Na hora de ir à feira

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13 de mai de 2020

A pandemia do novo coronavírus forçou a população mundial a mudar muitos hábitos, principalmente de higiene. No estado de São Paulo, desde o dia 7, é obrigatório o uso de máscaras nas ruas, nos estabelecimentos comerciais, no transporte público e em carros por aplicativos. Muitas medidas também foram tomadas para evitar aglomerações, como o fechamento de todo comércio que não seja considerado essencial, além da expansão das restrições à circulação de veículos, segundo os critérios do novo rodízio municipal, já em vigor.

A partir desta edição, O SÃO PAULO publica dicas sobre as ações de higiene indispensáveis para tarefas cotidianas. Neste primeiro artigo, o destaque envolve a ida às feiras livres, um hábito semanal de muitas pessoas.

Produção e transporte

Antes que frutas, verduras e hortaliças estejam disponíveis nas barracas, os produtores e agricultores familiares já estão orientados pelas autoridades sanitárias a redobrar os cuidados de higiene, a fim de evitar a proliferação do novo coronavírus. Essas medidas contemplam desde a higiene pessoal por parte dos trabalhadores à limpeza dos ambientes, superfícies e veículos de transporte.

Ambientação

Em São Paulo, a Prefeitura determinou que haja mais espaçamento entre as barracas e orienta que as pessoas não fiquem tão próximas umas das outras. A degustação de qualquer fruta ou verdura está suspensa, assim como o consumo de alimentos feitos na hora.

A caminho da feira

Antes de sair de casa, coloque sua máscara de proteção. Leve consigo álcool em gel para higienizar as mãos e evite levá-las ao rosto enquanto estiver na rua, pois o vírus entra facilmente pelo nariz, boca e olhos. Vale lembrar que o novo coronavírus pode estar em qualquer tipo de superfície: no suporte de barracas, nas bacias de frutas e legumes e nos próprios alimentos. O ideal é que apenas uma pessoa da família, que não seja idosa nem esteja no grupo de risco, vá à feira, o que ajuda a reduzir as aglomerações. Também é importante respeitar a distância mínima de 1,5m das demais pessoas.

Evite pagar em dinheiro

Sempre que possível, pague com cartão de débito ou crédito, para evitar o manuseio de cédulas ou moedas, que, por serem uma superfície, podem funcionar como “meio de transporte” para o novo coronavírus. Ao chegar a sua casa, lave bem as mãos com água e sabão, retire sua máscara de tecido, deixe-a de molho por cerca de 30 minutos em uma solução com água sanitária e depois lave-a com água e sabão.

Tenha atenção com roupas, calçados e objetos

Roupas e calçados podem funcionar como meio de transporte para o novo coronavírus. Por isso, sempre que voltar para casa, após qualquer atividade na rua, é indispensável deixar o calçado usado na porta de entrada ou limpá-lo com água sanitária. É importante trocar a roupa que estava usando, deixando-a em uma sacola plástica, para que seja lavada separadamente depois. Também é importante higienizar com álcool o seu smartphone e objetos como relógios, brincos, anéis, chaves etc.

Sacolas e embalagens

Prefira produtos previamente embalados, evitando tocar os produtos em exposição. Não apoie sacolas e embalagens em bancos, mesas ou mesmo no chão. Ao chegar a sua casa com as compras, descarte imediatamente as embalagens externas, como sacolas e sacos plásticos e bandejas de isopor, higienizando as sacolas retornáveis e carrinhos de feira com álcool fator 70% ou hipoclorito de sódio em borrifador ou pano úmido.

Limpeza da pia

Antes de limpar a superfície dos produtos ou lavar frutas e verduras, lave as mãos novamente com água e sabão e desinfete a pia, passando um pano com álcool, antes e depois do processo.

Higienização dos alimentos

A higienização de frutas, legumes e verduras deve ser feita em três etapas: lavagem em água para retirada de resíduos, imersão em solução com água sanitária (uma colher de sopa diluída em 1 litro de água) por 15 minutos e posterior enxágue. Também é recomendada a solução de hipoclorito de sódio, encontrada em supermercados. Alimentos com e sem casca também devem ser lavados dessa forma. O ideal é lavar todos os alimentos no mesmo dia.

