‘Eu estou aqui para servir’

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29 de outubro de 2018

O Padre Reginaldo Manzotti está nas capas de livros, nas plataformas de música na internet, nas telas da tevê e em mais de 1,6 mil rádios em todo o Brasil, de segunda-feira a sábado, das 10h às 11h, com o programa “Experiência de Deus”. Ordenado sacerdote em 1995, ele fundou dez anos depois a associação Evangelizar é Preciso, com o objetivo de difundir a Palavra de Deus pelos meios de comunicação social.

Em visita a São Paulo, em setembro, o Sacerdote, escritor, músico, compositor, cantor e apresentador foi entrevistado pelo Padre Cido Pereira, no programa “Construindo Cidadania”, da rádio 9 de Julho, emissora que, além do “Experiência de Deus”, retransmite o “Terço das Santas Chagas”, das 15h às 15h30, de segunda a sexta-feira. A seguir, reproduzimos os principais trechos da entrevista, cuja íntegra pode ser lida em O SÃO PAULO.

 

COMO O SENHOR PERCEBEU QUE A SUA VOCAÇÃO MISSIONÁRIA SERIA DINAMIZADA PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO?

Padre Reginaldo Manzotti – Fui ordenado sacerdote em 1995. O então Papa, São João Paulo II, falava com muito entusiasmo para evangelizar com novo ardor, com novos métodos. Eu, recém-ordenado, me perguntava: “Meu Deus, eu terminei Filosofia, Teologia, mas não me ensinaram novos métodos, não me ensinaram a evangelizar”. Tenho uma vocação sacerdotal muito bem resolvida, compactada no meu coração, há 23 anos. Por essa minha vocação, me ofereceram uma missa de televisão em um canal público, e levar a Palavra de Deus teve uma repercussão grande. Também me ofereceram um programa na antiga rádio B2 , em Curitiba (PR), na parte da tarde, e eu percebi que era muito forte essa aceitação, bem como a necessidade do povo por uma orientação. Desde o princípio, o nome do programa foi o mesmo, “Experiência de Deus”, porque tenho muito essa preocupação catequética e espiritual. Mantenho o formato de leitura orante, escuta e aconselhamento. Com o tempo, falei: “Olha aí, estou encontrando a resposta a São João Paulo II”. Estou há 13 anos com esse programa de rádio, das 10h às 11h, para mais de 1,6 mil emissoras.

E O QUE TEM FACILITADO A EXPANSÃO DESSA REDE?

Primeiro, e mais fundamental, a comunhão com a Igreja. Eu nunca dei um passo sem que meu primeiro arcebispo, Dom Pedro Fedalto (hoje arcebispo emérito de Curitiba), depois Dom Moacyr Vitti, já falecido, e Dom José Antonio Peruzzo (atual Arcebispo de Curitiba) soubessem, tanto que foi Dom Peruzzo que oficializou a obra Evangelizar é Preciso. Então, há uma comunhão com a Igreja. Não é o Padre Reginaldo em si, mas aquilo que represento e busco: a obra da Igreja. Essa comunhão com a Igreja é fundamental para todos aqueles que querem avançar para águas mais profundas. Se nós não lançarmos a rede em nome de Jesus Cristo, a rede voltará vazia. Em segundo lugar, Deus quem foi preparando, por exemplo, a associação Evangelizar é Preciso, que é mantida por doações de todo o Brasil. Em consciência, eu usei a fama que os meios seculares me deram não para estrelismo pessoal, mas para fazer brilhar um projeto maior, que é o projeto da evangelização. Os nossos colaboradores são os associados que doam mensalmente, e não são fortunas doadas, pois eu digo que a Igreja é feita com a ideia dos ricos e o dinheiro dos pobres, ou seja, são doações, às vezes, até de R$ 3,00.

A IGREJA ESTÁ BEM SERVIDA QUANTO À EVANGELIZAÇÃO PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO?

Houve um período em que a Igreja, diante das dificuldades, quis abandonar os microfones, pois manter uma rádio não é barato, e uma televisão é ainda mais caro. Certa vez, Dom Orlando Brandes, hoje Arcebispo de Aparecida (SP), disse-me uma frase que me chamou muito a atenção: “A sua Catedral é maior do que a minha”, e depois completou: “O rádio, hoje, é uma catedral maior do que uma sede, uma cátedra”. E é verdade. A Igreja está bem servida. Temos de prezar muito pelo conteúdo. Queremos estar nas redes sociais, no rádio, na tevê, mas temos de zelar muito pelo conteúdo e jamais entrar na lógica do mundo, ou seja, da luta pelo Ibope, em conflitos internos. 

