“Estamos enfrentando a fase mais dura e mais difícil dessa pandemia”

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04 de mai de 2020

O Governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira, 4, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes que essa é a fase mais difícil da pandemia do novo coronavírus até o momento.

“Estamos enfrentando a fase mais dura e mais difícil dessa pandemia”, afirmou, diante dos mais de 100 mil casos já oficializados no País. O Estado de São Paulo tem 31.772 casos confirmados de coronavírus, com 2.627 óbitos.

O número de internados cresceu nos últimos dias em todo o estado, chegando a 3.272 pessoas em unidades de terapia intensiva (UTI) e 5.150 em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 67,9% no estado e a 88,8% na Grande São Paulo.

MÁSCARAS OBRIGATÓRIAS

O governador também anunciou que o uso de máscaras nas ruas em todo o estado será obrigatório a partir da quinta-feira, 7. Com isso, além da obrigatoriedade do uso em transporte público, que teve início na segunda-feira, os paulistas serão obrigados a usar a máscara, mesmo a de tecido, em qualquer espaço público, ou seja, quando precisarem sair de casa. O decreto será publicado no Diário Oficial de na terça-feira, 5.

“A partir de hoje já passa a valer a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os meios de transporte público e privado e agora estendemos isso a toda população, com o objetivo de proteger os brasileiros de São Paulo, para que tenham menos possibilidade de serem infectados ou irem a óbito”, afirmou Doria.

A regulamentação sobre esse decreto caberá a cada prefeitura. São elas que vão definir a fiscalização e a aplicação das penalidades a quem desobedecer a medida. Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na capital, a regulamentação das medidas deverá ser estabelecida até a quarta-feira, 6.

RELAXAMENTO DAS MEDIDAS

O isolamento social no estado de São Paulo voltou a alcançar neste domingo, 3, 59%, taxa considerada satisfatória pelo governo paulista. Na capital, o isolamento chegou a 58%. O ideal é a taxa acima de 70%, mas o governo considera satisfatórios índices entre 50% e 60%.

Segundo o governador, as cidades que não atingirem taxas satisfatórias e se mantiverem abaixo de 50% não vão participar do plano de relaxamento das medidas de isolamento, previstas para ter início no próximo dia 11.

“Não havendo índice superior a 50%, cidades estarão automaticamente excluídas de relaxamento”, disse Doria. Durante o período de quarentena, somente os serviços considerados essenciais - como logística, segurança pública, saúde e abastecimento - têm funcionamento permitido no estado.

De acordo com Doria, a quarentena adotada em São Paulo ajudou a diminuir a propagação do vírus evitando que o atual número de mortes fosse dez vezes maior. Ele assegurou que a quarentena só será encerrada após a aprovação da ciência e da Medicina.

COMBATE AO NOVO CORONAVÍRUS

O estado e a prefeitura de São Paulo vão investir R$ 300 milhões do Fundo Municipal de Saneamento para o combate ao coronavírus. Os recursos provenientes do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental (FMSAI), antes destinados somente a ações de saneamento e infraestrutura, serão incorporados ao Tesouro Municipal para fortalecer as ações de enfrentamento da pandemia e evitar o colapso do sistema de saúde pública da cidade.

“Originalmente, esses recursos são destinados para as ações de saneamento e infraestrutura, mas neste momento, dada a prioridade, serão integralmente redirecionados para a saúde pública na capital de São Paulo, para proteger vidas”, disse Doria.

O montante de R$ 300 milhões corresponde aos valores arrecadados em 2020 ou em anos anteriores, que não estão comprometidos em outros projetos e obras. Os recursos do Fundo são provenientes dos repasses efetuados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e seus respectivos rendimentos financeiros, referentes aos 7,5% da receita bruta obtida a partir da exploração dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de São Paulo.

(Com informações de Governo do Estado de São Paulo e Agência Brasil)

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Com Doria, PSDB vence 7ª eleição seguida em SP

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31 de outubro de 2018

Na eleição estadual mais disputada de todo o Brasil em 2018, o paulistano João Doria Junior, 60, do PSDB, foi eleito para comandar o Estado de São Paulo, no domingo, 28 de outubro, superando o atual governador, Márcio França (PSB), por uma diferença de cerca de 700 mil votos. 

Essa foi a sétima vitória seguida do PSDB nas eleições em São Paulo. Os tucanos venceram com Mário Covas em 1994 e 1998, com Geraldo Alckmin em 2002, 2010 e 2014 e com José Serra em 2006. 

