3 vezes Ana Marcela Cunha nas águas da Hungria

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27 de julho de 2017

Ana Marcela Cunha foi o principal nome do Brasil na primeira semana do Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria. 

Na sexta-feira, 21, a brasileira conquistou o tricampeonato mundial na prova de 25 quilômetros das Maratonas Aquáticas. Antes, ela já havia conquistado nesta edição do Mundial duas medalhas de bronze nas provas de 5 e 10 quilômetros. 

“Das três que ficaram na ponta no final, eu era a única que já tinha nadado essa distância, e sabia da dor que a gente sente no final. Essa experiência me ajudou. Tive que ter muita paciência para fazer tudo no momento certo. Então, tentei me preservar o máximo possível, gastar menos energia, porque sabia que é decidido no final. Eu amo o que faço”, afirmou Ana Marcela ao site da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), ao final da prova dos 25 quilômetros, que teve como medalhista de prata a holandesa Sharon van Rouwendaal, e como medalhista de bronze a italiana Ariana Bridi. 

No domingo, 23, a delegação brasileira conquistou outra medalha no Mundial: prata no revezamento 4x100 metros livre, com Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Cesar Cielo Filho e Bruno Fratus, colocando o fim a um jejum de 23 anos sem pódios do Brasil nesta prova em mundiais Na segunda-feira, 24, Nicholas Santos alcançou a medalha de prata nos 50 metros borboleta. O Mundial de Esportes Aquáticos segue até o domingo, 30.

(Com informações da CBDA)
 

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Águas nada claras para o esporte brasileiro

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11 de mai de 2017
Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Acostumados com as operações da Polícia Federal (PF) envolvendo políticos e empresários corruptos e corruptores, os brasileiros viram as águas se escurecerem também no campo do es- porte.

Em 6 de abril, a operação Águas Claras, da PF, levou à prisão preventiva o ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes; o diretor financeiro, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga; e o coordenador técnico do polo aquático, Ricardo Cabral. No dia seguinte, Ricardo de Moura, coordena- dor técnico da natação, se entregou à Polícia Federal após ser considerado foragido.

Vinculada ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), a CBDA é responsável por administrar as modalidades de natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, maratonas aquáticas e polo aquático. As investigações apuram um possível desvio de R$ 40 milhões que foram repassados à Confederação por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, mas que não foram destinados para os devidos fins, ou seja, custear essas modalidades no país.

 

Futuro dos esportes aquáticos

Desde que a operação da PF foi deflagrada, há preocupação com os rumos que os esportes aquáticos tomarão no país. O Troféu Maria Lenk, por exemplo, principal campeonato nacional de natação, que segue até o sábado, 6, no Rio de Janeiro, só acontecerá porque os Correios, patrocinador da Confederação há 26 anos, adiou provisoriamente a decisão que havia tomado de rescindir o patrocínio por conta dos escândalos na CBDA.

Em 18 de abril, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, em mesa redonda, discutiu a reformulação administrativa da CBDA. Senso comum, e principal ponto levado na reunião, é a participação mais ativa dos atletas na Confederação.

“Nunca tivemos direito a voz. Agora chegou o momento. A gente quer mudança e tem o direito de saber quanto de dinheiro entra na Confederação”, afirmou a nadadora Joanna Maranhão, que foi uma das participantes do evento. Hugo Parisi, atleta dos saltos ornamentais, propôs soluções à atual situação da modalidade e da CBDA: “Os saltos ornamentais são um esporte pequeno. A minha proposta é que a Confederação se dívida. Nós ganharíamos autonomia”, pontuou. “Nunca crescemos porque sempre estaremos abaixo da natação, e ficamos apagados. Se dividirmos, os recursos também serão divididos, e a fiscalização e transparência serão melhores. É a chance de cada esporte tomar o seu rumo e suas decisões”, concluiu Hugo.

 

Visão dos atletas

Um dia após a Operação Águas Claras, 43 atletas dos esportes aquáticos, entre os quais os medalhistas olímpicos Cesar Cielo e Thiago Pereira, divulgaram uma carta dirigida ao presidente da República, Michel Temer, e a outras autoridades.

