‘Peçamos a Deus a firmeza e a constância na fé’

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12 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa na manhã desta terça-feira, 12, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

No Evangelho do dia (Jo 14,27-31a), Jesus concede a sua paz aos discípulos e diz: “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. “Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu”.

Dom Odilo ressaltou que essas palavras de Jesus são confortadoras e encorajam os discípulos para que permaneçam firmes na caminhada. 

CONFIAR NAS PROMESSAS DE DEUS

Já a primeira leitura (At 14,19-28) relata o episódio em que Paulo foi apedrejado e arrastado para fora da cidade. O Apóstolo, contudo, encorajava os discípulos a permanecerem firmes na fé e lhes dizia: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”.

“A fé é um dom precioso que, muitas vezes, é posto à prova para que possamos aprofundá-la ainda mais”, destacou o Cardeal.

O Arcebispo chamou a atenção, ainda, para o pedido contido na oração do dia: “Dai ao vosso povo constância e firmeza na fé para que jamais duvide das vossas promessas”.

“Fracassamos na fé quando esquecemos as promessas de Deus. A perda da fé é uma desconfiança em relação a Deus. Por isso, afastamo-nos e tentamos nos afirmar sozinhos, contando com nossas próprias forças... A fé tem sempre como primeiro fruto a confiança em Deus e, em seguida, a esperança em suas promessas”, afirmou Dom Odilo.

TENTAÇÃO

O Cardeal enfatizou que a desconfiança em Deus é uma  das maiores tentações e está presente desde o início da história da humanidade, quando a serpente tentou Adão e Eva a não confiarem na promessa de Deus e comerem do fruto proibido. Também no êxodo do deserto, o povo começou a duvidar de Deus e a murmurar contra Moisés, questionando se o Senhor realmente estava com eles.

Por fim, invocando a intercessão dos santos mártires celebrados neste dia, São Nereu, Santo Aquiles e São Pancrácio, Dom Odilo pediu que Deus conceda a  firmeza e constância na fé.    

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‘É grande a responsabilidade daqueles que Jesus envia’

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07 de mai de 2020

Na missa desta quinta-feira, 7, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, enfatizou que os discípulos de Jesus Cristo devem tomar consciência da missão de serem sinais dignos daquele que o Pai enviou para salvar a humanidade.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter a rápida disseminação do novo coronavírus, as missas diárias de Dom Odilo têm sido transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Como tem feito em todas as manhãs, o Cardeal ofereceu a Eucaristia pela intenção de todo o povo da Igreja em São Paulo, especialmente os doentes, os falecidos e as pessoas que sofrem com a pandemia em todos os aspectos.

DISCURSO DE DESPEDIDA

No Evangelho de Dia (Jo 13,16-20) retorna ao contexto da última ceia em que Jesus começa a fazer seu “discurso de despedida”, no qual ele começa a falar da traição que haveria de sofrer, sem mencionar Judas Iscariotes.

“Jesus se refere à traição de Judas, mas também a tantas traições ao longo da história, de tantas infidelidade que vão acontecendo ao longo da história. A Igreja também experimentou tantas vezes esses momentos de abandono, infidelidade e traição, de pessoas que renegam a fé, quando não a atacam ou perseguem aqueles que creem em Jesus”, destacou o Cardeal.

Em seguida, chamou a atenção para recomendação de Jesus aos apóstolos: “Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

Nesse sentido, o Arcebispo enfatizou que quem não recebe Jesus, portanto, está se pondo contra o desígnio do Pai de salvar toda a humanidade. “A partir daí, podemos pensar no quanto é grande a responsabilidade daqueles que Jesus envia. Eles, naturalmente, têm a garantia de que Jesus os acompanha, mas que também devem se portar de maneira digna para que aqueles que os receberem recebam, assim, a Jesus”.