(Com informações de Agência Brasil, Governo do Distrito Federal, Estado de Minas e Prefeitura de SP)

 

 

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Cuidado com o próximo

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24 de abril de 2020

A costureira Silvana Ferreira da Silva e o esposo, Ronaldo Miranda de Souza, atuantes na Comunidade Santo Eugênio, da Paróquia Santa Teresinha, no Setor Dom Paulo Evaristo, confeccionaram e distribuíram 350 máscaras para familiares, vizinhos e membros da Paróquia onde o filho, Thiago, 10, participa da Catequese. As máscaras foram feitas tendo por base as que o garoto recebe na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), onde faz o tratamento de uma enfermidade pulmonar.

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Pastoral da Saúde orienta agentes a redobrar cuidados nas visitas aos enfermos

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26 de março de 2020

Ouvir as dificuldades dos enfermos, ajudá-los para que tenham esperança no tratamento, dar apoio aos familiares e fazer com que todos não percam a fé mesmo nos momentos de maior fragilidade são virtudes dos agentes da Pastoral da Saúde, as quais se tornam ainda mais importantes diante desta pandemia do novo coronavírus.
No entanto, tudo isso precisa ser feito com redobrado cuidado para que os agentes não se tornem transmissores do vírus ou se contaminem.

EVITE COLOCAR O DOENTE EM MAIOR RISCO
De acordo com o Padre João Inácio Mildner, Assistente Eclesiástico Arquidiocesano da Pastoral da Saúde, a recomendação geral a todos os agentes é a de que, se estiverem com tosse, resfriado, coriza e febre não visitem os doentes.
Mesmo para os agentes da Pastoral que se encontram em aparente boa condição de saúde – vale lembrar que alguém infectado pela COVID-19 pode levar de cinco a 12 dias para apresentar os primeiros sintomas –, a recomendação é a de que as visitas nas casas “não sejam demoradas e que sempre realizem a higienização das mãos, lavando-as ou passando álcool em gel, que se respeite a vontade do enfermo e se evite muito contato físico, mantendo sempre uma certa distância do enfermo”, detalhou o Padre João ao O SÃO PAULO.

LIMITAÇÕES NA IDA AOS HOSPITAIS 
A prestação de assistência religiosa aos doentes nos hospitais está garantida no Artigo 5o da Constituição Federal, mas, diante dessa situação excepcional, muitas entidades hospitalares solicitaram à Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo que suspenda as visitas. 
“Acreditamos ser muito correta essa medida. Quanto menor for a circulação de pessoas na área hospitalar de internação, melhor para o enfermo internado. Nos hospitais que ainda permitem a atuação do agente de pastoral, sugerimos que sempre busquem orientação na enfermagem”, recomendou o Padre João. 

RECADO ESPECIAL AOS AGENTES IDOSOS
O Assessor Eclesiástico Arquidiocesano da Pastoral da Saúde disse, ainda, que, neste momento crítico, a sugestão aos agentes mais idosos é seguir a recomendação do Ministério da Saúde: “Ou seja, ficar em casa se protegendo do coronavírus. Depois, quando a pandemia passar, poderão voltar à visitação ao enfermo”. 
Isso não significa, porém, ficar de braços cruzados, conforme detalhou o Padre João: “Uma forma de se fazer presente ao enfermo nesta situação é realizar um telefonema, mandar uma mensagem, pode ser pelo WhatsApp... Neste tempo de reclusão nas casas, os agentes de pastoral têm uma missão muito importante: rezar para que Deus livre o mundo desta pandemia, olhe com carinho por todos os enfermos, proteja os profissionais da saúde que estão nas frentes de batalha e os agentes de pastoral, para que sejam fiéis à sua vocação de bom samaritano”. 
Conforme apurou a reportagem, algumas paróquias da Arquidiocese têm incentivado que a administração do sacramento da Comunhão aos enfermos nas casas seja feita pelos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão mais jovens. “Tenho buscado que os Ministros idosos sejam substituídos por mais jovens e em melhores condições físicas. Que não descuidemos da visita nas casas, mas que se redobre a atenção. Não podemos abandonar o povo”, afirmou o Padre Andrés Gustavo Marengo, Pároco da Paróquia Natividade do Senhor, na Região Episcopal Santana. 