Nestas eleições, Doria foi o preferido de 10,99 milhões de eleitores (51,75% dos votos válidos), enquanto França obteve 10,25 milhões de votos (48,25%). O candidato derrotado, que governa o Estado desde abril, quando Geraldo Alckmin (PSDB) renunciou ao cargo para concorrer à Presidência da República, parabenizou o ex-prefeito da Capital Paulista, q ue também em abril deixou a Prefeitura de São Paulo para participar da disputa estadual. “Não podemos de jeito nenhum, a partir de janeiro, ter qualquer gesto de rancor ou torcer para dar errado. Temos que torcer para dar certo”, disse França. 

 

NEM UM NEM OUTRO PARA 35% DOS PAULISTAS

Repetindo um cenário verificado nas eleições em todo o Brasil, a disputa em São Paulo registrou elevado índice de abstenções: dos 33,04 milhões de eleitores, 7,19 milhões (21,78% do total) não compareceram às urnas. Além disso, 3,54 milhões anularam o voto (10,71% do eleitorado) e 1,05 milhão (3,19%) votou em branco. O somatório desses percentuais indica que aproximadamente 35% dos paulistas não optou por nenhum dos candidatos que chegaram ao 2º turno. Os 10,99 milhões de votos do governador eleito representam aproximadamente 1/3 (33,26%) dos eleitores do Estado São Paulo.

 

DORIA PREVALECE NO INTERIOR; FRANÇA NA CAPITAL

Dos 645 municípios paulistas, Doria foi vitorioso em 392 (60,7% do total), a maioria no interior do Estado. O número é inferior ao de 509 cidades onde o tucano obteve mais votos no 1º turno e bem abaixo do alcançado por Alckmin em 2014, que venceu em 644 cidades. O pleito daquele ano foi decidido no 1º turno. Em 2018, pela primeira vez após 16 anos, houve a necessidade de dois turnos para a definição do eleito ao Palácio dos Bandeirantes. 

França foi o mais votado em 253 cidades, a ampla maioria no litoral paulista e no Vale do Ribeira. Também ficou à frente na Capital Paulista, com 58,1% dos votos válidos contra 41,9% de Doria.  

 

ALINHAMENTO COM BOLSONARO

Após ser confirmado como vencedor das eleições estaduais, João Doria concedeu entrevista coletiva no Clube Homs, na Capital Paulista. Ele reafirmou o alinhamento programático com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (leia mais na página 11), do qual se aproximou especialmente no 2º turno, com a estratégia de campanha chamada de “BolsoDoria”. 

“Vamos governar para todos os brasileiros de São Paulo. A nossa gestão será da transparência, liberal, inovadora. Conosco será a nova política. Nós, a partir de janeiro, estamos aposentando a velha política de São Paulo. São Paulo vai liderar a nova política, progressista, desenvolvimentista, para gerar empregos, atrair capital externo, gerar recursos no agro, turismo, indústria, tecnologia e ciência”, disse o eleito, afirmando confiar na capacidade de Bolsonaro para unificar o Brasil.

13 PARTIDOS ELEGEM GOVERNADORES

PT

2014: 5 estados

2018: 4 estados (população somada de 30,6 milhões de pessoas); Eleitos: Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí) – em 1º turno – e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), em 2º turno

MDB

2014: 7 estados

2018: 3 estados (14,8 milhões de pessoas); Eleitos: Renan Filho (Alagoas), em 1º turno; e Ibaneis Rocha (Distrito Federal) e Helder Barbalho (Pará), em 2º turno

PSDB

2014: 5 estados

2018: 3 estados (59,6 milhões de pessoas); Eleitos: João Doria (São Paulo), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), todos em 2º turno

PSL

2014: nenhum estado

2018: 3 estados (9,4 milhões de pessoas); Eleitos: Comandante Moises da Silva (Santa Catarina), Coronel Marcos Rocha (Rondônia) e Antonio Denarium (Roraima), todos em 2º turno

PSB

2014: 3 estados

2018: 3 estados (17,5 milhões de pessoas); Eleitos: Paulo Câmara (Pernambuco), João Azevêdo (Paraíba) e Renato Casagrande (Espírito Santo), todos em 1º turno

DEM

2014: Nenhum estado

2018:  2 estados (10,4 milhões de pessoas); Eleitos: Mauro Mendes (Mato Grosso) e Ronaldo Caiado (Goiás), todos em 1º turno

PSC

2014: Nenhum estado

2018:  2 estados (21,2 milhões de pessoas); Eleitos: Wilson Witzel (Rio de Janeiro) e Wilson Lima (Amazonas), em 2º turno