O SEU LIVRO “COMBATE ESPIRITUAL NO DIA A DIA” FOI O MAIS VENDIDO NO BRASIL EM 2017. EM UMA SOCIEDADE EM QUE NEM SEMPRE AS PESSOAS ESTÃO DISPOSTAS A LER, COMO O SENHOR CONSEGUIU CHEGAR A TAMANHO PÚBLICO?

Eu escrevo muito porque trabalho no rádio diariamente. O programa “Experiência de Deus” é muito assim: eu abro o microfone e sabe Deus o que vem. As pessoas têm coragem de partilhar muitas dores, e eu pego isso e vou depois meditar. Eu sou um homem de oração, não como deveria ser, mas eu procuro. Celebro a missa diária, rezo o Terço mariano e sou muito voltado à leitura orante. Então, os livros que escrevo são para dar respostas. Meu livro anterior, “Batalha Espiritual”, é fruto do meu direcionamento espiritual e fala de algo clássico na Igreja. O que surpreendeu foi esse tema tão antigo e tão esquecido da Sagrada Escritura ter uma aceitação tão grande. Penso que as pessoas estão se dando conta de que estamos em uma batalha que vai muito além de poderes econômicos e de interesses. É uma batalha entre o bem e o mal que age no coração e na sociedade. A Igreja está preocupada com o Brasil, que está sendo palco de uma grande batalha, em que se vê presente a violência. Não há só um problema econômico ou ético, existe um problema sobre o ser humano, a salvação e o fim último de todos nós. 

FALANDO AO BRASIL INTEIRO EM MAIS DE 1,6 MIL EMISSORAS DE RÁDIO, COMO O SENHOR MOTIVA QUE CADA BISPO OU PADRE SE APROXIME DA PRÓPRIA COMUNIDADE?

Os problemas mudam de sotaque, mas praticamente são os mesmos. As respostas têm de ser a partir de cada diocese. No final do sábado, eu sempre digo “amanhã, não deixe de ir à sua comunidade”. Na segunda-feira, eu pergunto “você foi à missa ontem?”. Além disso, eu leio muito os documentos da CNBB. Sendo fiel às diretrizes da CNBB, você acaba ajudando a todos. E eu sempre digo nos programas: “Vá falar com o seu vigário”. Certa vez, em Santa Catarina, um bispo me falou: “Obrigado pela sua presença na minha diocese pelo rádio, porque os padres estão dizendo que as pessoas estão procurando mais os sacramentos porque o senhor as tem estimulado”. Eu estou aqui para servir. Cedo ou tarde, o holofote muda, mas eu quero poder dizer como São Paulo: combati o bom combate, fiz a minha parte, dei a minha contribuição para a Igreja e não para mim mesmo. É por isso que não cobro shows ou outros eventos, e tudo que recebo com os livros vai para a obra Evangelizar é Preciso. Nós temos 10 mil crianças por mês, temos um hospital chamado Mater Dei e nós cuidamos também dos idosos. Em consciência, eu fiz questão de direcionar tudo isso para a Igreja.

PARA FINALIZAR, QUAL O SENTIMENTO DO SENHOR AO SABER QUE ESTÁ CONSTRUINDO UMA OBRA QUE PODE SER VISTA, OUVIDA, LIDA, SENTIDA, MULTIPLICADA?

Sinceramente, é muita responsabilidade. Faço tudo dentro das minhas limitações e tenho consciência de muitas coisas que poderiam ter sido melhores. O que me encoraja é algo que o Papa Francisco diz: ter uma Igreja em saída, uma Igreja que corre o risco de errar tentando acertar. Eu sempre digo a meu bispo: “Me corrija se eu errar, mas eu quero estar com a Igreja”. A sensação que eu tenho é que nós temos de ser entusiasmados. O Papa Bento XVI certa vez disse que só ficará um tipo de cristão: o apaixonado por Jesus. E a coisa que eu mais quero é que aqueles que escutam, que leem, que cantam comigo, que vão aos eventos de evangelização, fiquem extremamente apaixonados pela pessoa de Jesus Cristo. Se isso acontecer, acredito que terei feito o meu trabalho. 