PADRES NOS HOSPITAIS
Padre João Mildner também disse que a Pastoral tem dialogado com os padres sobre o provável aumento dos pedidos pelo sacramento da Unção dos Enfermos. “Nosso querido Papa Francisco está pedindo que os padres não abandonem os doentes. Cada vez mais haverá solicitação para que os padres deem a assistência sacramental nos hospitais” disse, lembrando que tal visita deve ser feita com os devidos cuidados e seguindo as recomendações das equipes médicas. 
“No caso do coronavírus, existe uma forma muito especial de uso dos equipamentos de proteção individuais (EPIs), e os padres devem cumprir com todas as exigências dos hospitais. É uma segurança para que o padre não se contamine com o vírus. Sempre o orientamos quando nos é solicitada alguma informação sobre essas visitas. Uma ótima maneira de proceder nessas situações é o padre solicitar a orientação na enfermagem do andar em que o enfermo está internado”, detalhou o Assessor Eclesiástico da Pastoral da Saúde, recordando ser indispensável o uso de avental, luvas, máscara, gorro e óculos de proteção, além da lavagem das mãos após a retirada desses ítens. 

DISSEMINAR INFORMAÇÃO CORRETA
A Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo também recomenda a seus agentes que estejam atentos aos debates nos conselhos de saúde sobre o enfrentamento do novo coronavírus e que, “acima de tudo, ajudem nas suas comunidades a divulgar as formas de prevenção. A informação simples e segura é a melhor arma para enfrentarmos esta pandemia. Este é também o apelo do nosso Arcebispo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer”.  

CANCELAMENTO DOS CURSOS
Em decorrência das restrições de contato social para evitar a proliferação da COVID-19, a Pastoral da Saúde informou que estão suspensas as oito turmas dos cursos da Pastoral nas regiões episcopais e do Curso de Pastoral Hospitalar. 

‘VAMOS CONFIAR EM DEUS’
 “A Igreja vos ama. Vosso sofrimento não é em vão. Como nos ensina São Paulo: completar em si mesmo, na própria carne ‘o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja’ (Cl 1,24). Vamos confiar em Deus. Ele nos dará forças para enfrentarmos esta pandemia. Nosso Pai do Céu cuida de seus filhos e filhas. Vamos pedir a Mãe Aparecida que ela nos cubra com seu manto de amor”, concluiu o Padre João, em mensagem a todos os enfermos e agentes da Pastoral da Saúde.

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O melhor remédio é a prevenção

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26 de março de 2020


Em 25 de fevereiro, foi registrado o primeiro caso de coronavírus no Brasil. O paciente, um morador da cidade de São Paulo, foi infectado durante uma viagem de trabalho à Itália. Diariamente, os números atualizados pelo Ministério da Saúde demonstram o crescimento acelerado da doença, que, em menos de um mês, já atingiu todos os estados e o Distrito Federal.
Sem o tratamento e vacina específicos para a COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus, os governos estaduais, por meio das orientações da vigilância sanitária, vêm implantando medidas que inibem a circulação da população em espaços públicos, na tentativa de diminuir a propagação do vírus. Contudo, é preciso, ainda, que cada cidadão se previna individualmente.
A reportagem do O SÃO PAULO conversou com o médico infectologista Munir Ayub, que é consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, sobre as principais ações preventivas para o novo coronavírus.

COMO EVITAR?
O infectologista reiterou que a melhor forma de se prevenir a contaminação pelo novo coronavírus é a higienização, sobretudo com a lavagem correta das mãos várias vezes ao dia (veja como lavar as mãos no box ao lado). Quando não for possível a limpeza com água e sabão, recomenda-se o uso de álcool em gel graduação 70%.

NOS OBJETOS
Estudos indicam que o novo coronavírus sobrevive por cerca de três horas em superfícies contaminadas. Por isso, é necessária a higienização com álcool nas mesas e computadores: “Um dos itens mais importantes é o celular, pois, além de mexermos constantemente, falamos nele. Por isso, é preciso sua higienização algumas vezes por dia”, disse Ayub, completando que, para a limpeza do chão, o uso de água sanitária apresenta uma eficácia satisfatória.

EM TRANSPORTES PÚBLICOS
Alguns estados anunciaram que a limpeza de ônibus, metrôs e trens no período de pandemia pela COVID-19 será intensificada. Mesmo assim, é preciso que os usuários estejam atentos e evitem levar as mãos ao rosto, aos olhos e boca antes da limpeza adequada.
Ao sair do transporte público, busque higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel fator 70% o mais rapidamente possível. 

DURANTE A QUARENTENA
Para quem estiver em casa, procure deixar as janelas abertas e os ambientes arejados e limpos. Lembre-se de higienizar todos os móveis, inclusive as maçanetas e interruptores com álcool líquido, sempre com fator 70%.
Prefira papel toalha descartável para secar as mãos. Nunca compartilhe objetos pessoais como copos e talheres. 

