A necessidade de fazer mais

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05 de julho de 2019

Quem faz uma doação para a ACN, muitas vezes não faz ideia do que Deus pode multiplicar a partir da caridade de cada um. Veja agora o que seu gesto de amor pode gerar.


“Eu via as crianças perdidas nas ruas, sozinhas... e eu pensava: tenho que fazer mais”. Esse é o sentimento da Irmã Teresinha Mendes, desde quando ela era uma jovem catequista em Jacobina, na Bahia, onde entrou para a Congregação das Irmãs e Irmãos Servos do Espírito Santo. Lá, começou a trabalhar em um bairro da cidade onde estavam os bêbados e as prostitutas. Ela e outras irmãs criaram cinco casas para os que viviam nas ruas e começaram um longo trabalho de evangelização.


“Foi um trabalho que me evangelizou, muito mais do que eu evangelizei”. Depois dessa vivência, ela sentiu que precisava ajudar as famílias mais pobres. Com o tempo, foi convidada a ir para Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. “Passamos dois anos só visitando e conhecendo a realidade: meninos de rua andando nus, sem ter o que comer, sem ter uma casa. A conversa com os pais era sempre a mesma: ‘Não trabalhamos porque não temos onde deixar as crianças’. Conversamos com o pároco e decidimos abrir a primeira creche”. Atualmente, ela atende 250 crianças. “Começamos do nada e quando vimos o tamanho que a obra tomou, sentimos a mão da misericórdia divina”, conta emocionada a Irmã.


No mesmo ano que começou o trabalho na creche, duas crianças foram abandonadas na porta da casa das Irmãs. Elas sentiram, então, a necessidade de ampliar suas atividades. Começaram outra obra social, o projeto Construindo o Amanhã. Ele nasceu de um desejo das Irmãs de trabalharem com crianças que estão em situação de vulnerabilidade. “Nós estamos numa comunidade quilombola chamada Quingoma. Aqui, até pouco tempo, havia um lixão e todo aterro sanitário de Lauro de Freitas vinha para cá. O objetivo das creches é dar às mães a possibilidade de trabalhar. As creches atendem crianças de 1 a 5 anos, em tempo integral. Os pequenos fazem todas as refeições no local, inclusive o jantar. “Toda criança já vai pra casa com a barriguinha cheia.”


Não é fácil para a Irmã Teresinha manter toda essa estrutura. Sem pessoas que a ajudassem, talvez tudo isso não existiria. A ACN tem ajudado a Irmã em sua missão desde que chegou em Lauro de Freitas, pois ela também faz parte do GRIMPO (Grupo de Religiosas Inseridas no Meio Popular), uma iniciativa apoiada pela ACN desde 1965.


Cada irmã ajudada pela ACN é como o fermento na massa. Elas chegam em uma realidade e a mudam completamente, semeando esperança e colhendo frutos concretos. E cada doação de um benfeitor da ACN transforma muitas vidas, pois é um gesto suscitado pelo mesmo sentimento que Deus despertou no coração da Irmã Teresinha no início de sua vocação: “tenho que fazer mais.”

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ACN – uma ponte de amor

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11 de março de 2019

A ACN é uma Fundação Pontifícia que há mais de 70 anos auxilia os que mais precisam no mundo todo. A partir de hoje, você é convidado a acompanhar essa aventura de fé, pois mensalmente conhecerá mais sobre essa obra aqui no jornal O SÃO PAULO.

A história da ACN (sigla do nome em Inglês Aid to the Church in Need, que em Português é traduzido como Ajuda à Igreja que Sofre) teve início no Natal de 1947, época em que o mundo vivia o período pós-2a Guerra Mundial. Os alemães viviam uma grande miséria sem ter quem os ajudasse, pois o ódio estava latente no coração daqueles que sofreram horrores nas mãos do nazismo.

Um jovem padre holandês, chamado Werenfried van Straaten, vivia na Bélgica e estava incomodado com toda a situação de miséria e ódio que o mundo experimentava naquele momento. Ele mesmo havia perdido muitos amigos na guerra.

Naquele Natal, Padre Werenfried – cujo nome significa combatente pela paz – escreveu um artigo intitulado “Sem lugar na hospedaria”. No artigo, ele pedia pelo restabelecimento do amor em um mundo dilacerado; ele escreveu contra o ódio e a favor da reconciliação, colocando a misericórdia acima do direito.

Aquele artigo definiu a missão do Padre Werenfried: seu apelo encontrou eco no coração de muitos belgas, que ajudavam com doações em dinheiro e, quando não tinham dinheiro, ofereciam toucinho, fato que o apelidou como Padre Toucinho.

Com essa ajuda, Padre Werenfried conseguiu alimentar os alemães com comida e esperança, provando que “as pessoas são melhores do que pensamos”. Nascia aí a ACN. Sua iniciativa permitiu que os padres pudessem novamente acompanhar as pessoas que precisavam deles; para isso, criou o que chamou de “padres de mochilas”. Eram sacerdotes que viajavam em motos e atendiam a população levando a esperança que brota da fé. Também fundou a Ordem dos Construtores, com o objetivo de erguer casas para famílias que não tinham onde morar.

Todo esse trabalho tornou-se conhecido e o Padre Werenfried começou a viajar o mundo para “enxugar as lágrimas de Cristo, onde quer que Ele chore”. Na década de 50, ele foi para a Ásia e conheceu a Madre Teresa de Calcutá. Foi o primeiro na Europa a escrever sobre o trabalho dela, tornando mais conhecida a missão da futura Santa Teresa de Calcutá.

Nos anos 60, o Papa João XXIII chamou o Padre Werenfried à Roma e pediu que ele estendesse sua ajuda à América Latina. O primeiro país a ser visitado foi o Brasil e, desde então, foram realizados milhares de projetos que ajudaram aqueles que mais sofrem aqui no País.

Com o crescimento da ACN, foram abertos escritórios em diversos países, entre eles o Brasil – desde 1997. Sobre os pilares informação, oração e ação, a ACN tornou-se uma ponte de amor entre aqueles que precisam de ajuda e os que querem ajudar.

Padre Werenfried faleceu em 2003, com 90 anos, deixando como herança seu carisma de ajudar os que sofrem. Como Fundação Pontifícia, a ACN é ligada diretamente ao Papa Francisco. Uma obra conduzida por Deus, que se utiliza dos corações dos seus filhos, uma obra da qual você é chamado a participar e viver essa aventura da fé!

 

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