 

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Na era digital, rádio 9 de julho completa 19 anos de reabertura

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24 de outubro de 2018

Na terça-feira, 23, a rádio 9 de Julho, da Arquidiocese de São Paulo, completou 19 anos de sua reabertura, após um período de 26 anos lacrada pelo regime militar. Voz da Igreja Católica em São Paulo, a emissora é constantemente desafiada a se renovar para corresponder à missão de testemunhar Jesus Cristo na Metrópole em meio às mudanças tecnológicas e culturais. 

Desde julho, a emissora passa por uma fase de remodelação da grade de programação. “Já foram feitas algumas mudanças, algumas alterações diretas na programação, outras estão sendo realizadas, e outras ainda vão começar a ser feitas, porque a intenção é conquistar novos ouvintes sem perder aquilo que nós temos. Hoje, ela [a rádio] tem bons índices de audiência”, explicou Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Diretor-Geral da rádio 9 de Julho.

Um dos objetivos principais da constante renovação é ampliar a faixa de ouvintes. “É claro que aqui a gente se depara com algumas limitações: as pessoas que ouvem rádio na frequência AM são de um grupo talvez reduzido, mas é exatamente por isso que a rádio tem ampliado sua participação nas redes sociais, porque assim alcança mais pessoas”, acrescentou o Bispo.

Além de dar maior destaque para padres comunicadores, a programação da emissora mantém o compromisso com questões que despertam a responsabilidade social da população. 

Outro fator que tem agregado ao conteúdo da 9 de Julho é a integração com o jornal O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese, ambos mantidos pela Fundação Metropolitana Paulista. Desde julho de 2017, as equipes de jornalismo dos dois veículos trabalham em uma mesma redação, no bairro da Freguesia do Ó. “Isso proporciona uma integração maior entre produção da rádio e do jornal. Assuntos dos dois meios fluem de uma maneira em que todas as pessoas envolvidas na comunicação participem do processo. Isso também é uma maneira de a gente atrair mais pessoas”, enfatizou Dom Devair, que também é Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação na Arquidiocese. 

A renovação da programação tem acontecido aos poucos e ainda há novidades por vir. “É claro que toda mudança causa um deslocamento de público, de certas pessoas que não gostam disso e que gostavam daquilo, mas o fato é que por onde a gente vai passando, a gente escuta pessoas dizendo: ‘Olha, estou ouvindo a rádio 9 de Julho e estou gostando dessa programação”, destacou Dom Devair. 

 

NAS REDES SOCIAIS

Se há 19 anos as únicas formas de interação dos ouvintes com a rádio eram o telefone e as cartas, hoje a rádio não só é ouvida como é vista, graças às novas tecnologias digitais.  

Além do site e do aplicativo “Rádio 9 de Julho ” para smartphones (nos sistemas operacionais Android e iOS), que permite ouvir a rádio via internet, a emissora tem potencializado sua interação com os internautas em redes sociais como o Facebook, pelo qual alguns programas são transmitidos ao vivo, além da produção de conteúdos exclusivos para a rede, com informações sobre os bastidores dos programas e interações com os ouvintes. Recentemente, a rádio também começou interações via Instagram, rede de compartilhamento de fotos e vídeos.

Os números mostram os bons resultados da presença da emissora no ambiente digital. De junho a setembro, as publicações da rádio no Facebook tiveram um alcance de mais de 1 milhão de pessoas. Nesse mesmo período, a página da rádio teve cerca de 2 mil novos seguidores. 

Ao contrário do que se possa pensar, o público que interage com a rádio pelas mídias digitais não se restringe aos jovens. Tem crescido o número de ouvintes acima dos 50 anos de idade que estão acessando os conteúdos da emissora nas redes sociais. Muitas chegam a entrar em contato com a rádio para pedir orientações sobre o acesso às novas tecnologias, especialmente em relação ao aplicativo, que permite ouvir a rádio onde o sinal não chega ou em dispositivos que não recebem a fre- quência AM. 

A maior interação acontece por meio do WhatsApp exclusivo da rádio, pelo qual os ouvintes mandam mensagens e participam da programação: (11) 98371-9681. Esses canais digitais também ampliam a interação com os amigos evangelizadores, que colaboram financeiramente com a manutenção dos meios de comunicação da Arquidiocese de São Paulo.
 

