Centro Olímpico abre turma de iniciação do basquete feminino

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28 de agosto de 2018

Nesta terça-feira, 28, às 14h, o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), localizado em Moema, na Zona Sul, abre as inscrições para aulas de basquete para meninas entre nove e 12 anos. As interessadas deverão comparecer ao Centro Olímpico usando trajes esportivos e tênis, acompanhadas dos responsáveis, para preencher a ficha de inscrição e participar da primeira aula. Não serão realizadas seletivas.

As jovens e seus pais receberão todas as informações e condições para a permanência no COTP. O processo administrativo vai desde exames médicos ao atendimento de assistência social. Passado o processo, as meninas passam a integrar o quadro de atletas de base do Centro e têm acesso a todos os benefícios oferecidos.

Também a convite dos treinadores, através da Rede Olímpica, alunas de duas escolas municipais, da Cidade Tiradentes e do Grajaú, conhecerão de perto o treino nesta data. Após essa primeira aula inicial, o COTP realizará outras aulas no mesmo formato nos 11 e 25 de setembro; 16 de outubro; 13 de novembro e 5 de dezembro, sempre às14h.

A “peneira” para meninas maiores, nascidas entre 2002 a 2005, acontece no dia 4 de dezembro, também às 14h.

 

 

Segue o cronograma de aulas abertas:

Meninas nascidas em 2006, 2007 e 2008

Datas:

28 de agosto (horário:14h)

11 e 25 de setembro (horário:14h)

16 de outubro (horário: 14h)

13 de novembro (horário: 14h)

5 de dezembro (horário: 14h)

Peneira:

Meninas nascidas em: 2002, 2003, 2004 e 2005

Data: 4 de dezembro (horário: 14h)

Como proceder para participar das aulas e das peneiras

- Apresentar RG;

- Preencher a ficha de peneira (retirar na secretaria do COTP);

- Comparecer com roupa para atividade esportiva, meia e tênis;

Serviço:

Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa- COTP - Inscrição e treino aberto Basquete Feminino entre 9 e 12 anos

Avenida Ibirapuera, 1315 – Vila Clementino – Zona Sul

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São Paulo terá Virada Esportiva em dezembro

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21 de agosto de 2018

A Prefeitura de São Paulo agendou a Virada Esportiva 2018 para o fim de semana dos dias 1 e 2 de dezembro. O evento estava marcado para meados de setembro, mas foi reagendado devido ao período eleitoral. A revogação do chamamento público foi publicada no Diário Oficial do último dia 14.

De acordo com o secretário municipal de Esportes e Lazer, João Farias, a Virada Esportiva é um evento que envolve a participação em massa da população e estava prevista para acontecer a apenas 15 dias das eleições. “Para não haver perda da importância e para que a Virada Esportiva seja o foco principal da população, mudamos a data para dezembro”, afirma.

“Esse é um evento único para São Paulo e queremos que os paulistanos o aproveitem da melhor maneira. Além disso, a intenção da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer é evitar qualquer interferência no pleito”, completa o secretário.

Será divulgado novo chamamento público para seleção de propostas de diferentes modalidades esportivas e de lazer, que serão disponibilizadas nos Centros Esportivos Municipais e em grandes arenas. O evento vai acontecer simultaneamente em todas as regiões da cidade.

Virada Esportiva 2017

Em 2017, a Virada Esportiva contou com 1.203 atividades que aconteceram em vários bairros e nos 46 Centros Esportivos nos dois dias destinados ao evento como a Virada Oriental, na Liberdade, região central, e o Campeonato de Skate “Banks Park Attack”, no Grajaú, Zona Sul. Já o Vale do Anhangabaú, também no centro da cidade, recebeu aulas abertas de Crossfit e o passeio ciclístico SP. O Largo da Batata, na Zona Oeste, foi palco de várias atividades físicas, inclusive de paradesporto, como o Quadry Rugby. Uma corrida de revezamento, que teve 24 horas de duração, foi realizada no Centro Olímpico, na Zona Sul.

As parcerias com grandes empresas como Carrefour, Mizuno, Pão de Açúcar e Red Bull, entre outras, mantiveram o nível de excelência da Virada Esportiva, reduzindo substancialmente custos.

Foram investidos R$ 203 mil reais em 2017, ante os R$ 4,5 milhões de 2016. O evento contou com público estimado de R$ 3 milhões de pessoas.

“A meta de Governo é aumentar em 20% a prática de atividade física em São Paulo até o fim da gestão do prefeito Bruno Covas e, com certeza, a Virada Esportiva 2018 funciona como um grande estímulo para que a população saia do sedentarismo” enfatiza o secretário João Farias.

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Pan e Parapan universitário mostram os frutos da parceria esporte-educação

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09 de agosto de 2018

Pela primeira vez na história, as Américas estiveram reunidas em uma competição esportiva universitária, o FISU America Games, nome dado ao Pan e Parapan-americano Universitário, que ocorreu de 19 a 28 julho, em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro e no Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo.