“Estamos acompanhando, muito chateados e atentos, o fato de nossa Confederação encontrar-se todos os dias no noticiário, mas não para trazer informações esportivas, e sim para anunciar mais um capítulo de uma disputa judicial na qual não somos parte ou sequer culpados. Queremos que as regras estatutárias sejam cumpridas sem manobras, almejamos que nossos dirigentes pensem no esporte exclusivamente, cobiçamos que os atletas e técnicos sejam respeitados, e que o dinheiro público seja corretamente empregado – visando o desenvolvimento dos desportes aquáticos”, consta em um dos trechos da carta.

Em entrevista ao O SÃO PAULO, o ex-nadador Renato Ramalho, que por 14 anos representou o Brasil em competições nacionais e internacionais, também enfatizou que “são os atletas, de fato, que amam o esporte e, portanto, os que têm mais interesse para que a CBDA esteja bem coordenada. Estão buscando modificações no estatuto e se unindo para mostrar que a Confederação é maior do que os dirigentes”.

Ainda segundo Renato, antes mesmo da operação da PF “já havia, por parte dos atletas, um descontentamento que, acredito, seja reflexo também do descontentamento político geral vivido no Brasil”. Apesar de todo esse cenário, ele está otimista. “O que está acontecendo é bom, apesar de ser triste. Ricardo Prado assumiu o cargo de coordenador geral de esportes da CBDA. Ele tem uma capacidade excepcional. Tem vivência esportiva, já foi o melhor do mundo e passou pelo comitê dos Jogos Olímpicos de 2016, com amplo conhecimento nas modalidades aquáticas. O que está acontecendo nos dá a oportunidade de renascer como uma fênix”, concluiu.

(Com informações do portal UOL, G1 e Globoesporte.com e CBDA)

 

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Corridas de rua invadem as ruas de São Paulo

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28 de março de 2017

Os tempos hodiernos decretam à sociedade uma correria desenfreada, tornando a luta para pagar as contas, trabalhar, pegar os filhos na escola – educar os filhos! –, fazer atividade física, encontrar os amigos, buscar a felicidade e, enfim, viver, cada vez mais desafiante. E é precisamente diante do novo ritmo deste homem hodierno, que procura incessantemente correr contra o tempo, que cresce significativamente uma importante atividade esportiva no Brasil, principalmente em São Paulo: a corrida de rua.  

Dados fornecidos pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revelam que, em cinco anos, a capital paulista registrou aumento de 45% no número de corridas de rua autorizadas.

Com o aumento significativo no total de pedidos deferidos pela CET, a cidade de São Paulo teve, em 2016, 110 corridas com a chancela da prefeitura - média de uma a cada três dias. No ano de 2010, foram 76 - média de um a cada cinco dias.

“Troquei a noitada de festas pela madrugada de corridas”

Leonardo Guerini, 25, ilustra bem os novos corredores que São Paulo vem ganhando. “Comecei a correr por vontade própria, mas sem grandes pretensões. Em uma de minhas corridas matinais, passou por mim um corredor experiente e me disse que eu ‘tinha jeito’, mas que deveria começar a treinar com seriedade, se não, não iria progredir. Isto foi um divisor de águas; a partir daí, passei a treinar com outras pessoas, junto à uma assessoria, e passei a participar de diversas provas”. O jovem afirma que ter uma rotina séria de treinos muda muitas coisas na vida: “troquei a noitada de festas pela madrugada de corridas, e estou muito feliz com isso”.

Perguntado sobre o aumento do número de corridas de ruas, Leonardo explica que as pessoas têm mudado de hábitos e, mais do que isso, têm procurado mudar de vida, buscando mais saúde. “Muitas vezes, encontram na corrida algumas destas respostas”.

Sérgio Maratonista

“Ninguém começa correndo maratona. As pessoas aprendem a se adaptar e começam a obedecer a ética do esporte”.