“Receber Jesus na nossa pessoa de discípulos é uma grande honra, mas é também uma grande responsabilidade, de sermos sinais dignos, claros, transparentes dele, de maneira que as pessoas possam reconhecer Jesus no discípulo, e em Jesus reconheçam a vontade salvadora de Deus”, afirmou.

PREGAÇÃO DE PAULO

A primeira leitura (At 13,13-25) continua a narrar a primeira viagem missionária de São Paulo, que chegou até Antioquia da Pisídia, onde o Apóstolo entra em uma sinagoga com Barnabé, ouvem as leituras e, em seguida, começam a pregar, recordando a história do povo de Israel, acompanhado por Deus, que não os abandonou e, por isso, enviou o Salvador, Jesus, para que todos, por meio dele, tenham salvação.

“Paulo, portanto, pregou, testemunhou Jesus com coragem, para que todos pudessem receber, por meio dele, a Palavra da salvação e pudesse também reconhecer na pessoa dele o próprio Jesus”, ressaltou o Cardeal, recordando os inúmeros missionário que hoje anunciam a Jesus em circunstâncias que nem sempre são favoráveis, como na Amazônia e na regiões que mais sofrem hoje com a pandemia.

“Lembremos deles, peçamos a Deus que os proteja, conforte a bençoe”, concluiu Dom Odilo.

CUIDAR DA SAÚDE

No fim da missa, Dom Odilo encorajou os fiéis a enfrentarem esses tempos difíceis com fé, respeitando as recomendações das autoridades sanitárias para evitar o avanço da pandemia.

“São limitações chatas, talvez, mas necessárias, para que possamos preservar a saúde, importantes para que possamos desenvolver a caridade a paciência, tantas virtudes. Que possamos redescobrir, valorizar a vida sob tantos aspectos que tantas vezes são esquecidos quando todo nosso tempo está ocupado fora de nós, fora de casa”, exortou.

 

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‘Rezar pelas vocações é também rezar pelas comunidades cristãs’

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06 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta quarta-feira, 6, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Na homilia, Dom Odilo destacou a primeira leitura (At 12,24-13,5a), que narra o episódio em que, a comunidade dos cristãos reunida em oração em Antioquia ouviu do Espírito Santo: “Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei”.

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

O Cardeal ressaltou que essa cena mostra que onde existem comunidades vivas, fervorosas, nascem vocações.  

“As vocações sacerdotais de religiosas não caem do céu ou vêm do vazio. Nascem em famílias fervorosas e em comunidades que valorizam e vivem bem a fé, que são organizadas. Portanto, rezar pelas vocações é também rezar pelas comunidades cristãs”, enfatizou.

O Arcebispo pediu, ainda, que Deus possa chamar de todas as paróquias pessoas para a vida consagrada, sacerdotal e missionária, para o serviço do Evangelho e para a missão da Igreja.  

Por fim, Dom Odilo abençoou o trabalho realizado pela Pastoral Vocacional nas paróquias e pediu a intercessão de Nossa Senhora, mãe das vocações, para que Deus continue a chamar pessoas para seguirem a Jesus Cristo.

ATENÇÃO PELOS MAIS POBRES

Na conclusão da missa, o Cardeal reforçou seu apelo para as pessoas estejam atentas as necessidades dos mais pobres nesse período de pandemia, ressaltando que muitas pessoas estão impossibilitadas de trabalhar e sem uma fonte de renda para sustentar suas famílias.

“Olhemos para os que mais precisam da nossa ajuda. Na medida do possível, apoiemos as organizações de caridade que temos em abundância em nossa sociedade para ajudar os pobres”, exortou.  

Dom Odilo também alertou que está prevista para os próximos dias uma queda da temperatura na cidade e, por isso, pediu que haja preocupação também com as pessoas que mais sofrem com o frio, sobretudo, as que estão em situação de rua. “Pensemos naqueles que precisam de agasalho, de cobertores... Não deixemos de partilhar”, concluiu.

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