Ministério da Saúde confirma primeiro caso de coronavírus no Brasil

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26 de fevereiro de 2020

O Ministério da Saúde confirmou, na manhã desta quarta-feira, 26, o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo vírus causador do novo coronavírus (Covid-19). Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo (SP), que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro.

O Brasil tem 20 casos suspeitos da doença. Outros 59 já foram descartados. Dos casos suspeitos, maioria é de pacientes do estado de São Paulo, 11 ao todo.

“Passamos a uma nova fase de providências, no sentido de mitigar os efeitos da doença em SP e em todo Brasil. Nosso comitê de emergência está reunido em SP, e de tarde vamos nos juntar a eles para falar sobre o que deve ser feito. Não muda muito com relação aos casos suspeitos, mas agora temos uma patologia confirmada”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva.

TESTE POSTIVO

Ao retornar da viagem, na última sexta-feira, 21, o paciente apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza). Atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira, 24, o homem foi submetido a exames clínicos que apontaram a suspeita de infecção pelo vírus.

Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova.

“Agora vamos ver como este vírus irá se comportar em uma situação de um país tropical, em pleno verão. Como vai ser o padrão de comportamento deste vírus, que é novo e tanto pode manter o padrão de comportamento de transmissão que apresentou no hemisfério Norte, onde, nesta época, está fazendo frio”, afirmou Mandetta.

“O paciente encontra-se em bom estado clínico e sem necessidade de internação, permanecendo em isolamento respiratório que será mantido durante os próximos 14 dias. A equipe médica segue monitorando-o ativamente, assim como as pessoas que tiveram contato próximo com ele”, diz a nota do Hospital Albert Einstein

ANVISA

Na última sexta-feira, as autoridades italianas notificaram nove óbitos, o que levou o governo brasileiro a incluir a Itália entre os países onde a doença está se espalhando e há risco de infecção.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início aos procedimentos padrão, solicitando à companhia aérea a lista de passageiros para identificar as pessoas que estiveram no mesmo voo procedente da Itália, país na lista de casos confirmados da doença.

“O documento será encaminhado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) para investigação de outros passageiros do voo que tiveram contato com o caso suspeito”, diz a nota da Anvisa.

A Agência reforça o alerta para que as pessoas que estiveram recentemente em países com casos confirmados e apresentarem febre, tosse, dificuldade em respirar ou outros sintomas respiratórios, procurem atendimento médico de imediato e informem ao profissional de saúde a viagem feita para o exterior.

NOVOS CRITÉRIOS

Na segunda-feira, 24, o Ministério da Saúde informou que ampliou os critérios para definição de caso suspeito para o Covid-19.

Agora, também estão enquadradas com suspeitas pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, e vierem dos seguintes países: Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China.

“A decisão da pasta de aumentar o nível de segurança e sensibilidade da vigilância surgiu da preocupação que esses países têm gerado em decorrência da grande quantidade de casos do novo coronavírus nos últimos dias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses países têm pelo menos cinco casos com transmissão interna da doença”.

(Com informações de Agência Brasil e G1)

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Supremacia e recorde histórico do Brasil no Parapan

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06 de setembro de 2019

O Brasil retorna dos Jogos Parapan-Americanos de Lima com a 1ª colocação no quadro geral de medalhas e a melhor campanha de todos os tempos. Registrou a marca inédita de 308 medalhas, sendo 124 ouros, 99 pratas e 85 bronzes. 


A marca anterior era do México, que, em casa, na primeira edição, em 1999, havia conquistado 307 pódios (121 ouros, 105 pratas e 81 bronzes). Essa é quarta vez seguida que o Brasil lidera o quadro de medalhas no Parapan. 

HEGEMONIA BRASILEIRA 
Com uma delegação recorde de 512 integrantes, sendo 337 atletas, o Brasil disputou 17 modalidades e conseguiu a façanha de liderar o quadro de medalhas em 11 destas: atletismo, natação, bocha, halterofilismo, tênis de mesa, judô, badminton, taekwondo, goalball, além dos coletivos futebol de 5 (para cegos) e futebol de 7 (paralisados cerebrais). 


