Igreja Maronita lança plano de assistência alimentar e social

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09 de mai de 2020

No último dia 6, o Patriarca Béchara Raï, da Igreja maronita do Líbano, anunciou um grande plano de assistência alimentar e social para as famílias do país sem receita devido à crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

O plano se baseará sobre um cálculo de necessitados em diferentes níveis: paroquial, episcopal e monástico. Além disso, a Carita-Líbano, o organismo responsável pela pastoral social da igreja libanesa, também prestará informações.

Em coletiva de imprensa, o Patriarca expôs o plano que será aplicado e que será estendido a diversas associações e organizações com vocação social ou sócio-política, como a Liga Maronita, a Fundação Maronita para o desenvolvimento integral, a Missão Pontifícia, a Cruz Vermelha libanesa, a associação São Vicente de Paulo e outros.

Aos pobres e necessitados

O Patriarca afirmou que a Igreja maronita no Líbano já ajuda cerca de 33.456 pessoa através de um importe de cerca de 71 milhões de liras libanesas (que equivalem a cerca de 43 milhões de euros). As instituições da Igreja maronita, compreendendo as educativas, hospitalares e social, oferecem também oportunidades de emprego a 18.870 pessoas.

“O serviço de amor da Igreja se encontra hoje frente ao pesado dever de ajudar aos pobres e necessitados, cujo número está aumentado por causa da crise econômica e financeira, do aumento dos preços e depreciação da moeda libanesa”, afirmou o Patriarca.

Dom Béchara mencionou o encontro que teve com as autoridades civis do país para estudar um plano de salvação econômico. “Esperamos que o sucesso seja do Estado e da Igreja, para o maior bem comum e o bem-estar dos cidadãos, cada um em seu próprio setor de atividade e com seus próprios meios”, desejou o Prelado.

Ajuda a 5 mil famílias

Na segunda-feira, 4, teve início uma campanha para distribuir porções de comida a 5 mil famílias privadas de recursos. A campanha, posta sob o patrocínio do Patriarcado maronita, foi organizada pela ONG Solidarity, que recebe recursos da Fundação Maronita e da Fundação Gilbert y Rose-Marie Chaghouri.

A campanha é capaz de suprir as necessidades de alimentos de 5 mil famílias por seis meses. Se bem sucedida, poderá ser estendida para mais famílias e por um maior período de tempo, tendo em vista que os problema econômicos do país prometem perdurar por mais tempo.

Segundo dados do Ministério das Finanças do país, 50% dos libaneses vivem abaixo do nível de pobreza e 35% estão desempregados, número que subiu devido à pandemia e aos bloqueios impostos.

 

(Com informações da Asia News)

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Cardeal Scherer visita o Líbano e recebe título de doutor honoris causa

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14 de fevereiro de 2019

O Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Católica Saint-Esprit de Kaslik (Usek), no Líbano. A cerimônia de concessão do título acadêmico aconteceu no campus da instituição, na sexta-feira, 8.

A Usek é uma universidade católica fundada pela Ordem Maronita Libanesa e atende cerca de 8 mil alunos em quatro diferentes campi.

 

FRATERNIDADE

“Alguém poderia perguntar, e eu também me pergunto: que méritos possui o Cardeal de São Paulo, no Brasil, para receber um prestigioso título acadêmico em uma universidade do Líbano? A resposta não poderia ser outra, a não ser a imensa simpatia e generosidade das autoridades acadêmicas que assim decidiram”, afirmou Dom Odilo, em seu discurso de agradecimento.

O Cardeal recordou que, na cidade de São Paulo, existe uma grande comunidade de imigrantes libaneses e seus descendentes, sendo considerada a maior fora do Líbano. “A concessão, pela vossa Universidade, do título ao Arcebispo de São Paulo expressa mais ainda a relação fraterna entre São Paulo e Beirute, entre a Igreja do Líbano e a Igreja de São Paulo. Esta concessão também nos proporciona a ocasião para compartilharmos ainda mais as nossas riquezas humanas e religiosas, para o recíproco enriquecimento e ajuda”, destacou o Arcebispo.

 

SÍNODO DA AMAZÔNIA

Na sessão acadêmica, Dom Odilo apresentou uma reflexão sobre a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, que será realizada em outubro, no Vaticano, com o tema “Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

Ao elencar os desafios da missão da Igreja na Pan-Amazônia, o Cardeal Scherer ressaltou que não se trata apenas de questões ambientais e antropológicas, que também interessam à missão da Igreja. “Trata-se de questões que interpelam diretamente a missão religiosa da Igreja”, disse.

