COB fará repasse recorde a confederações de esportes olímpicos

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16 de novembro de 2019

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) irá repassar R$ 120 milhões às confederações nacionais que gerem as 34 modalidades que fazem parte do programa olímpico de Tóquio 2020. Trata-se de um valor recorde e 10% superior ao montante de 2018. A divisão de recursos é assegurada pela Lei 13.756 (antiga Lei Agnelo/Piva). 

CRITÉRIOS 
Para definir a distribuição desses valores, foram levados em consideração 12 critérios, sendo dez esportivos e dois administrativos. Teve maior peso sobre a definição dos percentuais o fato de a modalidade ter atletas medalhistas no mais recente campeonato mundial adulto, no último campeonato mundial da categoria de base ou na última edição dos Jogos Olímpicos. 
Em 2016, ano dos Jogos no Rio de Janeiro, foram repassados R$ 101,7 milhões às confederações. No ano seguinte, houve retração para R$ 77,8 milhões, mas houve aumentos nos anos posteriores: R$ 97,3 milhões, em 2018, e R$ 109 milhões, em 2019.
Para 2020, o COB elevou o peso do Programa Gestão Ética e Governança, que avalia as confederações com base no seu nível de maturidade em gestão e governança, adotando como referência os principais guias de boas práticas de mercado. 
“Para 2020, estamos aumentando o volume de recursos ordinários repassados às modalidades em relação aos anos anteriores. Procuramos ser os mais justos possíveis na distribuição. Estamos sempre dedicados em mostrar uma evolução nos critérios, por isso eles são sempre revisados. Nossa intenção é mostrar que, quanto melhor a confederação utiliza seus recursos e mais resultados ela apresenta, mais condições terá de receber nos anos seguintes”, afirmou Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB, quando do anúncio dos percentuais dos repasses, em 30 de outubro. 

RUMO A TÓQUIO 2020
As cinco confederações que mais receberão verbas são: Voleibol (R$ 6.771.599,38), Judô (R$ 6.359.926,08), Ginástica (R$ 5.968.034,13), Vela (R$ 5.894.303,66) e Canoagem (R$ 5.375.700,44). Para as cinco novas modalidades do programa olímpico – Beisebol/Softbol, Escalada Esportiva, Karatê, Skate e Surfe – serão repassados diretamente às confederações, como um todo, cerca de R$ 8 milhões.
O COB já trabalha com a projeção de maior arrecadação e investimentos na história do esporte brasileiro. A estimativa é que mais de 85% da verba das loterias seja alocada diretamente em ações esportivas. 
Para o diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara, os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 exigirão uma logística desafiadora: “É onde veremos o fruto do nosso trabalho de quatro anos sendo colocado à prova. Foi uma preparação difícil, mas o Brasil tem sido bem representado internacionalmente pelos atletas, e isso é fruto do trabalho integrado de todos os agentes do esporte. Estamos com uma expectativa positiva da participação em Tóquio”.

RECEPÇÃO DE RECURSOS 
A distribuição dos repasses dos recursos ordinários foi aprovada pelo Conselho de Administração do COB, no dia 29 de outubro, antes de ser apresentada aos presidentes das confederações. Ainda este ano, a entidade anunciará a estimativa de arrecadação total da “Lei das Loterias”, que inclui, além dos recursos ordinários, o orçamento para projetos extraordinários para a preparação das modalidades esportivas.
A Lei 13.756 destina cerca de 1,7% do valor apostado em todas as loterias federais do País ao COB. O Comitê utiliza os recursos que recebe da “Lei das Loterias” seguindo os critérios estipulados pela própria lei e o planejamento técnico desenvolvido em conjunto com as confederações olímpicas brasileiras. 
 

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