Igreja testemunha para o mundo o valor e a dignidade da família

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10 de agosto de 2019

Entre os dias 11 e 17, a Igreja no Brasil comemora a Semana Nacional da Família, cujo tema – “A família, como vai?” – recorda os 25 anos da Campanha da Fraternidade de 1994. 


Ao longo dos séculos, a Igreja Católica sempre promoveu o verdadeiro sentido e valor da instituição familiar. 
 

AMOR CONJUGAL

Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai”.


Também o Concílio Vaticano II, na Constituição Pastoral Gaudium et Spes (1965), fala da promoção da dignidade do Matrimônio e da família, ao ressaltar que o “verdadeiro amor entre marido e mulher” implica a mútua doação de si mesmo, inclui e integra a dimensão sexual e a afetividade, correspondendo ao desígnio divino. “Assim, os cônjuges são de certo modo consagrados e, por meio de uma graça própria, edificam o Corpo de Cristo e constituem uma igreja doméstica, de tal modo que a Igreja, para compreender plenamente o seu mistério, olha para a família cristã, que o manifesta de forma genuína.” 


São Paulo VI aprofundou a doutrina sobre o Matrimônio e a família. Em particular, com a Encíclica Humanae Vitae (1968), destacou o vínculo intrínseco entre amor conjugal e procriação.  “O amor conjugal requer nos esposos uma consciência da sua missão de ‘paternidade responsável’, sobre a qual hoje tanto se insiste, e justificadamente, e que deve também ela ser compreendida com exatidão (...). O exercício responsável da paternidade implica, portanto, que os cônjuges reconheçam plenamente os próprios deveres para com Deus, para consigo próprios, para com a família e para com a sociedade, numa justa hierarquia de valores”. 

HOMEM E MULHER

A Doutrina da Igreja se baseia na antropologia cristã, que destaca a diferença e complementaridade entre o homem e a mulher. Na catequese de 15 de abril de 2015, o Papa Francisco refletiu sobre esse tema, partindo do primeiro relato da criação no livro do Gênesis, que diz: “à imagem de Deus os criou: homem e mulher os criou” (Gn 1,27). 
“Isto nos diz que não somente o homem tomado a si é imagem de Deus, não somente a mulher tomada a si é imagem de Deus, mas também o homem e a mulher, como casal, são imagem e semelhança de Deus”, explicou o Papa, reforçando que “a diferença entre homem e mulher não é para a contraposição, ou a subordinação, mas para a comunhão e a geração, sempre à imagem e semelhança de Deus”.

PATERNIDADE E MATERNIDADE

“Toda criança tem direito a receber o amor de uma mãe e de um pai, ambos necessários para o seu amadurecimento íntegro e harmonioso. Como disseram os bispos da Austrália, ambos contribuem, cada um à sua maneira, para o crescimento duma criança”, enfatiza o Papa Francisco na Exortação Apostólica Amoris Laetitia (2016), acrescentando que ambos, “homem e mulher, pai e mãe, são cooperadores do amor de Deus criador e como que os seus intérpretes”. 
“Além disso, juntos é que eles ensinam o valor da reciprocidade, do encontro entre seres diferentes, onde cada um contribui com a sua própria identidade e sabe também receber do outro. Se, por alguma razão inevitável, falta um dos dois, é importante procurar alguma maneira de o compensar, para favorecer o adequado amadurecimento do filho”, completou o Pontífice. Sobre esse aspecto, Francisco ressalta a importância da “família alargada”, onde estão os pais, os tios, os primos e até os vizinhos.

UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA

O Papa Bento XVI, na Encíclica Deus Caritas Est (2005), retomou o tema da verdade do amor entre o homem e a mulher, que se vê iluminado plenamente apenas à luz do amor de Cristo crucificado. Sublinha que “o Matrimônio baseado em um amor exclusivo e definitivo se torna o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano”. 
São João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio (1981), reforçou o sacramento do Matrimônio como dom para a santificação dos esposos, porque a sua pertença recíproca é a representação real da mesma relação de Cristo com a Igreja. “Os esposos são, portanto, para a Igreja, a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar.”