Desde o Parapan do Rio 2007, quando a competição passou a ser realizada na mesma sede do Pan-Americano, o Brasil é imbatível no topo do quadro de medalhas. Porém, nunca havia superado 257 medalhas e 109 ouros, recordes alcançados na edição de quatro anos atrás, em Toronto 2015. Os Estados Unidos foram os vice-campeões na capital peruana, com 57 ouros e um total de 182 medalhas, apenas dois ouros à frente do México, terceiro colocado, com 158 medalhas.


“Foi uma competição desafiadora e, certamente, os Jogos Parapan-Americanos mais difíceis que o Brasil já disputou. Foi uma campanha memorável do Brasil. Nossos atletas lograram mais êxitos do que nós prevíamos ou imaginávamos”, comentou Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

RECORDES E DESTAQUES 
A equipe de natação foi o grande destaque, pois quase metade das medalhas foram conquistadas nessa modalidade, que alcançou 126 conquistas, sendo 53 ouros. Na última edição, em Toronto 2015, haviam sido 104 medalhas e 38 ouros. No halterofilismo, o Brasil alcançou 16 medalhas, sendo seis ouros – em Toronto o total fora de 8 medalhas.


“A nossa meta interna no Comitê sempre foi superar os números de Toronto. Não só em medalhas, mas queríamos estar em mais finais, trazer a maior delegação, ter mais mulheres, contar com o maior número possível de atletas de classes baixas. Sempre apostando muito nos jovens. E acho que tudo isso foi alcançado”, disse Alberto Martins, diretor técnico e chefe da missão brasileira em Lima.


Foram muitos os destaques individuais brasileiros, mas dois nadadores chamaram a atenção. Daniel Dias alcançou a inédita marca de 33 medalhas de ouro em 33 provas disputadas em Parapans, desde o Rio 2007. Já Phelipe Rodrigues foi o competidor que mais ouros leva na bagagem de volta para casa. Ele participou de oito provas, ganhou sete ouros e um bronze. 

 

RUMO A TÓQUIO 
Agora o Brasil já está de olho na preparação rumo aos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Segundo o CPB, a delegação nacional deve ter entre 350 e 400 pessoas, sendo aproximadamente 250 atletas. Na Paralimpíada Rio 2016, o Brasil foi o oitavo colocado, com 72 medalhas (14 ouros).


“Ainda é bastante cedo para termos uma meta de resultados. Precisamos esperar os Mundiais de Natação, agora em setembro, de Atletismo, no final do ano, e os próximos até Tóquio, para podermos delimitar melhor os nossos adversários. Mas, é claro que a China é fortíssima. Rússia voltando é uma forte candidata a um posto no Top 5. Canadá e Estados Unidos devem ir com delegações bem diferentes dessas que estiveram aqui em Lima. Serão fortes rivais”, concluiu Alberto Martins.


(Com informações de CPB, Agência Brasil e Rede Nacional do Esporte)

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A história da independência viva em São Paulo

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04 de setembro de 2019

O pequeno riacho do Ipiranga presenciou, no dia 7 de setembro de 1822, um dos acontecimentos mais importantes da história do nosso País. Dom Pedro I bradou “Independência ou Morte”, e se tornou o primeiro imperador do Brasil, que deixou de ser colônia de Portugal.

Desde aquele acontecimento, muitos pretendiam marcar de alguma forma o local onde ocorreu o grito da independência, porém, somente em 1895, foi inaugurado o que hoje é o Museu Paulista, popularmente conhecido como Museu do Ipiranga, que está fechado desde 2013, por problemas estruturais.

RESTAURO E AMPLIAÇÃO 
As obras de restauro e ampliação devem começar neste mês. “O museu e os seus jardins estarão totalmente recuperados para, em setembro de 2022, fazermos uma grande celebração dos 200 anos da Independência do Brasil”, disse João Doria, governador do estado de São Paulo, na apresentação do cronograma de captação de recursos, iniciado em março. O projeto possui o orçamento de R$ 160 milhões, arrecadados por meio de parcerias do Governo Estadual com a sociedade civil e com 13 empresas da iniciativa privada.


Com a reforma, além da adequação às normativas atuais de infraestrutura, acessibilidade, segurança e sustentabilidade, o edifício será ampliado em 4 mil metros quadrados. A nova área proporcionará a melhoria dos acessos e fluxos, acolhimento do público e novas facilidades, como mirante, área de exposições temporárias, auditório, salas para ações educativas, café e loja.