O corredor Sérgio da Silva Barros, de 50 anos, já perdeu as contas das maratonas oficiais que realizou. “Entre 20 e 30, acredito”, expressa Sérgio “Maratonista”, como ficou conhecido, para O SÃO PAULO. O atleta destaca a importância da atividade física, no caso da corrida, para viver melhor; desde o comer ao descansar, até à recuperação de enfermidades e lesões. 

“Percorro correndo, todos os dias, os 42 quilômetros da Maratona, pois de minha casa em Santo Amaro ao serviço no Clube Harmonia são 21 quilômetros, que faço em, aproximadamente, uma hora e quinze minutos. Ir e voltar correndo é saudável não só para mim, mas para a sociedade”, destaca o maratonista que encontrou na corrida, além de sua profissão, o seu meio de transporte.   

Com relação ao aumento de corridas de rua em São Paulo, Sérgio acredita que reflete a busca do paulistano por hábitos de vida mais ordenados e  saudáveis, e enfatiza: “o esporte pode mudar uma vida. Tenho conseguido, por meio do cooper a  ajudar dependentes químicos a se recuperarem e menores a saírem das  ruas. São pessoas de baixa renda que veem eu e meus amigos correrem e pedem para se juntarem a nós”.

História das corridas de rua

Foi durante o século XVIII, em terras britânicas, que se popularizaram as corridas de rua. Posteriormente, expandiram-se para os outros países europeus e para os Estados Unidos.

A modalidade ganhou destaque e projeção mundial no fim do século XIX, durante a primeira edição dos Jogos Olímpicos, em Atenas.
Já em 1970, mais precisamente nos EUA, houve o que ficou conhecido como  jogging boom. Após a difusão do famoso “Teste de Cooper”, a prática da modalidade cresceu de maneira sem precedentes na história.

Paralelamente ao jogging boom, ainda na década de 70, surgiram provas em que se permitia a participação popular junto aos corredores de elite. Estas provas aproximaram o atleta profissional do famoso “corredor de fim de semana”, inserindo o amador em ambientes mais competitivos.

Hoje, a Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF) define as Corridas de Rua como disputas em vias públicas (ruas, avenidas, estradas) com distâncias oficiais variando de 5 Km a 100 Km.

Praticadas em sua maioria por atletas amadores, hoje, as Corridas de Rua já são populares em todo o mundo e vêm crescendo não só no Brasil, mas em muitos outros países do globo.

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Seleção brasileira de Judô no Grand Slam de Paris

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25 de abril de 2017

Foram convocados 15 atletas brasileiros para o Grand Slam de Judô de Paris, uma das principais etapas do Circuito Mundial, que será realizada nos dias 11 e 12 deste mês. Dentre os judocas convocados pela gestão de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô estão duas campeãs olímpicas.

Sarah Menezes, ouro em Londres 2012, terá um desafio pela frente, pois luta em nova categoria, a meio-leve (52kg). As disputas pelo Grand Slam de Paris já renderam à brasileira – a primeira do país e ganhar ouro olímpico no Judô – dois bronzes e uma prata. Agora, com a mudança de categoria, Sarah afirma que terá um novo começo no esporte.

"Eu estou praticamente reiniciando no judô. Então, tudo está sendo importante. São novas adversárias, mais altas e com força diferente. Vou começar do zero, sem nenhuma pontuação no ranking. É um ano de adaptação", explicou a campeã de Londres para o portal da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Sarah pode enfrentar em Paris as melhores judocas do meio-leve, como a campeã olímpica Majlinda Kelmendi, do Kosovo, e a sua compatriota Érika Miranda, três vezes medalhista em Campeonato Mundial.

Já a número 2 do mundo, Rafaela Silva, em entrevista ao portal da CBJ, destacou tanto a dificuldade do evento quanto a hospitalidade francesa: “Lutar em Paris é como fazer uma luta dentro de um estádio de futebol lotado. São sempre muitos atletas e muitos torcedores, o que me motiva bastante. Além disso, os franceses são ótimos anfitriões e sempre sou muito bem recebida pelas meninas da seleção da França". A atleta, que tem dois bronzes no Grand Slam francês, será cabeça de chave número um no evento deste ano.

 

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