Coleta do Óbulo de São Pedro é adiada para 4 de outubro

Por
30 de abril de 2020

Devido à pandemia de COVID-19 e suas consequências, a coleta do Óbolo de São Pedro, que tradicionalmente é realizada próxima da solenidade de São Pedro e São Paulo, em 29 de junho, foi adiada para o dia 4 de outubro, por decisão do Papa Francisco.

A informação foi divulgada pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, nesta quarta-feira, 29. Ele informou, ainda, que na data escolhida pelo Santo Padre, que será o 28º domingo do tempo comum, é a o dia do memória litúrgica de São Francisco de Assis.

GENEROSIDADE

O Óbolo de São Pedro é a ajuda econômica que os fiéis oferecem diretamente ao Pontífice romano, para as múltiplas necessidades da Igreja universal e para as obras de caridade em favor dos mais frágeis. Nasce com o próprio Cristianismo a prática de apoiar materialmente aqueles que têm a missão de anunciar o Evangelho e de cuidar dos mais necessitados.

No final do século VIII, os anglo-saxões decidiram enviar de maneira estável uma contribuição anual ao Santo Padre, o “Denarius Sancti Petri”. Posteriormente, o Papa Pio IX abençoou o Óbolo de São Pedro com a encíclica Saepe venerabilis, de 5 de agosto de 1871.

As ofertas vêm de muitas maneiras diferentes que se reúnem para formar a oferta que é então redistribuída, de acordo com as indicações do Papa, para aqueles que precisam. O critério geral que inspira essa prática ainda se refere à Igreja primitiva, são as ofertas espontaneamente dadas pelos católicos em todo o mundo, e também por outras pessoas de boa vontade, como um serviço para os outros.

COMO FUNCIONA

As coletas realizadas nas missas em todas as igrejas católicas do mundo na data estabelecida são reunidas pelas dioceses que enviam a quantia para a Santa Sé, para compor um fundo destinado apenas para esta finalidade.

Além do envio por parte das dioceses, é possível fazer a oferta por meio do site oficial do Óbolo de São Pedro. Nesse site também é possível conhecer as diferentes obras de caridade realizadas em todo mundo por meio desse gesto de generosidade.

“Essa coleta não vai para bolso e nem para a conta do Papa e sim para um fundo que faz referência ao Papa, para que este faça a caridade às situações de necessidades, de urgências, de catástrofes e sofrimentos do mundo inteiro. Não há terremoto, vulcão, desastre em que o Papa não esteja ajudando em nome da Igreja Católica, para que a caridade, como testemunho veraz do Evangelho, chegue a todos”, explicou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo.

OBRA DE CARIDADE

Em muitos pronunciamentos, o Papa Francisco repetidamente recordou que “o cristão existe para servir, não para ser servido”, que não deve se cansar de ser misericordioso. E convidou a viver a caridade com pequenos gestos concretos, “nas pequenas obras de misericórdia” que nos fazem vislumbrar o amor de Deus.

“Realizar com alegria obras de caridade por aqueles que sofrem no corpo e no espírito, é a maneira mais autêntica de viver o Evangelho, é o fundamento necessário para que as nossas comunidades cresçam na fraternidade e na aceitação mútua. Eu quero ver Jesus, mas vê-lo por dentro. Entre em suas chagas e contemple esse amor de seu coração por você, por mim, por todos”, disse o Pontíce no Angelus de 18 de março de 2018.

(Com informações de Vatican News)

Comente

Coleta para os Lugares Santos é adiada para 13 de setembro

Por
31 de março de 2020

A Custodia da Terra Santa comunicou nesta terça-feira, 31, que a Coleta para os Lugares Santos foi adiada para o dia 13 de setembro. A arrecadação feita tradicionalmente nas igrejas de todo o mundo na Sexta-feira Santa teve sua data transferida com a autorização do Papa Francisco, por meio da Congregação para as Igrejas Orientais, devido à situação de emergências causada pela pandemia de COVID-19.

"Assim, a Igreja universal poderá garantir a ajuda necessária à terra onde estão as raízes de nossa fé, fazendo um esforço de solidariedade e comunhão no sofrimento”, diz o comunicado.

NOVA DATA

A nova data escolhida para a coleta pontifícia será na véspera da Festa da Exaltação da Santa Cruz, que comemora a dedicação da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, ocorrida no século IV.

“Para todos os fiéis, permanece consolação que, nos lugares sagrados, as comunidades franciscanas continuem celebrando os ritos da Páscoa e rezando pelo fim imediato da pandemia, pelos doentes e suas famílias, por todos os que morreram do vírus e por todos os países afetados pela doença”, acrescenta a nota.

A COLETA

A Coleta para os Lugares Santos foi instituída por São Paulo VI em 25 de março de 1974, por meio da exortação apostólica Nobis in Animo.

“A Igreja de Jerusalém ocupa um lugar de eleição na solicitude da Santa Sé e na preocupação de todo o mundo cristão, enquanto o interesse pelos Lugares Santos, e em particular pela cidade de Jerusalém, emerge mesmo nos grandes consensos das Nações e nas maiores Organizações internacionais. Tal atenção é hoje primordialmente pedida em razão dos graves problemas de ordem religiosa, política e social ali existentes”, afirmou o Santo Padre, na Exortação Apostólica.                        

Em entrevista publicada pelo O SÃO PAULO em 6 de setembro de 2017, Frei Bruno Varriano, Guardião da Basílica da Anunciação, em Nazaré, recordou que já no tempo da Igreja nascente, o apóstolo São Paulo pedia uma coleta para os cristãos de Jerusalém, como relata o capítulo 16 da 1ª Carta aos Coríntios. “Até hoje, a ‘Igreja-mãe’ é pobre. São poucos os cristãos nos Lugares Santos e, por isso, não são suficientes para ajudarem na manutenção”, afirmou.

O Franciscano explicou que, com a ajuda financeira, são mantidas escolas e obras sociais e construídas casas para os cristãos, de modo especial para os que tiveram suas casas destruídas em Aleppo e Damasco, na Síria. “A coleta também ajuda a financiar bolsas de estudos para que cristãos possam estudar no exterior e depois voltar para ajudar na Terra Santa. Nós temos, por exemplo, a Escola Magnificat, que é a única no Oriente Médio onde estudam cristãos, muçulmanos e judeus, e cujos professores também são das três religiões. Um lugar extraordinário de encontro. Portanto, são muitas as iniciativas. Os cristãos em dificuldades na Terra Santa necessitam da nossa ajuda”.          

(Com informações da Agência SIR e Custódia da Terra Santa)            

 

 

Comente

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.