“O Papa Francisco definiu bem e precisou com clareza o ‘objetivo principal’ desta inédita iniciativa sinodal: identificar novos caminhos de evangelização dessa porção do povo de Deus”, acrescentou o Arcebispo. “O que mais importa é que Jesus Cristo seja testemunhado,anunciado, celebrado e comunicado na Amazônia e que a força do Evangelho converta as pessoas e promova a dignidade de seus habitantes, seja força de fraternidade e solidariedade na construção de novos modelos de desenvolvimento e condições de vida”, completou.

 

A HOMENAGEM

O título de doutor honoris causa é concedido por universidades a pessoas que se destacam em suas áreas de atuação e que são respeitadas por seu trabalho. Em latim, o termo honoris causa significa “por causa da honra”.

Dom Odilo é mestre em Filosofia e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. É também grão-chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), do Centro Universitário Assunção (Unifai) e da Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo

Em seu discurso, o Reitor da Usek se referiu ao homenageado como “Cardeal militante e testemunha da unidade querida pelo Cristo”

“Scherer conduz uma luta sem descanso contra o fluxo incontrolável de mudanças bruscas e desconcertantes que sobrevêm sobre o domínio social, econômico, científico e igualmente religioso que impacta tragicamente a sociedade, particularmente a brasileira, e notadamente o clima de indiferença religiosa que emerge e exprime um certo relativismo moral, não sem impactos sérios sobre a prática cristã e suficientemente perigoso para um eventual condicionamento das estruturas da mesma sociedade”, ressaltou o Padre Hobeika.

VISITA AO LÍBANO

Dom Odilo esteve no Líbano entre os dias 5 e 9 para uma programação que incluiu encontros com lideranças religiosas do País e celebrações, como a participação na festa de São Marun, patrono dos maronitas, celebrado no sábado, 9.

Na quinta-feira, 7, o Cardeal Scherer visitou a sede da Caritas Nacional do Líbano, que possui um centro de acolhida que abriga temporariamente pessoas em situação de refúgio e perseguição.

O Arcebispo de São Paulo encontrou acolhidos que fugiram de seus países por causa da guerra, além de mulheres que fugiram com seus filhos da violência doméstica. Há, ainda, mulheres vítimas de tráfico para exploração sexual.

“Percebemos que esse drama das migrações forçadas, do tráfico humano, sobretudo para a exploração sexual, é um drama mundial. Existem redes muito fortes que atuam nesse setor... O Papa está sempre denunciando esses fatos, inclusive a exploração do transporte das pessoas que fogem das situações de violência e que são exploradas economicamente na travessia do Mar Mediterrâneo para chegar a algum país da Europa e, muitas vezes, são abandonadas no mar ou na fronteira, sem que nenhum país queira recebê-las...”, relatou Dom Odilo à rádio 9 de Julho.

 

HARISSA

Dom Odilo também visitou o Santuário Maronita de Nossa Senhora do Líbano, no monte Harissa.

O templo, que no alto tem uma imagem da Virgem Maria de 20 metros, de altura, foi inaugurado em 1908. A construção do santuário foi inspirada pela proclamação do dogma da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854.

Desde 2018, existe no santuário uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, presenteada pelo Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo Emérito de Aparecida (SP).

No Carmelo de Harissa, o Cardeal encontrou as monjas carmelitas com quem teve um colóquio e rezou. Fundado há 60 anos por religiosas espanholas, hoje, a maioria das monjas é de origem libanesa e, segundo Dom Odilo, há muitas vocações.

O Arcebispo também visitou a Basílica Greco-Melquita São Pedro e São Paulo, templo famoso por seu interior adornados por ícones bizantinos.

(Colaborou Frederico Oliveira) (Com informações da Canção Nova e AMBA)
 

SÃO CHARBEL 

Youssef Antoun Makhlouf nasceu no dia 8 de maio de 1828, em Bekaa Kafra, no norte do Líbano. Foi um dos cinco filhos do casal Antoun Zaarour Makhlouf e Brigitta Chidiac, que eram profundamente religiosos.

Aos 20 anos, decidiu-se pela vida religiosa e ingressou no Mosteiro de Nossa Senhora em Mayfouq, seguindo depois para o Mosteiro de São Marun de Annaya, perto de Beirute.

No noviciado recebeu o nome de Charbel (Sarbélio), santo martirizado em Odessa. Foi ordenado sacerdote em 23 de julho de 1859, em Bkerke.

