SÃO PAULO

SEMANA DE ORAÇÃO

Em vigília, Igrejas cristãs oram pela unidade

Por Fernando Geronazzo
26 de junho de 2019

Celebrada no hemisfério Sul entre as solenidades da Ascensão do Senhor e de Pentecostes
 

Representantes de diferentes confissões cristãs reuniram-se na Paróquia São Luís Gonzaga, em Cerqueira César, no sábado, 8, para a Vigília da Unidade. O encontro de oração, promovido pelo Centro Magis Anchietanum, em parceria com a Casa da Reconciliação e o Movimento de Fraternidade de Igrejas Cristãs (Mofic), marcou a conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada no hemisfério Sul entre as solenidades da Ascensão do Senhor e de Pentecostes. 


Representantes das Igrejas Católica Apostólica Romana, Apostólica Armênia, Anglicana e Presbiteriana rezaram a partir de refrões da Comunidade Ecumênica Taizé, com velas acesas no Círio pascal e diante de um ícone bizantino de Jesus Cristo. 


“É um momento importante e bonito que podemos pedir por meio do dom do Espírito Santo: a unidade, caridade e comunhão da Igreja, tema desta Semana de Unidade, por meio da força da justiça”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, ao saudar os convidados. 


Dom Odilo sublinhou, ainda, que a Vigília aconteceu na véspera da Solenidade de Pentecostes. “É o Espírito Santo que move os corações para realizar o que é bom, o que é justo, o que é verdadeiro, o que é nobre. O Espírito Santo renova também a face da terra e a Igreja, que pode nos ajudar na comunhão, na unidade”, completou. 

 

FÉ E UNIDADE 
O Bispo da Igreja Apostólica Armênia no Brasil, Dom Nareg Berberian, fez uma reflexão na qual salientou que a fé é a chave da unidade dos cristãos. “A fé não é alguma coisa que criamos para nós próprios ou para os outros por meio dos nossos esforços. Ao contrário, a fé é uma dádiva de Deus enraizada no Batismo. Somos chamados a crescer na fé e manifestar essa fé ao servirmos a Cristo, nosso Senhor e a sua santa Igreja”.


Dom Nareg ressaltou, ainda, que a maior necessidade da Igreja não é a manifestação de grande força e poder. “O que é necessário é um desenvolvimento para nossa fé, que é um valor fundamental no nosso amor recíproco. Este é o único caminho para energizar o corpo de Cristo, este é o único método para que a Igreja se transforme em uma família, esta é a única maneira de alcançarmos a unidade entre as Igrejas cristãs”, concluiu. 

 

EXPERIÊNCIA DE COMUNHÃO
“Nós organizamos essa Vigília para pedir a Deus o dom da unidade diante de tantas dificuldades, intolerância e incompreensão de pessoas religiosas ou não, que disseminam a divisão, muitas vezes, em nome de Jesus e do Evangelho. Jesus nos pede que todos sejamos um para que o mundo creia”, explicou o Cônego José Bizon, Coordenador da Casa da Reconciliação. 


O Coordenador da Vigília, Osvaldo Meca, acrescentou que o evento foi “uma experiência de comunhão por meio da oração e da Palavra de Deus entre os irmãos” em busca da unidade e da fraternidade.

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