COM A ALIMENTAÇÃO 
Outra precaução apontada pelo médico é com relação à lavagem de frutas e legumes consumidos crus, como a maçã.
No caso dos refogados, não é necessário lavar antes, pois a alta temperatura do cozimento elimina todas as bactérias e vírus.  

ETIQUETA RESPIRATÓRIA
Ao tossir, cubra a boca e o nariz com os braços e não com as mãos. Utilize lenço descartável, jogue-o fora rapidamente e lembre-se de lavar as mãos imediatamente.
Quem apresentar sintomas gripais deve evitar contato com outras pessoas e fazer uso de máscara cirúrgica até a definição do diagnóstico. Ayub enfatizou, porém, que é preciso trocá-la de duas a três horas, pois a máscara tende a umedecer, evitando a filtragem do ar e perdendo sua eficácia. 
Além disso, deve-se lavar as mãos todas as vezes que tocar na máscara ou utilizá-la para cobrir o nariz. 

DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÃO
O site da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo oferece um guia de ações preventivas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. 

HISTÓRICO DO VÍRUS

As doenças respiratórias relacionadas ao coronavírus são conhecidas pela população mundial desde a década de 1960. O médico Munir Ayub explicou que, anteriormente, as síndromes SARS-CoV (responsável por causar doenças respiratórias agudas graves) e MERS-CoV (que atingiu o Oriente Médio) já causaram preocupação no passado. 
O infectologista explicou que pouco ainda se sabe sobre a nova mutação deste vírus, que tem como caracterização desenvolver uma doença respiratória semelhante a uma pneumonia. “Na maioria das pessoas, ocorre um quadro gripal comum, mas, em outras situações, principalmente em idosos e pessoas com alguma outra enfermidade, tem se apresentado uma taxa de mortalidade maior”, afirmou, usando como comparação o surto mundial de gripe H1N1, ocorrido em 2009.

 

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A alimentação pode ajudar na fertilidade

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06 de março de 2020

A maior parte das mulheres, ao descobrir a gravidez, procura dicas de nutricionistas, sites e outros meios para compreender como ter uma alimentação saudável durante a gestação. Médicos aconselham diminuir o consumo de açúcar e sal e ingerir em maiores quantidades verduras e carnes que contenham ferro, por exemplo. O que muitas pessoas não sabem, porém, é que a ingestão de alguns alimentos específicos é fundamental para a melhoria da saúde reprodutiva e essencial para a fertilidade.
Em entrevista ao O SÃO PAULO, Nayara Massunaga Okazaki, nutricionista doutoranda em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia Funcional, explicou que a fertilidade envolve sistemas reprodutores, tanto masculino quanto feminino, que devem funcionar de forma saudável. 
“Esses sistemas são responsáveis pela produção de hormônios, que, por sua vez, atuam na produção de óvulos e espermatozoides. Para que tais processos aconteçam, são extremamente necessários alguns nutrientes, como zinco, magnésio e vitamina D, especialmente. A alimentação anti-inflamatória também é indicada, uma vez que o estresse oxidativo atrapalha o bom funcionamento destes sistemas”, disse. 
Nayara recordou que existe, ainda, um contexto de alimentação que pode não ser saudável e dificulta a atuação dos hormônios envolvidos na fertilidade. Essa foi a experiência vivida por Rachel Terra Costa Rosatti, que, aos 30 anos, está grávida do segundo filho. 

FORÇA E FOCO
Formada em Educação Física e Fisioterapia, Rachel contou à reportagem que, embora esteja ligada ao universo da saúde desde jovem, nunca cuidou da própria saúde e chegou a pesar 142kg.  
“Sempre fui mais gordinha. Depois que entrei na faculdade e comecei a trabalhar, engordei ainda mais. Embora sonhasse em formar uma família e ter filhos, percebi tarde o quanto o estilo de vida que levava até então poderia dificultar a gestação”, contou.
Casada e após meses sem usar nenhum tipo de método para impedir a gravidez, Rachel percebeu que a obesidade era, realmente, um causador de infertilidade. 
“Nunca fiz uso de anticoncepcionais e não usava nenhum tipo de dispositivo para evitar a gravidez nas relações com meu esposo. Com 142kg eu me considerava uma pessoa infértil. Tentei emagrecer, sem sucesso. Então, decidi fazer cirurgia bariátrica. O pós-operatório foi extremamente difícil para mim e, em dezembro de 2016, comecei o processo de emagrecimento. Em julho de 2017, descobri que estava grávida. No entanto, a orientação era que a gestação ocorresse somente dois anos após a cirurgia, devido aos déficits alimentares e, por isso, fiquei muito preocupada. Foi uma gravidez acompanhada, e, como eu ainda estava em processo de emagrecimento, perdi 17kg, que não foram só de gordura, mas também de músculos, o que me deixou muito fraca”, contou.
Internada, Rachel passou por uma cirurgia cesariana de emergência com 38 semanas de gestação.
“Graças a Deus, meu filho nasceu bem e agora já estou no quarto mês de uma segunda gestação. Hoje, tenho uma alimentação muito melhor e procuro, cada vez mais, mudar os hábitos, cotidianamente. Já estamos até pensando em um terceiro filho”, disse Rachel, sorridente. 