O objetivo é triplicar a capacidade anual de visitação, de cerca de 300 mil pessoas em 2013 para 900 mil após a reinauguração. A construtora responsável pelas obras, que terão duração prevista de 30 meses, deve ser anunciada no próximo dia 7.

COMPLEXO DO IPIRANGA 
O Edifício-Monumento foi inaugurado em 7 de setembro de 1895, como museu de História Natural e marco representativo da Independência. Em 1963, o local passou a ser administrado pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se uma instituição científica e educacional. Seu acervo é constituído por cerca de 450 mil itens, entre objetos e documentos.


O Parque da Independência, inaugurado em 1989, abriga além do museu e seus jardins, o Monumento à Independência e a Casa do Grito. Esse complexo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, e também pelos órgãos estaduais e municipais. 


O monumento foi inaugurado em 1922, como parte das comemorações do centenário da independência. Na parte interna está a cripta construída em 1953, que abriga os restos mortais de Dom Pedro I. A Casa do Grito possui exposições diversas. Os documentos mais antigos sobre a sua origem datam de 1884: acredita-se que foi construída nesse ano. Ambos, Monumento e Casa do Grito, estão abertos para visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 17h.

FECHAMENTO DO MUSEU 
Em 2013, o museu foi fechado para visitação pública após um laudo apontar problemas estruturais causados pela infiltração de água nos forros. Após um planejamento, o acervo foi removido, com exceção de algumas obras como a pintura “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, com 4,6 metros de altura e 7,6 metros de largura, e da “Maquete da Cidade de São Paulo”, em mármore, que representa a capital em 1841. 


Sete imóveis foram alugados no bairro do Ipiranga: em dois passaram a funcionar a administração do museu e as atividades educativas e de extensão, e outros cinco foram preparados para receber o acervo.


Mesmo após o fechamento o Edifício-Museu continua atendendo os pesquisadores e realizando os procedimentos de curadoria e exposições externas.


“O fechamento foi a melhor atitude, pois salvaguardou o acervo e não trouxe danos à população que visitava o museu, não havendo consequências mais sérias. Efeito maior foi fechar ao público um acervo tão importante. Porém, isso chamou a atenção para as condições de conservação e possibilitou uma discussão maior sobre o restauro e ampliação no edifício para atender melhor o público”, disse ao O SÃO PAULO, Fernanda Gibertoni Carneiro, arquiteta-urbanista e técnica do IPHAN em São Paulo.

PRESERVAÇÃO EFETIVA 
No dia 2 de setembro de 2018, o Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro, onde um dia residiu a Família Real, foi destruído pelas chamas, e grande parte de seu acervo com mais de 200 anos de história do Brasil foi perdido, além das pesquisas desenvolvidas. O local já demonstrava clara degradação e estava com o terceiro andar fechado ao público devido ao elevado risco de incêndio. 


“Essa tragédia nos lembra a importância de cuidarmos do patrimônio histórico brasileiro. Tanto que após este caso do Museu Nacional, houve uma vistoria geral em diversos museus em todo o Brasil. Temos que cuidar desse patrimônio e precisamos ter leis que fiscalizem e responsabilizem os maus gestores desses locais”, alertou o historiador Caio Pereira à reportagem. 


Segundo Fernanda, para que uma nova tragédia não ocorra, a preservação desse patrimônio não deve envolver só as autoridades federais, estaduais e municipais, mas é necessário também o empenho de todos para uma ação efetiva e permanente, pois só assim os bens ficam conservados e sempre disponíveis para o público.


“O maior desejo é que existam ações conservativas e permanentes dos edifícios e dos acervos, mesmo isso tendo um custo e exigindo mais profissionais qualificados, para uma conservação de rotina. Quando isso não é priorizado pelo governo ou pelas instituições em termos de orçamento, são necessárias ações com custos maiores, como uma restauração de grande porte”, concluiu a técnica do Iphan. 