Do Pan participaram atletas do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Chile, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Venezuela, Peru, Paraguai, Honduras, México e Uruguai. No Parapan houve delegações brasileiras, chilenas, uruguaias e argentinas.

 

 RESULTADOS EXPRESSIVOS

Alguns resultados do Brasil nos esportes coletivos foram bem expressivos no Pan Universitário, que contou com esportistas competindo nas modalidades de atletismo, basquete, futebol, futsal, vôlei, judô, natação, tênis e tênis de mesa. 

No futsal feminino, as brasileiras ficaram com o ouro ao derrotarem a Costa Rica por 6 a 0. A seleção masculina também foi ao lugar mais alto do pódio ao golear a Colômbia por 7 a 3. E teve duplo ouro para o Brasil no vôlei, com vitórias tanto dos homens quanto das mulheres por 3 sets a 2 sobre a Argentina, em duelos muito equilibrados e tensos. 

“Estamos muito satisfeitos com os resultados do Brasil. Nós somos campeões gerais no judô, atletismo, natação, e em diversas modalidades, conquistando títulos importantes para nosso País, sobretudo por ser a primeira edição dos jogos universitários pan- -americanos”, afirmou Luciano Cabral, presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), em entrevista ao programa “Camisa 9”, da rádio 9 de Julho.

Na disputa do Parapan, um dos destaques foi a velocista de atletismo Thalita Simplício, que conquistou três medalhas de ouro pela classe T11, para atletas totalmente cegos, nas provas 100, 200 e 400 metros rasos. Outro desempenho relevante foi o da nadadora Maria Dayanne da Silva, que venceu as provas dos 50 metros borboleta e dos 100 metros costa e foi medalhista de prata nos 50 metros livre, em disputas da classe S6. Ela nasceu com má formação congênita dos membros superiores.

 

DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE 

O Presidente da CBDU destacou que o ambiente educacional não é valorizado no Brasil e, por consequência, a prática esportiva, que deveria fazer parte do complemento da educação, não está devidamente inserida no ambiente educacional. 

“O Brasil tem um grande equívoco cultural de que o atleta de alto rendimento não consegue estudar, pois não é compatível estudar e praticar esporte em alto rendimento. Isso acabou virando uma cultura no nosso País.”, reiterou Luciano. 

Os Estados Unidos lideram o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos constantemente e os atletas norte-americanos estudam normalmente, mos
trando que é possível conciliar as duas coisas. Porém, segundo Luciano, “um conjunto de ações precisa ser estabelecido, junto com uma política que passe a favorecer isso, para que possamos ter o esporte dentro do ambiente educacional, não só no universitário, mas no ambiente escolar.”

 

GESTÃO UNIVERSITÁRIA

Luciano disse, ainda, que a CBDU defende que o primeiro objetivo do esporte é formar cidadãos e, em segundo lugar, atletas, e que essa tem sido a lógica da gestão do esporte universitário no Brasil, buscando o fomento no ambiente educacional como algo não puramente comercial. 

“O esporte universitário brasileiro não é negócio. É uma plataforma de desenvolvimento, que precisa encontrar um modelo no Brasil para a inserção do esporte no ambiente educacional, para que seja uma ferramenta para o desenvolvimento social e para que não seja tratado apenas como um negócio”, declarou. 

Em relação ao quanto o evento vai impactar no desenvolvimento do esporte universitário, Luciano Cabral afirmou que isso “vai depender muito da leitura de nossas autoridades que aqui estão passando”, e lembrou que o ministro do Esporte, Leandro Cruz Fróes da Silva, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, e o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, prestigiaram o FISU America Games. 

(Com informações da CBDU, Rede Nacional do Esporte e rádio 9 de Julho)

 

 

 

 

 

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A Igreja já está em campo

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14 de junho de 2018

O lançamento do documento “Dar o melhor de si”, no dia 1º, reforça a atenção que a Igreja tem dado ao esporte nas últimas décadas, incluindo a promoção de diferentes ações no âmbito esportivo.

NA SANTA SÉ

Arquivo Pessoal

No Vaticano, uma das iniciativas que acontece desde 2004 é a Oficina Igreja e Esporte, que tem estudado e promovido uma visão cristã do esporte, enxergando-o como caminho para a evangelização e a construção de uma sociedade mais justa, humana e pacífica. 

Também na década passada, foi criada a CLERICUS CUP, em 2007, a Copa dos Clérigos, organizada pelo Centro Desportivo Italiano; Departamento de Lazer, Turismo e Desporto da Conferência Episcopal Italiana; Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; e o Conselho Pontifício para a Cultura. 