HÁBITOS SAUDÁVEIS
Thatiana Galante, nutricionista funcional, com amplos conhecimentos em medicina tradicional chinesa com foco em saúde da mulher, afirmou à reportagem que a alimentação não é apenas uma aliada, mas essencial para a fertilidade do casal. 
“Todas as nossas células necessitam de nutrientes, e não é diferente com os óvulos e espermatozoides. Células pobres em nutrientes produzem óvulos de baixa qualidade, e assim também acontece com os espermatozoides. Por exemplo, para a cauda do espermatozoide se movimentar rapidamente, é necessária a presença de zinco. Na minha prática, é muito comum avaliar homens com baixa quantidade de zinco no organismo. Isso é apenas um exemplo de falta de um nutriente que afeta diretamente a fertilidade”, explicou Thatiana.
A nutricionista salientou que todos os alimentos não industrializados são aliados quando o assunto é gravidez e que cada pessoa deve ser vista especificamente. O mesmo ocorre durante a gestação, cuja avaliação deve ser feita a cada trimestre. 
Acerca dos alimentos que prejudicam a fertilidade, Thatiana ressaltou que “existem hábitos alimentares que afetam a fertilidade, tais como o consumo de café, bebidas alcoólicas, fumo e frituras. Esses são exemplos de hábitos que devem desaparecer da rotina de quem quer engravidar”. 

CURA PELA NATUREZA
Priscila Coelho de Oliveira, 36, está muito feliz em seu quinto mês de gestação. Em janeiro de 2019, ela começou um processo de mudança de hábitos, mas não sabia que isso seria tão importante nos meses que seguiriam. 
“Quando meu esposo e eu decidimos tentar engravidar, fomos juntos à ginecologista. Fiz exames de sangue, e, fisicamente, tudo parecia estar bem. Após o segundo mês de tentativas, a médica sugeriu fazer um acompanhamento da ovulação com ultrassom. Foi então que descobrimos que eu não estava ovulando. Ela falou sobre as possibilidades de tratamento médico, e eu perguntei se antes poderia tentar um tratamento natural. Então, priorizei isso e comecei a cozinhar mais e cuidar melhor dos alimentos que consumíamos, tentando aumentar a quantidade de orgânicos e eliminar ao máximo os agrotóxicos. Além disso, fiz o acompanhamento com uma terapeuta integrativa”, contou Priscila.
Foram vários meses com uma dieta específica e uso de elementos como argila, óleos medicinais, tinturas e outros compostos para ajudar a regular a produção de hormônios e estimular a ovulação. “Além disso, comecei a consumir sementes como linhaça e girassol, que são adequadas para cada fase do ciclo. Sabemos, no entanto, que os tratamentos naturais são mais demorados e, por isso, em setembro, a médica me deu um ultimato e falou sobre opções medicamentosas. Após conversar com meu esposo, decidimos que começaríamos com os remédios em outubro”, recordou. 
O casal, porém, fez ainda um último tratamento, com ingestão, em jejum, de um composto que continha canela e mel. Foi grande a surpresa quando, em outubro, na consulta médica seguinte, receberam a notícia de que a ovulação de Priscila tinha se normalizado. “A gravidez veio em novembro e não precisamos de nenhum outro medicamento”, contou, feliz.

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Fotos das crianças nas redes sociais?

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16 de agosto de 2019

Um estudo da empresa de segurança digital AVG, a partir de dados de cidadãos dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Austrália, Nova Zelândia e Japão, revelou que três a cada quatro crianças com menos de 2 anos de idade têm fotos colocadas no ambiente on-line.


O estudo mostra o fenômeno das redes sociais e a publicação, muitas vezes compulsiva, de fotos de crianças e adolescentes, na maioria das vezes pelos próprios pais.


