Forçados a se converter ao Islamismo em troca de alimentos

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10 de mai de 2020

“É uma prática escandalosa e alarmante, que deve ser extirpada a partir da raiz: há algumas pessoas que estão explorando o bloqueio devido à COVID-19 e o desespero de tantas pessoas pobres, para induzir uma conversão religiosas ao Islã, com chantagens: ‘se quiser comida, converta-se em muçulmano’”, denunciou à Agência Fides o professor Anjum James Paul, católico paquistanês, presidente da Associação Paquistanesa de Professores das Minorias (Pakistan Minorities Teachers’ Association).

“Pedimos a todos os religiosos muçulmanos que evitem esta vergonhosa forma de violência e proselitismo, pela qual se solicita a conversão religiosa em troca de comida, algo que pode funcionar com os marginalizados e os mais pobres entre os pobres. Apreciamos todos que servem a humanidade sem esses fins escusos. Neste momento de sofrimento comum, todos estamos chamados a amar, respeitar e servir a humanidade sem discriminação”, continuou o professor.

Um vídeo foi divulgado em que um religioso islâmico demonstra alegria pela conversão ao Islã de algumas pessoas que haviam pedido comida por passarem dificuldade devido ao impacto econômico da atual pandemia de COVID-19. O mesmo islâmico pede no vídeo que todos os muçulmanos que trabalham na ajuda humanitária façam a mesma coisa, dizendo que “não devemos ajudar os não muçulmanos”.

Minorias religiosas, como cristãos e hindus, denunciaram a prática. A advogada paquistanesa Sulema Jahangir, em um artigo recente na revista Dawn, falou sobre a prática de “conversões forçadas” de meninas hindus e cristãs ao Islã, por meio de casamento forçados com islâmicos. “A vulnerabilidade das meninas pertencentes às minorias religiosas aumentou ainda mais com o estalo da pandemia mundial de COVID-19”, afirmou a advogada em seu artigo.

A conversão, muitas vezes, é o único modo que as mulheres jovens encontram para salvarem-se a si mesmas e as suas famílias. Entretanto, uma vez convertida, não se pode voltar atrás, pois recairia sobre a conversa a pena de morte por apostasia.

Entre 2013 e 2019, houve, pelo menos, 156 casos de conversões forçadas no Paquistão, segundo dados da Comissão de Direito das Minorias e da ONG Centro de Justiça Social.

 

(Com informações da Agência Fides)

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