O Padre Ricardo Cardoso Anacleto, Pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, na Arquidiocese de São Paulo, participou do torneio durante o período em que estudou em Roma, jogando como zagueiro no time do Colégio Pio Brasileiro. 

“A Clericus Cup foi pensada para que os sacerdotes e seminaristas tivessem a oportunidade de vivenciar o esporte com uma ação concreta, para que depois, em suas próprias paróquias e comunidades, pudessem incentivar tal prática. O intuito é criar a cultura da promoção social da juventude por meio do esporte”, afirmou ao O SÃO PAULO. Ele enalteceu o lançamento de um documento que fale da perspectiva cristã no esporte: “A formação esportiva ajuda a educar o caráter e a disciplina. Evidenciar isso é fantástico, pois para a juventude o esporte promove a cultura do encontro”. 

100 DIAS DE PAZ E CRUZ OLÍMPICA

Desde os Jogos de Londres 2012, a Igreja Católica, com a autorização do Comitê Olímpico Internacional (COI), promove o Projeto 100 Dias de Paz, levando até a cidade sede de cada Olimpíada a CRUZ OLÍMPICA e o ÍCONE DA PAZ. A ação ocorre no contexto a Trégua Olímpica, que propõe que entre sete dias antes do começo de cada edição dos Jogos Olímpicos e sete dias após o fim dos Jogos Paralímpicos se suspenda qualquer tipo de conflito no planeta. É uma tradição que a Trégua Olímpica seja assinada pela maioria dos países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU). 

NAS PARÓQUIAS E DIOCESES

O documento “Dar o melhor de si” estimula que haja iniciativas esportivas nas paróquias e dioceses. Na Arquidiocese de São Paulo, por exemplo, aconteceu em 2013 a corrida de rua Bote Fé na Vida, no contexto da Jornada Mundial da Juventude. 

Muitas também são as ações esportivas em paróquias da Arquidiocese. Na Nossa Senhora Aparecida, na Vila Carrão, na Região Belém, foi realizado em maio deste ano o Festival da Caridade, com jogos de futsal e arrecadação de alimentos. 

Na Paróquia São Vito Mártir, no Brás, na Região Sé, há um projeto permanente de karatê, coordenado pelo professor José Alberto de Siqueira Campos, mais conhecido por Corisco. Nessa iniciativa, crianças e jovens desenvolvem a concentração, disciplina e persistência por meio dessa arte marcial.Luciney Martins/O SÃO PAULO

Já na Comunidade São Benedito, da Paróquia Bom Pastor, na Região Brasilândia, existe a FAMÍLIA UNES, um grupo de jovens que faz reuniões semanais aos sábados à noite, e aos domingos pela manhã, após a missa na matriz paroquial, promove ações esportivas e recreativas, tendo, inclusive, um time de futsal. 

Também vale menção ao projeto de judô com crianças e jovens promovido pelo Arsenal da Esperança e a Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários, na Região Sé; o PEDALAVOC, realizado anualmente pela Pastoral Vocacional da Região Ipiranga; e a participação da Caritas Arquidiocesana nas edições da Copa dos Refugiados.

ATENÇÃO DOS PAPAS

Os papas São João Paulo II, Bento XVI e Francisco, em muitas oportunidades, já se pronunciaram, especialmente em audiências com atletas e delegações esportivas, sobre o papel do esporte para o desenvolvimento humano integral. 

No Jubileu dos Esportistas, em outubro de 2000, em Roma, por exemplo, São João Paulo II disse que os esportistas “são chamados a fazer do esporte uma ocasião de encontro e de diálogo, para além de toda a barreira de língua, raça e cultura”. Em 2009, Bento XVI, durante um seminário de estudos sobre esporte, educação e fé, afirmou que “o esporte deve garantir uma formação humana e cristã para as novas gerações”. Francisco, durante a JMJ Rio 2013, ao recordar o amor dos jovens brasileiros pelo futebol, exortou: “Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que joguemos no seu time”. 

Vale a lembrança ainda da estreita relação de dois destes papas com o futebol: JORGE MARIO BERGOGLIO (FRANCISCO) já teve carteirinha de torcedor do San Lorenzo, da Argentina; e KAROL WOJTYLA (JOÃO PAULO II) na juventude jogou como goleiro no futebol amador da Polônia e, após se tornar papa, muitas vezes foi fotografado esquiando.

PASTORAL DO ESPORTE

Desde 2008 na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro existe a Pastoral do Esporte, que se propõe a mostrar a importância da prática esportiva para uma caminhada comunitária, com o objetivo de impactar distintas esferas sociais, com atividades que complementam a ação evangelizadora. 

“Estamos reestruturando a Pastoral do Esporte. Cada paróquia terá um representante ou um coordenador. Periodicamente, ao nos reunirmos, organizamos eventos na dimensão de fazer com que a Arquidiocese e as pastorais unam-se por meio da experiência do esporte”, afirmou, à reportagem, o Padre Marcus Vinícius Antunes da Trindade, Assessor Arquidiocesano da Pastoral do Esporte.