A pesquisa revela que, em média, os pais de crianças menores de 6 anos publicam 2,1 informações por semana sobre elas. Dos 6 aos 13 anos, há uma queda: 1,9 informação por semana. Quando o adolescente completa 14 anos, o ímpeto se reduz a menos de uma menção por semana (0,8). 

Existe um limite?

Auris Sousa é jornalista e mãe da pequena Cecília, de 1 ano de idade. Com o esposo, ela divide a rotina de trabalho, casa e cuidado com a filha. Ao comentar sobre o tema e a exposição de fotos e vídeos da pequena nas redes, Auris disse que “é bem difícil controlar a emoção diante de uma carinha, do olhar tão amoroso de um filho”. 


Sobre esse aparente descontrole dos pais, Adriana Friedmann, doutora em Antropologia, mestre em Educação, pedagoga e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (Nepsid) e do Mapa da Infância Brasileira, recordou que os pais são, por um lado, os guardiões da informação pessoal de seus filhos e, por outro, os narradores de suas vidas. “Ao narrar, compartilhamos informações sobre os filhos, ao mesmo tempo em que os privamos do direito a fazê-lo eles mesmos em seus próprios termos. E isso é uma fonte potencial de dano à qual prestamos pouca atenção”, disse.


Mas, por que muitos pais, mesmo sabendo dos riscos dessa exposição, continuam a publicar tais imagens?


Auris, por exemplo, pela própria profissão que exerce, disse que sempre soube dos riscos e se questionou, várias vezes, sobre os possíveis exageros de postagens de crianças antes de ser mãe.


“Porém, desde que minha filha nasceu, o meu Instagram parece dela. Tento evitar e hoje já diminuí muito as postagens, mas sei o quanto queremos dividir com o mundo as fofurices, a inteligência, o desenvolvimento tão fascinante e até mesmo as dificuldades. Contudo, acho que tudo precisa ter limite, e, sem dúvida, há outros aspectos que vão além de uma reprovação futura da criança”, continou Auris. 


Para Adriana, as redes sociais têm se tornado, para muitos pais, álbuns compartilhados das suas vidas e, principalmente, das dos seus filhos. 


“A tentação de publicar, compartilhar fotos ou fatos de crianças, pode ter diversas motivações: orgulho dos filhos, mostrar para o mundo (em princípio para seus contatos) as conquistas, feitos, imagens, comemorações e eventos, relatar vivências, comunicar doenças, férias etc. Raramente esses adultos têm consciência das potenciais consequências desses compartilhamentos, sobretudo para a vida de seus filhos, uma vez que, em geral, não os consultam sobre seu desejo ou consenso. Quanto mais novas as crianças – ainda antes de nascerem, quando estão sendo gestadas – mais e mais imagens são veiculadas, fase esta da primeira infância, em que as crianças não têm compreensão nem ideia desse tipo de divulgação das suas vidas”, continuou a pesquisadora.

Há perigo?

O que parece uma foto inocente e atrairá uma série de likes, pode, porém, tornar-se um pesadelo para os pais e para a própria criança ou adolescente. 


“Nunca fiz postagens da minha filha de uniforme escolar, nem de nada que identifique o lugar em que ela estuda. Acho também perigoso apontar as comidas preferidas, porque fica muito fácil para um estranho tentar atrair a confiança por meio da alimentação. Amo fotos, mas não quero trocar histórias por imagens, experiências por exposição. Por isso, curto muito cada evolução, cada novidade com a minha filha, depois penso na foto. Se tiver os dois, ótimo. Caso contrário, minha prioridade é viver o momento”, disse Auris.


Adriana salientou o que tem sido discutido nas formações de educadores, pesquisadores e especialistas: “Há, na verdade, uma ‘violência’, um ‘atravessamento’ sendo praticado pelos adultos todo dia e em todos os grupos com relação às crianças. Não respeitar as crianças, não ter a capacidade de se colocar no lugar delas, não é somente uma violação à sua individualidade. Pode, também, trazer quebra de confiança e consequências aos seus comportamentos e desenvolvimento futuros”.

Foto X experiência

As fotografias marcam momentos inesquecíveis e ajudam a família a recontar a própria história. Mas, quando a fotografia perfeita se torna o objetivo principal, deixando de lado a experiência, pode tornar-se um problema. E, se a superexposição parece estar naturalizada hoje, as curtidas, compartilhamentos e interações nas redes sociais parecem ter mais importância do que a convivência.