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Vimos, ouvimos e anunciamos

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15 de agosto de 2019

Desde os Jogos Pan-Americanos realizados na cidade de São Paulo em 1963, o Brasil não terminava na segunda colocação no quadro geral de medalhas. Isso voltou a acontecer no Pan de Lima, no Peru, encerrado no domingo, 11. O Brasil alcançou 171 pódios, com 55 ouros, 45 pratas e 71 bronzes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O Time Brasil ainda conquistou 29 vagas olímpicas para Tóquio 2020.


“Temos de exaltar o resultado, porque mostra o bom momento de várias modalidades. Voltamos ao segundo lugar no quadro de medalhas após 56 anos, outro dos objetivos traçados para Lima. Apresentamos evolução em vários esportes, tendo aumentado o número de modalidades que foram ao pódio. Esse é um trabalho que vem sendo desenvolvido há algum tempo, de firmar parcerias com as confederações e tentar entender as necessidades de cada uma delas”, disse em entrevista a jornalistas Marco Antônio La Porta, chefe da missão brasileira em Lima 2019 e vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

NÚMEROS EXPRESSIVOS
Em Lima, os esportistas brasileiros conquistaram medalhas em 41 modalidades, sendo que em 22 delas houve ao menos uma de ouro. Em 18 esportes, os resultados obtidos foram melhores do que o do Pan de Toronto 2015 e, em 12 modalidades, o desempenho foi o melhor já alcançado: badminton, canoagem slalom, ciclismo BMX, ciclismo mountain bike, ginástica artística, hipismo saltos, águas abertas, natação, taekwondo, triatlo,vela e pelota basca.


Da frustração do ginasta Arthur Zanetti, prata nas argolas, a ouros inéditos no badminton, boxe feminino e taekwondo feminino, o Brasil escreveu sua história em Lima com superação e aprendizado.


“Foi uma competição longa, com muitos eventos (420), e os resultados apresentaram um número bem interessante de aletas jovens com medalhas (97 com 23 anos ou menos) e de mulheres campeãs (20 ouros). Apesar de ter sido uma competição difícil, foi muito gratificante pela boa performance apresentada em muitos esportes”, contou Jorge Bichara, Diretor de Esportes do COB.

INVESTIMENTOS 
A campanha histórica ocorreu apesar da redução de investimentos em algumas confederações em virtude da crise financeira ou casos de corrupção. Por causa disso, o COB investiu no último ano R$ 250 milhões de seu orçamento diretamente nas confederações. O Bolsa Atleta, que está passando por uma reformulação pelo Governo Federal, também contribuiu para a campanha brasileira. 


A cinco dias do fim das competições, os integrantes do Bolsa Atleta já tinham superado o patamar simbólico de cem pódios. Ao todo, 148 dos 485 atletas da delegação brasileira ficaram entre os três primeiros em suas competições. Desses, 103 são beneficiados pelo patrocínio do programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. 

RUMO A TÓQUIO 2020
Com o término do Pan, as atenções do COB se voltam especialmente para Tóquio 2020. Em Lima, o Brasil conquistou 29 vagas diretas para a olimpíada em nove modalidades: handebol feminino (14 atletas), hipismo adestramento (3), hipismo CCE (3), saltos do hipismo (3), pentatlo feminino (1), tênis masculino (1), tênis de mesa (1), tiro com arco (1) e vela (2). 


As vagas garantidas em Lima se juntam a outras 75 já obtidas: futebol feminino (18), maratona aquática (1), natação (12), rugby sevens (12), vela (8), vôlei feminino (12) e vôlei masculino (12).
 

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Evangelização com a vida

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01 de agosto de 2019

Existem situações em que sentimos que é nossa responsabilidade fazer alguma coisa. Na ACN, isso acontece sempre, pois como Fundação Pontifícia, recebemos pedidos de ajuda dos que estão mais esquecidos. São esses esquecidos do mundo que ocupam um lugar privilegiado no coração da ACN.


Este mês, queremos ajudar os que mais sofrem na África, de modo particular na Mauritânia, a última nação do mundo a abolir a escravidão – isso só ocorreu em 1981. No entanto, “possuir” pessoas como escravas só foi considerado um crime no País em 2007. As sequelas de tanto sofrimento são sentidas, sobretudo, pelas crianças, sendo a desnutrição uma das maiores causas de mortalidade infantil no País. 


