Um sínodo para caminhar na mesma direção
Sínodo arquidiocesano será proposto este ano pelo Cardeal Scherer para revitalizar estruturas pastorais
![]() |
Fotos: Luciney Martins/ Jornal O SÃO PAULO |
Em artigo publicado no O SÃO PAULO, na edição de 19 a 25 de abril de 2017, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, aprofundando o trecho do Evangelho em que Jesus se revela ressuscitado aos discípulos de Emaús, fala sobre o Sínodo Arquidiocesano que será realizado no quadriênio 2017-2020.
No texto, ele explica que “Sínodo significa caminhar juntos, na mesma direção. Jesus fez caminho com os discípulos de Emaús, explicando as Escrituras. Jesus faz um sí- nodo com eles. E eles o reencontram nas Escrituras, no convívio fraterno e no partir do pão (Eucaristia e caridade). Queremos celebrar um Sínodo em nossa Arquidiocese para contar nossa situação, perscrutar as Escrituras e deixar que se aqueçam nossos corações. Vamos perceber que Ele não abandonou sua Igreja mas caminha com ela, renova-a na alegria de crer e de proclamar à cidade de São Paulo a Boa Nova”.
Em outro artigo, de fevereiro deste ano, direcionado aos bispos, párocos, administradores, vigários paroquiais e diáconos da Arquidiocese, o Cardeal explica os motivos que o levaram a convocar o Sínodo.
“Sínodo diocesano é um caminho de reflexão, avaliação, renovação, planejamento e programação, feito com a participação de toda a Igreja particular, através dos seus representantes e delegados para isso. É um evento de grande significado eclesial e pastoral, que requer um amplo envolvimento de todas as forças vivas da Arquidiocese. O Sínodo requer boa preparação e participação em diversos níveis, para rever e avaliar a ação evangelizadora da Igreja, as diretrizes pastorais nos diversos âmbitos da ação pastoral, a busca de caminhos comuns eficazes para que nossa Arquidiocese realize bem sua missão neste tempo e no atual contexto social, cultural e religioso”, afirmou o Cardeal.
Momento de questionamentos
Ele salientou, ainda, que o Sínodo poderá levar à percepção de lacunas e insuficiências na evangelização; à constatação de que existe rotina e cansaço, desmotivação e resignação diante dos desafios e problemas que a Igreja enfrenta na cidade de São Paulo. Dom Odilo, coloca, então, uma série de perguntas que podem surgir a partir dessa reflexão feita conjuntamente. “Pode ser que os fatos e os números relativos à ação pastoral e à vida eclesial nos interpelem e nos façam perguntar: afinal, o que está acontecendo? Por que está acontecendo? Como podemos enfrentar melhor a escassez de vocações? Como tornar nossa Arquidiocese decididamente mais missionária, conforme apelos constantes e fortes da Igreja diante dos desafios da nova evangelização?”.
Por fim, Dom Odilo diz que “o sínodo diocesano não deverá ter outra finalidade do que lançar um olhar realista para a nossa realidade eclesial e pastoral em São Paulo, com o desejo sincero de sermos fiéis à graça de Deus e de correspondermos bem à missão que nos está confiada nesta Metrópole”.