Na avaliação do Sacerdote, o fato de a Igreja agora ter um documento específico sobre o esporte reforça a atenção que historicamente ela sempre deu a essa temática. “No esporte coletivo não se joga sozinho, e na experiência da Igreja também não estamos sozinhos. É importante essa analogia para que possamos olhar o esporte com outros olhos. Não que o esporte esteja acima da Doutrina Social da Igreja, mas sim que devemos aproveitar o que ele tem em sua essência, mas que ao longo dos anos foi se desviando pela especulação econômica, política e uso do esporte para outras finalidades”, concluiu. 

Imagens: Arquivo Pessoal, Luciney Martins/O SÃO PAULO, Arquivo Pessoal, Pastoral Vocacional da Região Ipiranga, Vatican Media e Vatican Media
(Com informações de Canção Nova, Vatican News, ACI Digital, Agência Brasil e programa Camisa 9 da rádio 9 de Julho)
(Colaborou: Jenniffer Silva)
 

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‘Dar o melhor si’ no esporte e em toda vida

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23 de setembro de 2019

Apresentar um olhar da Igreja sobre os múltiplos aspectos que envolvem os esportes atualmente é a proposta do documento “Dar o melhor de si”, lançado no dia 1º, no Vaticano, pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

Estruturado em cinco capítulos, o texto fala dos propósitos e motivações do diálogo entre Igreja e esporte, resgata as origens da prática esportiva e sua incidência atual, aprofunda a compreensão antropológica sobre o esporte, trata de desafios para a promoção esportiva mais justa e humana, e apresenta os esforços contínuos da Igreja com vistas a garantir a humanização dos esportes.

Leia também: "A Igreja já está em campo"

 

POR QUE O INTERESSE POR ESSE TEMA?

De acordo com o texto, a Igreja deseja contribuir com a construção de um esporte que seja cada vez mais autêntico e humano, na medida que este “é universal e tem alcançado um novo nível de importância em nosso tempo e também, por isso, encontra um eco no coração do povo de Deus”.

Em uma das partes, recorda-se um discurso do Papa Francisco à Federação Italiana de Tênis, em maio de 2015, no qual o Pontífice ressalta que “a Igreja se interessa pelo esporte porque o homem lhe interessa, todo homem, e reconhece que a atividade esportiva incide na formação da pessoa, em suas relações e em sua espiritualidade”. Nesse sentido, a Igreja não só apoia o esporte, mas quer nele estar por considerá-lo um moderno pátio dos gentios e um areópago para o anúncio da Boa Nova. 

 

MAS A IGREJA NÃO É CONTRA O ESPORTE?

Logo nas primeiras linhas do documento, é enfatizado que por conta da postura de alguns católicos na idade média e na idade moderna, disseminou-se uma interpretação equivocada de que a Igreja tem um ponto de vista negativo sobre o esporte. O texto pontua que, na verdade, a Igreja está em diálogo com o esporte desde a sua existência, e cita como exemplo as metáforas que São Paulo Apóstolo usava para explicar a fé e a vida cristã a todos os povos. Lembra, ainda, que desde o começo da idade moderna, a Igreja tem interesse pelo potencial educativo do esporte. Também é recordado que no século XX, os papas Pio XII e Paulo VI intensificaram o diálogo da Igreja com o mundo do esporte, ao destacarem aspectos comuns à prática esportiva e à vida cristã. 

 

CARACTERIZAÇÃO E POTENCIALIDADES

O texto lembra que não há uma definição consensual sobre o que seja esporte, mas destaca que essa prática tem cinco características básicas: refere-se ao corpo humano em movimento, é lúdica, está sujeita a regras, é competitiva e deve garantir a igualdade de oportunidades aos participantes. 

O esporte tem um valor em si “como um campo de atividade humana, onde virtudes como a sobriedade, humildade, valentia e paciência podem encontrar-se e fomentar a beleza, a bondade, a verdade e onde se pode testemunhar a alegria”. 

 

EM FAVOR DO SER HUMANO

A perspectiva cristã perante o esporte tem como ponto de partida o fato de que toda a pessoa é criada por Deus, em uma unidade de corpo, alma e espírito. 

O esporte ajuda no desenvolvimento de cada ser humano na medida em que faz com que este “se sinta capaz de criar um ambiente que combine liberdade e responsabilidade, criatividade e respeito pelas regras, entretenimento e solidariedade. Esse ambiente é gerado por meio da colaboração e acompanhamento mútuo no desenvolvimento dos talentos individuais”. 