 
“Certa vez, ainda quando eu não tinha a Cecília, vi uma mãe tirando fotos do seu filho em frente aos enfeites de Natal de um shopping center. O pátio estava lindo, eu me encantei e imaginei que a criança tivesse ainda mais encantada. Mas a mãe não deixou o menino viver a experiência e fez com que ele parasse para inúmeras poses, ficasse paradinho até que ela conseguisse a selfie perfeita. Depois, para minha surpresa, saiu com ele dali. Nem percorreu todo cenário. Acredito que, por trás de uma superexposição, também mora o risco de enfraquecimento dos laços”, afirmou Auris.

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Presidência da CNBB toma posse

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15 de mai de 2019

Entre os dias 27 e 30 de maio, no Rio de Janeiro, acontecerá o Congresso Latino- -Americano sobre Cuidados Paliativos.

No primeiro dia serão destacados os desafios pastorais sobre os cuidados paliativos. O tema será assessorado pelo Cardeal Vincenzo Paglia, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida.

Nos dias seguintes, serão abordados temas como o acesso aos cuidados paliativos na América Latina, aspectos ético-existenciais a respeito da morte e o morrer; controle da dor; farmacologia e clínica; educação em cuidados paliativos; implicações jurídicas nos cuidados paliativos pela Pontifícia Academia para a Vida; a origem e missão dessa academia pontifícia; o significado e aspectos médicos concernentes aos cuidados paliativos; e apresentação do White-book (ferramenta para auxílio na tomada de decisão médica).

Saiba mais no site.

 

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Associação cuida de doentes menta

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05 de fevereiro de 2019

A Associação São Camilo, fundada por Grégoire Ahongbonon, existe para ajudar doentes mentais. Como em muitos outros países da África, em Benim os doentes mentais são frequentemente rejeitados até por suas próprias famílias e afastados da sociedade, que os considera portadores de espíritos malignos.

“O número de doentes que são curados é impressionante”, testemunha o Doutor Francesco Andaloro, que foi ao Benim para tratar os dentes de doentes mentais, graças a um projeto chamado “Um sorriso para a África”. De acordo com o dentista, 97% dos doentes são reintegrados em suas famílias após o tratamento e o restante é encaminhado para centros de reabilitação. Para o Doutor Francesco, é preciso “ter consciência de que eles não escolheram estar nessa situação e que, apesar de tudo, continuam sendo nossos irmãos e filhos bem amados do Senhor”.

Fonte: Fides

 

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Parque do Carmo recebe o programa gratuito “Cuidando do seu coração” neste domingo

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31 de agosto de 2018

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com a Fundação Novartis e a OSS Atenção Primária à Saúde (APS) Santa Marcelina, realiza neste domingo, 2, a partir das 8h, o programa Cuidando do seu coração, no Parque do Carmo, em Itaquera, zona Leste. O objetivo da ação, gratuita, é melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças cardiovasculares, com foco na hipertensão. São Paulo é a primeira cidade da América Latina a receber o programa.

O evento, que faz parte do projeto “Better Hearts Better Cities”, está alinhado com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para reduzir em 25% as mortes por doenças crônicas até 2025.

A ação contará com tendas de serviços na área da saúde, atividades físicas, show da fanfarra Obra Social Dom Bosco e apresentação da bateria da escola de samba Leandro de Itaquera. O preparador-físico Márcio Atalla (colunista da CBN, UOL e consultor de qualidade de vida do programa Fantástico) participará do lançamento e fará uma série de atividades com o público, além de caminhada pelo parque.

Durante o dia serão oferecidos serviços de geração do código para a utilização do aplicativo Agenda Fácil, aferição de pressão, medição de glicemia, orientação com nutricionistas, aplicação de vacina contra febre amarela, orientação e teste rápido de HIV/AIDS.

Inicialmente, o projeto conta com seis Unidades Básicas de Saúde (UBS) da supervisão Itaquera — Itapema, Santa Terezinha, Gleba do Pêssego, Parada XV de Novembro, Vila Regina e Vila Carmosina — que terão tendas apresentando os seus serviços oferecidos à comunidade. Para janeiro de 2019 está prevista a expansão do projeto para todas as unidades desta mesma supervisão.

Better Hearts Better Cities 
Com iniciativa da Fundação Novartis, o programa tem como objetivo melhorar a saúde cardiovascular e prevenção de doenças crônicas em populações urbanas de baixa renda. Para essa primeira etapa, foram selecionadas três cidades: Ulaanbaatar, na Mongólia; Dakar, no Senegal; e São Paulo, no Brasil.

