Relatório de Liberdade Religiosa na Mundo será lançado nesta quinta-feira

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22 de novembro de 2018

O Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo, uma compilação de análises da situação legal e constitucional sobre a liberdade religiosa em 196 países, será lançado pela Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) nesta quinta-feira, 22, às 20h, em São Paulo, no Auditório do PIME (Rua Joaquim Távora, 686, na Vila Mariana).

Publicado há 20 anos pela ACN – atualmente com uma nova edição a cada dois anos – o Relatório abrange não apenas os cristãos, mas todos os grupos religiosos.

O lançamento terá um painel de discussão com os convidados: Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo; Iyalorixá Carmen de Oxum, representante das religiões de matriz africana no comitê gestor da secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo; e professor Edin Sued Abumanssur, Doutor em Ciências Sociais e integrante do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da PUC-SP.

O Relatório também descreve os incidentes de perseguição religiosa registrados em cada nação, que são diferenciados em três categorias e classificados como: Intolerância; Discriminação; e Perseguição. 

Por fim, observa-se no período em análise (julho de 2016 a junho de 2018) se a liberdade religiosa melhorou, permaneceu igual ou piorou, além de informar as perspectivas para um futuro próximo.

Em todo mundo, a apresentação do relatório será acompanhada por uma série de campanhas publicitárias; reuniões de oração e conferências ao redor do mundo, programadas para ocorrer entre 22 de novembro e 4 de dezembro. Neste ano, mais uma vez, vários edifícios públicos emblemáticos serão iluminados em vermelho, a fim de chamar a atenção para a situação das pessoas que sofrem perseguição religiosa.

 

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Há 70 anos dando voz à igreja sofredora

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15 de agosto de 2017

Fundada na Alemanha em 1947, pelo o padre holandês Werenfried van Straaten, a Ajuda à Igreja que Sofre ‒ tradução do alemão Kirche in Not ‒ se dedica ao serviço dos cristãos de todo o mundo. Sua ação se dá por meio de três pilares: oração, informação e ajuda. Tudo feito inteiramente por meio de doações privadas, pois a Fundação não recebe recursos públicos. 

Reconhecida como fundação pontifícia em 2011, adotou no mundo todo a sigla ACN, iniciais do nome da entidade em inglês: Aid to the Church in Need. Atualmente, conta com escritórios em 21 países, que arrecadam donativos e transformam isso em caridade que chega a mais de 140 países. 

Em 2017, a ACN chega aos 70 anos ajudando cerca de 6 mil projetos por ano. Em muitas regiões de crise e catástrofes naturais, a ACN permanece com seu trabalho mesmo depois de anos, como no caso da guerra civil de Ruanda, em 1994, e do Tsunami no Sri Lanka, em 2004. 

 

Graças às doações de mais de 600 mil benfeitores, a ACN promove assistência pastoral em diversos campos, como ajuda existencial para sacerdotes; formação de padres e religiosos; ajuda existencial para religiosas; formação para os leigos; distribuição de bíblias e livros religiosos; apoio à mídia para a propagação da fé; meios de transporte para o trabalho pastoral; construção e reconstrução de edifícios religiosos; ajuda de emergência em casos de guerra, deslocamento de populações, violência e catástrofes naturais.

A formação de seminaristas é uma das maiores preocupações da ACN. Muitas doações são direcionadas para os países em que a formação adequada e contínua dos seminaristas não pode ser assegurada por causa da pobreza, guerra ou perseguição. Em 2014, a Fundação apoiou a formação de um em cada 11 seminaristas no mundo todo.

 

Projetos inovadores

Sob a liderança do Padre Werenfried, a ACN apoiou projetos inovadores como, por exemplo, os padres mochileiros enviados em motocicletas e fuscas para regiões remotas; e capelas móveis montadas em caminhões para as áreas que tiveram igrejas destruídas. 

Na década de 1970, na região amazônica do Brasil, a Fundação iniciou o projeto Assistência Missionária Ambulante (AMA). Trezentos caminhões usados pelo Exército suíço foram comprados, adaptados e utilizados no trabalho pastoral da Igreja local. 

“No Brasil, nós não temos perseguição religiosa, o que temos são atos de discriminação. Nós adotamos o mesmo conceito da Organização das Nações Unidas; se você pode praticar a sua religião ou mudar de religião, então não existe perseguição”, explicou Valter Callegari. Os principais projetos apoiados pela ACN no Brasil são voltados para as muitas necessidades da Igreja, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. “O Papa Francisco pediu que nós apoiemos a Prelazia de Tefé (AM). Estamos trocando os barcos de madeira por barcos de alumínio, que reduzirá pela metade o tempo de viagem de um sacerdote da sede da Prelazia a uma comunidade, que pode durar até 48 horas”. Segundo Callegari, há comunidades que recebem a visita do sacerdote uma vez ao ano, além de serem muito pobres materialmente. “Para ter uma ideia, há comunidades que em uma coleta arrecadam R$ 5,00”, relatou. 

“Nosso trabalho está focado na ajuda à Igreja, onde quer que ela seja perseguida ou oprimida pelo terror e pela violência. Através de notícias enviadas regularmente à mídia, nós damos uma voz para a Igreja sofredora que se distingue na enxurrada das informações diárias e também pedimos orações pelos cristãos perseguidos... Num espírito de confiança em Deus e de amor fraternal, a Fundação Pontifícia ajuda dioceses da Igreja mundo afora para levar ao povo a Boa Nova do Reino de Deus – especialmente naqueles lugares em que a Igreja sofre perseguição ou pobreza material”, afirmou o Presidente da ACN, Cardeal Mauro Piacenza. 

 

Leia a matéria sobre a missa do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos

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