Nesse ponto, o documento cita aspectos dos esportes que sempre devem ser valorizados, tais como o fair play e o jogo limpo, com obediência às regras e à justiça no trato com o adversário; o jogo em equipe - “nos esportes, os dons e talentos de cada pessoa em particular se põem a serviço da equipe”; o sacrifício em busca de uma meta; o estímulo à alegria daqueles que praticam ou acompanham os esportes; o desenvolvimento harmonioso da pessoa, a valentia (enquanto uma escolha corajosa de sempre agir de modo correto); a igualdade; o respeito entre as pessoas; e a prática da solidariedade. 

 

‘BOLAS FORAS’

O texto alerta que, por vezes, o esporte pode se voltar contra a dignidade e os direitos do ser humano, e nesse sentido há a exortação de que todos os envolvidos com as práticas esportivas se perguntem se seus atos estão a serviço da humanidade e da justiça. 

Entre os riscos apontados estão o uso do esporte para propósitos políticos, demonstração de poder, busca de benefício econômico ou autoafirmação nacionalista. Também há críticas ao comportamento de buscar a vitória a qualquer custo, ferindo a dignidade dos esportistas; aos abusos físicos, sexuais e emocionais contra crianças; e a todo tipo de discriminação. 

Especialmente quatro riscos são lembrados diante do atual cenário de busca desenfreada pelo êxito e de interesses econômicos no esporte: a degradação do corpo, para que não seja reduzido a um objeto ou utilizado como uma máquina em busca dos melhores resultados; o doping, seja físico ou mecânico (quando da alteração irregular de equipamentos esportivos em busca de melhores resultados); a corrupção - “o esporte não deve parecer um espaço sem direitos no qual não se aplique os padrões morais de coexistência leal e humana”; e a postura dos torcedores, que pode se tornar desrespeitosa com os árbitros e adversários, redundando em violência verbal ou física, e até  em disseminação de racismo e de ideologias extremistas. 

 

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

Para que o esporte não seja conduzido a tais situações, o documento aponta ser indispensável a ação de diferentes agentes sociais. “A responsabilidade não recai somente sobre os atletas ou participantes, mas em muitas outras pessoas, como seus familiares, treinadores e seus auxiliares, médicos, dirigentes, espectadores e muitos atores conectados ao esporte por meio de outras áreas, como os pesquisadores do esporte, líderes políticos e empresários ou os representantes da mídia”. 

 

AÇÃO PASTORAL NO ESPORTE

A última parte do documento aponta que a Igreja sente-se corresponsável pelo desenvolvimento e destino do esporte e, por isso, busca dialogar com as diferentes organizações esportivas e governos. 

“O esporte é um âmbito em que se experimenta de forma muito concreta o convite a ser uma Igreja que vai ao encontro, não para construir muros e fronteiras, mas sim pontes e ‘hospitais de campanha’”, aponta o texto. 

O documento menciona que o diálogo entre Igreja e esporte tem produzido uma proposta multifacetada sobre o cuidado pastoral, em especial em colégios, paróquias e associações católicas.

Em sua ação pastoral no âmbito esportivo, a Igreja tem a missão de lembrar aos pais que eles são os primeiros educadores de seus filhos na fé e no esporte; nas paróquias e dioceses podem ser promovidos grupos e atividades esportivas; os sacerdotes devem ter conhecimento razoável sobre as realidades e tendências esportivas, especialmente as que afetam a juventude; deve haver um plano pastoral adequado para o acompanhamento de atletas, ex- -atletas e torcedores; além de um diálogo com os que atuam na ciência e medicina esportiva, bem como os treinadores.

Ressalta-se, ainda, que os agentes pastorais no esporte devem estar treinados e motivados “para redescobrir o sentido do esporte em um contexto educativo e envolver-se para conseguir em sua missão dar uma visão cristã ao esporte”. 

 

DAR O MELHOR DE SI

Na conclusão, é recordado que “o esporte é um contexto em que muitos jovens e adultos, de todas as culturas e tradições religiosas, aprendem a dar o melhor de si mesmo” e que, “por meio da prática do esporte se pode experimentar a alegria, o encontro com pessoas diferentes e a construção de um sentido de comunidade”.
 

 

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CPTM: Estação Barra Funda recebe mostra “Recortes da Copa”

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13 de junho de 2018

A partir desta segunda-feira (11), a CPTM entra no clima do Mundial de Futebol com a exposição “Recortes da Copa”, na Estação Palmeiras-Barra Funda, que atende as linhas 7-Rubi e 8-Diamante. Itinerante, a mostra ficará em cartaz no mezanino da Estação até dia 2 de julho.

Depois, segue para o Espaço Cultural da Estação Brás, onde fica até 1º de agosto exibindo 30 fotografias clicadas pelos alunos do curso “Olhares sobre a Cachoeirinha”. As imagens do futebol praticado na periferia revelam outra realidade do esporte ao evidenciar as condições de vida da população local.