Cardeal odilo pedro Scherer aponta desafios como oportunidades para renovação

 

Em entrevista ao O SÃO PAULO, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, ressaltou que a missão de uma rádio da Igreja se identifica com a própria Igreja Católica: “Deve contribuir, da forma que lhe é própria, para o anúncio e testemunho do Evangelho, a formação da opinião pública segundo critérios coerentes com o Evangelho, a difusão dos valores cristãos e da cultura permeada com a sabedoria da fé em Cristo”. 

Dom Odilo salientou que são muitos os desafios que, ao mesmo tempo, são oportunidades para a rádio. “Há o desafio da audiência, que precisa ser conquistada e cultivada no meio de uma quantidade e variedade de vozes; o desafio da sustentabilidade, pois a manutenção de uma rádio custa muito caro; há o desafio da tecnologia, pois os avanços da técnica requerem constante atualização do instrumental técnico da rádio; há, ainda, o desafio da qualidade da programação, feita por pessoas preparadas e focada numa linha editorial coerente com a mensagem da Igreja e, ao mesmo tempo, cativante e formativa”, disse.

O Arcebispo não tem dúvidas que, diante das novas tecnologias, o rádio, como veículo de comunicação, precisa sempre se reinventar. “Hoje, estamos com uma estação que transmite em AM, e, assim, não atinge os jovens, mas apenas uma faixa de idade mais madura. Temos que renovar todo o nosso equipamento e, acima de tudo, adquirir uma nova concessão para transmitir em FM. E tudo isso requer uma enormidade de recursos”, destacou o Cardeal Scherer. 

Dom Odilo salientou que também a linha editorial e a programação precisam passar pelo mesmo processo de “conversão pastoral e missionária” dos demais organizações eclesiais e pastorais. 

HISTÓRIA

A rádio 9 de Julho nasceu em 1953 com autorização temporária para preparar e comemorar o 4º centenário de fundação da cidade de São Paulo em 1954. Quando terminaram os festejos, o Presidente da República em exercício, Café Filho, ofereceu a emissora à Arquidiocese de São Paulo. Inaugurada em 1956, a rádio funcionou até 1973, quando sua concessão foi declarada extinta pela Ditadura Militar.

Após longo processo para tentar reavê -la, em 1996, o então Presidente Fernando Henrique Cardoso devolveu a emissora à Arquidiocese, que tinha como Arcebispo o Cardeal Paulo Evaristo Arns. Em 23 de outubro de 1999, a emissora foi oficialmente reinaugurada pelo Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo à época.

 

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Rádio 9 de Julho recebe 5º microfone de prata

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07 de agosto de 2018

O programa “Acorda, Brasil”, apresentado por Adriano Barbiero na rádio 9 de Julho, ganhou o prêmio Microfone de Prata, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na categoria de programa de rádio de entretenimento. Esta é a quinta vez que a emissora da Arquidiocese de São Paulo recebe essa premiação.

A divulgação dos ganhadores e a entrega dos prêmios, realizada em Aparecida (SP) durante o Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, foi ao ar pelas emissoras de TV católicas no dia 25 de julho. Além do Microfone de Prata, o “Acorda, Brasil” foi premiado com a menção honrosa, categoria eleita pela votação do púbico por meio das redes sociais. 

Em entrevista à emissora da Arquidiocese, Adriano Barbiero manifestou sua felicidade pela premiação. “Eu dedico essa premiação aos ouvintes, que sempre me deram forças, sempre me apoiaram e prestigiaram o meu trabalho nestes cinco anos na rádio 9 de Julho, e aos que me acompanham há mais tempo”, afirmou. 

“O programa surgiu no dia 8 de julho de 2013 com o objetivo de fazer companhia às pessoas que estavam acordando, levando informação, mensagens, oração e música”, explicou. 

 

BIOGRAFIA         

Com 37 anos, Adriano Barbiero nasceu na cidade de São Paulo no dia 22 de abril de 1981. Além de radialista, é apresentador, cantor e compositor. Filho do também radialista Altieris Barbiero, que apresenta na rádio 9 de Julho o programa “A volta do sucesso”, Adriano dedicou o prêmio a seu pai, o qual considera professor e incentivador.

