Países europeus preveem volta das missas públicas

Por
05 de mai de 2020

As conferências episcopais de muitos países europeus começaram já a divulgar o planejamento para a volta do culto público na igrejas católicas.

Na Itália, o país europeu que teve as medidas de isolamento mais duras devido à pandemia do novo coronavírus, um protocolo geral para o retorno das missas com presença de fiéis foi elaborado, revelou o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Gualtiero Bassetti, no sábado, dia 2. O Cardeal agradeceu a discussão “contínua e frutuosa” das últimas semanas com o governo italiano e informou que as missas não voltarão em menos de duas semanas.

A afirmação do Cardeal ocorre dias depois da declaração da CEI em que criticou o governo italiano por não respeitar o direito ao exercício da liberdade de culto, por colocar em segundo plano, em seu plano de reabertura do país, a volta das missas públicas.

“Deveria ser claro a todos que o empenho ao serviço em benefício aos pobres, tão significativo nesta emergência, nasce de uma fé que deve poder se nutrir na fonte, particularmente na vida sacramental”, enfatizaram os bispos na ocasião.

Áustria: missas a partir de 15 de maio

A Áustria, um dos países europeus menos atingidos pela COVID-19, está na frente de outras nações em seu plano de desconfinamento. Os ofícios religiosos públicos poderão voltar a ser celebrados a partir do dia 15 de maio. As comunhões poderão ocorrer desde que os fiéis se apresentem com máscaras, podendo tirá-las rapidamente para receber a Eucaristia.

A Conferência Episcopal da Áustria publicou, no dia 2, sábado, as regras detalhadas para as celebrações em lugares fechados, informou a agência católica de notícias Kathpress. Segundo as determinações, um espaço de 10 metros quadrados por pessoa deve estar disponível. Além disso, os fiéis devem manter uma distância mínima de dois metros entre si. O uso de máscara é obrigatório, salvo para crianças com menos de 6 anos.

Outras regras sanitárias também foram estabelecidas, e a Conferência Episcopal afirmou que estas serão atualizadas em função da evolução da epidemia.

Alemanha: missas públicas já podem ser celebradas

A Alemanha é o país mais à frente na volta do culto público nas igrejas em relação aos seus vizinhos europeus. Os ofícios públicos puderam voltar a ser celebrados na segunda-feira, 4, segunda-feira, com medidas de higiene semelhantes a de outros países.

Das missas na Catedral de Colônia, poderão participar apenas os que colocaram seu nome numa lista disponibilizada na internet. Essa medida não foi adotada em todos os lugares, pois as providências tomadas diferem de acordo com a região do país.

Suíça: missas apenas no dia 8 de junho

A Suíça é um dos países em que os cultos públicos mais demorarão a voltar. Isso porque o governo suíço não levou em consideração as missas em seu plano de desconfinamento, fato criticado por Dom Felix Gmür, presidente da Conferência Episcopal Suíça. Dessa forma, as igrejas só poderão ser reabertas a partir de 8 de junho, dia em que começa no país a terceira fase de desconfinamento.

Na Bélgica, por sua vez, ainda não foi divulgada uma data para a volta das missas públicas. Os bispos belgas pedem que o retorno das celebrações esteja em consonância com as linhas definidas pelo Conselho Nacional de Segurança da Bélgico, em 24 de abril.

França: bispos pedem que missas voltem antes do previsto

Na França, os bispos estão descontentes em face da demora do governo francês em autorizar a volta das missas públicas. O primeiro ministro do país, Édouard Philippe, anunciou, em 28 de abril, que a volta dos cultos deverá ocorrer apenas em 2 de junho, apesar das escolas e de alguns ramos do comércio poderem voltar no dia 11 de maio.

Os bispos franceses demonstraram o desejo de celebrar a missa de Pentecostes, em 31 de maio. O governo francês não cedeu a esse pedido. Os prelados se reuniram na segunda-feira, 4, em sessão extraordinária para discutir a situação.

“A vida espiritual, a vida sacramental e a vida litúrgica não são lazeres que podemos viver sem facilmente, nem são atividades sem importância social”, afirmou Dom Eric de Moulins-Beaufort, presidente da Conferência Episcopal Francesa, em 30 de abril.  Segundo o Prelado, “a participação da missa contribui para a paz dos corações, para a força nas tribulações, para a capacidade de guardar o coração e o espírito abertos e calmos em tempos difíceis e inquietos”.

 

Fonte: Cath.ch e Vatican News

Comente

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.