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Bispos criticam nova lei que descriminaliza o aborto

Por Filipe Domingues ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
27 de março de 2020

A nova lei descriminaliza o aborto e permite que a gravidez seja interrompida até a 20ª semana

A conferência episcopal da Nova Zelândia emitiu um comunicado em que chama de “profundamente decepcionante” a lei aprovada pelo Parlamento do país no dia 17. 
A nova lei descriminaliza o aborto e permite que a gravidez seja interrompida até a 20ª semana. O governo chegou a cogitar levar o tema a referendo público, mas recuou. Agora, antes das 20 semanas, nenhuma mulher precisa passar por exames médicos para avaliar sua saúde física ou mental.
A lei anterior, de 1977, dizia que o aborto era permitido na Nova Zelândia em casos de incesto, “subnormalidade mental”, deformação do feto ou em casos de risco para a saúde física ou mental da mãe.
Embora a lei não fosse explícita, também eram relevados os casos de violência sexual ou “idades extremas”. A pena para o crime de aborto poderia chegar a até 14 anos de prisão, mas a lei nunca foi de fato colocada em prática e as mulheres que abortavam já não podiam ser processadas.
De acordo com a porta-voz dos bispos da Nova Zelândia, Cynthia Piper, “considerar que o feto não é uma pessoa legal ignora a realidade que uma vida humana geneticamente única começou, e que ela não é nem da mãe nem do pai”.
O comunicado dos bispos diz, ainda, que “a lei não faz nada para ajudar as mulheres que, por uma série de razões, recorrem ao aborto, pois elas sentem que não têm outra escolha, seja por pressão dos parceiros ou por razões econômicas ou sociais”.


Fontes: Vatican News, The Guardian e BBC

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