Sua vida religiosa resumia-se à prática da profissão evangélica e da austeridade, assiduidade na oração e obediência aos superiores. Jamais se queixou da vida comunitária ou das incompreensões que sofria. Era profundamente humilde.

 

EREMITA

Em 1875, Charbel obteve permissão para viver como eremita no eremitério dos santos apóstolos Pedro e Paulo, a 1200 metros de altitude, consagrando-se ao trabalho no campo, à oração e à penitência. Viveu 23 anos como eremita e era muito procurado para conselhos e orientação espiritual.

No dia 16 de dezembro de 1898, durante a celebração da missa, ao recitar a prece “Pai da verdade, eis o Vosso Filho, vítima do vosso agrado! Aceitai-o” (do rito maronita), teve um acidente vascular cerebral e começou a agonizar, sem deixar de rezar. Oito dias depois, na noite de Natal daquele mesmo ano, partiu para a Casa do Pai.

Ao ser exumado, seu corpo foi encontrado incorrupto. Exames mais detalhados mostraram que seu corpo transpirava água e sangue como qualquer organismo vivo. Tal notícia espalhou-se e grande número de fiéis acorreu ao mosteiro, buscando a intercessão do santo. Os relatos de curas físicas e espirituais começaram a ser examinados pelas autoridades eclesiásticas.

No dia 5 de janeiro de 1965, na conclusão do Concílio Vaticano II, foi beatificado por São Paulo VI. Durante a celebração, o Pontífice afirmou: “Grande é a alegria do Oriente e do Ocidente por este filho do Líbano, flor admirável de santidade, desabrochada na linguagem das antigas tradições monásticas orientais e venerada hoje pela Igreja de Roma”.

O Monge Charbel foi canonizado também por São Paulo VI, em 9 de outubro de 1977.

(Com informações de Aleteia)
 

Ritos que constituem a Igreja Católica

RITO OCIDENTAL

TRADIÇÃO LITÚRGICA LATINA OU ROMANA:

Rito latino da Igreja Católica Apostólica Romana (sede em Roma)

RITOS ORIENTAIS

TRADIÇÃO LITÚRGICA ALEXANDRINA:

Igreja Católica Copta (patriarcado; sede no Cairo, Egito)

Igreja Católica Etíope (metropolitanato; sede em Adis Abeba, Etiópia)

Igreja Católica Eritreia (metropolitanato; sede em Asmara, Eritreia)

TRADIÇÃO LITÚRGICA BIZANTINA:

Igreja Greco-Católica Melquita (patriarcado; sede em Damasco, Síria)

Igreja Católica Bizantina Grega (eparquia; sede em Atenas, Grécia)

Igreja Católica Bizantina Ítalo-Albanesa (eparquia; sede na Sicília, Itália)

Igreja Greco-Católica Ucraniana (arcebispado maior; sede em Kiev, Ucrânia)

Igreja Greco-Católica Bielorrussa (também chamada Católica Bizantina Bielorrussa, sede em Minsk, Belarus)

Igreja Greco-Católica Russa (sede em Novosibirsk, Rússia)

Igreja Greco-Católica Búlgara (eparquia; sede em Sófia, Bulgária)

Igreja Católica Bizantina Eslovaca (metropolitanato; sede em Prešov, Eslováquia)

Igreja Greco-Católica Húngara (metropolitanato; sede em Nyíregyháza, Hungria)

Igreja Católica Bizantina da Croácia e Sérvia (eparquia; sedes em Križevci, Croácia, e Ruski Krstur, Sérvia)

Igreja Greco-Católica Romena (arcebispado maior; sede em Blaj, Romênia)

Igreja Católica Bizantina Rutena (metropolitanato; sede em Pittsburgh, Estados Unidos)

Igreja Católica Bizantina Albanesa (eparquia; sede em Fier, Albânia)

Igreja Greco-Católica Macedônica (exarcado ou exarquia; sede em Escópia, Macedônia)

TRADIÇÃO LITÚRGICA ARMÊNIA:

Igreja Católica Armênia (patriarcado; sede em Beirute, Líbano)

TRADIÇÃO LITÚRGICA MARONITA:

Igreja Maronita (patriarcado; sede em Bkerke, Líbano)

TRADIÇÃO LITÚRGICA ANTIOQUENA OU SIRÍACA OCIDENTAL:

Igreja Católica Siríaca (patriarcado; sede em Beirute, Líbano)

Igreja Católica Siro-Malancar (arcebispado maior; sede em Trivandrum, Índia)

TRADIÇÃO LITÚRGICA CALDEIA OU SIRÍACA ORIENTAL: 

