Brasil vive expectativa para os Jogos Pan-Americanos de Lima

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27 de julho de 2019

Os atletas brasileiros já estão na capital peruana para mais uma edição dos Jogos Pan-Americanos, que ocorrerão entre os dias 26 de julho e 11 de agosto e reunirão mais de 6 mil atletas de 41 países. Em Lima, o principal objetivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é classificar o maior número de atletas e modalidades para os Jogos Olímpicos de Verão de Tóquio 2020, no Japão. 

PREPARAÇÃO BRASILEIRA 
No maior evento esportivo do continente, serão mais de 400 provas em cinco grandes complexos esportivos. Para os brasileiros, será um importante passo na preparação rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Segundo o COB, o Brasil terá uma delegação com 800 profissionais no total, sendo 486 atletas, 250 homens e 236 mulheres, disputando 49 modalidades. 
“Precisamos encarar os Jogos Pan-Americanos sem fazer um paralelo com os Jogos Olímpicos. Acredito que a expectativa em relação ao desempenho brasileiro é muito boa, pois o Brasil é uma força no continente e, nos últimos anos, tem melhorado seu desempenho e lutado para ficar entre os três primeiros do quadro geral de medalhas”, disse o jornalista esportivo Marcelo Laguna, em entrevista ao O SÃO PAULO. 
A cerimônia de abertura dos Jogos está marcada para 26 de julho, mas o Brasil já estará em ação dois dias antes. A seleção feminina de handebol estreia às 22h30, no horário de Brasília (20h30 no horário local) contra Cuba. As duplas de vôlei de praia, Oscar/Thiago e Ângela/Carol Horta, entram em quadra na quarta-feira, 24. pela fase de grupos do torneio.

NÃO SE ILUDIR 
Ao todo, 22 esportes garantirão vagas diretas para Tóquio 2020 ou contarão pontos para o ranking mundial, que é classificatório para a Olimpíada. Em muitas modalidades, não é possível saber com exatidão a força do Brasil, pois os atletas estão envolvidos em outras competições internacionais, como mundiais e competições pré-olímpicas. Porém, muitos esportes vão com força máxima e poderão trazer muitas medalhas para o País.  
Segundo Marcelo, o Pan-Americano não atrapalha, pois é parte da preparação para os Jogos Olímpicos. 
“Muitas vezes, os torcedores acabam por se iludir com alguns resultados que acontecem no Pan, pois acabam transferindo essa realidade à Olimpíada, o que não se concretiza e é apenas uma ilusão. Pan-Americano é Pan-Americano, é preciso comemorar e festejar muito as medalhas, mas a realidade olímpica é outra”, concluiu Laguna. 

CHEGADA EM LIMA
Os primeiros atletas da delegação brasileira chegaram à Vila Pan-Americana no domingo, 21, e já conheceram as instalações em que ficarão hospedados. As primeiras equipes a entrar na Vila foram as de ginástica artística, handebol feminino, patinação artística e squash.  Além do complexo, os atletas brasileiros ficarão espalhados por outras seis bases no Peru, em instalações oferecidas pela organização do evento. Em Callao, Huacho, Bujamas, Paracas, Lunahuaná e Punta Rocas haverá suporte do COB.
“Sabemos que, para alguns atletas ou modalidades, esses Jogos são cruciais para o seu desenvolvimento. Portanto, todo cuidado na reta final de preparação é muito grande para que nada atrapalhe a melhor performance. E esse é o nosso papel: deixar toda a infraestrutura necessária pronta para a delegação brasileira. O desafio é gigante. São mais de 480 atletas, mas o COB está pronto”, disse o chefe da missão brasileira, Marco La Porta. 
 

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Jogadoras austríacas e torcida insultam atletas do Vaticano em jogo amistoso

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26 de junho de 2019

No sábado, 22, em Viena, ocorreria a primeira partida internacional da Seleção de Futebol Feminino do Vaticano contra o time austríaco F.C. Mariahilf. O jogo, que acabou não acontecendo, tornou-se palco de ofensas contra as jogadoras do Vaticano.


Durante a execução do Hino do Estado do Vaticano, as jogadoras austríacas levantaram suas camisetas, revelando mensagens escritas em seus corpos a favor do aborto, do lobby LGBT e contra a Igreja. As mensagens diziam coisas como “Meu corpo/minhas regras”, lema usado por feministas para militar a favor do aborto. Ao mesmo tempo, torcedores levantaram faixas com o mesmo teor. 


O time do Vaticano assustou-se com os ataques, pois a partida seria apenas uma festa pelo 20º aniversário de criação da equipe austríaca. Diante da situação, todas as jogadoras e o treinador decidiram abandonar a partida, com medo de uso político que dela poderia ser elaborado. 


“O jogo foi cancelado porque estamos aqui pelo esporte, e não pela política ou por outras coisas”, disse Danilo Zennaro, representante do time do Vaticano. Na página oficial do time austríaco no Facebook, foi publicada uma mensagem que dizia que o clube não iria se pronunciar até que uma declaração oficial fosse feita. 


O time feminino de futebol do Vaticano foi formado há pouco tempo e jogou sua primeira partida oficial em 26 de maio contra o time feminino da Roma. A criação da equipe ocorreu no contexto de incentivo à prática esportiva pelo Papa Francisco.  


A Associação de Mulheres do Vaticano lamentou o ocorrido em comunicado divulgado na terça-feira, 25. “A instrumentalização do encontro esportivo não ofendeu somente os que compõem o time vaticano, mas o próprio Vaticano por estar representado. Prejudicou a ideia de esporte, competição leal entre adversários, não entre inimigos”.


A Associação recordou que o campo de futebol não é o lugar apto para guerras ideológicas, mas deve ser um lugar de encontro e paz. “Do contrário, as consequências são mais fechamentos e abismos sempre mais profundos”, conclui no comunicado. 
Fontes: ACI Digital/ Vatican News/ The Local IT/ CNN

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