A santidade e a missão em São Paulo testemunhadas pelas consagradas

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16 de agosto de 2019

A história dos consagrados e consagradas em São Paulo é repleta de testemunhos de pessoas que viveram de acordo com o Evangelho e tiveram a santidade reconhecida pela Igreja. São José de Anchieta, Santa Paulina, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, Beato Mariano de La Mata e Beata Assunta Marchetti muito contribuíram com a evangelização na metrópole e deixaram um grande legado, seja espiritual, seja em obras que frutificaram e hoje continuam a atender milhares de crianças, jovens, adultos e idosos nas mais variadas áreas. 


“O chamado à santidade é o primeiro e mais essencial. A vida santa é a nossa vocação e meta comum a partir do Batismo. Chegar à eternidade e viver na glória de Deus, como Maria, requer vida santa”, disse o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, por ocasião da celebração em que se recordou o dia dos religiosos e religiosas em 2018. “O estilo de vida dos cristãos é a santidade”, complementou. 

Santa Paulina
Amábile Lúcia Visintainer nasceu em 16 de dezembro de 1865, na cidade de Vigolo Vattaro, região de Trento, ao norte da Itália. Aos 9 anos, veio para o Brasil, para o Estado de Santa Catarina, com sua família, em virtude da migração italiana da época.


Crescia comprometida com a missão de visitar os doentes e com a caridade com os mais pobres. Com a ajuda do pai, construiu uma pequena casa de madeira, que mais tarde veio a se tornar um pequeno hospital.


Em 12 de julho de 1890, Santa Paulina e sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, atenderam Angela Viviani, com câncer em estado terminal. A data marca o início da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.


Em 1903, ela se mudou para o bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde hoje fica a sede-geral da Congregação e um memorial em sua homenagem, para cuidar de idosos, crianças órfãs e filhos de escravos. 


Outras duas virtudes de Santa Paulina estão eternizadas pelo carisma da congregação que construiu: sensibilidade para entender, disponibilidade para acolher, como afirmou Irmã Graça Sampaio, religiosa da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.


Como fundadora, tinha o direito de permanecer como Superiora-Geral até o fim da vida. No entanto, em 1909, foi deposta do cargo: “Ela permaneceu como irmã, servindo inclusive às pessoas idosas aqui de São Paulo. Sua vida de oração ajudou-a a ter coragem e a não desistir do caminho”, frisou Irmã Graça, que rememorou um dos últimos ensinamentos de sua fundadora: “Ainda que venham ventos contrários, nunca, jamais desanimeis, confiai em Deus e em Maria Santíssima”.


Considerada a primeira santa brasileira, Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus foi canonizada em 19 de maio de 2002, por São João Paulo II, na presença de mais de 20 mil pessoas, no Vaticano. 

Madre Assunta Marchetti
Assunta Marchetti nasceu em Lombrici, Camaiore, na Itália, em 15 de agosto de 1871, e morreu em 1º de julho de 1948, no Orfanato Cristóvão Colombo (atualmente chamado Associação Educadora e Beneficente Casa Madre Assunta Marchetti), na Vila Prudente, zona Leste de São Paulo.


A religiosa chegou ao Brasil em 27 de outubro de 1895 e dedicou-se de modo preferencial aos migrantes, órfãos, doentes, sofredores e pobres que precisavam de ajuda. O objetivo do orfanato, onde ela trabalhou incansavelmente, era o de criar em torno da vida das crianças um clima de família. Todas as crianças eram recebidas, independentemente de sua cor ou nacionalidade.


Quando superiora, a cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo – Scalabrinianas unia oração e adoração eucarística aos mais pesados serviços  com as irmãs, mostrando interesse pelo que faziam, levantando-lhes o ânimo. Sabia ouvir, partilhar, valorizar. Antes de resolver qualquer problema, costumava passar horas diante do sacrário, ponderando os prós e contras, até se decidir pelo melhor. Madre Assunta Marchetti foi beatificada no dia 25 de outubro de 2014 na Catedral Metropolitana de São Paulo.

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Heliópolis festeja Santa Paulina

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12 de julho de 2019

O bairro de Heliópolis esteve em festa no início deste mês para celebrar Santa Paulina. Durante nove dias, a comunidade se reuniu para rezar a novena, que neste ano teve como tema “Santa Paulina, exemplo de vida cristã e de amor a Deus e aos irmãos”. 


Os padres que conduziram a novena destacaram os principais carismas de Santa Paulina. Padre Boris Agustín Nef Ulloa, Vigário Paroquial, iniciou a novena falando sobre a Santa ser uma mulher de fé e confiança. No segundo dia, Padre Anderson Pereira Bispo destacou a caridade. Padre Joaquim Gonçalves salientou o exemplo de vida consagrada, no terceiro dia da novena. 


Evidenciando a verdade e a justiça de Santa Paulina, Padre Zacarias José conduziu o quarto dia. Padre Pedro Luiz Amorim ressaltou o exemplo de misericórdia cristã, no quinto dia. 