Igreja Católica Caldeia (patriarcado; sede em Bagdá, Iraque)

Igreja Católica Siro-Malabar (arcebispado maior; sede em Cochim, Índia)

 

LEIA TAMBÉM: Cardeal escreve Carta Pastoral sobre o 1º sínodo arquidiocesano

 

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Cardeal Scherer recebe título de doutor honoris causa no Líbano

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11 de fevereiro de 2019

O Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, recebeu nesta sexta-feira, 8, o título de doutor honoris causa da Universidade Católica Saint-Esprit de Kaslik (Usek), no Líbano. A cerimônia de concessão do título acadêmico aconteceu no Auditório da Faculdade de Música da Usek, no campus de Jounieh.

O título foi entregue pelo reitor a instituição, o Padre e doutor Georges Hobeika. Também participaram do evento o Patriarca da Igreja Católica Maronita, Cardeal Béchara Pierre Raï, o Núncio Apóstólico no Líbano, Dom Joseph Spiteri, e o Eparca Maronita no Brasil, Dom Edgar Madi. 

FRATERNIDADE ENTRE BRASIL E LÍBANO

“Alguém poderia perguntar, e eu também me pergunto: que méritos possui o Cardeal de São Paulo, no Brasil, para receber um prestigioso título acadêmico em uma Universidade do Líbano? A resposta não poderia ser outra, a não ser a imensa simpatia e generosidade das autoridades acadêmicas que assim decidiram”, afirmou Dom Odilo, em seu pronunciamento de agradecimento.

O Cardeal recordou que, na cidade de São Paulo existe uma grande comunidade de imigrantes libaneses e seus descendentes, sendo considerada a maior fora do Líbano. “A concessão, pela vossa Universidade, do título ao Arcebispo de São Paulo expressa mais ainda a relação fraterna entre São Paulo e Beirute, entre a Igreja do Líbano e a Igreja de São Paulo. Esta concessão também nos proporciona a ocasião para compartilharmos ainda mais as nossas riquezas humanas e religiosas, para o recíproco enriquecimento e ajuda”, destacou o Arcebispo. 

A UNIVERDIDADE 

A Usek é uma universidade católica fundada pela Ordem Maronita Libanesa e atende cerca de 8 mil alunos em quatro diferentes campi. O título de doutor honoris causa é concedido por universidades a pessoas que se destacam em suas áreas de atuação e que são respeitadas por seu trabalho, independentemente de seus diplomas acadêmicos. Em latim, o termo “honoris causa” significa “por causa da honra”.

VIAGEM AO LÍBANO 

Dom Odilo está no Líbano desde a terça-feira, 5, para uma viagem que segue até o sábado, 9. A programação da visita inclui encontros com lideranças religiosas do País e celebrações, como a participação na festa de São Marun, patrono dos maronitas. 

Nesta quinta-feira, 7, o Cardeal visitou a sede da Caritas Nacional do Líbano, que possui um centro de acolhida que abriga temporariamente pessoas em situação de refúgio e perseguição.

O Arcebispo de São Paulo encontrou acolhidos que fugiram de seus países por causa da guerra, além de mulheres que fugiram com seus filhos da violência doméstica. Há, ainda, mulheres vítimas de tráfico para exploração sexual.

“Percebemos que esse drama das migrações forçadas, do tráfico humano, sobretudo para a exploração sexual, é um drama mundial. Existem redes muito fortes que atuam nesse setor... O Papa está sempre denunciando esses fatos, inclusive a exploração do transporte das pessoas que fogem das situações de violência e que são exploradas economicamente para a travessia do Mar Mediterrâneo para chegar a algum país da Europa e, muitas vezes, são abandonadas no mar ou na fronteira sem que nenhum país queira recebê-las...”, relatou Dom Odilo à rádio 9 de Julho.

(Com informações de Canção Nova e AMBA)
 

LEIA A REPORTAGME COMPLETA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DE O SÃO PAULO, EM 13/02/19.

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‘O País está saturado’

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28 de janeiro de 2019

O presidente libanês, Michel Aoun, afirmou que seu País está saturado de refugiados sírios e palestinos e propôs a criação de um banco árabe para ajudar os Estados árabes a superar a crise e permitir o retorno dos refugiados aos seus lares.

Desde que a guerra civil começou na Síria, em 2011, o Líbano recebeu mais de 1 milhão de refugiados, o que representa mais de 15% da população total, estimada em 6,2 milhões de habitantes, dos quais 40% são cristãos. Ele pediu à comunidade internacional que dobre os esforços para melhorar “as condições para os refugiados retornarem, de acordo com a lei internacional”.

