INTERNACIONAL

Venezuela

Bispos sugerem desobediência civil

Por Filipe David
19 de abril de 2017

Diante da crise institucional que atravessa o país e os abusos de poder, os bispos venezuelanos se perguntam se não é chegada a hora da desobediência civil e pacífica.

A Suprema Corte venezuelana decidiu eliminar a Assembleia Nacional – onde a oposição ao governo de Nicolas Maduro é maioria – e assumir os seus poderes. A manobra foi condenada por instituições internacionais, como a Organização dos Estados Americanos, que a qualificou de “golpe final na democracia” no país. Após as críticas nacionais e internacionais, o governo de Maduro pediu que a decisão fosse revista e o Tribunal decidiu voltar atrás, revogando a própria decisão.

O Mercosul iniciou o processo de aplicação da cláusula democrática à Venezuela, que pode acarretar a expulsão do país do bloco, por desrespeito à democracia. A Assembleia venezuelana abriu um processo para a remoção dos juízes autores da decisão controversa.

Os bispos venezuelanos têm se manifestado publicamente contra o desrespeito à democracia: “Não podemos permanecer passivos, amedrontados e sem esperança”, disseram. “Temos que defender nossos direitos e os direitos dos outros. É tempo de se perguntar muito seriamente e responsavelmente se a desobediência civil, manifestações pacíficas, apelos aos poderes nacionais e internacionais e protestos cívicos são medidas válidas e oportunas”, disseram.

O presidente da conferência episcopal venezuelana, Dom Diego Padron, afirmou categoricamente: “Hoje, na Igreja na Venezuela, não há verdadeira espiritualidade se não tivermos uma atitude de resistência diante do poder”.

 

Fontes: Crux/ Agência Brasil

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