Ao lado do pai, sempre frequentou estúdios de rádio e TV, onde foi conhecendo e se apaixonando pela arte da profissão. Além de trabalhar na emissora da Arquidiocese, Adriano esteve na rádio América - SP, rádio Trianon - SP, rádio ABC - Santo André (SP), rádio Clube B2 - Curitiba (PR), rádio Eldorado - São José dos Pinhais (PR) e rádio Capital -SP.

“Estou grato pelo reconhecimento desse trabalho feito há anos com muito amor e dedicação. Não pelo fato do troféu em si, mas pelo carinho dos ouvintes que sinto diariamente. Não há recompensa maior, e espero continuar comunicando até quando Deus permitir”, completou Adriano.

 

NOVA PROGRAMAÇÃO

O prêmio vem em um momento em que a rádio 9 de Julho passa por uma significativa reformulação da programação com o objetivo de aumentar a interação com o público e atrair novos ouvintes. Na nova grade, o “Acorda, Brasil” vai ao ar de segunda-feira a sábado, das 6h às 6h55. O apresentador também passa a ocupar a programação com o Programa “Boa Tarde, Brasil”, das 15h às 16h, de segunda a sexta-feira. 

“Esse reconhecimento, além de ser uma valorização do profissional Adriano, é também uma valorização do trabalho de evangelização da rádio 9 de Julho, que procura evangelizar com uma programação variada. O reconhecimento incentiva ainda mais, não só o Adriano, como toda a rádio 9 de Julho, a continuar investindo na programação e na evangelização”, disse em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, que assumiu a direção geral da Rádio no início de abril.

 

O PRÊMIO DA CNBB

A rádio 9 de Julho já recebeu o Microfone de Prata em 2011, com o programa “A caminho do Reino”, apresentado pelo Cônego José Renato Ferreira, na categoria de programa de rádio religioso; em 2012, na categoria entretenimento, com o programa “Nossas Igrejas, uma expressão de fé, arte e cultura”, apresentado pelo Cônego José Renato Ferreira e Jucelene Rocha; em 2014, na categoria religioso, com “Sala Franciscana”, apresentado por Frei Gustavo Medella e Frei Xandão; e em 2016, na categoria entretenimento, com o programa “Certas Canções”, apresentado pelo Cônego Antonio Manzatto. 

(Com informações da CNBB e rádio 9 de Julho)
 

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Rádio 9 de Julho terá nova programação

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07 de julho de 2018

A rádio 9 de Julho começa, na terça-feira, 10, sua nova programação. A reformulação da grade com a inserção de novos programas, bem como mudanças de horários e ampliação do espaço de jornalismo, foi pensada em vista de uma futura migração da faixa AM para a FM. A migração de faixa é uma antiga reivindicação dos radiodifusores e foi autorizada por um decreto presidencial em 2013. 

Em janeiro deste ano, o Governo Federal ampliou os prazos para que novas emissoras possam solicitar a mudança. De acordo com uma reportagem publicada pela Agência Brasil em 10 de janeiro de 2018, das 1.781 rádios AM no Brasil, 1,5 mil já solicitaram a mudança. 

Em entrevista ao jornal O SÃO PAULO, Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, que assumiu a direção geral da rádio no início de abril, afirmou que a rádio 9 de Julho tem pensado sua programação dentro de um projeto que incluiu mudanças no Vicariato da Comunicação. 

“Pensamos na integração dos meios de comunicação da Arquidiocese e a primeira fase foi a unificação da rádio e do jornal O SÃO PAULO . Agora estamos na fase da reformulação da programação”, explicou Dom Devair. 

Adriana Rodrigues, da Uniti, empresa de assessoria e consultoria de comunicação e marketing, comentou que a mudança será gradativa e começará no dia 10: “Queremos respeitar todos os ouvintes que acompanham a rádio e, por isso, não é uma mudança geral, mas parcial e que será feita aos poucos.” 

Além disso, Adriana salientou que foi feito um trabalho de audição e uma avaliação junto ao departamento comercial, para que a mudança aconteça de maneira adequada. “Nosso objetivo, acima de tudo, é evangelizar e informar com credibilidade, mas precisamos pensar em novos parceiros que auxiliem também na manutenção”, continuou. 