Fontes: Reuters/ Arab News
 

LEIA TAMBÉM: Centenas de milhares marcham pela vida

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Brasil concede nacionalidade a duas irmãs apátridas

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18 de outubro de 2018

O Governo Federal concedeu nacionalidade brasileira às primeiras pessoas reconhecidas como apátridas na história do Brasil. Maha e Souad Mamo foram naturalizadas brasileiras em Genebra, na Suíça, durante encontro do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). A entrega do documento de nacionalidade foi feita pelo coordenador-geral do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Bernardo Laferté, e pela representante permanente do Brasil na ONU, a embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo. 

Em junho, as duas irmãs tiveram a condição de apátrida (em que o indivíduo não tem nacionalidade reconhecida) confirmada pelo governo brasileiro, no primeiro processo que teve como base a Lei de Migração, que entrou em vigor no ano passado. Antes da nova legislação, a designação de “apátrida” não existia no ordenamento jurídico do Brasil. 

Nascidas no Líbano, as duas irmãs não puderam ser registradas em seu país, porque lá se exige que os nascidos sejam filhos de pais e mães libaneses. Seus pais, de nacionalidade síria, também não puderam registrá-las no país de origem. Na Síria, crianças só são registradas por pais oficialmente casados, o que não era o caso deles.

Cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo não têm nacionalidade e, por isso, são consideradas apátridas. Por falta de uma certidão de nascimento e outros documentos de identidade, muitas vezes elas são impedidas de frequentar escola, consultar um médico, trabalhar, abrir uma conta bancária, comprar uma casa ou se casar. 

A nova Lei de Migração dispõe sobre medidas protetivas para os apátridas, facilitando garantias de inclusão social e naturalização simplificada para os cidadãos sem pátria. Se acaso os apátridas não quiserem solicitar naturalização imediata, terão residência no país aceita em definitivo. Mesmo que a condição de apátrida não seja reconhecida por algum motivo, o que cabe recurso, o indivíduo não poderá ser devolvido para países onde sua vida, liberdade ou integridade pessoal estejam em risco.

Fonte: Agência Brasil
 

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Profanadores muçulmanos são condenados a decorar trechos do Corão

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24 de fevereiro de 2018

Uma juíza cristã condenou dois jovens muçulmanos que profanaram uma imagem de Nossa Senhora a ler e decorar algumas passagens do Corão que elogiam a Virgem Maria. A pena alternativa foi dada em substituição à pena convencional, para não enviar os jovens à prisão. Líderes muçulmanos e políticos elogiaram a decisão.

Há alguns dias, os dois jovens entraram em uma igreja, profanaram uma imagem mariana, filmaram o ato, divulgando-o posteriormente nas redes sociais, e foram presos pela Polícia. No dia 8, a juíza Jocelyne Matta decidiu que os jovens deveriam
decorar um texto do Corão, no qual a Virgem Maria é exaltada.

O Padre Rouphael Zgheib, sacerdote maronita, explicou que “recorrer a este tipo de sentença reeducativa é uma nova orientação na prática da justiça libanesa e é uma aplicação do artigo 111 do Código Penal”. Esse artigo “autoriza o juiz investigador a substituir a detenção de um acusado por qualquer outra medida considerada mais apropriada e efetiva”, explicou o Sacerdote.

Fonte: ACI

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Maior estátua de São Charbel

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03 de setembro de 2017

Uma grande estátua de São Charbel (foto) foi instalada na cidade de Faraya. A estátua mede 23 metros de altura e 9 metros de largura. É a maior estátua de São Charbel do mundo. A área ao redor da estátua pode conter 6 mil pessoas e será utilizada para a celebração de missas a céu aberto.

São Charbel Makhlouf nasceu em 1828, em uma família de camponeses católicos maronitas. Contra a vontade de sua família, São Charbel decidiu entrar para a vida religiosa. Em 1859, foi ordenado sacerdote e em 1875 decidiu viver como eremita. Até a sua morte, no dia 24 de dezembro de 1898, São Charbel viveu uma vida de oração e penitência, recebendo os fiéis que vinham procurá-lo para aprender a se aproximar de Deus.

São Charbel realizou inúmeros milagres, antes e depois de sua morte. Foi canonizado em 1977 pelo Beato Paulo VI, e seu túmulo é um local de peregrinação muito frequentado até hoje.

Fontes: La Croix, Fides, The 961 e Asia News

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