Dom José Roberto Fortes Palau, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na Região Ipiranga, conduziu o sexto dia de novena, destacando o empenho de Santa Paulina em propagar o amor de Deus. 


Padre José Adeildo comentou sobre o modelo de obediência, no sétimo dia. Falando sobre o exemplo de humildade e simplicidade, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo da de São Paulo, conduziu o oitavo dia de novena. E acentuando a mulher de ternura e força, Padre Rodrigo Pires encerrou a novena. 


Durante a novena, aconteceu a Missão de Férias dos seminaristas da Arquidiocese, que participaram efetivamente das celebrações e realizaram visitas missionárias no território paroquial e aos doentes do Hospital Heliópolis A missão foi encerrada no oitavo dia de novena, com a presença de Dom Odilo, que em sua homilia destacou a alegria de servir a Deus que Santa Paulina transbordava em vida.


A festa da padroeira terminou com missas na terça-feira, 9, data da memória litúrgica de Santa Paulina.

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Encontro de Jovens com Cristo mobiliza a Paróquia Santa Paulina

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27 de setembro de 2018

Nos dias 22 e 23, no Heliópolis, 36 jovens participaram da 3ª edição do Encontro de Jovens com Cristo (EJC), que acontece anualmente na Paróquia Santa Paulina. 

Com o tema “Coragem, jovens, Ele vos escolheu!”, os encontristas percorreram um caminho de impacto e redirecionamento de suas vidas, ordenando para o amor e o perdão suas experiências negativas vivenciadas na família e no ambiente em que vivem.

Desde o início do ano, os jovens da Paróquia organizaram a realização do encontro, com muita dedicação, oração e trabalho, e puderam proporcionar a outros jovens a alegria de passar um fim de semana juntos. O encontro foi encerrado com missa.
 

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Igreja Santa Paulina é inaugurada no Heliópolis

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01 de julho de 2017

A comunidade do Heliópolis, na periferia da zona Sul de São Paulo, esteve em festa na noite da sexta-feira, 30 de junho. Após quase 14 anos da criação da Paróquia Santa Paulina, em dezembro de 2003, finalmente a igreja-matriz foi inaugurada, fruto da mobilização dos paroquianos, de toda a Arquidiocese (já que parte dos recursos foram da coleta da missa do centenário da Arquidiocese em 8 de junho de 2008) e também da doação de católicos da Alemanha.

“Alegres vamos à casa do Pai e na alegria cantar seu louvor, em sua casa, somos felizes, participamos da ceia do amor”, foi o canto entoado pelo ministério de música e cantado pela multidão de fiéis, às 19h30, ao ingressarem novo templo, após as portas serem abertas pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, que recebeu as chaves da igreja das mãos do pároco, o Padre Pedro Luiz Amorim Pereira.

No começo da celebração, Dom Odilo destacou que a nova igreja é esforço dos paroquianos e de todos que de alguma forma colaboraram para construí-la. “A igreja é feita para Deus e para a família de Deus”, afirmou o Cardeal. “Que aqui seja sempre sinal que Deus habita este bairro, que tem casa no meio de nós”, complementou.

Na sequência, houve a bênção da água, que foi aspergida sobre os fiéis, o templo e o altar. O rito de dedicação da igreja e do altar prosseguiu após a homilia, com a Ladainha de Todos os Santos; deposição sob o altar das relíquias de Santa Paulina, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, São José Marello e Santa Felicidade; prece de dedicação; unção do altar e das paredes da igreja com o óleo do Crisma; incensação do altar e da igreja, e posterior iluminação do altar e do templo.

Na homilia, Dom Odilo exortou os paroquianos a darem testemunho da fé católica no bairro e lembrou que a matriz-paroquial deve reunir a comunidade, como família de Deus, ser lugar de amor, respeito, caridade, fraternidade, alegria e esperança. “Nós construímos aqui a casa de Deus, mas a casa de Deus verdadeira somos nós”, afirmou.

O Arcebispo ressaltou, também, que a igreja é o local do sacramento da Eucaristia e disse ser indispensável a participação dos fiéis nas missas, especialmente nas dominicais.

Na parte final da celebração, o Cardeal agradeceu ao empenho do Padre Pedro Luiz para a conclusão das obras, e o Sacerdote também expressou gratidão a todos que se empenharam com as doações nos últimos nove anos e na conclusão das obras, que foram iniciadas em agosto do ano passado.

Por fim, Dom Odilo lembrou que a cada ano, no dia 30 de junho, deve ser celebrado, de modo solene, o aniversário de dedicação da Igreja Santa Paulina.

Além da igreja-matriz, localizada na Rua 28 de Outubro, 07, Cidade Nova Heliópolis, a Paróquia Santa Paulina é composta pelas comunidades São Benedito, Santa Isabel e Santa Clara. O prédio da Comunidade São José, antiga matriz-paroquial, será transformada em um centro pastoral.

 

Leia a reportagem completa na próxima edição impressa do O SÃO PAULO, a partir de quarta-feira, dia 5

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