Somente na capital, Nouakchott, existem mais de 40 mil crianças subnutridas. Lá, 27 religiosas fazem um trabalho incrível de, além de atender as crianças subnutridas, ajudar as mulheres grávidas, os doentes, deficientes, migrantes, prisioneiros, e realizar um grande trabalho na educação de crianças e adultos.


Tudo o que as irmãs fazem é, antes, muito bem pensado. Em uma das creches, elas atendem cem crianças – que antes estavam subnutridas – ao mesmo tempo em que oferecem cursos de educação básica e profissionalizantes às mães.  


Na Mauritânia, não há espaço para a evangelização com as palavras: lá se evangeliza com a vida, com gestos concretos. Pelo fato de o País ser uma república islâmica, não é permitido viver a fé cristã em público. As irmãs ajudam na área da saúde e educação sem receber nenhuma ajuda do governo. Elas contam com a nossa caridade em um país onde quase ninguém as ajuda, pois os católicos são apenas 0,1% da população.  


Eu quero fazer mais por elas, mas precisamos de ajuda. Eu pensei que talvez você, que nos está lendo, pode abrir mão de comprar alguma coisa este mês para ajudar, não só na Mauritânia, mas em toda a África – um continente onde todos os anos a ACN realiza mais de 1,6 mil projetos. 


Uma doação sua vai repercutir na vida de uma criança, um doente e mais, vai repercutir por toda a eternidade no coração de Deus Pai.


Agora depende de você. Estou fazendo esse pedido porque isso é urgente e, ao mesmo tempo, não podemos deixar de ajudar os outros projetos que também dependem da ACN, muitos deles aqui no Brasil.


Eu estou pedindo a você um sacrifício pequeno, pois o grande sacrifício já está sendo feito pelas irmãs que dedicam suas vidas, pelas crianças que já tiveram que sofrer o sacrifício de ter nascido em um país muito pobre e pelos doentes que já não têm mais a quem pedir socorro.


Leia as próximas páginas, conheça mais sobre a Mauritânia e, se possível, torne-se um benfeitor da ACN – pelo cupom na página 13 ou entrando em contato pelos meios divulgados na página 14. Eu tenho certeza de que a alegria de ajudar quem mais precisa será maior do que o sacrifício de deixar de comprar alguma coisa.

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Obesidade no Brasil cresce em 12 anos

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01 de agosto de 2019

A taxa de obesidade no Brasil passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018, conforme dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde, no dia 24.


Foram ouvidas, por telefone, 52.395 pessoas acima de 18 anos, entre os meses de fevereiro e dezembro de 2018, nas 26 capitais do País, mais o Distrito Federal.


Em sete anos, houve um crescimento no índice de obesidade em duas faixas etárias: em pessoas com idades que variam de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos. 


Apesar do aumento significativo de pessoas obesas, os brasileiros têm seguido uma linha de hábitos mais saudável. A mesma pesquisa revelou que o consumo regular de frutas e hortaliças passou de 20% para 23,1%, entre 2008 e 2018, uma variação de 15,5%.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão de, ao menos, cinco porções diárias desses alimentos, cinco vezes por semana. 


Fonte: Agência Brasil

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Papa nomeia Cardeal da Rocha membro da Congregação para o Clero

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18 de julho de 2019

O Papa Francisco nomeou no sábado, 13, novos membros para a Congregação para o Clero. Entre os cardeais, há o brasileiro Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília (DF).
O Cardeal da Rocha até maio deste ano exerceu a função de Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e também foi, em outubro do ano passado, o Relator-Geral da XV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, o Sínodo dos Jovens.
Integram a Congregação outros dois cardeais brasileiros: João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo e vice-presidente do Celam.
 

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Analfabetismo cai no Brasil, mas desafios para a sua erradicação persistem

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29 de junho de 2019

No Brasil, o universo das letras e dos números ainda é incompreensível para 11,3 milhões de analfabetos, aqueles que com 15 anos ou mais já deveriam estar alfabetizados. Os dados são do módulo de Educação da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 19. 

Entre 2016 e 2018, o percentual de analfabetos caiu de 7,2% para 6,8% da população adulta, e somente entre 2017 e 2018, um total de 121 mil pessoas deixaram de ser analfabetas. 