INDISSOLÚVEL

Pela sua própria natureza, o amor conjugal exige dos esposos uma fidelidade inviolável. Essa é uma consequência da doação de si mesmos que os esposos fazem um ao outro. “Esta união íntima, enquanto doação recíproca de duas pessoas, tal como o bem dos filhos, exigem a inteira fidelidade dos cônjuges e reclamam a sua união indissolúvel”, ressalta o Catecismo. 
Sobre esse tema, na Exortação Apostólica Amoris Laetitia, o Papa Francisco enfatiza: “A indissolubilidade do Matrimónio – ‘O que Deus uniu não o separe o homem’ (Mt 19,6) – não se deve entender primariamente como ‘jugo’ imposto aos homens, mas como um ‘dom’ concedido às pessoas unidas em Matrimônio”. 

EXEMPLO DE NAZARÉ

Durante sua visita a Nazaré, em 1964, São Paulo VI afirmou que a aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. 
“Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.”

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Mais de 100 mil marcham em favor da vida e da família

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26 de junho de 2019

No sábado, 22, na cidade de Guayaquil, mais de 100 mil pessoas se manifestaram em defesa da vida, da família e da Constituição. O lema da manifestação – “Respeito à Constituição, à família e à vida” – faz referência à decisão da Suprema Corte do País, que reconheceu as uniões entre pessoas do mesmo sexo, em 12 de junho.


Outras pautas das manifestações foram a rejeição às tentativas de legalizar o aborto, o uso da maconha e a mudança de sexo de menores sem consentimentos dos pais. A marcha foi organizada por diversos grupos a favor da vida e da família.


Os organizadores divulgaram comunicado e assinalaram que “nos últimos dias, a Corte Constitucional mediante a sentença nº 11-18-CN/19, aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Equador, violando o artigo 67 da Constituição, que diz: ‘O casamento é a união entre homem e mulher, com base no livre consentimento das pessoas contraentes e na igualdade de seus direitos, obrigações e capacidade jurídica’”.


Em relação ao direito à vida, o comunicado adverte que “está sendo realizado o segundo e último debate sobre a reforma do Código Orgânico Integral Penal (COIP), em que se busca a legalização do aborto em cinco causas (exceções): incesto, estupro, inseminação não consentida, malformação congênita e abuso. Além disso, nele se estabelece o limite para terminar a gravidez até o terceiro mês de gestação, ou seja, assassinar o bebê até a 14ª semana dentro do ventre materno”.


Denunciaram-se, também, as mudanças legislativas que permitirão a chamada “barriga de aluguel” e a mudança de sexo de menores sem o consentimento dos pais. Outro perigo é a mudança legislativa no Código da Criança e do Adolescente, que permitirá a adoção de crianças por pessoas em uniões homossexuais. 


Uma nova marcha será realizada em Quito, capital do País, no sábado, 29.
 

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Paróquia São Felipe Neri realiza 2º encontro para pessoas com deficiência visual

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27 de abril de 2018

A Pastoral Familiar da Paróquia São Felipe Neri, no Setor Pastoral Vila Alpina da Região Episcopal Belém, realizou no domingo 22, o 2º Encontro com Pessoas com Deficiência Visual.

Ao todo, 36 encontristas participaram e foram auxiliados por 41 pessoas chamadas de ‘ombro amigo’.

No total, 123 voluntários foram envolvidos no encontro, que teve como principal objetivo a integração dos deficientes visuais na Paróquia, para que eles se sintam acolhidos.

O encontro ocorreu das 7h às 18h e foi coordenado pelo casal Raimundo e Maria, e contou com palestras, descontrações, dinâmicas e muita oração. O evento ficou marcado pela acolhida, generosidade e integração de toda comunidade.

(Colaborou Nilton Sergio Ruiz Gomes)

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