As aulas foram ministradas na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha e Casa de Cultura Vila Brasilândia, com apoio da Fundação Stickel. Em cada período de curso, ocorreram 17 encontros de três horas, em que as imagens foram produzidas.

A iniciativa é realizada com apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para mostras de arte, exposições, apresentações e manifestações culturais de artistas e instituições parceiras, com o objetivo de apoiar e difundir a arte popular.

Fundação Stickel

A Fundação Stickel é uma organização sem fins lucrativos que promove a inclusão social, cultural e econômica por meio da arte, atuando com pessoas e comunidades nos bairros Brasilândia e Vila Nova Cachoeirinha.

Para tanto, promove atividades culturais diversas nos campos da pintura, desenho, cinema, fotografia e literatura, por meio de exposições, cursos, oficinas, ações, edição e distribuição gratuita de livros, dentre outras ações que envolvem a arte educação.

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Primeiro treino da seleção na Rússia é aberto aos torcedores

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12 de junho de 2018

Cerca de 4 mil torcedores estiveram presentes na arquibancada do campo do Centro de Treinamento da Seleção Brasileira, ao lado do Swissotel Resort Camélia, onde está hospedada a delegação do Brasil, em Sochi, para o primeiro treino da equipe canarinha na Rússia.

Assim que os jogadores começaram a chegar, a torcida, formada em sua maioria por russos e turistas estrangeiros, aplaudia e chamava os jogadores pelo nome. Até um viaduto que fica ao lado do campo foi ocupado.

Com uma manhã ensolarada, céu azul e uma temperatura média de 25 graus Celsius, Tite (Adenor Bachi) e seus auxiliares começaram a orientar os atletas. Eles foram divididos em grupos de trabalho. Os que começaram o jogo contra a Áustria trabalharam apenas a parte física. Já os que entraram durante a partida ou não jogaram, fizeram atividades com bola em uma parte do campo.

Ao mesmo tempo, no outro lado do gramado, os goleiros Alisson, Ederson e Cássio treinavam com o preparador Taffarel. O meio campista Fred, que se recupera de uma lesão, não participou do treino aberto ao público. Ele ficou fazendo fisioterapia no campo 1 distante dos torcedores.

No fim do treino, os jogadores prepararam uma brincadeira surpresa para os aniversariantes do dia: Philippe Coutinho e Fágner. Como é costume entre os jogadores, Coutinho e Fágner foram homenageados com um banho de farinha e ovos pelos companheiros, divertindo os torcedores. Os jogadores foram também à beira do gramado e tiraram fotos com a torcida.

O Brasil estreia na Copa do Mundo domingo (17), às 15h (horário de Brasília), contra a Suíça, em Rostov.

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Time do Senegal vence Copa dos Refugiados em Porto Alegre

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06 de junho de 2018

A seleção do Senegal foi a grande campeã da etapa Porto Alegre da Copa dos Refugiados, torneio realizado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e instituições parceiras. Representantes do país africano derrotaram o Líbano na final, em partida disputada no último domingo (3), no estádio Beira-Rio. Jogo acirrado terminou sem gols e foi decidido nos pênaltis. Senegal sagrou-se campeão ao acertar três cobranças contra uma da equipe libanesa.

Com a participação de mais de cem refugiados e migrantes, a competição na capital do Rio Grande do Sul reuniu oito seleções, representando Angola, Colômbia, Guiné Bissau, Haiti, Líbano, Peru, Senegal e Venezuela. As quartas de finais aconteceram no sábado, no estádio Passo D’Areia, do Esporte Clube São José. No dia seguinte, as semifinais e o jogo de encerramento ocuparam os gramados do Beira-Rio.

Para assistir aos jogos nas duas arenas do futebol gaúcho, foi cobrado um ingresso único no valor de dez reais, que será destinado ao projeto Tunipiquês – ação social que vai promover cursos gratuitos de português e cultura brasileira, visando facilitar a inserção dos refugiados na sociedade e no mercado de trabalho.

A Copa dos Refugiados também realizou uma atividade de empregabilidade, com o cadastramento dos currículos dos refugiados, que serão encaminhados para empresas da indústria, comércio e serviços do Rio Grande do Sul.

Também será produzido um álbum de figurinhas do campeonato, com fotos e minicurrículos dos jogadores. O regulamento da competição e o sistema de sorteio da tabela de jogos foram elaborados com apoio da Federação Gaúcha de Futebol, que cedeu a arbitragem para os jogos.

Confira os resultados de todas as partidas em Porto Alegre:

02/06 – Estádio do Passo D’Areia
Quartas de final
Senegal 2 x 0 Colômbia
Peru 2 x 0 Haiti
Angola 4 x 1 Venezuela
Líbano 1 x 1 Guiné Bissau – nos pênaltis, 5×4 para o Líbano.