O projeto atende a seis metas do programa da SMS de 2017 a 2020. São eles: Amplia Saúde, Viver Mais E Melhor, Vida Urgente, Saúde Digital, Qualifica Saúde, Acelera Saúde, São Paulo Cidade Ativa e São Paulo Digital.

Serviço:
Better Hearts Better Citties – Cuidando do seu coração
Data e horário:
 2 de Setembro de 2018, das 8h às 14h 
Local: Parque do Carmo
Endereço: Av. Afonso de Sampaio e Sousa, 951 - Itaquera, São Paulo

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Cuidados e benefícios da prática esportiva no inverno

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21 de agosto de 2018

As regiões sudeste e sul do Brasil são as mais afetadas com as características típicas do inverno, que, no Hemisfério Sul, tem início no dia 21 de junho e termina no dia 22 de setembro. A estação é caracterizada pelas baixas temperaturas, dias mais curtos, noites mais longas, e períodos com baixa umidade do ar. A prática esportiva durante essa estação requer cuidados. 

 

CUIDADOS

É ideal que os exercícios sejam rea- lizados na temperatura média dae 20 graus, pois marcas inferiores a 14 graus são prejudiciais à saúde. O aquecimento deve ser realizado antes de qualquer atividade, porém, no inverno, precisa ser feito com maior atenção, pois no frio a musculatura está mais contraída e tensa, o que aumenta o risco de lesões. 

A atividade física deve começar de forma leve e aumentar gradativamente. O professor e preparador físico Sandro Marcondes recorda que, durante o inverno, o corpo trabalha em dobro, pois se movimenta nas atividades físicas e precisa se manter aquecido. Por isso, é necessário tomar alguns cuidados. 

“No clima frio eu sempre recomendo utilizar um agasalho durante o treino. Se o clima estiver seco, beber bastante água, e procurar se exercitar nas primeiras horas do dia ou no início da noite, para conseguir um pouco de umidade do ar”, afirmou o professor em entrevista ao O SÃO PAULO. Sandro não recomenda a prática esportiva ao ar livre entre às 9h e 16h, principalmente em dias mais secos.

Por outro lado, segundo o professor, o mais importante é a sequência da atividade física, independentemente das condições climáticas, para o corpo “conseguir maior adaptação ao esporte”.

Por outro lado, segundo o professor, o mais importante é a sequência da atividade física, independentemente das condições climáticas, para o corpo “conseguir maior adaptação ao esporte”.

 

BENEFÍCIOS

A atividade física faz bem para a mente e para o corpo. Os benefícios vão muito além de manter ou perder peso. Entre as vantagens, estão a redução do risco de hipertensão, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, diabetes, depressão e quedas em geral. Além disso, a atividade física fortalece ossos e músculos, reduz ansiedade, estresse, melhora a disposição e estimula o convívio social. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada (cerca de 20 minutos por dia) ou, pelo menos, 75 minutos de atividade física 
de maior intensidade por semana (cerca de 10 minutos por dia). Mas, a falta de tempo por conta da rotina apertada de trabalho e de estudo faz com que muitas pessoas não façam nenhuma atividade física. Para se ter uma ideia, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2017 mostrou que um a cada dois adultos não pratica o nível de atividade física recomendado pela OMS. Um estudo divulgado pela Organização estima que pessoas sedentárias têm de 20% a 30% mais risco de morte por doenças crônicas, como problemas no coração e diabetes, do que pessoas que realizam ao menos 30 minutos de exercícios três vezes por semana.

 

ALIMENTAÇÃO

A refeição pré-exercício tem como objetivo manter os níveis de glicose no sangue dentro da faixa de normalidade durante o treino, para um bom rendimento durante a atividade. A composição dessa refeição depende de fatores como horário de início dos exercícios, duração, intensidade e modalidade, e de questões individuais como facilidade de digestão dos alimentos e preferências.

“Costumo recomendar que a pessoa consuma mais alimentos, porque o próprio organismo pede isso, é o natural fisiológico nosso. No clima frio, você gasta mais energia, o corpo sente mais fome, e naturalmente você vai ingerir mais alimentos, mas com moderação e cuidado”, reiterou Sandro Marcondes. 

Tanto para os treinos aeróbios (corrida, ciclismo, natação) quanto para os de força (musculação), a sugestão é investir principalmente em fontes de carboidratos. Aposte nas frutas, sucos naturais, frutas secas, pães, batata doce e barras de cereais. Faça a ingestão entre 60 e 20 minutos antes da prática.

(Com informações de Ministério da Saúde e Hospital Albert Einstein)
 

 

 

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