“Em termos educacionais, ver que o Brasil está progredindo é importante para um país que é tão desigual”, afirmou Marina Dias, analista do IBGE, durante o lançamento da PNAD-Contínua, na qual também se atesta que cresceu de 45% para 47,4% o acesso à educação básica para pessoas a partir dos 25 anos de idade. 

De acordo com o IBGE, praticamente todos os indicadores educacionais melhoraram, porém se registraram significativas desigualdades: “Mulheres permaneciam mais escolarizadas do que os homens, pessoas brancas tiveram indicadores educacionais melhores que os das pessoas pretas ou pardas, e as regiões Nordeste e Norte apresentaram uma taxa de analfabetismo bem mais alta e uma média de anos de estudo inferior à das regiões do Centro-Sul do País”. 

Quem são e onde estão os analfabetos?
Das 11,3 milhões de pessoas não alfabetizadas com mais de 15 anos, quase 6 milhões têm 60 anos ou mais de idade, o equivalente a 18,6% da população idosa do País. 

Entre a população que se declara branca, 10,3% são analfabetos, enquanto entre os que afirmam ser pardos e pretos o percentual é de 27,5%. 

Também há diferenças regionais: o Nordeste, com 13,87% de analfabetos, tem um percentual quase quatro vezes maior que o Sudeste (3,47%). No Norte, o percentual de analfabetos é de 7,98%; no Centro-Oeste, de 5,4%; e no Sul, de 3,63%. 

De acordo com o cientista social Adão Alves dos Santos, que atua em movimentos sociais de alfabetização de jovens e adultos, o percentual de analfabetos no País é maior em áreas rurais do que urbanas, contudo os diferentes governos ainda não fizeram um mapeamento preciso sobre os analfabetos no Brasil. “Se houvesse essa pesquisa, que pedimos desde a década de 1980, seria possível dirigir esforços para onde estão estes analfabetos. Assim, poderiam ser atingidos os objetivos das políticas públicas”, disse.  

Sem analfabetos até 2024?
O Plano Nacional de Educação (PNE) tem como uma de suas metas “elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do PNE [2024], erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional”. 

Na prática, portanto, já em 2015, o Brasil deveria ter alcançado o percentual máximo de 6,5% de analfabetos. Este índice, no entanto, está em 6,8%. 

Marina Dias alertou que “mais da metade da população brasileira ainda não alcançou a etapa básica. Como aos 25 anos essas pessoas já fizeram suas escolhas profissionais, dificilmente vão completar os estudos”. Ela acredita que a erradicação do analfabetismo até 2024 “vai depender do que a política pública vai fazer por este grupo, para que essas pessoas sejam alfabetizadas”.

E o que se planeja?
Em abril, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou o decreto da nova Política Nacional de Alfabetização (PNA). A chamada “Alfabetização Acima de Tudo” estabelece como primeiro objetivo erradicar o analfabetismo absoluto e também pôr fim ao analfabetismo funcional. 

A principal mudança, conforme informou o Governo Federal, estará na fundamentação de novas ações e programas em evidências das ciências cognitivas, como foi feito em países como Portugal, França, Reino Unido, Estados Unidos e Finlândia. Não haverá um método de ensino específico, e a adesão dos estados à PNA será voluntária.

De acordo com Carlos Nadalim, titular da Secretaria de Alfabetização do Ministério da Educação, a PNA “ressalta a participação das famílias no processo de alfabetização, a importância do desenvolvimento da linguagem oral e de habilidades fundamentais para a alfabetização na educação infantil, o estímulo aos hábitos de leitura e escrita e o suporte às particularidades da alfabetização nas diferentes modalidades especializadas de educação”. 

Educação de Jovens e Adultos
A PNAD-Contínua indicou que, no ano passado, 831 mil pessoas frequentavam os programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Fundamental – 51,4% eram homens –; e 833 mil o EJA do Ensino Médio – 54,9% eram mulheres. Do total de estudantes, 48,5% tinham até 24 anos e 29% estavam com 40 anos ou mais. 

Para Santos, uma das razões para essa baixa quantidade de matriculados em relação aos 11,3 milhões de analfabetos é que “as pessoas têm vergonha de falar que não sabem ler e escrever e de procurar uma escola”. 

