INTERNACIONAL

TBT

O SÃO PAULO recorda os 40 anos do martírio de Dom Oscar Romero

Por Flavio Rogério Lopes
26 de março de 2020

O Arcebispo de El Salvador foi assassinado no dia 24 de março de 1980, enquanto presidia uma missa

Edição 1255 / O SÃO PAULO

Nesta quinta-feira, 26, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda a edição número 1255 do semanário da Arquidiocese de São Paulo, publicada em 28 de março de 1980, que noticiou o assassinato de Dom Oscar Romero, Arcebispo de El Salvador, fuzilado no dia 24 de março de 1980, em meio aos doentes de câncer e enfermeiros, enquanto presidia uma missa na capela do Hospital da Divina Providência, na capital de El Salvador. O Bispo foi canonizado pelo Papa Francisco, no dia 14 de outubro de 2018.

“Como cristão, não creio na morte sem ressurreição. Se me matam, ressuscitarei no povo salvadorenho... Pois como pastor sou obrigado a dar a vida por aqueles que amam”. Estas foram as palavras textuais de Dom Oscar Romero, Arcebispo de San Salvador, assassinado na noite de 24 de março, enquanto celebrava uma missa. Essa declaração faz parte de sua derradeira entrevista concedida três dias antes de morrer. (Trecho da Edição 1255 - O SÃO PAULO)

HISTÓRIA

Em 1977, Oscar Arnulfo Romero Y Gadamez foi nomeado Arcebispo de El Salvador, chegando à capital com fama de conservador. No fundo, era um homem do povo, simples, de profunda sensibilidade para com os sofrimentos da maioria, de firme perspicácia aliada à coragem de decisão.

Em 1979, o presidente do país foi deposto pelo golpe militar. A ditadura se instalou em El Salvador e, pouco a pouco, acirrou-se a violência. Reinou o caos político, econômico e institucional no país. De janeiro a março de 1980, foram assassinados 1.015 salvadorenhos. Os responsáveis pertenciam às forças de segurança e às organizações conservadoras do regime militar instalado no país.

Nessa ocasião, dois sacerdotes foram assassinados violentamente por defenderem os camponeses, que foram pedir abrigo em suas paróquias. Dom Romero teve que se posicionar e, de pronto, se colocou no meio do conflito. Não para aumentá-lo, mas para ajudar a resolvê-lo. Esta atitude revelou o quando sua espiritualidade foi realista e o seu coração, sereno e obediente ao Evangelho.

LEIA TAMBÉM

Paulo VI e Oscar Romero: amigos de Deus e promotores da vida

 

 

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.