Primeira missa é celebrada depois de incêndio em Notre-Dame

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26 de junho de 2019

No sábado, 15, o Arcebispo de Paris, Dom Michel Aupetit, celebrou a primeira missa na Catedral de Notre-Dame após incêndio de 15 de abril deste ano. A missa aconteceu na Capela do Santo Sepulcro, que não foi afetada pelo fogo. A Capela guardava as relíquias da Paixão de Cristo que foram resgatadas do fogo. Diversos sacerdotes concelebraram.

Na homilia, Dom Michel enfatizou que a Catedral não é simplesmente uma herança cultural da França, mas é um lugar para adorar a Deus. “Dedicação vem de dedicatio, que significa ‘consagração’. A dedicação é a consagração da igreja para a sagrada liturgia. O que celebramos todos os anos no dia da consagração é a razão profunda da construção de Notre-Dame: para manifestar o impulso interno do homem em direção a Deus”, disse o Arcebispo.

“A Catedral nasceu da fé de nossos ancestrais. Ela mostra a fé na bondade deCristo, seu amor maior que o ódio, sua vida mais forte que a morte, bem como a ternura de nossos antepassados em relação à Virgem Maria”, afirmou.

O Arcebispo salientou a impossibilidade de separar o aspecto cultural e o religioso da Catedral: “Pode alguém por pura ignorância ou ideologia separar cultura e culto? A própria etimologia demonstra a forte ligação que existe entre ambos. Eu enfatizo fortemente: uma cultura sem culto torna-se uma não cultura”.

Aproximadamente 30 pessoas assistiram à missa, todas usando capacetes de segurança, incluindo os celebrantes

Fontes: ACI Digital/ National Catholic Service

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Catedral de Notre-Dame deve ser restaurada exatamente como era, diz Senado francês

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26 de junho de 2019

O Senado francês, em 27 de maio, aprovou um projeto de lei de restauração da Catedral de Notre-Dame, em Paris, porém com a condição de que o templo seja restaurado exatamente como era antes do incêndio que o atingiu em 15 de abril. A lei contraria a iniciativa do governo francês, que havia lançado um concurso internacional de arquitetura para debater ideias sobre a restauração. 


As discussões sobre a reconstrução da Catedral tornaram-se acirradas entre aqueles que desejavam mantê-la como era e aqueles que buscavam remodelá-la a partir de novas ideias. Alguns desses novos projetos incluíam a construção de um jardim e de uma piscina no teto da Catedral, que foi a parte mais danificada pelo incêndio. 


Diante dessa discussão, o Senado aprovou o projeto de lei para dar início ao trabalho de restauração da Catedral, com o objetivo de conclui-lo até a Olimpíada de Paris, em 2024, obrigando, no entanto, que a restauração seja fiel ao “último estado visual” do templo antes do acidente. 


Todos os templos católicos na França construídos antes de 1905 pertencem ao Estado e, por esse motivo, não cabem à Igreja na França a responsabilidade e os gastos pelas reconstrução da Catedral de Notre-Dame.

A Arquidiocese de Paris, por exemplo, apenas possui o direito de uso do templo, sendo responsável, somente, pelo pagamento dos funcionários que lá trabalham.


O projeto de lei teve início na Assembleia Nacional Francesa, e o Senado modificou-o, adicionando a obrigação de se manter o estilo original da Catedral. Agora, essa adição deve ser aprovada pela Assembleia Nacional para se tornar lei. 


Segundo pesquisas recentes, 54% dos franceses são a favor da manutenção da forma original da Catedral, enquanto que apenas 25% são favoráveis à adição de elementos modernos ao projeto. 
 

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