SÃO PAULO

10 ANOS COM DOM ODILO

Um sínodo para caminhar na mesma direção

Por Nayá Fernandes
09 de agosto de 2017

Sínodo arquidiocesano será proposto este ano pelo Cardeal Scherer para revitalizar estruturas pastorais

Fotos: Luciney Martins/ Jornal O SÃO PAULO

Em artigo publicado no O SÃO PAULO, na edição de 19 a 25 de abril de 2017, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, aprofundando o trecho do Evangelho em que Jesus se revela ressuscitado aos discípulos de Emaús, fala sobre o Sínodo Arquidiocesano que será realizado no quadriênio 2017-2020.

No texto, ele explica que “Sínodo significa caminhar juntos, na mesma direção. Jesus fez caminho com os discípulos de Emaús, explicando as Escrituras. Jesus faz um sí- nodo com eles. E eles o reencontram nas Escrituras, no convívio fraterno e no partir do pão (Eucaristia e caridade). Queremos celebrar um Sínodo em nossa Arquidiocese para contar nossa situação, perscrutar as Escrituras e deixar que se aqueçam nossos corações. Vamos perceber que Ele não abandonou sua Igreja mas caminha com ela, renova-a na alegria de crer e de proclamar à cidade de São Paulo a Boa Nova”.

Em outro artigo, de fevereiro deste ano, direcionado aos bispos, párocos, administradores, vigários paroquiais e diáconos da Arquidiocese, o Cardeal explica os motivos que o levaram a convocar o Sínodo.

“Sínodo diocesano é um caminho de reflexão, avaliação, renovação, planejamento e programação, feito com a participação de toda a Igreja particular, através dos seus representantes e delegados para isso. É um evento de grande significado eclesial e pastoral, que requer um amplo envolvimento de todas as forças vivas da Arquidiocese. O Sínodo requer boa preparação e participação em diversos níveis, para rever e avaliar a ação evangelizadora da Igreja, as diretrizes pastorais nos diversos âmbitos da ação pastoral, a busca de caminhos comuns eficazes para que nossa Arquidiocese realize bem sua missão neste tempo e no atual contexto social, cultural e religioso”, afirmou o Cardeal.

Momento de questionamentos

Ele salientou, ainda, que o Sínodo poderá levar à percepção de lacunas e insuficiências na evangelização; à constatação de que existe rotina e cansaço, desmotivação e resignação diante dos desafios e problemas que a Igreja enfrenta na cidade de São Paulo. Dom Odilo, coloca, então, uma série de perguntas que podem surgir a partir dessa reflexão feita conjuntamente. “Pode ser que os fatos e os números relativos à ação pastoral e à vida eclesial nos interpelem e nos façam perguntar: afinal, o que está acontecendo? Por que está acontecendo? Como podemos enfrentar melhor a escassez de vocações? Como tornar nossa Arquidiocese decididamente mais missionária, conforme apelos constantes e fortes da Igreja diante dos desafios da nova evangelização?”.

 Por fim, Dom Odilo diz que “o sínodo diocesano não deverá ter outra finalidade do que lançar um olhar realista para a nossa realidade eclesial e pastoral em São Paulo, com o desejo sincero de sermos fiéis à graça de Deus e de correspondermos bem à missão que nos está confiada nesta Metrópole”.

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