03/06 – Estádio Beira-Rio
Semifinais
Senegal 1 x 0 Angola
Peru 0 x 5 Líbano

Final
Senegal 0 x 0 Líbano – nos pênaltis, 3 x 1 para o Senegal

Campeonato nacional

A etapa Porto Alegre faz parte de um torneio nacional: a Copa do Brasil dos Refugiados. Os jogos do último final de semana marcaram a segunda edição do torneio na capital gaúcha. Em julho, acontece a quinta edição da Copa em São Paulo e, em agosto, a primeira Copa dos Refugiados no Rio de Janeiro, com partidas nos estádios de São Januário e Engenhão.

Os vencedores das etapas em cada uma das três capitais vão disputar as finais nacionais em setembro, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Em Porto Alegre, a Copa dos Refugiados foi realizada pela Ponto Agência de Inovação Social, em parceria com a ONG África do Coração, e promovida pelo ACNUR com o apoio do Sport Club Internacional, BRIO, Federação Gaúcha de Futebol, Esporte Clube São José, Secretaria de Desenvolvimento Social e Esporte de Porto Alegre, Associação Buriti de Arte, Cultura e Esporte (ABACE), Associação Antônio Vieira (ASAV), Beat Conteúdo e Relacionamento, Agência Matriz, Fuerza Studio, Uniritter e Sociedade Libanesa. O evento é patrocinado pela Sunrice, marca de arroz que destina 25% do faturamento obtido com os royalties da venda dos seus produtos para projetos para refugiados dentro e fora do Brasil.

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Os desafios de Rogério Caboclo, novo presidente da CBF

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08 de mai de 2018

Rogério Langanke Caboclo (foto), diretor-executivo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de 45 anos, foi eleito, em 17 de abril, presidente da entidade máxima do futebol brasileiro. 

O novo mandatário, que teve apoio de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF recentemente banido do futebol pela Fifa (leia detalhes abaixo), será o 20º Presidente da história da CBF, com mandato de abril de 2019 a abril de 2023, tendo inúmeros desafios pela frente. 

ELEIÇÃO

Em março de 2017, ocorreu uma alteração no estatuto da CBF, que concentrou ainda mais o poder nas federações estaduais. Essa foi a primeira eleição após as mudanças, que, além de Caboclo, elegeu oito vice-presidentes. 

A votação foi realizada em três etapas, em urnas distintas. A primeira urna foi das 27 federações (votos com peso 3), a segunda dos clubes da Série A de 2018 (votos com peso 2) e a terceira urna com votos dos times da Série B deste ano (votos com peso 1).

Todas as 27 federações votaram a favor do novo Presidente e, dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas o Corinthians votou em branco, o Flamengo se absteve e o Atlético-PR não enviou representante. 

Segundo o jornalista William Douglas, especialista em jornalismo esportivo e negócios de esporte, pouca coisa deve mudar na relação da entidade com os clubes opositores “Eles devem manter uma relação institucional, pois não sabemos o que os clubes que não votaram no Caboclo querem, pois não apresentaram uma nova proposta na mesa”, afirmou ao O SÃO PAULO . 

PRINCIPAIS DESAFIOS

Caboclo já foi diretor-executivo do São Paulo Futebol Clube e ingressou na Federação Paulista de Futebol, em que ocupou o cargo de vice-presidente, tendo permanecido na entidade de 2002 a 2015. Foi ainda diretor de Relações Institucionais do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. Desde 2014, é o CEO da Confederação Brasileira de Futebol.

“Nossa gestão será marcada por dois pilares: eficiência e integridade. Acredito em processos e sou cumpridor de regras. Ser eleito presidente da CBF é uma honra e garanto que vou dialogar com todos e aplicar soluções com eficiência”, disse Rogério Caboclo no seu primeiro discurso após as eleições. 

Um dos desafios do novo Presidente será separar a sua imagem da de Del Nero e recuperar a credibilidade da entidade. Também precisará lidar com a oposição dos clubes com maiores torcidas do Brasil, Corinthians e Flamengo. 

“Ele terá uma pressão pela modernização de algumas coisas no esporte, como uma grande reformulação no futebol feminino, que ganhou uma visibilidade, que precisa de um apoio maior da CBF. Isso tem sido alertado nos últimos anos. E uma transparência de gestão que será cada vez mais cobrada”, declarou William Douglas. 

(Colaborou: Jenniffer Silva)
(Com informações de CBF, Globoesporte.com e Agência Brasil)
 
 
 

DEL NERO É BANIDO DO FUTEBOL

O Comitê de Ética da Fifa baniu, na sexta-feira, 27, Marco Polo Del Nero de todas as ações relacionadas ao futebol. A punição o impede de exercer para sempre qualquer atividade tanto em nível nacional quanto internacional.

