, como um que ele considera o mais bonito que já viu. Em meados de 1990, um padre de fora de São Paulo que colaborava por alguns períodos na Sé foi abordado por uma pessoa em situação de rua que pediu a ele um par de chinelos. Como o sacerdote não tinha o que ele pedia, ofereceu-lhe seus próprios sapatos. “Depois o padre me disse: ‘Senhor Geraldo, eu poderia agora pedir para alguém comprar um sapato para mim. Mas, eu voltarei para casa assim, descalço, porque eu quero sentir o que aquele sofredor sentiu’. Nunca mais me esqueci dessa cena”, garante.

 

GRATIDÃO

Completados 40 anos de atuação na Catedral, Geraldo se sente grato a Deus por permanecer tantos anos no mesmo local de trabalho. Ele também manifesta alegria por poder ensinar seu ofício às novas gerações que continuarão a contar a história da Catedral. Para ele, a Sé é mais que um local de trabalho, é sua casa.

 

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Homem assassina 4 pessoas na Catedral da Campinas e comete suicídio

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12 de dezembro de 2018

“Eu rezei a missa do 12h15 e no final uma pessoa entrou atirando e fez algumas vítimas. Ninguém pôde fazer nada, ajudar de forma alguma. Eu peço a oração de todos”. 

O relato, feito pelas redes sociais, é do Padre Amauri Ribeiro Thomazzi, que testemunhou na tarde da terça-feira, 11, uma tragédia na Catedral Metropolitana de Campinas (SP): um homem identificado como Euler Fernando Grandolpho, 49, entrou na igreja, sentou-se na assembleia dos fiéis e instantes depois efetuou ao menos 20 disparos, matando quatro pessoas e deixando outras quatro feridas. Ao perceber a chegada da Polícia, o homem cometeu suicídio.

A Polícia ainda investiga as motivações do crime, mas já sabe que homem não tinha antecedentes criminais. 

“Estamos consternados com esta situação, mas, ao mesmo tempo, encontramos força para enfrentar os obstáculos”, disse em coletiva de imprensa o Monsenhor Rafael Capelato, Cura da Catedral, que expressou solidariedade aos familiares das vítimas, assim como fez o Monsenhor José Eduardo Meschiatti, Administrador Arquidiocesano. “Oferecemos nossa solidariedade, sobretudo às famílias envolvidas neste trágico acidente. Vivemos isso com uma consternação de coração muito grande. Num ambiente que é de oração, não é o que a gente espera, e quando acontece um fato desses, atinge a todos nós, a cidade e a vida das pessoas”, disse o Monsenhor José Eduardo .

Em nota, a Presidência do Regional Sul 1 da CNBB também expressou solidariedade a todos da Arquidiocese de Campinas e dirigiu orações às vítimas, suas famílias e ao agressor, e fez um apelo pela paz: “Neste tempo santo do Advento, preparando o Natal de Jesus Cristo, Príncipe da Paz, é necessário que os cristãos intensifiquem a oração pela paz, com gestos concretos de fraternidade, reconciliação e amor ao próximo, depondo as armas da violência seja das mãos, seja dos corações”.

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, telefonou para o Monsenhor José Eduardo Meschiatti e uniu-se solidariamente à dor da Arquidiocese de Campinas.

 

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Ataque a Catedral deixa dezenas de vítimas

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04 de dezembro de 2018

Pelo menos 48 pessoas morreram no ataque à Catedral do Sagrado Coração em Alindao, no dia 15, incluindo um sacerdote. Muitos dos mortos eram refugiados que buscavam abrigo no local. O ataque foi perpetrado por antigos membros do grupo Seleka, em retaliação contra a morte de um muçulmano morto no dia anterior pelos anti-balaka. 

O conflito no País remonta a dezembro de 2012, quando diversos grupos muçulmanos rebeldes se uniram – sob o nome de Seleka – e tomaram o poder. Em resposta aos ataques do Seleka, foram formados diversos grupos de autodefesa locais, chamados anti-balaka, compostos por cristãos e outros grupos não muçulmanos. O conflito ganhou proporções à medida que os grupos começaram a praticar ataques de vingança um contra o outro, mergulhando o País numa guerra sectária. 

O sacerdote morto no ataque foi o Vigário Geral, Padre Blaise Mada. É possível que um outro sacerdote, Padre Celestine Ngoumbango, também tenha sido morto, mas a informação não foi confirmada. Diversas casas locais também foram atacadas, saqueadas e incendiadas. 

Muitas igrejas oferecem abrigo tanto a cristãos quanto a muçulmanos que buscam proteção. Muitas delas são o último refúgio de muçulmanos que sofrem violência da parte dos anti-balaka. A Conferência Episcopal Centro-Africana declarou que a Igreja Católica “tornou-se o alvo de grupos armados” no País. Os bispos pediram ao governo e às forças da Organização das Nações Unidas (ONU) presentes no local que coordenem suas ações para que os responsáveis pelos ataques sejam levados à Justiça. Eles também pediram aos fiéis que rezem pela paz e evitem todo espírito de vingança, que só contribui para o aumento da violência.

Fonte: Catholic Herald/ Fides 
 

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