O Cientista Social também defende que as salas de EJA funcionem em horários diferenciados ao do ciclo regular dos estudantes e que aconteça uma apresentação dos conceitos mais próxima ao cotidiano: “No caso da Matemática, por exemplo, o ideal seria exemplificar quantos por cento do salário custa o transporte, a conta de água ou a conta luz, ou seja, é preciso tornar esse conceito mais próximo do dia a dia da pessoa”.  

Analfabetismo funcional
A PNAD-Contínua não faz menção ao analfabetismo funcional, ou seja, a dificuldade que alguém considerado formalmente alfabetizado tem para ler, escrever ou realizar operações matemáticas em situações do cotidiano. 

Em 2018, a ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro, com contribuição da Rede Conhecimento Social e parceria com o Ibope Inteligência, publicaram o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf 2018), segundo o qual 29% da população com 15 anos ou mais – o equivalente a 38 milhões de pessoas – pode ser considerada como analfabeta funcional. Esse índice cresceu dois pontos percentuais em relação a 2015. 

Desistência dos estudos
A PNAD-Contínua também mostrou que, no ano passado, 69,3% dos jovens de 15 a 17 anos frequentavam o Ensino Médio ou já o haviam concluído. Na prática, três a cada dez estudantes estavam atrasados nos estudos ou deixaram a escola. 

“Cada grupo de jovens tem motivações diferentes para não continuar estudando ou ampliando a sua qualificação. Entre os homens, a principal motivação foi o trabalho ou a procura por trabalho (47,7%); já entre as mulheres, o trabalho foi importante (27,9%), porém a necessidade de realizar afazeres domésticos e o cuidado de pessoas foram alegados como principais motivações por 23,3% delas”, indica o relatório da PNAD-Contínua. 

O não interesse em estudar ou se qualificar foi a justificativa para largar os estudos, citada por 25,3% dos homens e por 16% das mulheres. Entre elas, 13% disseram que abandonaram a escola devido à falta de recursos para pagar as despesas ligadas à educação. Entre eles, 9,2% apresentaram essa justificativa. 


(Com informações de IBGE, Folha de S.Paulo e Agência Brasil)

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O pequeno Panamá ganha as cores do mundo

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24 de janeiro de 2019

Jovens de todo o mundo que estão no Panamá para participar da JMJ aguardam ansiosos pela chegada do Papa Francisco ao país centro-americano, prevista para a tarde desta quarta-feira, 23, pelo horário local.

O clima de JMJ já contagia o país e os peregrinos de toda a parte do mundo que lá estão, muitos destes brasileiros.

NOS PASSOS DE UMA JOVEM

Ao fim da JMJ de 2016, em Cracóvia, o Papa Francisco anunciou que em 2019, o maior encontro de jovens do mundo aconteceria no Panamá. O tema escolhido pelo Pontífice foi: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”, desde então, todos foram chamados a refletir sobre os exemplos deixados por Maria e, desta forma, viver os dias de encontro com o Santo Padre.

Essa é a expectativa de Lucas Galhardo, jovem do Movimento de Schoenstatt: “Vamos aprender muito por meio dos exemplos de Maria, acredito que a jornada vai nos aproximar ainda mais de Nossa Senhora”. Ele também espera que este seja um momento de enaltecer e, aproximar os peregrinos ao Sínodo dos Jovens, fé e discernimento vocacional.

ESTAR AO LADO DO PAPA

São muitos os motivos que fazem com que, a cada Jornada, milhares de jovens tomem a decisão de se tornar peregrino e, em um País diferente, tenham uma experiência de fé, missão e encontro.

Em Jundiaí, no interior de São Paulo, vive Tiago Henrique Paneque, 22, que vê na oportunidade de estar perto do Papa Francisco a maior motivação para a ida à sua segunda JMJ: “Encontrar com os seus princípios e naquilo que ele acredita, na maneira como reconhece Jesus nas pessoas e no carinho que tem por todos, sem nenhuma distinção”, salientou o jovem da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Diocese de Jundiaí.

Após retornar de Cracóvia, na Polônia, ele e mais 21 jovens iniciaram com o apoio da paróquia a preparação para o desembarque no Panamá, com a realização de almoço, jantares, venda de rifas.

