90% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros são de plástico e restos de cigarro
Segundo um diagnóstico divulgado no dia 4 pela Associação Brasileira de Empresa de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), materiais de plástico e restos de cigarro correspondem a 90% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros – 52,4% e 40,4%, respectivamente.
Os dados são semelhantes à realidade internacional: 45,5% dos resíduos que vão para os mares no exterior são de plástico e 28% de restos de cigarros.
A mesma pesquisa apontou, ainda, que os principais locais que encaminham o lixo para o mar são as áreas de ocupação irregular, os sistemas de drenagem e a orla das praias.
Todos os anos, 2 milhões de toneladas de resíduos no País vão para os oceanos. Esse número equivale a cobrir 7 mil campos de futebol ou lotar 30 estádios do Maracanã.
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ONU: 9 em 10 moradores do planeta respiram ar altamente poluído
Em encontro de especialistas e gestores de saúde em Brasília, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ressaltou na terça-feira, 25, que a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Nove em cada dez moradores do planeta Terra respiram altos níveis de poluentes. Organismo da ONU pediu esforço conjunto das nações para combater a contaminação da atmosfera.
“Vivemos um cenário alarmante no mundo em relação à qualidade do ar”, afirmou Katia Campos, coordenadora de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental do escritório da OPAS no Brasil.
Com representantes da academia e governo, a reunião na capital federal antecipou a realização em Nova Iorque da Primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde.
“A ideia é que as deliberações deste evento possam contribuir para uma agenda sistemática de medidas práticas para reduzir os índices de poluição do ar nas cidades do Brasil, contribuindo também para a diminuição dos poluentes em nível global”, acrescentou Campos sobre o encontro em Brasília.
Mais de 4,3 mil cidades em 108 países estão incluídas no banco de dados de qualidade do ar ambiente da Organização Mundial da Saúde (OMS). A plataforma é o banco de dados mais abrangente sobre o tema, com as concentrações médias anuais de material particulado fino (PM10 e PM2.5) nos municípios cadastrados.
Essas substâncias penetram profundamente no corpo, agravando o risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças cardiovasculares, câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e infecções respiratórias, inclusive pneumonia.
Também participam do evento em Brasília membros da ONU Meio Ambiente, Ministério da Saúde, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério das Cidades, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Ministério do Meio Ambiente, Ministério dos Transportes, Ministério de Minas e Energia, Universidade do Estado de Mato Grosso, Universidade de São Paulo (USP), Instituto Saúde e Sustentabilidade, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Procuradoria Regional da República, Instituto Energia e Meio Ambiente e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.
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