Del Nero começou a ser investigado pelo Comitê em novembro de 2015, por suspeita de envolvimento em esquemas de recebimento de propina para beneficiar empresas de mídia e de marketing em torneios de futebol, como as copas América, do Brasil e Libertadores.

Segundo o Comitê de Ética da Fifa, Del Nero foi considerado culpado por recebimento de propina e envolvimento em corrupção, por oferecer e aceitar presentes ou outros benefícios e por conflito de interesse, entre outros. Além disso, a Fifa impôs ao Ex-presidente da CBF uma multa equivalente a R$ 3,5 milhões.

Desde dezembro de 2017, quando Del Nero foi suspenso preventivamente pelo Comitê de Ética da Fifa, a CBF está sendo comandada por Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, até então vice-presidente mais velho, que deve seguir no cargo até abril de 2019.

 

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Campanha ‘Esporte Sem Assédio’ une forças para combater a violência

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23 de abril de 2018

O Ministério do Esporte e a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SPM) lançaram, em 29 de março, no Rio de Janeiro, o programa “Esporte Sem Assédio”. 

A iniciativa é o primeiro passo dado em âmbito nacional com o objetivo de prevenir e combater a violência e o assédio às atletas brasileiras, sejam amadoras ou profissionais. 

 

PRIMEIRAS MEDIDAS

Entre as medidas tomadas está a Central de Atendimento à Mulher da SPM, pelo ligue 180, adotada como canal de denúncia tanto no Brasil como no exterior.

Com o programa, estão sendo realizados a capacitação dos atendentes para receber as denúncias de atletas, a criação e implementação de fluxo de assistência psicossocial e jurídica, o tratamento das informações recebidas por meio de indicadores padronizados e o monitoramento. O programa prevê, também, a efetivação de protocolo único entre o Ministério do Esporte, a SPM, o Conselho Nacional de Justiça e a Rede Nacional de Enfrentamento à Violência. 

“Essa parceria nasceu porque é preciso falar sobre assédio no esporte. É uma coisa muito séria. Precisamos falar sobre isso e fazer com que as mulheres possam se sentir seguras para denunciar e para que possamos prevenir o assédio”, afirmou a Secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Fátima Pelaes, na cerimônia de lançamento do programa. 

Sob a hashtag #EsporteSemAssédio, a campanha também está sendo veiculada em redes sociais. Vinte e seis atletas, ex-atletas e personalidades do esporte já gravaram vídeos em prol da causa. 

No dia 1º, as finais de campeonatos estaduais contaram com ações da campanha em estádios na Bahia, em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Atletas entraram em campo com camisetas do programa, e faixas e vídeos foram exibidos.

 

A LUTA DE JOANNA MARANHÃO

A nadadora pernambucana Joanna Maranhão, 30, começou a nadar aos 3 anos de idade, em Recife (PE). Aos 17 anos, já estava na Olimpíada de Verão de 2004 em Atenas, na Grécia, e alcançou um impactante quinto lugar na prova dos 400 metros medley. A atleta já conquistou oito medalhas em Jogos Pan-americanos, sendo três de prata e cinco de bronze.

Em 2008, Joanna revelou que havia sido molestada por seu antigo treinador. Após contar sobre o trauma, mergulhou na terapia como forma de enfrentar as reminiscências do abuso sexual que ajudaram a moldar sua personalidade – e lhe renderam inúmeras crises de pânico, ansiedade e depressão.

A nadadora é ativa no combate a violências que crianças e jovens possam sofrer. “Fui vítima de abuso aos 9 anos pelo meu técnico da época e demorei muito para verbalizar. Estive em quatro Jogos Olímpicos, mas poderia não ter ido a nenhum se não tivesse o apoio psicológico e jurídico que tive. Muitas outras crianças não têm essa ajuda”, declarou a atleta durante o lançamento do “Esporte Sem Assédio”.

 

O RECOMEÇO

Em 2014, uma década após sua estreia em Atenas, Joanna anunciou sua aposentadoria do esporte. Quedas de performance e desilusões com a modalidade a fizeram abandonar a carreira, mas o sonho de disputar uma olimpíada no Brasil falou mais alto. Nos jogos, acabou não se classificando para as finais dos 200 metros medley e borboleta e deixou a Rio 2016 sem uma medalha. No final do ano, ainda foi despedida do Clube Pinheiros. Parecia que a atleta havia cruzado, enfim, a linha de chegada. Mas era apenas o recomeço. 

No Mundial de Budapeste, em julho de 2017, Joanna bateu o recorde sul-americano nos 200 metros medley e, no mês seguinte, ainda saiu com o melhor índice técnico do Troféu José Finkel, principal torneio de natação do país, com seis medalhas de ouro. Os bons resultados motivam a nadadora, que fala até em disputar a Olimpíada de Tóquio em 2020.

(Com informações de Ministério do Esporte, Globo.com e El País)
 

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