Candidato líder nas primárias promete legalizar o aborto
A interrupção voluntária da gravidez é crime na Argentina, a não ser em casos de estupro e que ofereçam risco à vida da mãe
Alberto Fernández, candidato à Presidência da Argentina, prometeu, em entrevista na televisão no dia 12, que usará de seu poder presidencial para descriminalizar a prática do aborto no País.
Segundo o presidenciável, a questão do aborto seria de “saúde pública” e a melhor forma de resolvê-la seria legalizá-lo. O candidato explicou que levaria a cabo o seu intento em duas etapas: a primeira, seria a despenalização imediata do aborto; a segunda, a criação de políticas públicas a favor das mulheres que desejam abortar. Em nenhum momento, o candidato mencionou o direito à vida dos nascituros ou as consequências físicas e psicológicas do aborto para as mulheres.
As declarações de Alberto Fernández contrariam a decisão do Senado argentino, que, em agosto do ano passado, rejeitou projeto de lei que legalizaria a morte de bebês no País. A interrupção voluntária da gravidez é crime na Argentina, a não ser em casos de estupro e que ofereçam risco à vida da mãe.
Alberto Fernández concorre pela chapa Frente de Todos, com Cristina Kirchner como vice, ex-presidente do País. Nas primárias de 11 de agosto, Alberto Fernández obteve 47,3% dos votos, 15 pontos percentuais acima do segundo colocado e atual presidente, Maurício Macri, que ficou com 32,2%. O primeiro turno das eleições ocorrerá em 27 de outubro deste ano.