 

NOVA FASE

Novas modalidades de interação com o público fazem parte desta fase, bem como uma presença efetiva nas redes sociais. “Queremos reformular também os ouvintes, ou seja, chegar a outros públicos, e as redes sociais têm um papel importantíssimo”, disse o Diretor da rádio 9 de Julho , que falou sobre os programas que estão sendo pensados para grupos específicos, como o “Espaço Mulher”, apresentado por Nice Passos, com quadros e entrevistas voltados para o público feminino. 

O programa “Bom dia, Povo de Deus” continuará a ser apresentado pela manhã pelo Padre Antonio Aparecido  Pereira (Padre Cido) e Cidinha Fernandes, mas um novo programa fará parte das manhãs dos ouvintes: “Ora, Família”, transmitido de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com o Padre Marcos Roberto Pires, Pároco da Paróquia Santíssima Trindade, que está localizada no bairro do Butantã. Padre Marcos é cantor e apresentador do programa “Hora da Família”, veiculado pela Rede Vida de Televisão . 

“Que grande alegria estarmos aqui fazendo parte desta família”, disse Padre Marcos durante entrevista ao programa “Bom dia, Povo de Deus”. Segundo ele, “a ideia é termos um programa totalmente voltado para a família, com meditações da Palavra de Deus”. 

Por ocasião da comemoração dos 18 anos da rádio 9 de Julho , que aconteceu no dia 21 de outubro de 2017, no Mosteiro da Luz, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, enviou aos ouvintes a seguinte mensagem: “Que nossa rádio católica possa estar sempre a serviço da vida e da missão da Igreja, para comunicar a toda a cidade de São Paulo as mensagens boas do Evangelho e da Palavra de Deus, para que nessa cidade todos possam ter vida e vida em abundância.”
 

 

HISTÓRIA

A rádio 9 de Julho nasceu em 1953 com autorização temporária para preparar e comemorar o 4º Centenário de fundação da cidade de São Paulo em 1954. Quando terminaram os festejos do 4º Centenário de São Paulo, o presidente da República em exercício, Café Filho, ofereceu a emissora à Arquidiocese de São Paulo. Inaugurada em 1956 como emissora da Fundação Metropolitana Paulista, ligada à Arquidiocese de São Paulo, a Rádio funcionou até 1973, quando sua concessão foi declarada perempta pela Ditadura Militar.

Assim que os transmissores da rádio foram lacrados, Dom Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo, iniciou o longo processo para reavê-la. Em 1996, 23 anos depois, o Presidente Fernando Henrique Cardoso devolveu a emissora à Arquidiocese, acentuando que não estava fazendo um favor à Igreja de São Paulo, mas reparando uma injustiça.

A solenidade oficial de reinauguração da rádio aconteceu no dia 23 de outubro de 1999, com uma celebração no Mosteiro da Luz, que reuniu autoridades eclesiásticas e civis. A rádio 9 de Julho soma-se aos demais meios de comunicação da Igreja com uma programação em que se equilibram o anúncio do Evangelho, a formação, a informação e o entretenimento.

 

GRADE DE PROGRAMAÇÃO

Ouça em AM 1.600 kHz ou pelo site.

 

SEGUNDA A SEXTA-FEIRA


05h00 às 05h55 – Alvorada da Fé – Pe. Luiz Cláudio Braga e Cidinha Fernandes

05h55 às 06h00 – Mensagem de Esperança e Bênção – Pe. Claudio Weber, scj (Santuário

São Judas Tadeu)

06h00 às 06h55 – Acorda Brasil – Adriano Barbiero

06h55 às 07h00 – O Pão da Palavra – Pe. José Ronaldo, scj (Santuário São Judas Tadeu)

07h00 às 07h30 – Notícias em 30 – Rádio Aparecida

07h30 às 08h00 – A Igreja em Notícias – Pe. Edemilson Gonzaga e Cleide Barbosa

08h00 às 09h00 – Em Sintonia com a Fé – Pe. Aberio Christe

09h00 às 10h00 – Bom dia Povo de Deus – Pe. Cido Pereira e Cidinha Fernandes

10h00 às 11h00 – Experiência de Deus – Pe. Reginaldo Manzotti)

11h00 às 12h00 – Ora, Família – Pe. Marcos Roberto

12h00 às 12h05 – Ângelus

12h05 às 12h10 – Encontro com o Pastor – Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer

12h10 às 12h30 – Giro de Notícias – Cleide Barbosa

12h30 às 14h00 – A Volta do Sucesso – Altieris Barbiero

14h00 às 15h00 – Espaço Mulher – Nice Passos

15h00 às 16h00 – Hora da Providência – Pe. Bogaz e Equipe da Providência

16h00 às 16h10 – Palavras que Curam – Pe. Antônio dos Santos, scj (Santuário São Judas

Tadeu)

16h10 às 17h00 – Oração do Santo Terço – Padre Comunicadores

17h00 às 17h50 – Santa Missa diretamente do Santuário São Judas Tadeu

17h50 às 18h00 – A Missa Continua – Pe. Leandro Santos, scj (Santuário São Judas Tadeu)

18h00 às 18h30 – Sala Franciscana – Frei Gustavo Medella

18h30 às 19h00 – Musical As Mais Pedidas da 9 de Julho – Cidinha Fernandes

19h00 às 20h00 – A Voz do Brasil

20h00 às 20h05 – O Pão da Palavra – Pe. José Ronaldo, scj (Santuário São Judas Tadeu)

20h05 às 20h00 – Nos Passos de Paulo – Irmãs Paulinas

21h00 às 22h00 – Tempo de Paz – Pe. João Carlos

SÁBADO


05h00 às 05h55 – Alvorada da Fé – Pe. Luiz Cláudio Braga e Cidinha Fernandes

05h55 às 06h00 – Mensagem de Esperança e Bênção – Pe. Claudio Weber, scj (Santuário

São Judas Tadeu)

06h00 às 06h55 – Acorda Brasil – Adriano Barbiero

06h55 às 07h00 – O Pão da Palavra – Pe. José Ronaldo, scj (Santuário São Judas Tadeu)

07h00 às 07h30 – Cotidiano – Rádio Aparecida

07h30 às 08h00 – A Igreja em Notícias – Pe. Edemilson Gonzaga e Cleide Barbosa

08h00 às 09h00 – Teologia na Vida da Igreja – Pe. Valeriano Costa

09h00 às 10h00 – Para que Minha Vida se Transforme – Dra. Maria Salette

10h00 às 11h00 – Experiência de Deus – Pe. Reginaldo Manzotti

11h00 às 12h00 – A Caminho do Reino – Cônego José Renato Ferreira

12h00 às 12h05 – Ângelus

12h05 às 12h10 – Encontro com o Pastor – Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer

12h10 às 13h00 – Construindo Cidadania – Pe. Cido Pereira e Cidinha Fernandes

13h00 às 14h00 – Devoto de Frei Galvão – Cláudio Fontana

14h00 às 15h00 – Rolê Jovem – Pe. Rodrigo Freitas

15h00 às 16h00 – Certas Canções – Cônego Antonio Manzatto

16h00 às 17h00 – Missa dos Amigos da Rádio 9 de Julho

17h00 às 18h00 – Tocando em Frente – Ivanildo de Andrade

18h00 às 18h30 – Celebração do Restauro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

18h30 às 19h00 – Ciranda da Comunidade – Larissa Freitas

19h00 às 20h00 – Bíblia em Diálogo – Prof. Matthias Grenzer

20h00 às 20h05 – O Pão da Palavra – Pe. José Ronaldo, scj (Santuário São Judas Tadeu)

20h05 às 21h00 – Cidadania e Meio Ambiente – Larissa Freitas

21h00 às 21h05 – Consagração a Nossa Senhora da Penha

21h05 às 22h00 – Caravela do Fado – Pe. Armênio Nogueira

22h00 às 05h00 – Com a Mãe Aparecida

DOMINGO


05h00 às 07h- Amanhecer no Sertão – Josiene e Josival

07h00 às 07h30 – Escola Bíblica – Pe. Tarcísio de Mesquita

07h35 às 07h45 – Momento com a Capela Santa Cruz dos Enforcados – Pe. Enivaldo dos