MUITA FÉ E ALEGRIA

“Desde a Jornada passada, o que mais me encantou foi o carisma do povo panamenho, que é muito receptivo e carinhoso, sem ao menos eles saberem que a próxima jornada seria em seu País”, contou sobre seu primeiro contato com a população que, este ano, acolhe a Jornada e que segundo ele, tem fé e devoção fortes.

As belezas naturais do Panamá estão encantando Thiago, que organiza junto com seu grupo uma visita a praia San Blas, zelada e administrada por índios nativos panamenhos.

NUNCA DEIXAR DE SONHAR

Dom momentos marcantes desde que chegou à JMJ, Tiago lembrou das palavras do Arcebispo do Panamá, que dizia: “Nunca deixaremos de ser jovens, enquanto não pararmos de sonhar”.

Para ele, esta é a motivação para quando retornar ao Brasil, continuando sua missão na Diocese que participa e, a exemplo de Maria, trasbordar seu sim a Deus. E, imitando ao povo que o acolheu, ser alegre e não fazer distinção entre as pessoas, mas oferecer a elas, somente amor.

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Brasil e Acnur renovam acordo que garante direitos a venezuelanos

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28 de dezembro de 2018

O Ministério do Desenvolvimento Social e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) renovaram na sexta-feira, 28, por mais um ano, o acordo de cooperação que garante a refugiados e imigrantes venezuelanos direitos socioassistenciais, à moradia e ao trabalho. O convênio vigora desde agosto.

Durante o próximo semestre, as prefeituras que acolhem os grupos receberão do governo federal R$ 400 mensais por cada pessoa assistida. 

Na cerimônia de assinatura do documento, foi lançado o livro Pátria Mãe Gentil, com fotografias do processo de interiorização de venezuelanos no Brasil, feitas por profissionais do ministério, do Acnur, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da Presidência da República.

ACOLHIDA DEVE CONTINUAR

O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, disse que o governo Jair Bolsonaro, que assumirá em 1º de janeiro, deve dar continuidade às ações.

“Acho que o ministério e o governo brasileiro levarão um pouco de esperança aos irmãos venezuelanos, e isso é tarefa de qualquer governo. Deve-se dizer aqui que, em grande parte, devido à posição corajosa do presidente Michel Temer. Não foram poucas as pressões políticas, de toda natureza, para que se fechasse a fronteira do Brasil com a Venezuela. Em todos os momentos, ele resistiu a essas pressões e garantiu o processo que é hoje, talvez, um dos mais bem-sucedidos de interiorização, de adaptação, de acolhimento de estrangeiros e migrantes que existe no mundo”, disse Beltrame.

“A diferença, a diversidade e o estrangeiro não devem ser vistos como algo estranho no país. Pelo contrário, são os imigrantes, são as pessoas que vêm para cá, que enriquecem a nossa cultura, a nossa culinária, o nosso dia a dia e, sobretudo, o exercício permanente da tolerância”, complementou Beltrame.

INTERIORIZAÇÃO

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, até o momento 3.602 venezuelanos foram acolhidos no projeto e vivem hoje em 31 municípios de 14 estados: Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

O representante do Acnur no Brasil, Federico Martínez, acrescentou que, todos os dias, 5 mil venezuelanos abandonam seu país à procura de melhores condições de vida. "Na Organização das Nações Unidas, estimamos que mais de 3 milhões já deixaram a Venezuela e que quase 200 mil tenham entrado no Brasil desde 2017, sendo que aproximadamente 98 mil permanecem no país, a grande maioria como solicitante de refúgio”, comentou.

NOVA MENTALIDADE

Martínez sugeriu que gestores do programa repensem seu modelo, focando em equilibrar, entre os diversos estados brasileiros, as tarefas relacionadas ao suporte oferecido aos venezuelanos.

“A ideia é como distribuir essa responsabilidade de maneira mais solidária, onde outros estados e outras cidades podem participar. O governo tem trabalhado com a meta de interiorizar mil pessoas por mês. Achamos que é uma meta bem ambiciosa, mas que nos permite ver o desafio que temos à frente: como continuar com esse fluxo de pessoas que chegam a Roraima, estado que tem muitos desafios para continuar com essa capacidade de acolhida. Então, precisamos voltar e fazer uma análise, ser realistas e definir quais são essas necessidades”, observou.

 

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