PSD

2014: 2 estados

2018: 2 estados (13,6 milhões de pessoas); Eleitos: Ratinho Junior (Paraná), 1º turno; e Belivaldo Chagas (Sergipe), 2º turno

PDT

2014: 2 estados

2018: 1 estado (800 mil pessoas); Eleito: Walder Góes (Amapá), em 2º turno

NOVO

2014: Nenhum estado

2018: 1 estado (21 milhões de pessoas); Eleito: Romeu Zema (Minas Gerais), 2º turno

PCDOB

2014: 1 estado

2018: 1 estado (7 milhões de pessoas); Eleito: Flávio Dino (Maranhão), 1º turno

PHS

2014: Nenhum estado

2018: 1 estado (1,6 milhão de pessoas); Eleito: Mauro Carlesse (Tocantins), 1º turno

PP

2014: 1 estado

2018: 1 estado (900 mil pessoas); Eleito: Gladson Cameli (Acre), em 1º turno

(Com informações da Agência Brasil, BBC e TSE)
 

CAMINHOS PARA O PSDB

Doria também falou sobre o futuro do PSDB, que pela primeira vez desde 1994 não elegeu o Presidente da República nem chegou ao 2º turno na disputa nacional.

“A partir de 1° de janeiro, no meu PSDB, acabou o muro. Não tem mais muro. Este será o novo PSDB, um partido que tem lado”, comentou. Durante a campanha, Doria desvinculou sua imagem à do presidenciável Alckmin, que também é presidente nacional do partido, e foi criticado por lideranças históricas dos tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador Alberto Goldman. Doria afirmou que com o resultado conquistado em São Paulo, “logicamente que a correlação de forças [no PSDB] muda. É da política isso”. Ele ainda comentou que “o PSDB precisa se sintonizar com o momento presente e futuro do nosso País”. 

Sobre o modo com que pretende governar o Estado, Doria disse que vai reduzir o número de secretarias e que será “um governador municipalista”. 

(Com informações da Agência Brasil e G1)
 

Cardeal Scherer parabeniza João Doria


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Hora de escolher os comandantes do poder executivo: presidente e governador

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05 de outubro de 2018

Responsabilidade máxima. Essa é a expressão que melhor sintetiza a atribuição de um presidente da República no regime Presidencialista, como no caso brasileiro. 

O presidente acumula a função de chefe de governo – o responsável pelas ações e decisões do cotidiano da política brasileira – e de chefe de Estado – sendo o representante máximo do País perante o mundo. Assim, por exemplo, quando o presidente cria uma política pública, ele o faz como chefe de governo. Já quando recebe uma autoridade internacional, atua como chefe de Estado.

A lista de atribuições que competem a um presidente da República é extensa. A maioria delas está descrita no artigo 84 da Constituição Federal: nomear e exonerar ministros de Estado; sancionar, promulgar ou vetar leis aprovadas pelo Congresso Nacional; organizar a administração federal; manter relações diplomáticas com outras nações; executar uma intervenção federal; exercer o comando supremo das Forças Armadas; declarar guerra em caso de agressão estrangeira (após ser autorizado pelo Congresso Nacional); indicar e nomear – após posterior aprovação no Senado Federal – ministros para o Supremo Tribunal Federal; definir orçamentos e investimentos do tesouro nacional; editar medidas provisórias, as quais vigoram com força de lei antes da análise e aprovação do Congresso. 

Em síntese, é a política pública adotada pelo presidente e seu relacionamento com o Congresso Nacional para aprovação de medidas estratégicas que ditarão o ritmo do País. Por isso, a escolha de um candidato a esse cargo deve ser feita de modo criterioso. O mesmo vale na hora definir o voto para governador, uma vez que o eleito é o responsável pelo Poder Executivo estadual nos âmbitos jurídico, político e administrativo. 

Entre as muitas atribuições que competem ao govenador estão a nomeação de secretários estaduais; o comando das polícias Civil e Militar; as prioridades dos investimentos em infraestrutura; e a administração dos recursos enviados pela União ou conseguidos por empréstimos nacionais e internacionais. O governador também pode propor a elaboração de projetos de lei a respeito de temas que são de competência estadual, a serem votados pela Assembleia Legislativa. 

O presidente da República e o governador têm mandato de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição consecutiva por igual período. 

 
Fontes: Politize! e Cartilha “Os cristãos e as eleições 2018”. 
 

 

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