Santos

07h45 às 08h00 – Semana do Papa

08h00 às 09h30 – Cantares de Além Mar – Jefferson Silveira

09h30 às 10h30 – Camisa 9 – Daniel Gomes, Flávio Rogério e Fábio Augusto

10h30 às 11h00 – Vem e Segue-me – Pe. Messias de Moraes e Equipe Vocacional

11h00 às 12h15 – Santa Missa com Cardeal Dom Odilo Scherer

12h15 às 13h00 – Fãs com a 9 – Larissa Freitas

13h às 14h – Uma Conversa – Pe. Pedro Luiz e Pe. Alexandre Ferreira

14h às 15h – Certas Canções – Cônego Antonio Manzatto

15h às 16h – Família, Fonte de Amor e Vida – Pe. Aldo e casais amigos

16h às 17h – Entre Agendas – Cleide Barbosa

17h às 18h – Latino América no Ar – Miguel Ahumada e Patricia Rivarola

18h00 às 18h30 – Viver a Liturgia – Frei José Moacyr Cadenassi

18h30 às 19h – A Oração do Santo Terço – Pe. Luiz Claudio Braga

19h às 20h – Fé Explicada – Paulo Miziara

20h às 21h – Espaço Brasil – Nice Passos

21h às 22h – Recado Novo – Pe. Enivaldo dos Santos Vale

22h às 05h – Com a Mãe Aparecida

 

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Rádio 9 de Julho: 18 anos no anúncio da Boa Nova

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26 de outubro de 2017

Há dezoito anos, no dia 23 de outubro de 1999, a 9 de Julho , a rádio da Igreja em São Paulo, retomou suas transmissões e a missão de difundir a Palavra de Deus em todos os pontos da cidade. No Mosteiro da Luz, no sábado, 21, os ouvintes se uniram aos comunicadores para comemorar mais um ano no ar da emissora. 

Por ocasião do aniversário, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, enviou aos ouvintes uma mensagem: “Que nossa rádio católica possa continuar a estar a serviço da vida e da missão da Igreja, para comunicar a toda a cidade de São Paulo as mensagens boas do Evangelho e da Palavra de Deus, para que nessa cidade todos possam ter vida e vida em abundância”.

 

Comunicadores do evangelho 

Em clima de festa e como parte das comemorações, comunicadores e colaboradores da rádio acompanharam os shows musicais e os momentos de lazer oferecidos aos ouvintes e participaram da missa presidida por Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese e Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação. 

“Quem coloca a sua esperança em Deus não se decepciona, quem confia a sua vida em Deus não perde o seu tempo, não aposta em uma coisa sem sentido. Deus não é uma história, uma fábula, um conto de fadas, mas é Aquele que dá sentido à nossa existência e é essa a Boa Nova do Evangelho que nós somos chamados a comunicar. Todos nós somos comunicadores do Evangelho”, afirmou o Bispo, ressaltando que, embora a Arquidiocese tenha muitos veículos de comunicação, “a melhor forma de comunicação da vida e da beleza de Deus é por meio do nosso 
testemunho. Somos Igreja e por onde nós passamos, comunicamos essa verdade”, enfatizou.

Ao final da missa, Dom Devair e o Cônego José Renato Ferreira, Diretor de Programação da Rádio, falaram da importância da colaboração dos fiéis para a manutenção dos meios de comunicação da Arquidiocese, por meio da campanha da “Família dos Amigos”.

“Nossa alegria é que todos os nossos desafios são enfrentados com o seu apoio, amiga e amigo ouvinte, gente fidelíssima que está conosco. Queremos agradecer a fidelidade de vocês, os integrantes da ‘Família dos Amigos’. Dom Devair, que é o Bispo representante das comunicações, tem nos ajudado de maneira muito próxima a concretizar mudanças importantes na nossa rádio”, concluiu o Cônego.

 

A história da radio 9 de Julho

-  1953: tem sua primeira abertura, no contexto das celebrações do IV centenário da cidade de São Paulo, comemorados no ano seguinte;
-  1956: inicia efetivamente suas atividades de evangelização, propagando a luta pelos direitos humanos e democráticos no País;
-  1973: a rádio deixa de operar em razão do embargo de seus transmissores, lacrados pelo regime militar. Ficaria fora do ar por 26 anos;
-  1996: Após grande empenho do Cardeal Paulo Evaristo Arns, há o fim do decreto que cassou o funcionamento da emissora;
-  1999: Cardeal Cláudio Hummes realiza a reabertura da rádio, que passa a operar em AM 1.600 kHz.
-  Dias atuais: Tem variada programação em jornalismo, cultura e religiosidade, sendo a voz da Arquidiocese de São Paulo, em sintonia com as orientações do Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano

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